Falastrão, prefeito de Curitiba desafia torcida do Paraná Clube
January 23, 2017 23:18Desaforo do Greca veio no dia em que a Vila Capanema completa 70 anos de história
Por Marcio Mittelbach
Terra Sem Males
Em mais uma gafe histórica, cometida nesta segunda-feira, 23/1, Rafael Greca, prefeito de Curitiba, disse não saber se a torcida do tricolor realmente existe. Tamanha infelicidade reforça a forma parcial e amadora com que os políticos tratam o futebol. Ou alguém acha que feiras gastronômicas, como propõe o figura, vão resolver os problemas em dia de jogo?
Por ironia do destino, a provocação de Greca veio no dia do aniversário de 70 anos da Vila Capanema, palco esportivo mais tradicional de Curitiba. Logo ele, que se diz um apreciador da história da cidade, vem com piadinhas pra tentar diminuir o nosso tricolor?
A teoria mais provável é que o “cheiro de pobre” impeça o prefeito de reconhecer o valor da nossa torcida. Na Vila sempre teve lugar pra todo mundo. Desde os tempos de Ferroviário, primeiro clube do Paraná a escalar negros e primeiro representante do Estado em um torneio nacional – em 1967 -, a Vila une os curitibanos de todas as classes sociais.
Sim, prefeito, no coração da cidade, na várzea da primeira favela, existe e resiste uma torcida apaixonada. Torcedores de um Clube que paga o preço alto de ter tido gestores irresponsáveis como você ao longo da história. Que paga o preço de um poder público comprometido com negociatas, estão aí os investimentos na Arena da Baixada durante a Copa do Mundo que não nos deixam mentir.
Cabe a nós, tricolores, fazermos desse ano o ano da virada. Que essa provocação seja um combustível a mais para nos levar ao estádio, comemorar as vitórias e juntos mandarmos o recado: Cala a boca Greca!
E viva a septuagenária Vila Capanema!
Começa campanha salarial do Sindimovec em Campo Largo-PR
January 23, 2017 20:47Trabalhadores da Caterpillar, Fiat e Metalsa receberão as pautas de reivindicações nas portas das fábricas
Por Regis Luís Cardoso
Sindimovec/PR
Tudo pronto para a Campanha Salarial 2017 do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Montadoras de Veículos, Chassis e Motores de Campo Largo-PR (Sindimovec). Nos próximos dias a direção da entidade percorrerá os locais de trabalho para entregar o material de Campanha. “O procedimento utilizado é o mesmo dos anos anteriores, em que o trabalhador recebe um formulário e faz a sua reivindicação de forma individual”, explica Adriano Carlesso, diretor presidente da entidade.
Após agrupar as reivindicações individuais, a organização da Campanha forma, em parceria com o DIEESE, o Rol de Reivindicações. Este documento oficial será apresentado a todos os trabalhadores em assembleia. Após votação e aprovação por parte dos participantes, o documento é protocolado e a partir daí se inicia as negociações entre trabalhadores e empresas.
A participação de todos é muito importante para que as exigências mais particulares de cada trabalhador, e de cada setor da empresa, possam ser relatadas e reivindicadas nas negociações”, aponta Carlesso. Para a direção da entidade, a informação que parte do trabalhador é a base Campanha Salarial e da Negociação Coletiva.
Formulário
O formulário é composto de 18 perguntas, em que o trabalhador assinala a sua resposta com um “X” ou com um valor que entenda ser justo para aquela questão.
No verso do formulário, há um espaço para as reivindicações particulares, onde o trabalhador deverá escrever as demais reivindicações que, por ventura, não tenham sido abordadas nas perguntas anteriores.
O objetivo do Sindimovec é oferecer um espaço em que o trabalhador consiga acrescentar suas sugestões e críticas com total liberdade.
Clique aqui e saiba mais.
