Na próxima sexta-feira (28) as mulheres dos movimentos sociais do Paraná promoverão um ato em “Defesa da Vida das Mulheres e das Meninas” às 9h nos portões de entrada da Assembleia Legislativa. A mobilização coincide com o lançamento da Frente Parlamentar pela Vida e pela Família de forma proposital.
“Vamos mostrar para eles os dados alarmantes de violência contra as mulheres. Como uma frente parlamentar que se diz em defesa da vida não apoia ações de combate ao feminicídio e debates de gênero nas escolas?”, questiona a secretária da mulher da CUT Paraná, Anacélie Azevedo.
Matéria publicada nesta semana assinada pela jornalista Carolina Pompeo dimensionou o tamanho do problema, sobretudo no Paraná. Somente entre 22 de junho e 24 de agosto já foram realizadas 17 de denuncias de feminicídios no Estado. A nova modalidade de crime, definida pela lei 13.104/2015, entrou em vigor em março deste ano com o objetivo de inibir e punir com maior rigor o assassinato de mulheres.
“O machismo está impregnado em nossa sociedade. Quantos anos demoramos para tipificar um crime que existe há séculos? Como pode ser considerado passional um assassinato de uma mulher?”, novamente questiona Anacélie.
Por Gibran Mendes
CUT Paraná