Precisamos politizar a luta dos trabalhadores, diz Gleisi em encontro com petroleiros
April 18, 2018 12:02Uma comitiva de políticos e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) visitou a Sede do Sindipetro Paraná e Santa Catarina na tarde desta segunda-feira (16) para se reunir com a Direção Executiva da entidade.
O objetivo foi debater sobre a conjuntura política nacional e o Acampamento Lula Livre. Participaram os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), que também é presidente nacional do partido.
Para a senadora, o momento é importante para politizar a luta dos trabalhadores. “Tudo o que está acontecendo no cenário político nacional é porque quem está hoje no poder age diferente de quem estava lá anteriormente. A retirada de direitos dos trabalhadores e o desmonte da Petrobrás estão no contexto da prisão de Lula, uma continuidade do golpe em curso no país”, disse.
O senador Lindbergh afirmou que a prisão de Lula gerou um impasse. “Prenderam, mas não venceram. A crise é gigantesca e o país está estagnado. Tudo que apostaram deu errado. O golpe era para colocar Temer por dois anos e efetuar as maldades. Depois, naturalmente, um tucano assumiria e continuaria a agenda neoliberal”, analisou.
De acordo com o secretário de comunicação da FUP e diretor do Sindiquímica-PR Gerson Luiz Castellano a falta de investimento por parte da Petrobrás em todas as unidades é um reflexo do golpe de 2016. “Vivemos tempos sombrios no país, em que após a ditadura de 64 nós temos um preso político que se chama Luiz Inácio Lula da Silva. O processo que vem ocorrendo com a Fafen-PR também vai atingir a Repar, se essa luta não for travada pela sociedade toda. Poderemos ver Araucária desaparecer financeiramente com o fim dessas empresas”, afirmou.
O presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, afirmou que a população sente na pele os efeitos do golpe, mas ainda permanece inerte. “Antes, setores da sociedade reclamavam dos prejuízos que a Petrobrás tinha com o controle dos preços dos combustíveis pelo governo, mas mesmo assim a estatal apresentava cifras gordas de lucros. Agora, com a redução da carga de produção nas refinarias e a liberação das importações de combustíveis, a empresa amarga gigantescos prejuízos e a sociedade se cala. Até quando?”, questionou Dal Zot.
O Sindipetro Paraná e Santa Catarina apoia o Acampamento Lula Livre, que também é um espaço de debate sobre a conjuntura política e de defesa da Petrobrás enquanto empresa estatal e indutora do desenvolvimento econômico e social do país. Vários petroleiros estão participando da mobilização nas cercanias da Superintendência da Polícia Federal, em regime de revezamento.
Fonte: Sindipetro PR/SC
Prisão de Lula: Relatos de uma noite de sangue, bomba e militância
April 17, 2018 13:00
Sérgio Domingos é filiado ao Partido dos Trabalhadores de Campo Largo e vice-presidente do Sindimovec. Também Metalúrgico e Administrador. Quando soube que Lula seria preso na Polícia Federal, em Curitiba, no dia sete de abril, foi até lá e sentiu na pele os abusos de quem trabalha para proteger os cidadãos
Marcas do sete de abril de 2018, uma data histórica. Neste dia, o maior líder popular contemporâneo do país foi preso. E esse acontecimento mobilizou diversas frentes ligadas aos partidos políticos e movimentos sociais de esquerda a irem para os arredores da Polícia Federal em Curitiba demonstrar solidariedade ao ex-presidente. Neste contexto estava o vice-presidente do Sindimovec, Sérgio Domingos. Hoje, após pouco mais de uma semana do ocorrido, ele ainda carrega consigo reflexos de uma noite sangrenta. O relato do militante do Partido dos Trabalhadores de Campo Largo vai da euforia em participar do movimento pró-Lula até o terror de ser atacado pela Polícia em Curitiba.
Tudo começou em Campo Largo, quando Sérgio e um amigo entraram num carro e partiram para uma jornada inesquecível na capital paranaense. Ato em solidariedade a “um homem simples, que nasceu em Pernambuco, veio no pau de arara pra São Paulo, passou fome, e, atualmente, é reconhecido como uma das maiores lideranças do planeta”, disse Sérgio, vice-presidente do Sindimovec, que conta como tudo aconteceu nesta conversa.
Pergunta (P): Como foi quando vocês chegaram a Polícia Federal em Curitiba?
