Triunfo sobre o Bahia ressaltou a paixão da torcida
Com todas as dificuldades que conhecemos, o Paraná enfrentou o Bahia de igual para igual. Na real a gente tinha uma vantagem e tanto: o jogo era na Vila! Quase dez mil pessoas. Provavelmente a menor diferença numérica entre homens e mulheres na história. A mulherada atendeu o chamado e marcou presença no dia mundial da luta contra o machismo e pelos direitos delas. Tem que ser assim sempre!
A Fúria estava gigante. Uma entre as dezenas de bandeiras remetia a outro personagem importante: Caio Júnior. E que presente ganhou o aniversariante! Desde a conquista da vaga pra Libertadores, em 2006, poucas vezes a Vila esteve tão eufórica. Time e torcida entraram em uma sinergia incrível. Como é bom ver reta, curva e social de pé, cantando e festejando!
Mais que os R$ 680 mil recebidos pela classificação na Copa do Brasil, o 2 x 0 sobre os baianos trouxe respeito e confiança. É certo que a história do ano passado não nos deixa criar ilusões, mas a sorte parece que quer voltar a sorrir pra nós. É hora de abraçar o Paraná. Temos um calendário com grandes decisões e é nossa obrigação continuar sendo a camisa 12 tão decisiva.
O começo empolgante pode até nos tirar alguns jogadores por conta do assédio dos outros clubes. O Renatinho – R10 – é o mais cobiçado. Agora, a Vila, as guerreiras e os guerreiros valentes da arquibancada ninguém vai levar. Assim como nada pode apagar das nossas mentes os dois gols, a Vila em pé cantando o hino e ‘chamando a atenção’ da CBF.
Momentos assim nos fazem seguir na luta para colocar o Paraná Clube no seu devido lugar: entre os grandes do futebol brasileiro!
Por Marcio Mittelbach
Terra Sem Males
Foto: Joka Madruga