Hoje sonhei merda. Não sei porque esse papo de ‘bunda-suja’, apelido que o candidato de extrema direita tinha no exército, foi parar no meu descanso.
A situação tá foda. Uma eleição praticamente decidida e eu sonhando com o tal nickname (sic). Uma verdadeira desgraça.
E como se não bastasse tudo isso, meu subconsciente foi além. Saiu do cu do candidato da extrema direita e chegou aos 46 milhões de eleitores desse cidadão.
Cara! Lá estavam todos eles nas ruas… em praticamente todas as cidades desse país. Gente! Eles estavam envoltos em papel higiênico sujo. Eu podia sentir o cheiro de merda…
Que desespero!
Acordei e fui conferir se não estava todo cagado. Não! Aí levantei pra tomar água, depois fui mijar e olhei aquele maldito papel higiênico. Saí correndo, voltei pra cama e me enrolei nas cobertas.
Não pode ser… não posso acreditar que milhões de brasileiros viraram ‘papel higiênico de fascista’.
Vocês estão limpando o ‘bunda-suja’ e sabem que a bosta vai respinga nas nossas caras.
O fedor de bosta cegou-nos! Não tem caixa dois, não tem tortura, não tem autoritarismo, machismo, homofobia, etc, etc e tal.
A merda já entrou nos vossos ouvidos e nos vossos olhos.
Não tem mais o que fazer.
Agora eu entendo. Um dos únicos projetos do ‘totonaro’ era a volta das cédulas de papel. Sempre foi pelo papel higiênico.
Sim! Por isso ele fala em higienização!
A pergunta que eu faço é a seguinte: como você se sente sendo papel higiênico de fascista?
Limpar o ‘bunda-suja’ é não enxergar que toda essa caca vai melecar a nossa vida.
Que papelão, Brasil.
*Jornaldo: é jornalista esportivo renomado internacionalmente.