Sérgio Domingos (SD): Cada vez que chegávamos mais perto da Avenida Paraná, o trânsito piorava. Já proximidades do Terminal Santa Cândida, virou um caos. Demoramos vinte minutos para percorrer dois quarteirões, até que conseguimos estacionar. Então subimos a rua sentido o prédio da PF. Por essa mesma rua subiam os pró e contra Lula e as provocações eram imensas e intensas. Logo no semáforo da Avenida Paraná havia um sujeito agitando uma enorme bandeira do PCdoB, sozinho, sem ninguém ao lado. Os pró-lula passavam e ovacionavam sua coragem. Os contra o xingavam dos piores palavrões possíveis. Foi ali que percebi que o clima era tenso.
Só depois quando chegamos num determinado ponto, na esquina da Rua Dr. Barreto Coutinho com a Rua João Gbur que vimos um bloqueio policial indicando a entrada dos pró-lula num lugar específico e os contrários para outro ponto. Quando chegamos havia crianças, adultos, idosos, pessoas com deficiências, além da vizinhança local, que saia na janela, nas portas ou iam pra fora dos portões.
P: Até esse momento o clima estava tranquilo?
SD: Sim. Um movimento lindo. Com canções de ordem, na maioria das vezes pedindo a liberdade de Lula. Comecei a me misturar na multidão pra encontrar mais amigos. Os agentes da PF que estavam do lado de dentro do portão conversavam pacificamente com quem estava do lado de fora, bem perto da grade. Todos estavam em paz, conversando, tocando tambores e cornetas, falando ao megafone palavras de ordem.
Do outro lado o movimento dos ativistas anti-Lula também era bem intenso. Não consigo imaginar quantas pessoas tinha lá. Eles tinham muitos foguetes e a todo o momento eram lançados em comemoração a prisão de Lula.
P: A partir de que momento você percebeu que o bicho ia pegar?
SD: Quando avistamos um helicóptero vindo. Foi aí que as pessoas do lado de cá começaram a ovacionar Lula, cantar canções, hinos, acender sinalizadores, etc. Do outro lado, o estouro de foguetes e rojões se intensificou. Parecia comemoração de virada de ano em Copacabana. De repente algo explodiu na minha frente, poucos metros de mim. Foi um estouro horrível. Nunca tinha ouvido aquilo. Um barulho ensurdecedor. Meu ouvido ficou zumbindo por um bom tempo. Depois começou muita fumaça que ardia os olhos – mais que o normal – e prejudicava a respiração.
Como eu nunca tinha passado por isso, não sabia o que estava acontecendo. As pessoas se assustaram e começaram a correr. Além disso, senti meu braço e minha perna arder. Então virei pra trás procurando meu amigo e vi uma bola de fumaça vindo do alto. Não sei se foi lançada de dentro da PF ou pelas pessoas que estavam do outro lado. Caiu poucos metros de mim e explodiu. Novamente o ouvido zumbiu por causa da força da explosão e senti minha testa arder. Além disso, meus olhos lacrimejavam, dificultando a visão e a respiração.
Então decidimos voltar para o carro e, ao chegar ao primeiro cordão de isolamento da política, ele já estavam se armando com capacetes, cassetetes e escudos. Pediram que fôssemos embora e, no que descemos a rua, várias viaturas do batalhão de choque subiram às pressas. Eram umas seis viaturas. Um policial desceu, com uma espingarda na mão e me chamou de filho da p***, me deu um chute por trás e me mandou seguir em frente. Eu desci calmamente e em seguida encontrei meu amigo. Seguimos para o carro e saímos dali.
P: Você acha que justifica esse nervosismo todo por parte da polícia durante os acontecimentos?
SD: Eu não sei o que motivou o lançamento das bombas no momento em que estávamos pacificamente em frente a PF. Eu achei que a ideia era que ninguém ficasse em frente ao prédio. O problema foi à chegada do batalhão da Policia Militar. Nesse momento as pessoas começaram a se dispersar descendo uma rua. Foi então que nos deparamos com os policiais gritando, xingando, todos armados e agressivos. Nesse momento cada um correu pra onde dava. Vi gente entrando em estabelecimentos comerciais, casas com portões abertos, etc. Tudo pra se proteger.
P: Após pouco mais de uma semana, pensando friamente, acha que houve abuso da PM?
SD: como eu disse, não sei o que motivou da ação da polícia, mas achei, sim, que houve abuso. Ainda mais quando, em um vídeo gravado pelo presidente do PT do Paraná, o Dr. Rosinha, ele disse que estava assinando um termo dentro da Policia Federal, junto com outras autoridades, para que pudéssemos ficar.

