Os cinco mil tricolores que compareceram à Vila Capanema nos confrontos dessa semana, diante de Bahia e Fluminense, foram bem recompensados. Não vimos nada de excepcional, mas vimos o time suar sangue. Um grupo fechado e organizado, que soube aproveitar o tempo gelado e o campo pesado a seu favor.
Finalmente tivemos emoções dignas desses dez anos de reconstrução. Os que davam o Paraná Clube como rebaixado já começam a colocar as barbas de molho, estamos a um ponto da Chapecoense, primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Mas, afinal, a que se deve essa nova postura do elenco? Separamos alguns elementos importantes.
Coerência – Mesmo diante de oito jogos sem vencer, a diretoria demonstrou convicção no trabalho de Rogério Micale.
Cobrança – A dura do presidente Leonardo Oliveira, durante entrevista coletiva, cobrando entrega e poder de decisão dos atletas, parece ter surtido efeito nos jogos dessa semana.
Volantes – Leandro Vilela, Jhonny Lucas, Caio Henrique, Torito Gonzales e Alex Santana. Está aí uma posição que o tricolor está bem servido
Guarda redes – Contestado pela maioria dos torcedores, o goleiro Thiago Rodrigues conquistou a vaga de defesa em defesa. Tem dado a segurança que o Richard e tampouco o menino David conseguiram passar para a defesa.
Rodízio – Bastante por necessidade, mas com muita competência, Micale tem conseguido rodar o plantel e usar o melhor de cada jogador. “Tenho 30 titulares”, disse ele após a vitória sobre o Bahia.
Texto: Marcio Mittelbach
Foto: Geraldo Bubniak/Paraná Clube