por Manoel Moabis
Docentes das Universidades Estaduais iniciam a greve da educação pública no Paraná em resposta a tentativa do governo estadual de modificar a lei 18.493 que garante a reposição da inflação. A decisão de paralisar as atividades foi tomada na tarde desta quinta-feira (06) em assembleias coordenadas pelos sindicatos filiados ao ANDES S/N em Cascavel e Ponta Grossa. Ao todo, o ensino superior público do estado conta com cerca de 100 mil alunos e 8 mil professores.
As assembleias consideram que a proposta do governo se trata de um verdadeiro ataque ao funcionalismo, já que retira a obrigação do estado de repor as perdas inflacionarias anualmente. “Isso é muito grave, a lei da reposição era uma conquista da categoria que vinha sendo cumprida pelos governos desde 2007. Beto Richa acaba com isso e gera uma instabilidade de que a cada ano será preciso brigar pela reposição salarial” avalia o professor da UNIOESTE, Luiz Fernando Reis.
Como efeito imediato, a reposição da inflação de 2016, prevista para ser paga em janeiro de 2017, não seria cumprida conforme a lei. “Não se trata de uma negociação entre os sindicatos e o governo, mas sim de um compromisso do governo com a lei. O não pagamento da reposição agrava o quadro de desmonte das Universidades Estaduais” informa Luiz Fernando.
Na UNIOESTE a greve começa a partir da próxima segunda-feira (10). Na UEPG a greve docente começa na próxima quinta-feira (13). A UEM realiza assembleia na próxima segunda-feira (10) e pode entrar em greve na quinta-feira (14). A UNESPAR realiza assembleia na próxima quinta-feira (13) e a UNICENTRO reúne seus docentes no próximo dia 18.