P: Você se machucou? O que aconteceu contigo?
SD: Sim. No momento da explosão das bombas e da correria senti meu braço, perna e cabeça arder. Quando chegamos ao carro foi que eu vi que meu braço estava bem machucado, minha perna e minha cabeça também foram atingidos. Meu amigo também machucou a perna.
P: O que mais te chocou nessa história toda?
SD: Várias cenas. Pessoas desmaiadas sendo carregadas, crianças chorando assustadas, gente idosa tentando fugir, etc. Mas o que mais me chocou foi quando os manifestantes anti-Lula comemoraram isso tudo. Eu ouvia pessoas dizendo “matem todos”, “petista bom é petista morto”, “desce o cacete nesses vagabundos”. Cara, eu não sou vagabundo. Trabalho doze, às vezes 16 horas, por dia. Sou metalúrgico, também estudei e me formei em administração de empresas com muita luta, aí um indivíduo que nem me conhece vem me chamar de vagabundo? Só por que ele não concorda com o que eu defendo? Está errado isso! É muita intolerância.
P: Foi a primeira vez que sofreu uma violência em manifestação?
SD: Sim. Fui a várias manifestações. Todas elas de forma pacífica. Sou totalmente contra a violência. Nada justifica uma pessoa atacando a outra. Ainda mais quando as opiniões são divergentes. Muitos já perderam amigos e até familiares por brigas assim. Infelizmente parece que nada freia esse avanço do ódio de classes. Espero que em breve essas pessoas tenham consciência do mal que estão fazendo.
P: O que pensa hoje sobre tudo que aconteceu no dia sete de abril?
SD: Várias coisas. Esse ódio contra a esquerda nos torna alvo de todo e qualquer tipo de ataque. O pior é que tem gente que aplaude isso e, muitas vezes, quem aplaude mal sabe o que está fazendo. O faz acompanhando algum amigo, familiar ou conhecido. Não leu nada sobre nossa luta, que é feita para melhorar a condição de todas as pessoas.
Por Regis Luís Cardoso (Foto Destaque: Joka Madruga).
CET reivindica volta da Secretaria Estadual do Trabalho
April 17, 2018 12:08Segunda-feira (16) foi enviado ao governo do estado do Paraná o Ofício nº 039/2018 do Conselho Estadual do Trabalho (CET). O objetivo do documento é chamar a atenção da recém-empossada governadora, Cida Borghetti (PP), para a necessidade de reativar a Secretaria do Trabalho Emprego e Renda
O Conselho Estadual do Trabalho enviou (16) para o executivo do estado documento explicando a necessidade de reativação da Secretaria do Trabalho Emprego e Renda no Paraná. “Entendemos que não há lugar para desenvolvimento econômico sustentável sem a maturidade das relações de trabalho, emprego e renda”, explicou Adriano Carlesso, presidente do CET. Para a direção do Conselho, composta por representantes da classe trabalhadora, empregadores e poder público, foi à agenda do governo paranaense que se pautou na redução das responsabilidades estatais referente ao tema.
Porém, para o CET, no caso da Secretaria do Trabalho Emprego e Renda, a sua extinção não trouxe economia nas despesas públicas. De acordo com o documento enviado ao executivo paranaense, o desmanche da Secretaria extinguiu, na verdade, apenas dois cargos em comissão (Secretário e Diretor Geral). Os outros 100 cargos comissionados foram transferidos para outras áreas (Secretaria de Estado da Família, Trabalho e Desenvolvimento Social – SEDS e posteriormente para a SEJU).
Panorama
O trabalho do CET envolve ações de intermediação de mão de obra, concessão do seguro-desemprego, qualificação profissional, geração de emprego e renda, relações do trabalho e o observatório do trabalho. A viabilidade dessa estrutura acontece através de recursos federais transferidos ao Paraná mediante convênios. A estrutura operacional para atender ao trabalhador compreende uma rede de Agências do Trabalhador presente em 216 municípios.
Vale lembrar que só em 2017 a rede de agências no Paraná atendeu um total de 332.652 (trezentos e trinta e dois mil e seiscentos e cinquenta e dois) trabalhadores, envolvendo a concessão de RS 1.725.650.677,90 (um bilhão, setecentos e vinte e cinco milhões, seiscentos e cinquenta mil, seiscentos e setenta e sete reais e noventa centavos) em pagamentos de Seguro-Desemprego. As Agências do Trabalhador do estado intermediaram a mão de obra de 107.978 trabalhadores.
“A rede de Agências no Paraná representa mais de 20% das intermediações realizadas em todo território nacional, ocupando a primeira colocação no ranking das Unidades Federais”, explica Carlesso. O atual presidente do Conselho Estadual aponta que o sucateamento da Secretaria só prejudica o trabalhador paranaense. “Da estrutura que existia para tratar da operacionalização das políticas do trabalho, restaram apenas 15 cargos em comissão na gestão da rede e 19 (dezenove) nos Escritórios Regionais”, completa o presidente do Conselho.
Por Regis Luís Cardoso.
Acordo mantém resistência nas ruas do entorno da PF em Curitiba
April 17, 2018 9:17Confira imagens de Joka Madruga do Acampamento Lula Livre da noite de domingo (15) e de segunda (16).
Na segunda-feira, 16 de abril, as organizações que mantém as atividades políticas, ativistas e culturais no Acampamento Lula Livre informaram que, após a aplicação de multa diária de R$ 500 mil, as barracas de pernoite e estrutura de cozinha dos acampados começaram a ser transferidas nesta terça-feira, 17, para um terreno que fica na Rua Joaquim Nabuco com a Rua São João, a três quadras do acampamento. As atividades de resistência permanecem onde estão, logo após o perímetro de isolamento da sede da Polícia Federal, onde Lula está preso, em Curitiba.
A semana começou com a visita do deputado Rui Pimenta e do senador Lindberg Alves, que estiveram ao lado da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, no ato político em que ela leu para a multidão uma carta enviada pelo presidente Lula, sobre as atividades de mobilização no acampamento:
Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade. Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido. Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava Jato, o Ministério Público da Lava Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi. Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado.
Grande abraço e muito obrigado
Luiz Inácio Lula da Silva



