O tratamento que ele tem recebido na análise das acusações contra ele, apontou Dilma. “Nós estamos vendo que para todo mundo vale concorrer sub judice, mas para o Lula não vale. Estamos vendo que condenaram o Lula dizendo que o crime é indeterminado. Se a moda pega, todos nós seres condenados e não saberemos porque”, disse.
Marcia Tiburi. Foto: Joka MadrugaO tratamento igualitário a todos os cidadãos é fundamental para caracterizar uma democracia, disse Dilma, mas isso não tem acontecido com Lula. “Todos devem ser iguais perante a lei, mesmo que não sejam iguais socialmente. A democracia não pode julgar diferentemente a dona Maria, o seu João e o mais rico cidadão brasileiro. Todos têm os mesmos direitos”, afirmou.
Dilma lamentou a decisão do Judiciário brasileiro de ignorar decisão do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos, no sentido de garantir a candidatura de Lula à Presidência da República. “Passaram a considerar as decisões da ONU não mandatorias, o que é uma grande surpresa, pois o Brasil ajudou a construir a ONU. Tanto é assim que a sessão de abertura de toda assembléia geral da ONU é aberta pelo presidente da República Federativa do Brasil”, afirmou.
Marcia Tiburi declarou que a visita a Lula ampliou seu ânimo para seguir na luta por democracia no País. “Fiquei muito animada de estar com ele e saio com muita esperança de que a gente vai construir outra mentalidade para esse Brasil autoritário e fascista. A gente vai conseguir superar esse momento de Estado de exceção e a gente vai construir um Brasil melhor para todos, devolvendo Lula a Brasil e o Brasil aos brasileiros”, afirmou.
Por Luís Lomba, da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba
Fotos: Joka Madruga