Agentes penitenciários repudiam declarações de diretor do DEPEN sobre as atividades da categoria
January 23, 2017 20:28Entenda porque a falta de agentes compromete todo o sistema penitenciário
January 20, 2017 10:14No Paraná, seria necessário aumentar em, pelo menos, 50% o número de servidores para garantir o cumprimento da Lei de Execução Penal
Por Waleiska Fernandes
Sindarspen/PR
A polêmica sobre a “grana curta” e os gastos extras da viagem de férias
January 18, 2017 12:05Vamos aos perrengues de uma viagem programada, mas com programação alternativa, livre e sujeita a alterações
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Viajar a lazer, para turistar e andar de avião era um sonho antigo e inalcançável, mesmo eu sendo uma funcionária celetista que viveu os 12 anos de crescimento da classe trabalhadora no Brasil. Andei de avião pela primeira vez aos 28 anos. A trabalho. Até então, meu auge na profissão-jornalista foi o recebimento do piso salarial da categoria depois de um começo de carreira sem essa garantia, mesmo sendo jornalista formada-diplomada com colação em 2004.
Nunca fui desprovida de recursos básicos, ao contrário, meus pais sempre me deram acesso a tudo, inclusive ao lazer, mas de uma forma diferente. Conheço bem pouco do Brasil (e o que conheço é das viagens que fiz a trabalho, com raras exceções), porque meu rumo sempre foi curitiba-litoral-curitiba e tudo bem. E tanto que, ao escolher um destino para essa coceira de preciso-viajar-com-minha-filha-de-avião optei pelo Rio de Janeiro, lugar que estive especificamente para cursos de formação vinculados ao meu trabalho em duas oportunidades: nos anos de 2011 e 2015.
PLANEJANDO A VIAGEM
Minha primeira intenção era desembarcar direto numa espreguiçadeira estirada numa praia nordestina, qualquer uma, mesmo tendo fetiches por Fortaleza e Maceió, e torrar no sol-e-mar pelo tempo que durasse a estadia. Mas fiz cotações desde o mês de agosto e, veja só, inviável, de verdade. Ao menos na alta temporada. Somos um casal e uma criança de 4 anos e os custos são de três passagens aéreas ida e volta mais a estadia num hotel (quesito sorte-azar se você não se garante com uma agência de viagens e paga – justissimamente – por isso). Mas eu não podia dispor de cinco, sete mil reais só pra ser feliz na semana do ano novo (e só pagando passagem aérea e estadia).
Pois em setembro, final de expediente, 20 minutos pra ir pra casa, quando eu já nem vislumbrava mais um plano de viagem, uma amiga deu a dica de promoção de passagem aérea. Tinha para poucos destinos partindo de Curitiba mas eu li lá Rio de Janeiro e nem lembro mais das outras opções. Pois a média para três idas e três voltas dava R$ 144 cada passagem. Considerei acessível. Tinha que ficar lá oito dias. Antes de ir direto no site da companhia aérea passar o cartão de crédito, busquei informações sobre o hotel que eu já havia me hospedado no Rio, localizado na Cinelândia. Mas não havia mais reserva disponível. Como considerei o acesso e uso do metrô muito fácil por lá, pensei que seria uma boa procurar um hotel no centro (acreditando que era um ao lado do outro, mas chegando lá haviam três estações de metrô de distância).
E peguei na sorte-azar do mundo virtual o primeiro hotel que apareceu. Li uns comentários e avaliações na internet (nunca tinha feito isso na vida, mas tava rolando adrenalina no sangue) e informei e notifiquei o Joka: vamos passar o ano novo no Rio de Janeiro e você tem dez minutos pra me dizer pra não fazer isso. Antes desse prazo acabar eu comprei as passagens e reservei o hotel. As diárias para o casal davam R$ 110 por pessoa e minha filha não pagava. Me pareceu acessível financeiramente.
E todos os meses que sucederam quase que não falamos mais no assunto, que foi retomado somente em dezembro, com tudo isso aí quase já quitado. Nesse meio tempo, já pensei em garantir as refeições no VR, fui juntando saldo. Na minha cabeça, teria que garantir mais a graninha do metrô. Nem me passou pela cabeça que todos os passeios seriam com valores tecnicamente caros, para turista pagar. Porque se você é morador, provavelmente não se dá a esse luxo. Mas esboçamos uma programação de locais que gostaríamos de conhecer. E foram esses passeios que foram além do orçamento (tudo que gastamos pode ser conferido aqui). Na prática, a gente tinha em mãos R$ 900 para gastar lá, valor destinado ao transporte/água/alimentação, mais o VR e alguns gastos no débito/crédito, essencialmente alimentação e os passeios. Chegou um momento que ainda faltavam algumas diárias no Rio e eu só pensava “ferrou, vai faltar grana pra pagar as contas da rotina”.