Ainda na segunda-feira, no litoral de São Paulo, Guilherme Boulos liderou uma ocupação do triplex do Guarujá, motivação judicial da prisão de Lula, junto a membros da Frente Povo Sem Medo e do MTST. De lá, o pré-candidato à presidência, que defende o direito de Lula ser candidato também e reafirma que ele é preso político, realizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais para mostrar as condições precárias dentro do imóvel.
Na manhã desta terça-feira, 17 de abril, o instituto Vox Populi divulgou pesquisa em que Lula mantém a liderança de preferência de voto, mesmo preso. A pesquisa também avaliou a opinião popular sobre sua prisão. 41% dos pesquisados consideram que o ex-presidente foi condenado sem provas; 44% consideram a prisão injusta e 58% que ele tem o direito de ser candidato, tendo 39% de preferência de voto.
O dia 17 de abril também marca ações de ocupação do MST em todo o país em memória dos 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás e os dois anos de golpe.
Confira outras imagens do acampamento de resistência:







Por Paula Zarth Padilha
Fotos Joka Madruga/Agência PT
Terra Sem Males
Prêmio Nobel da Paz vem a Curitiba em evento que celebra 30 anos da Constituição Federal
April 16, 2018 16:49Por Ana Carolina Caldas
Promovido pelo Circo da Democracia, o Fórum Advogados pela Democracia, como apoio da Faculdade de Direito da UFPR, o evento “ Os Direitos Fundamentais, a Democracia e a Constituição da Primavera”, acontece na próxima quarta, dia 18 de abril, às 19 horas, no Teatro da Reitoria. A mesa será composta pelo Prêmio Nobel da Paz , Adolfo Pérez Esquivel e Celso Amorim, diplomata e ex Ministro da Defesa entre 2011 e 2015 e Ministro das Relações Exteriores.
Fazendo a mediação a Professora Vera Karam de Chueiri, professora doutora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná. O evento em homenagem à Constituição da Primavera será permeado por apresentações artísticas de Letícia Sabatella, Forró de Rabeca e Samba Caboclo.
O Circo da Democracia foi uma ação realizada no ano de 2016 organizada por centenas de entidades que subiram a lona na Praça Santos Andrade para debater temas variados relativos à garantia da democracia. Agora, o Circo volta com o aprofundamento dos debates e metas apontadas.
PALESTRANTES
Adolfo Pérez Esquivel- Ativista argentino ganhador do Nobel da Paz em 1980. Defensor dos Direitos Humanos, já coordenou a Fundação Paz e Justiça na América Latina (SERPAJ-AL) e é membro do Comitê da Coordenação Internacional para o Decênio da Cultura da Não-violência e da PAz. É Presidente da Academia de Ciências Ambientais em Veneza.
Vera Karam de Chueiri- Mestre e Doutora em Filosofia pela New School for Social Research. Professora associada de Direito Constitucional do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (nos programas de graduação e pós-graduação em Direito) e coordenadora do Núcleo de Constitucionalismo e Democracia do PPGD. Foi editora da revista da Faculdade de Direito da UFPR (2008-2013) e vice-diretora da Faculdade de Direito da UFPR (2008-2015). É a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora da Faculdade de Direito da UFPR
Celso Amorim- Celso Amorim é diplomata e foi Ministro da Defesa entre 2011 e 2015. Ocupou por duas vezes o cargo de MInistro das Relações Exteriores e atuou como representante do Brasil no exterior em diversos países e Organizações Internacionais. Chefiou a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas e assumiu a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 1999.
As vagas são limitadas e se esgotam quando o local estiver com os assentos ocupados.
Chegue cedo e traga uma flor para comemorar a Constituição da Primavera!
Transmissão ao vivo na página do Circo da Democracia
SERVIÇO
Dia: 18 de abril – quarta-feira
Horário: 19h
Local: Teatro da Reitoria da UFPR
Entrada: gratuita.
Observação: Traga uma flor.
CREDENCIAMENTO DE IMPRENSA
Na recepção do evento, no hall do Teatro da Reitoria, a partir das 17h30, será feita a entrega de credenciais para imprensa, com Ana Caldas (41) 998618568
Contato imprensa: Ana Carolina Caldas (41)998618568
FOTOS | Acampamento Lula Livre completou uma semana em Curitiba
April 16, 2018 11:29Confira imagens de Joka Madruga do domingo, 15 de abril, no Acampamento Lula Livre, em Curitiba:














