
Menino atingido pela barragem de Belo Monte brinca com pipa, em um acampamento no município de Brasil Novo, no Pará. Março de 2015. Foto: Joka Madruga.
No próximo sábado, 11 de julho, o repórter fotográfico Joka Madruga, editor do Terra Sem Males, embarca para Porto Velho (RO) para fotografar o IV Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra. Madruga vai aproveitar a viagem e dará continuidade ao projeto Águas Para Vida e irá percorrer o Rio Madeira para registrar as consequências causadas na população local pelas obras das usinas de Jirau e Santo Antonio.
“É mais um grande desafio que faço questão de cumprir. Contar a história desses brasileiros impactados e abandonados à própria sorte, que são expulsos de suas casas e de suas histórias em nome do progresso, é uma chance de mostrar ao mundo o que se passa na região amazônica. Água e energia para quem?”, questiona Joka.
Em março de 2015, Joka Madruga passou o mês em Altamira (PA) para resgatar e dar visibilidade às histórias dos atingidos pela construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. “Em Altamira pude registrar que os povos são os mais prejudicados e sequer têm condições básicas de sobrevivência, como saneamento, estruturas de saúde, educação, qualidade de vida. Lá encontrei pessoas sem perspectiva de planejar o próprio futuro”, destaca o fotógrafo.
Visitando e conversando com a população de diversas comunidades ribeirinhas do entorno do rio Xingu, Joka Madruga publicou denúncias em forma de entrevistas exclusivas e reportagens fotográficas. Todas as matérias já publicadas podem ser acessadas em www.terrasemmales.com.br/aguas.
A partir da próxima semana, o Terra Sem Males estará disponível também numa versão impressa. O primeiro jornal trará uma reportagem fotográfica e um pôster com foto inédita do projeto Águas Para Vida, além de matérias com entrevistas ainda não publicadas.
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males