PERRENGUES IMPREVISÍVEIS
Chegamos no hotel e a localização “centro” não parecia plausível. Estávamos ao lado do porto. Com funcionários atenciosíssimos em todo o tempo que lá permanecemos, nos deixaram fazer o check in de manhã (é previsto às 14h, mas nosso voo chegou lá pelas 9h no Rio), mas no quarto não havia lugar para a Carol. Era minúsculo e não cabia mais que uma pequena cama de casal (e bem caidinho também). Com uma ligação esclareci que a reserva previa uma cama adicional, mesmo que grátis, que estaria contemplada. E nos colocaram no quarto adequado.
O hotel era, de fato, mais popular. As refeições mais baratas que fizemos no Rio foram os jantares de lá. Recebi críticas sobre minha avaliação de “grana curta” para passar ano novo no Rio, porque de fato não foi pouco o que gastamos se considerarmos nosso padrão de vida em Curitiba, mais modesto, mas relativamente, se compararmos com os valores que gastamos na capital do Paraná quando nos damos o luxo de jantar fora, dá no mesmo. Aliás, em Curitiba a média de gasto numa refeição numa churrascaria ou restaurante para o jantar é de R$ 150 o casal. No Rio era R$ 100. O problema é que a gente tinha que bancar duas refeições por dia e não tinha outro jeito. No final das contas, o gasto maior de turistar no Rio foi com comida. Fato.
Mas fomos beneficiados de diversas maneiras estando hospedados neste hotel: a primeira delas é o acesso fácil aos meios de transporte que nos levaram aos locais mais distantes. A segunda é que fizemos o passeio a Angra dos Reis com os bacanas, os turistas hospedados em Copacabana, maioria estrangeiros, e ainda pagamos um valor menor. Descobri isso porque quando fui acertar o pagamento, a moça da agência não sabia ao certo o valor que eu havia combinado no hotel.
ANGRA DOS REIS
Joka me cobrou um texto mais adequado a tudo de bonito que vimos por lá. Não estendi por motivos de:
Sim, fiquei o trajeto todo de barco impressionadíssima com a paisagem. Angra era mais um paraíso tropical inacessível na minha memória afetiva ou pretensão para turistar. Mas fomos buscados no hotel do centro por uma van. Nos levaram até um ônibus estacionado em Copacabana. Aguardamos os demais passageiros nível-com-grana daquele bairro. E fomos tratados da mesma forma, inclusive nos confundiram com um “buenos días” por Joka ser Joaquín.
O trajeto pela Rio-Santos é sensacional. Muriqui, Mangaratiba, gente que lindo. A parte feia são os-piores-banheiros-de-toda-a-viagem. Não vá nunca no banheiro do barco nem da parada do bus. Mas tem que né. Angra tem águas marinhas verdes-cristalinas. O barco tem música alta que não curtimos e caipirinha ruim (aliás, não provei uma caipirinha boa no ridijaneiro). Mas nada, nada mesmo é motivo para um segundo de arrependimento.
Paramos em quatro ocasiões: duas para mergulho sem pé, duas em praias. Eu fiquei triste nas praias. Muito lixo na água. Dó de tanto barco atracado trazendo turistas deslumbrados. Mas é sim um deslumbramento só. Curti muito os mergulhos, eu que sou respeitosa (cabreira) com o mar. A gente não ia pular, ia esperar o banho de mar na praia. Mas Carolina-4 anos – insistiu. Melhor sensação.
Vá ao Rio, vá a Angra, vá a Paquetá, vá à Lagoa. Se der a sorte que a gente não teve, vá ao Jardim Botânico. E depois me conte. Além de Angra, oferecer passeios a Petrópolis, Cabo Frio, Arraial do Cabo. Para passar o dia. Vá. Escolha um desses locais. É muito bom.
Eu sempre gostei muito do Rio, eu tenho até vontade de morar lá. É um encantamento. E eu conheci também as áreas não tão prestigiadas pela high-society, dessa e das outras vezes que estive. Subi o morro, o do Cristo e o Santa Marta. Nas areias das praias, ninguém é rico, ninguém é pobre, somos todos relativamente iguais. A melhor sensação de todas, ocupar as areias e o mar. Passar o ano novo em Copacabana. Ali o direito, naquela hora, na virada do ano, foi de todos.