Cartas para Lula no Acampamento trazem histórias pessoais, de gratidão e fé
April 16, 2018 10:32Desde o primeiro dia do acampamento em frente a Policia Federal, em Curitiba, cartas para o Presidente Lula são coletadas. Uma barraca improvisada no primeiro dia por militantes, hoje é local conhecido e um dos mais frequentados. Maria Helena Guarezzi, uma das responsáveis, relata que todos os dias são histórias que rendem lágrimas e também solidariedade. “Tem gente que chega aqui com a carta pronta, outros sentam por aqui e escrevem e muitos nos pedem ajuda para escrever. São pessoas que desejam de alguma forma se comunicar com Lula, que hoje é um preso político”.
Neste domingo, 15 de abril, mais voluntários se agregaram à atividade. Um mini documentário também começou a ser produzido a partir da Atividade “Escuta e Escrita de Cartas para Lula”. Crianças, idosos, famílias, profissionais de diversas áreas e diferentes origens fizeram fila para dar o seu depoimento gravado e por escrito.
A primeira a chegar, Dona Julia, uma senhora com o envelope à mão, tirou de dentro um santinho de Santo Expedito e uma foto sua. “Faço muitas excursões e escolhi esta aqui que estou na frente de flores, pois quero uma imagem que traga felicidade à ele”. Continuou seu depoimento, já avisando que iria se emocionar, e contou que não gostava do PT nem de Lula quando era candidato. “Só após o seu governo, o quanto de coisa boa ele fez é que fiquei admiradora dele. Mas estou tão triste por esta injustiça”, terminou segurando as lágrimas.

