Jornalistas e representantes de diversas entidades debatem ações contra perseguição. Foto: Joka Madruga
Na noite desta quarta-feira, 22 de abril, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) reuniu jornalistas e representantes de movimentos sociais e sindicais para debater ações após a ameaça de morte sofrida pelo jornalista James Alberti, do grupo GRPCom, que investigava casos de pedofilia envolvendo o alto escalão do governo estadual.
O presidente do Sindijor, jornalista Guilherme Carvalho, anunciou os procedimentos tomados pela entidade: pedido de intervenção do Ministério Público do Trabalho, para que a ameaça de morte seja investigada e para que os responsáveis sejam denunciados à justiça; contato com o Ministério da Justiça, para dar ciência ao Governo Federal e à Polícia Federal; solicitação de audiência com o Ministério Público Federal, o Gaeco e a Secretaria Estadual de Segurança Pública; dar publicidade ao fato para blindar o jornalista; solicitar apoio da Ordem dos Advogados do Brasil.
A todos esses procedimentos oficiais, o Sindijor anunciou um ato público que será realizado no dia 03 de maio, Dia da Liberdade de Imprensa, com o mote “Basta de perseguição aos jornalistas do Paraná”. O ato será realizado na feirinha do Largo da Ordem. Os jornalistas também vão participar do ato da CUT de 1º de maio, Dia do Trabalhador, com faixas e cartazes.
O Sindijor também pretende lançar um comitê de proteção aos jornalistas, formado por cinco pessoas, com o objetivo de receber e encaminhar denúncias.
Reunião delibera por participação em atos públicos para dar publicidade à ameaça sofrida. Foto: Joka Madruga.
Entenda - O jornalista recebeu a ameaça via telefone no dia 09 de abril. Ele foi retirado do estado para manter sua segurança e de sua família. No dia 15, o Sindijor publicou uma nota oficial, em parceria com outras entidades, denunciando e dando publicidade ao caso. A nota teve 4 mil compartilhamentos nas redes sociais, causando um pico de acessos ao site da entidade que nunca tinha sido registrado anteriormente. A ameaça de morte causou grande repercussão local e nacional. O Sindijor aguarda uma reunião com representantes do GRPCom.
O caso soma-se a outras ameaças sofridas por quatro jornalistas do jornal Gazeta do Povo, denunciadas pelo Sindijor no início de abril.
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Nota Conjunta: Sindicatos do Paraná e Fenaj repudiam perseguição de jornalistas
Por Paula Padilha
Terra Sem Males