Campo de deslocados na Nigéria é bombardeado
January 17, 2017 19:12Ao menos 52 pessoas morreram e 120 ficaram feridas no ataque aéreo
Ao menos 120 pessoas foram feridas e 52 foram mortas no bombardeio do Exército nigeriano a um campo de deslocados internos em Rann, no estado de Borno, no norte da Nigéria, nesta terça-feira, de acordo com a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).
“Um ataque dessas proporções a uma população vulnerável que já vinha fugindo da violência extrema é chocante e totalmente inaceitável”, diz o dr. Jean-Clément Cabrol, diretor de operações de MSF. “A segurança dos civis deve ser respeitada. Fazemos um apelo urgente a todas as partes do conflito para que garantam a facilitação de transferências médicas por via aérea ou terrestre para os sobreviventes e para os que precisam de cuidados emergenciais.”
Equipes médicas de MSF estão oferecendo primeiros socorros a 120 pacientes feridos em sua instalação de saúde em Rann. As equipes médicas e cirúrgicas na região e se preparam para tratar os pacientes evacuados.
Fonte e foto: Médicos Sem Fronteira
Dicas para fazer turismo no Rio de Janeiro com verba curta e criança pequena
January 17, 2017 11:26Nessas férias** encontrei uma boa oportunidade de retomar a pauta “Bebê Crescendo”* na minha vida
Por Paula Zarth Padilha
Foto: Joka Madruga
Terra Sem Males
Encerramos 2016 com uma meta ousada: fazer uma viagem programada de férias, incluindo aí o turismo de lazer, num cenário possível para o trabalhador assalariado e com uma conjuntura pós golpe (e de crise braba). A parte do “tudo sob controle” financeiramente a gente deixa pra lá, pois deu pra fazer muita coisa legal no Rio de Janeiro (capital), partindo de Curitiba. Fomos eu e Joka e minha filha Carolina, 4 anos.
HOSPEDAGEM
Ficamos num hotel no centro da cidade, ficava a algumas quadras do metrô, numa região residencial, entre os morros da Providência e da Conceição, muito próximo ao que hoje denominam como “Porto Maravilha”, a orla portuária do Rio de Janeiro transformada em estacionamento de navios de cruzeiros marítimos internacionais, cercada de museus na Praça Mauá e próxima, também, do AquaRio.
Reservei por um site na internet uns cinco meses antes, bem na sorte/azar mesmo. O azar foi que descontaram o valor total de uma vez só, sem parcelar no cartão de crédito. A sorte é que isso aconteceu bem antes da viagem.
Com o hotel localizado na rua Camerindo, descobrimos com as andanças entre uma atração e outra, o sítio arqueológico chamado Cais do Valongo, trajeto dos escravos que chegavam ao Rio de Janeiro. Ele estava escondido abaixo do Cais da Imperatriz, de onde foram retiradas quatro estátuas que agora estão em cima do imenso muro dos Jardins Suspensos do Valongo, também ao lado do hotel. O local está fechado para visitação, mas basta atravessar a rua e parar na Praça dos Estivadores para contemplar.
TRANSPORTE NA CIDADE
Utilizamos quase todos os meios de transporte coletivos e/ou populares do Rio de Janeiro (trem, metrô, ônibus de linha, VLT, barco, balsa, catamarã, taxi, uber, charrete, bicicleta). Utilizamos créditos do cartão único, aceito em todos os meios coletivos, que podia ser facilmente recarregado nas estações de embarque. Cada adulto deve ter seu próprio cartão, não é possível dividir apenas um. Também andamos bastante. Em oito dias, gastamos aproximadamente R$ 500 com deslocamentos.
VIAJANDO COM CRIANÇA NA ALTA TEMPORADA
Desembarcamos 28 de dezembro e o retorno estava marcado para 05 de janeiro. Como seria alta temporada e com previsão de muita fila em tudo, o primeiro pensamento é “programei errado”, considerando a filha a tiracolo e os 40 graus ininterruptos durante os dias e os 30 graus ininterruptos nas noites.
Nós não fizemos passeios noturnos, a última parada sempre incluía o jantar, pois Carolina tradicionalmente dormia no caminho de retorno ao hotel. Sempre saímos do hotel com ao menos duas garrafinhas de água para a primeira meia hora e lanchinhos rápidos na bolsa, além claro de uma muda de roupa adicional para Carolina e trajes de banho.
