“Vítimas do HSBC” traz depoimentos reais e dados estatísticos de uma pesquisa realizada ao longo de dois anos
O sonho de Aline* sempre foi trabalhar e aposentar-se no Bamerindus. Entretanto, a venda do banco paranaense começou a mudar os planos da bancária. “Quando entrou o HSBC a minha vida virou um inferno. Eu não tive mais vida particular. Eu trabalhava praticamente 24 horas por dia, de segunda a domingo, e até transportava malotes cheios de dinheiro a pé, sem segurança”, relata.
A extenuante jornada de trabalho levou a bancária a uma série de cirurgias identificada como fruto das lesões por esforço repetitivo. Ela contabilizou 18 cirurgias. “Fiquei três anos em uma cama e não podia nem pegar minhas filhas no colo”, revela. Na agência, o braço engessado foi explicado pela sua superiora a colegas de trabalho como resultado de uma agressão do marido. “Fui humilhada”, revela.