Do Peru, Jose Antonio Galindo Chaparro, que mora desde 2002 no Brasil, sentou-se à mesa e pediu para ditar uma carta. Ele pedia para que Lula soubesse “o quanto é grato a ele e todas as suas políticas voltadas para o estrangeiro, o quanto é bem tratado e que está à disposição para luta por Lula e a soberania nacional”. A carta foi interrompida duas vezes pois a emoção tomou conta de quem relatava e de quem escrevia.

Vivendo há oito anos no Paraná, a paraibana Dona Maria do Carmo também pediu para ditar sua carta. Palavras e olhos marejados foram desenhando seu desejo de ser ouvida pelo Presidente Lula: “Senhor Lula, peço a Deus que o cuide. Estou triste porque o senhor está preso. Mas tenho certeza que sairá com saúde, se Deus Quiser. Os paraibanos estão tristes com o que está acontecendo”.

Outro depoimento ao documentário “Cartas para Lula”, captado neste domingo, foi do advogado Gilmar Quintilhiano, que contou sua trajetória pessoal como afrodescendente, vindo de família humilde, e que graças à Lula, concluiu duas faculdades: de Direito e Economia. Pediu que fosse escrito à Lula na carta que tem visitado a casa de jovens que também concluíram ou cursam suas faculdades com os Programas criados durante o seu governo. Gilmar terminou a carta avisando que muitos jovens se dispuseram a testemunhar a seu favor.

As cartas são recebidas na barraca da Organização do Acampamento, ao lado da Barraca da Comunicação. São recebidas e enviadas para o Diretório do PT de Curitiba que se encarrega do envio a Lula.