A gente acordava cedo o suficiente para pegar o café da manhã, servido tradicionalmente até 10h, mas não nos preocupávamos com hora específica de almoço ou jantar. As refeições vinham conforme fome e disponibilidade, mas o cuidado com a hidratação era frequente, seja com água ou com sorvetes e picolés (o valor da garrafinha de água mineral variava de R$ 2 a R$ 5 e os sorvetes também).
Os moradores do Rio de Janeiro são sempre muito simpáticos e solícitos para facilitar a vida de quem anda por lá com crianças. Mesmo Carolina já ter extrapolado a idade preferencial (2 anos), sempre fomos beneficiadas com a regra: cada vez que entrávamos no metrô ou no VLT, alguém levantava para ceder lugar.
Com alimentação, gastamos aproximadamente R$ 2 mil, divididos entre vale-refeição, dinheiro e cartão de débito. A cada refeição de almoço ou jantar, a média de gasto era de R$ 50 por adulto.
COMO CHEGAR E QUAL O VALOR:
CORCOVADO (dia 1)
(R$ 162,00 para os dois adultos)
Optamos pelo check-in no hotel ser seguido da visita ao Corcovado: o morro do Cristo, cartão postal do Rio de Janeiro. Andamos até a estação do metrô (Presidente Vargas), desembarcamos no Largo do Machado. Compramos os ingressos para o Trem do Corcovado no quiosque oficial do RioTur, com hora marcada (R$ 162,00 para os dois adultos. A informação no site estava incorreta, pois os valores eram referentes à baixa temporada, uma diferença de R$ 40 aproximadamente).
Para chegar ao trem, tem algumas quadras de distância, é possível fazer o trajeto a pé ou com ônibus de linha. Tivemos que recorrer ao táxi pois Carolina adormeceu no meu colo durante o almoço, já que nosso voo foi às 6h da manhã e ela madrugou para voar pela primeira vez.
Também é possível subir o morro em vans de turismo, sem recorrer ao trem. O embarque é no Largo do Machado mesmo. As vans facilitam no retorno, pois como você tem horário para subir, mas fica livre para passear e descer quando quiser, é preciso encarar uma fila considerável.
Acesse aqui as fotos do Corcovado.
MUSEU DE ARTE DO RIO (dia 2)
(Combo: R$ 64 tudo, para duas pessoas).
No segundo dia de viagem tivemos mudança de planos pela primeira vez. Fizemos a pé o trajeto até o famoso aquário do Rio de Janeiro (AquaRio). Chegando lá, com o sol ardendo, demos de cara com filas imensas e um funcionário no megafone dizendo que os ingressos haviam se esgotado, mas era possível comprar para outro dia.
Compramos as entradas para retornar ao AquaRio no dia 31 de dezembro, também com hora marcada (R$ 200 no total, sendo R$ 80 por adulto e R$ 40 o da Carol. Esse foi o único lugar que visitamos que ela teve que pagar para entrar ou transitar).
Seguimos em frente via VLT, que tinha um ponto próximo e o Museu do Amanhã somente duas estações à frente. O VLT parece ser utilizado mais por turistas do que por trabalhadores. Mesmo fazendo o circuito passando por bairros centrais, da rodoviária até o aeroporto Santos Dumont, via Av Rio Branco, não é possível utilizar a mesma passagem nas conexões com o metrô, é preciso desembarcar e reembarcar.
Chegando no Museu do Amanhã (que não tínhamos ingressos), mais uma fila quilométrica. Um funcionário indicou que era possível comprar um combo no Museu de Arte do Rio (MAR), do outro lado da Praça Mauá, garantindo acesso aos dois museus (R$ 64 tudo, para duas pessoas).
Fomos até o MAR, uma grata surpresa, um belo museu, com um acervo incrível. Valeu muito a pena e Carolina interagiu muito com as exposições. O almoço foi dentro do MAR mesmo. Lá tem dois restaurantes, a gente almoçou no que era uma cafeteria.
A intenção era ir em seguida no Museu do Amanhã mas ainda não havia coragem para encarar a fila. O combo dava direito a utilizar o segundo ingresso num prazo de sete dias e a gente tinha esse tempo. A única coisa que nos passou pela cabeça após o almoço tardio foi “vamos para praia”.
