Em julgamento realizado na tarde de hoje, ainda que impopular para uma parte da população, o supremo demonstrou que julgamentos devem ser legais e não midiáticos.
A segunda turma votava o habeas corpus que buscava o direito de Dirceu de recorrer em prisão domiciliar à condenação da lava a jato.
Dias Tofoli e Ricardo Lewandovsky votaram pela soltura, ao passo que os ministros Fachin e Celso de Melo pela manutenção da prisão.
Coube ao ministro Gilmar Mendes o desempate, com a afirmação de que os crimes não são recentes e que não haveria necessidade de manutenção da prisão. Os ministros se manifestaram ainda de que Moro deve utilizar de formas alternativas e menos gravosas, tais quais o uso de tornozeleira eletrônica.
Por fim, Gilmar ainda ironizou a nova denúncia apresentada pelo MPF contra Dirceu, como forma de pressionar o STF, que equivaleria ao “rabo abanar o cachorro”.
Por Marcelo Veneri
Terra Sem Males
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (04/11/2014)