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O povo Arara está em campanha, com o apoio do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), pela demarcação da terra Cachoeira Seca, nos municípios de Altamira, Uruará, Placas e Rurópolis, no Pará.
Na região, ao menos cinco áreas indígenas não estão demarcadas e regularizadas, procedimento demorado que estabelece a real extensão da posse indígena, proteção aos limites demarcados e impede a ocupação por terceiros.
Os Araras são formados por uma pequena população de menos de 100 índios e já foram considerados extintos na década de 1940. Após a construção da Transamazônica, na década de 1970, foram redescobertos.
O Conselho Indigenista Missionário relata que alguns conflitos colocam em risco a aldeia Iriri, da qual os índios Arara são parte, como iminente invasão de território por grilheiros e fazendeiros, assentamentos irregulares, extração ilegal de madeira, posseiros, pescadores e construção da UHE Belo Monte. “Os índios se sentem acuados em seu próprio território porque percebem a presença de não-índios”, diz o manifesto da campanha pela demarcação.
Outros riscos são a insegurança alimentar, pela diminuição de recursos naturais que também são obtidos por não índios, recrutamento para trabalho, alcoolismo e uso de drogas e aumento de DSTs.
Saiba mais: Todo apoio à demarcação da terra indígena do Povo Arara
Por Paula Padilha, com informações de Joka Madruga
Terra Sem Males.
O repórter fotográfico Joka Madruga está em Altamira (PA) pelo projeto Águas para a Vida. As informações estão sendo publicadas em seus perfis nas redes sociais e no portal terrasemmales.com.br. Para contribuir, acesse jokamadruga.com/aguas.