Acesse aqui as fotos
ANOITECER EM COPACABANA
Seguimos para Copacabana, primeiro de VLT até a estação Carioca, descemos e reembarcamos na estação de mesmo nome de metrô. Descemos na Siqueira Campos e andamos, andamos e andamos até encontrar a praia umas seis ou sete quadras em frente.
Logo encontramos diversas barracas para aluguel de guarda sol e cadeira. Eu sempre andava com as roupas de praia, protetor solar, bonés e uma canga a tiracolo, então locamos um guarda-sol e uma cadeira (R$ 15 e R$ 7). O moço do quiosque vai instalar onde você quer (no caso, onde se encontra um lugar ao sol na praia lotada) e depois vai retirar. É possível pagar com débito, tem wifi e cerveja gelada na mesma barraquinha. Aproveitamos o mar e o sol até anoitecer. Jantamos num quiosque na calçada, um pouco mais sofisticado, mas com preço menor que em muitos outros restaurantes que comemos nessa viagem.
Carolina é acostumada a comer a tarde toda e não se alimenta muito bem no café da manhã e no almoço, mas no Rio ela aproveitava bem as refeições. Se esbaldou com macarrão, camarão, peixe, suas principais pedidas (além dos picolés e das águas que eram da rotina dos passeios). Voltamos para o centro do Rio de Uber, pois já era noite e Carolina dormiria no caminho depois de um dia bem aproveitado (sim, às vezes dormia na salmoura e o banho era só na manhã do dia seguinte).
ILHA DE PAQUETÁ (dia 3)
A intenção era passar o dia em Paquetá mas levamos uma invertida do motorista de Uber que teria que nos levar até a Praça XV, local de embarque nas balsas e barcos rumo a Niterói e Paquetá. A Praça XV fica um pouco além da Praça Mauá, perto de onde a gente estava, mas com as obras do VLT, a Av Rio Branco está em grande parte sem passagem para carros. O motorista deu muitas voltas, chegamos a passar pelo aterro do flamengo e por um túnel novo de 6 quilômetros, mas nada de chegar ao destino. De um gasto inicial previsto pelo sistema do Uber de dez reais, a corrida cobrada foi quase R$ 40. E perdemos a barca da manhã. O jeito foi almoçar na grande rodoviária de barcos de transporte coletivo e aguardar o horário. O valor do trajeto é popular, menos de R$ 6 por pessoa.
Os 70 km são percorridos em aproximadamente duas horas. Já em Paquetá, muitos trabalhadores locais aguardam os turistas com opções de passeio. Tem charrete elétrica, bicicleta “com piloto”, bicicleta para locar. Em Paquetá não transitam carros, somente veículos de infraestrutura pública. Optamos pelo passeio de charrete para dar um giro na ilha. Pagamos R$ 100. Decidimos ficar na Praia da Moreninha, última parada do passeio de charrete.
Lá não encontramos cadeiras e guarda sol para locar, aproveitamos a sombra das árvores. O tempo virou e saímos do mar enquanto o temporal se armava. Caminhamos até encontrar abrigo num hotel. A chuva começou quando já estávamos lá. E de lá pegamos a mesma charrete para retornar ao ponto de embarque para voltar ao Rio (R$ 5 por pessoa o transporte). Paramos para jantar num lugar ótimo e com música ao vivo. A chuva tinha parado e restava a maravilhosa vista. Paquetá vale muito a pena. O retorno foi de catamarã, o acesso foi com os créditos do bilhete único. De volta à Praça XV, voltamos para o hotel de táxi.
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AQUARIO E CINELÂNDIA (dia 4)
(R$ 200, dois adultos e uma criança, que paga meia)
Era 31 de dezembro e, como a virada seria nas areias de Copacabana (via ingresso antecipado para o embarque no metrô), a programação do dia já tinha sido definida: visita ao Aquário na região portuária e almoço na Cinelândia.
Fomos a pé até o AquaRio (R$ 200 as entradas, conforme já citado). É um passeio superbacana, mas sou suspeita porque gosto de visitar aquários. Saímos de lá e seguimos de VLT até a Cinelândia para almoçar num restaurante que a gente já conhecia. Passamos a tarde no hotel para dar conta da aventura do ano novo nas areias de Copacabana.
