Por Manoel Ramires, com colaboração de Pedro Carrano
Terra Sem Males
O PT segue tendo um mundo entre sua militância e seu pragmatismo no congresso. Prova disso foi a possibilidade de o partido entregar seus votos a Rodrigo Maia, do DEM, partidário do golpe, mas antiCunha. A hipótese, atribuída a Lula, irritou a militância do partido, cansada de ser consultada somente a posteriori.
Mais uma vez, a pressão deu certo e o PT pragmático recuou ao PT das ruas. Em reunião com o presidente Rui Falcão e deputados se definiu vetar apoio e votos aos chamados candidatos do impeachment.
Voto das ruas
Além de rechaçar Maia e qualquer de apoio ao golpe, o PT ainda quer candidato que respeite a democracia e autonomia da Casa. Leia-se que se oponha ou não seja extensão de Michel Temer.
No reposicionamento, os deputados decidiram que o candidato de apoio também tem que ter o aval da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Tudo isso, claro, colocando como prioridade a cassação de Eduardo Cunha.
Erundina azarona
A pré-candidata do PSOL à prefeitura de São Paulo se colocou como candidata a presidente da Câmara dos Deputados. A ideia é uma canidatura impulsionar a outra. Tipo ganhar um jogo na Copa do Brasil para se fortalecer no Brasileirão. Mas, geralmente, a história mostra que quem muito quer nada ganha.
Por outro lado e a propósito, Erundina reúne condições para receber os votos petistas: é contra Golpe, Cunha e Temer. Levará esses votos?
Racha nos golpistas
Sim, todo mundo sabe que a renúncia de Cunha à presidência tem o dedo de Michel Temer. Cunha tem que trabalhar para colocar um aliado seu e alguém que sustente o interino. Esse nome é Rogério Rosso (PSD). Ele, por outro lado, carrega a blindagem a Cunha rejeitada pelo povo. Nesse sentido desponta Rodrigo Maia, aliado de Temer e nem tanto de Cunha.
Votos da rainha