Por Manoel Ramires
Terra Sem Males
O Partido dos Trabalhadores começa a definir a partir deste sábado, 30 de julho, seu rumo em Curitiba. A sigla oficializou o deputado estadual Tadeu Veneri como candidato a prefeito e ainda definiu a chapa de vereadores. O PT não construiu aliança e aposta em sua militância para sobreviver diante da crise política que pode culminar com a saída de Dilma em agosto.
O lançamento oficial contou com a presença da vice-prefeita Miriam Gonçalves e da senadora Gleisi Hoffman, uma das principais lideranças contra o golpe. Em seu discurso, Tadeu Veneri criticou o líder das pesquisas Rafael Greca, que em 2015 criticava o governador Carlos Alberto Richa e agora o tem como aliado, além do ex-prefeito Luciano Ducci.
Para Veneri, a sua candidatura é um ponto de resistência. “Essa não é uma candidatura fácil. Ela é de confronto, em que cada militante tenha coragem para ir às ruas e dizer o que pensa”, incentiva.
O candidato também criticou o prefeito e ex-aliado Gustavo Fruet pela falta de solidariedade à presidente Dilma. “Não há uma palavra de solidariedade de Gustavo Fruet à presidente Dilma, em nenhum lugar. Logo ele que se beneficiou das políticas federais”, cobra.
Já o professor Ricardo Oliveira, da UFPR, fez um panorama das candidaturas já colocadas em Curitiba. Para ele, a maioria são de candidatos das famílias tradicionais ou do poder econômico. “A candidatura do Tadeu Veneri é diferente. Ele não é das famílias tradicionais ou do poder econômico. Tadeu representa os movimentos populares”, contextualizou.
Vai sozinho
A missão do PT nesta eleição é muito difícil. O partido não conseguiu aglutinar alianças com outras siglas para a disputa. Muito em reflexo da conjuntura nacional. Nesse sentido, o PT vai de “chapa pura”, sem alianças na majoritária e na candidatura de vereadores. O PT contava com o apoio do PCdoB que decidiu embarcar na campanha de Ney Leprevost (PSD). O vice de Tadeu Veneri ainda está indefinido.