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REVEILLON EM COPACABANA
O acesso ao metrô para o réveillon deve ser comprado antecipadamente, com horário definido para embarque e em estações específicas. O valor também é um pouco mais alto e só aceita pagamento em dinheiro. Com as passagens em mãos, embarcamos na Presidente Faria e descemos na Arco Verde. Mais uma andança até a praia e ficamos num espaço bom, sem muito fervo, sem muita gente se aglomerando (sim). Locamos uma cadeira para aguardar meia noite (R$ 50). Fui com Carolina até o mar, ela festou um pouco com as ondas, mas logo ela ficou com sono e dormiu. Coloquei deitada na minha canga na areia e, na virada do ano, ela passou os doze minutos de fogos sem se mexer. Passar o ano novo naquelas areias de uma praia ocupada gratuitamente por quem queria simplesmente estar lá e ninguém tinha nada a ver com isso foi a melhor sensação. A pior parte foi voltar. Tinha bastante gente, mas ok. O problema foi carregar 14 quilos estabacados de sono nos braços naquelas quadras que nem contei quantas até chegar na estação do metrô. Eu e Joka fomos revezando com ela no colo, mas confesso que foi bem difícil.
DOMINGO, PRIMEIRO DE JANEIRO (dia 5)
(Jardim Botânico, Zoológico, Lagoa Rodrigo de Freitas, Praia de Ipanema)
Não sei se é porque era domingo, não sei se era por ser dia da Confraternização Universal, mas nada que exigia bilheteria estava aberto naquela cidade. Atravessamos Rio de Janeiro de taxi para chegar no zoológico. Fechado. Seguimos na esperança de conhecer Jardim Botânico. Fechado. Por sorte ali do lado estava a Lagoa Rodrigo de Freitas. Belíssima e aberta à visitação por todos os lados. Foi ali mesmo que aproveitamos o dia. Carolina brincou num parquinho muito legal (aliás, em todo lugar tem parquinho infantil muito legal no Rio). Tomamos uma água de coco com valor acessível (duas de coco mais duas minerais por R$ 15) e andamos muito tentando achar lugar para comer e para alugar bicicletas. Demos uma volta numa bicicleta para três (R$ 25 meia hora) e encontramos o local da lagoa onde se concentram restaurantes e bicicletas. Também ali, muitos outros parquinhos infantis. De lá, seguimos de taxi para a praia de Ipanema. Desta vez eu estava desprevenida. Pois entramos de roupa e tudo no mar e mais uma vez anoitecemos na orla. Como extrapolamos no transporte, para retornar encaramos o metrô, direto de General Osório. E foi tudo bem.
PÃO DE AÇUCAR, URCA (dia 6)
(R$ 152 ida e volta para dois adultos).
Na segunda-feira também não é fácil encontrar lugares abertos no Rio. Tentamos o Museu do Amanhã mas ele estava fechado. Decidimos ir ao Pão de Açúcar, desta vez ligando antes para confirmar o funcionamento e utilizando metrô e ônibus para chegar lá. Almoçamos em Botafogo, entre o metrô e o ônibus, e encontramos o bondinho aos pés da praia vermelha. Parecia que todos os turistas do Rio de Janeiro estavam lá. Mas era longe, não tinha o que fazer além de encarar. Fila imensa lá fora, fila imensa lá dentro, ficamos umas duas horas até pisar no teleférico. E Carolina estava na vibe, aceitou tudo numa boa, tão empolgada que estava em andar de “mundinho”. Quando chegou nossa vez, correu para a parte da frente e teve vista privilegiada. Chegou no morro da Urca e queria logo andar de mundinho de novo, rumo ao Pão de Açúcar. Anoitecemos naquele lugar. É muito bonito. Fizemos o trajeto inverso, ônibus e metrô.
ANGRA DOS REIS (dia 7)
(R$ 320 para dois adultos, incluindo transporte rodoviário e barco)
Esse passeio não estava no cronograma. Fomos na onda do anúncio disponibilizado no hotel. Valeu muito a pena por conhecermos um paraíso de águas de cores lindas, por mergulharmos de um barco, por ser tudo tão diferente.
MUSEU DO AMANHÃ (dia 8)
Finalmente tivemos que encarar a fila no Museu do Amanhã, pois era o último dia da estadia. É um museu tecnológico e, de todos os passeios, esse foi o que menos gostei. Principalmente porque insistimos tanto e tudo lá dentro não faz muito sentido (ou não me despertou tanto interesse, achei a procura exagerada). Seguimos para almoçar na Cinelândia e, de tarde, visitar nossa amiga Claudia Giannotti, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, entidade que é referência em formação para comunicadores populares e sindicais. Saímos do NPC já de noite, com novos planos para o Terra Sem Males, encerrando muito bem nossa viagem de férias no Rio de Janeiro.