Por Ana Carolina Caldas
Terra Sem Males
O Sindijorzão é uma ideia
April 15, 2018 23:36Você sai do Sindijorzão, mas o Sindijorzão não sai de você. Essa é a verdade. Ainda mais agora que começou o Brasileirão… ZZZZzzzzz… tudo morno.
Vai ser a mesma coisa de sempre.
Daqui uns dias começa a dança dos treinadores, dança dos jogadores, dança disso, dança daquilo… blá blá blá…
É a mesmice do futebol moderno. Talvez por isso fui intimado a conversar com o novo mandachuva da CBF.
Fiquei lisonjeado em saber que o Perrellinha, parente do helicoca e atual presidente da CBF, quis ‘resenha’ comigo. Ele veio até a capital paranaense pra traçar umas linhas estratégicas sobre o Brasileirão.
Pediu minha assessoria.
Fui, ouvi e voltei.
E como eu já imaginava, ele quis transferir a alegria do Sindijorzão para o Brasileirão. “Impossível” – eu disse. Tive que explicar o motivo.
“Misturar a ideia do Brasileirão com a do Sindijorzão é como se uma sociedade visse, ao mesmo tempo, o que ela tem de intolerável (CBF), e visse também a possibilidade de outra alternativa (Sindijorzão). Se rompermos com o intolerável, eu topo”.
Óbvio que ele pipocou.
Como diria meu amigo Gilles Deleuze: “a maioria é ninguém e a minoria é todo mundo”. E o Sindijorzão é todo mundo. Todos os jornalistas. Ele está em cada jogada de classe da Halanna, ou, no oposto disso, nas anti jogadas do Soroca.
A única novidade dessa conversa com o Perrellinha foi saber que os marqueteiros políticos brasileiros preparam uma verdadeira campanha utilizando os símbolos do Sindijorzão.
Isso me chocou! O sistema quer roubar o ‘jeito Sindijorzão’ de ser. Sim, galera. A política quer roubar nossos heróis.
Tudo começou com essa nova ‘nomenclatura dos políticos’ (nome… simbologia… sobrenome). Dizem que é estratégia. Ok.
Mas se ficasse só em Lula e Moro até vá lá.
O problema é que durante a reunião com o presidente da CBF, fui informado que a tendência é que a partir dessa semana tenhamos que chamar o presidente da república de Michel Cavadinha Temer.
Além do chefe do executivo nacional, outros nomes já anunciaram mudança: Renan Soroca Calheiros, Carmem Paris Lúcia, Manu Halanna D’Ávila, Aécio Manolo Neves, Magno Valkiller Malta, Rodrigo Rogito Maia e por aí vai…
Ridículo.
E já que eu falei no Rogito, quero lembrar que o Sensacionalistas se superou. O time é o primeiro tricampeão do torneio e o único a se tornar um exportador de títulos.
Isso mesmo!
Prova disso é que um ex jogador raiz dos roxinhos conquistou troféu em outra agremiação. Ou seja, saiu do time e levou a ideia. E vitoriosa, por sinal.
Assim como o time Nem Uma a Menos é mais que uma equipe, é uma ideia. Carregada de muita atitude.
Por fim, nessa primeira semana sem torneio, sem churras, sem Bendicta, sem dança, sem costelão, o que fica é a saudade. Por isso, pra deixar uma mensagem alegre, positiva, linda e sábia, a cereja no bolo, vou revelar o grande segredo do Sindijorzão 2018!
Quem disse “cara, minha cueca rasgou durante o jogo! Mas não parei. Joguei com ela rasgada mesmo. Com minhas bolas balançando e a cueca entrando no cu” foi o Michael Jackson.
Sábado chuvoso em Curitiba não dispersa a mobilização em defesa de Lula
April 15, 2018 9:51O Acampamento Lula Livre, instalado após o perímetro de isolamento da Polícia Federal, local em que o ex-presidente está preso em Curitiba, foi de muita movimentação neste sábado, 14 de abril, em um dia que amanheceu chuvoso e frio, após uma semana de dias ensolarados na cidade.

A manhã começou sob tensão, com a divulgação pelo site da Prefeitura de Curitiba da imposição judicial de uma multa de R$ 500 mil por dia em que o Acampamento Lula Livre permanecer nas ruas do bairro Santa Cândida. Até a manhã deste domingo, 15, o boletim informativo do Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia divulgou que o acampamento ainda não havia sido notificado, que as entidades PT, CUT e demais movimentos sociais receberam a notícia com indignação e que a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann afirma “que todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas e que há negociações para garantir o direito democrático à manifestação”.

A agenda de mobilizações manteve-se fortalecida desde cedo, com duas manifestações em memória de Marielle e Anderson, executados há um mês no Rio de Janeiro, com ruflar de tambores pela manhã e no final da tarde.

Durante o dia, diversos atos políticos, culturais, artísticos e de mobilização aconteceram livremente, como atrações para crianças, roda de samba, música militante, manifestações religiosas de diversas crenças, a participação ativista LGBTI, depoimentos formativos.



Novas doações de roupas de inverno, cobertores e alimentos foram perceptíveis entre a população que chegava ao local. O local teve a circulação de milhares de pessoas, que se aglomeravam no local batizado de Praça Olga Benário, em momentos de garoa mais forte ou mais fraca, com capa de chuva e alimentação distribuídas solidariamente para todos e todas. Os acampados e demais visitantes têm acesso a quatro refeições diárias produzidas pelas oito cozinhas instaladas no acampamento e sob a responsabilidade do MST.

