77% dos rejeitos continuam espalhados pela área atingida pelo rompimento da barragem de Fundão
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
O Ministério Público Federal anunciou a instauração de procedimento de investigação criminal contra o atual presidente da Samarco, Roberto Lúcio Nunes de Carvalho, por conduta ilícita. O MPF também orientou ao IBAMA incluir a Vale e a BHP Billington como corresponsáveis solidárias em todas as notificações e autos de infração referentes ao rompimento da barragem de Fundão, ocorrido dia 5 de novembro de 2015 em Mariana (MG).
O motivo é que a Samarco não cumpriu nenhuma ação emergencial determinada pelo IBAMA como precaução ambiental. De acordo com relatório da entidade, 77% dos rejeitos de mineração ainda estão espalhados pela área atingida (24,8 milhões de metros cúbicos).
De acordo com informações divulgadas pelo MPF, no dia 7 de junho, o Ibama entregou ao presidente da Samarco Nota Técnica relatando que, das 11 medidas de precaução sugeridas, quatro foram parcialmente adotadas e sete foram integralmente ignoradas.
O MPF acusa a Samarco de apenas apresentar documentações formais para cumprir prazos de fiscalização, sem adequar os planos à realidade.