Encerro esse relato afirmando que a verba curta mencionada no título não foi tão curta assim e que a criança pequena não é mais tão pequena assim. Minha garota é uma ótima aventureira e eu queria muito proporcionar uma viagem de lazer para ela, que incluísse aeroporto. Para a minha sorte, Carolina curtiu muito cada museu, cada ida e vinda de metrô ou VLT, pois tudo pra ela vira festa com um picolé a tiracolo.
* Desenvolvi um blog chamado Bebê Crescendo até Carolina completar dois anos (2014) narrando minhas experiências com ela sendo de mãe de primeira viagem. Continuo de primeira viagem, tanto como mãe, como de viagem programada para o turismo de férias com a filha.
** Por mais que você programe um roteiro informal para turistar e se informe sobre horários e valores, sempre tem uma surpresinha de trajeto.
Agentes do Paraná protocolam carta com propostas de melhoria do sistema penitenciário
January 17, 2017 9:57Crise instalada no país, morte de agente do SOE e fugas em Piraquara e Telêmaco Borba acendem o alerta vermelho no Paraná, avalia SINDARSPEN
Fruet questiona investimentos na saúde de Greca em Curitiba
January 16, 2017 11:54Atual prefeito anunciou R$ 16 milhões em parceria com governo do estado e ministério da saúde.
O ex-prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, questiona números apresentados pelo novo prefeito, Rafael Greca, na área de saúde. Hoje, em cerimônia com o governador do Paraná, Beto Richa, e com o ministro da saúde, Ricardo Barros, Greca afirma que Curitiba irá receber R$81,6 milhões para serem investidos na saúde. No entanto, para Fruet, que diverge dos números apresentados na Prefeitura de Curitiba, dos R$ 77 milhões anunciados, apenas R$ 72 mil representam alguma novidade.
Ocorreu hoje a entrega de 6 novas ambulâncias. Foram cinco veículos repassados pelo governo federal e um pelo governo estadual. De acordo com Rafael Greca, em sua conta no Facebook, “juntos eles somam um investimento de R$ 1,49 milhão”. Em seu discurso, o prefeito Rafael Greca apontou os problemas que ele identifica na saúde de Curitiba, como atendimento em unidades de saúdes e pronto atendimento e falta de remédios.
“Eu criei a Farmácia Curitibana. Começou com 41 remédios. Depois foram 82. Atualmente são 212. Agora, não adianta oferecer sem fornecer. É por isso que eu cancelei a oficina de música. Para usar os R$ 2 milhões na compra dos medicamentos básicos”, direciona Greca.
A apresentação, no entanto, foi questionada pelo ex-prefeito Gustavo Fruet. Segundo ele, apenas a entrega das ambulância traz algum fato novo na saúde municipal. “Essa é a única novidade. Ao longo da nossa gestão, reiteradamente pedimos ao Ministério da Saúde a substituição de 13 ambulâncias do SAMU de Curitiba. Pelo menos 6 virão agora. Mesmo com toda dificuldade, colocamos novas ambulâncias em circulação”, justifica Fruet.
Por outro lado, Fruet também questiona o desvio de recursos da 35ª Oficina de Música para a saúde. “Faltavam cerca de R$ 800 mil para realização da Oficina de Música e não R$ 2 milhões. Já havíamos garantido R$ 120 mil para compra de passagens e outros R$ 420 mil foram repassados ao ICAC no ano passado. Não se justifica a alegação de cancelar a Oficina para garantir recursos para a saúde”, se contrapõe.
Ponto a ponto, Fruet ainda questiona o argumento de Rafael Greca de que os cofres da Prefeitura de Curitiba não previam recursos para a saúde. O atual prefeito anunciou, por exemplo, “R$ 26 milhões para recomposição das fontes do SUS”. Para Fruet, “deixamos em caixa nas contas do Fundo Municipal de Saúde R$ 43.125.392,69. Deste montante saíram os R$ 26 milhões anunciados como novos recursos orçamentários”, esclarece.
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Manoel Ramires
Terra Sem Males
Foto: Joel Rocha/SMCS