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Para o MP-PR, Beto Richa (PSDB) mentiu ao afirmar que haviam black blocs entre os servidores no dia 29 de abril

Giugno 30, 2015 13:06 , by Terra Sem Males - | No one following this article yet.
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“Era dever do estado proteger os manifestantes e não tratar todos que ali estavam como criminosos”.

Procuradores e promotores de Justiça apresentam à imprensa os resultados da investigação sobre o massacre do dia 29 de abril. Foto: Joka Madruga

No dia 04 de maio, a Agência de Notícias do Governo do Paraná soltou uma matéria, com o título “Imagens comprovam participação de black blocs em manifestação”, com fotos, de que haviam tais manifestantes. A matéria diz que “de acordo com o trabalho de inteligência da Secretaria da Segurança, há indícios de que black blocs tenham promovido o início do confronto com policiais que cumpriam uma ordem judicial de isolamento da Assembleia Legislativa do Paraná”.

Em entrevista para a Joice Hasselmann, na TVeja, o Governador Beto Richa insinua que os Black Blocs haviam sido convocados para as manifestações contra seu governo.

Esta versão foi desmontada durante a coletiva de imprensa que Ministério Público do Paraná realizou ontem, 29 de junho, em Curitiba. Questionados pela jornalista da Folha de São Paulo, Estelita Hass Carazzai, sobre a participação de Black Blocs, os promotores responderam que “nem mesmo algum dos mais de 1.600 policiais militares conseguiram identificar nenhum ativista do movimento Black Bloc”.

E mais, um dos acusados, segundo o MP-PR, é um fotografo, que usava uma máscara para se proteger do gás de lacrimogêneo, assim como muitos outros professores e servidores de outras categorias. Numa audiência da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, no dia 06 de maio, uma professora da Unespar já havia denunciado esta manobra do governo do PSDB no Paraná.

E a própria Policia Civil, subordinada de Beto Richa, iniciou duas investigações para apurar a participação de ativistas radicais durante as manifestações. Uma delas já foi arquivada e é possível que a outra também seja. E segundo o MP-PR, mesmo que tivessem tais “arruaceiros” naquele episódio, era dever do estado proteger os manifestantes e não tratar todos que ali estavam como criminosos.

Manifestantes usaram máscaras, lenços, camisetas e toalhas para se protegerem do gás de lacrimogêneo. Foto: Joka Madruga

Entenda o caso

Ontem, 29 de junho, uma ação civil pública, por atos de improbidade administrativa, foi ajuizada pelo Ministério Público do Paraná contra o governador do Estado, Carlos Alberto Richa, o ex-secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Fernando Destito Francischini, e o ex-comandante da Polícia Militar, César Vinícius Kogut. Também são requeridos na ação o ex-subcomandante da PM Nerino Mariano de Brito, o coronel Arildo Luís Dias e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Esta ação é fruto da investigação do MP-PR por causa do massacre ocorrido no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba, onde mais de 200 pessoas, na maioria professores, foram agredidos com mais de mil bombas e mais de duas mil balas de borracha. Eles protestavam contra o projeto de lei, encaminhado pelo Executivo estadual, que dispunha sobre modificações no regime previdenciário dos servidores públicos do Estado.

Governo do Paraná afirmou que haviam blac blocs nas manifestações. Foto: Joka Madruga

Joka Madruga
Terra Sem Males, com informações do MP-PR, AEN e Youtube


Source: http://www.terrasemmales.com.br/para-o-mp-pr-beto-richa-psdb-mentiu-ao-afirmar-que-haviam-black-blocs-entre-os-servidores-no-dia-29-de-abril/