O ato político da noite foi sob forte garoa, com a senadora Gleisi, a ex-ministra Eleonora Menicucci, que está no acampamento desde sexta à noite e pode ser vista circulando pelas tendas durante todo o dia, a ex-ministra Teresa Campelo e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra.

Para os movimentos em defesa de Lula, o ex-presidente é preso político, condenado sem provas, sem o direito da presunção da inocência e sem acesso à liberdade pois foi preso sem o trânsito em julgado das ações judiciais em que é criminalizado. E é esse o tom das declarações em sua defesa e também está nesse aspecto a legalidade do Partido dos Trabalhadores manter seu nome como candidato à presidência nas eleições de 2018, sem um plano B: enquanto não transitar em julgado, Lula não perde seus direitos políticos e pode ser eleito ainda que continue preso.
Essa expectativa é reiterada a cada divulgação de pesquisa eleitoral: na manhã desse domingo foram divulgados números do Data Folha, em que Lula aparece com a preferência dos votos nos três cenários em que foi incluído, inclusive no 2º turno. Uma nova pesquisa, encomendada pelo PT, será divulgada na terça.
Durante o ato, Gleisi defendeu a escolha de Lula em cumprir a decisão judicial da prisão e destacou que a chuva da noite e o frio e a ampliação do número de barracas são simbolicamente importantes. Ela também comentou as ações da prefeitura e da justiça paranaense contra o acampamento. “Ninguém sabe o que fazer com Lula. Mas é só liberar o Lula que nós vamos embora”.

Eleonora relembrou um mês da execução de Marielle e destacou a importância da resistência democrática nesta data. Ela afirmou que na agenda das elites que estão no poder não existe a pauta dos direitos humanos, retomou o debate de gênero da noite anterior e destacou a abertura de representatividade e orçamentária de políticas para as mulheres dos governos Lula e Dilma e que foram extintas no período de governo pós-golpe. “Nossos sonhos não serão encarcerados nem executados”.

Teresa Campelo foi ministra de desenvolvimento e combate à fome, outra pasta de caráter social extinta atualmente. Ela criticou a atual deliberação pela retirada do acampamento. “Querem tirar vocês daqui para pensarem que o que está acontecendo é legal, é natural”. A ex-ministra designou as ações do governo pós-golpe como iniciativas pata interromper a inclusão da população pobre. “Temos uma batalha grande neste país para retomar a democracia, liberar Lula e para retomar a inclusão”.

Olívio Dutra afirmou que a prisão de Lula é injusta e que tem o caráter de criminalização do povo brasileiro que o ex-presidente representa. “A elite não quer que o povo seja sujeito da política”. Dutra relembrou os diversos golpes da história brasileira a que ex-presidentes do campo progressista foram submetidos: Juscelino, Jango e Dilma. “A continuidade do golpe é afastar Lula das eleições. Se sairmos das ruas, não teremos eleições. Não nos iludamos”.

Gleisi lembrou que na próxima quarta-feira, 18 de abril, um novo julgamento no STF delibera sobre a prisão em 2ª instância. Ela narrou que outros acampamentos em defesa de Lula Livre se espalham pelo país, como o de Brasília, com 800 pessoas e outro em Fortaleza, com 1.800 pessoas. Ela finalizou convidando a população a enviar cartas para a presidenta do Supremo, Carmen Lucia, pedindo que o STF cumpra seu papel de guardião da Constituição e aplique o artigo 5ª que garante a presunção da inocência até o trânsito em julgado.
Por Paula Zarth Padilha
Foto: Joka Madruga
Terra Sem Males
Caminhada no RJ marca um mês do assassinato de Marielle, vereadora do PSOL
April 14, 2018 20:36Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto
Manifestantes fazem caminhada no Rio de Janeiro ( dos Arcos da Lapa até Estácio – local do assassinato de Marielle) por Marielle Presente. Crédito: Anelize Tozetto