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Terra Sem Males

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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Após novo ataque de Beto Richa, FES convoca servidores do Paraná para mobilizações

September 28, 2017 20:24, by Terra Sem Males

Primeira manifestação será no dia 03 de outubro, em Curitiba

 

Mais uma vez o governo Beto Richa envia projeto à ALEP que afeta o funcionalismo. A postura arrogante do governador merece e exige nosso esforço e resistência. O projeto de lei 556/2017 congela por dois anos os salários e despesas com o serviço público.

Diante desses e outros ataques a Coordenação do FES se reuniu na tarde hoje (28) e encaminhou as deliberações da última Plenária Estadual organizando atividades para a próxima semana e em todo o mês de outubro de 2017.

No dia 03, o Fórum chama todas as categorias para ato em defesa do serviço público, exigindo a retirada do PL 556/2017.  A concentração será às 09 horas com panfletagem na Praça Santos Andrade, em Curitiba. A partir das 14 horas, os trabalhadores se reunirão na Assembleia Legislativa do Paraná para abordagem aos deputados.

Reforçamos aos sindicatos que façam todo esforço para comparecerem e ajudarem nessas atividades e trabalharmos juntos os rumos da nossa luta e conquistas.

Cadê o dinheiro do Paraná?

#Chegadedesvios.

Fórum das Entidades Sindicais.

 

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES EM OUTUBRO

:: 10.10, FES na rua, em Maringá

:: 17.10, FES na rua, em Ponta Grossa

:: 19.10, FES na rua, em Londrina

:: 24.10, FES na rua, em Guarapuava

:: 31.10, FES na rua, em Cascavel



ObrigadoTFI: 24 anos de amor e dedicação ao Paraná!

September 28, 2017 18:00, by Terra Sem Males

A melhor forma de homenagear a Fúria pelos seus 24 anos é agradecer. O momento que vivemos hoje não seria possível sem a persistência e a dedicação da Torcida Fúria Independente (TFI). Não fosse o “mar branco”, “a mais temida”, “a torcida que não para de agitar”, seria difícil devolver vida a um Clube que chegou perto de fechar as portas.

Nesses quase dez anos de Série B, a TFI não deixou de apoiar o Paraná um só momento. Claro que houve tempos de maior tensão, de críticas mais contundentes. No entanto, mesmo que fosse para lamentar o presente e exaltar o passado, essa galera não deixou de se encontrar na Vila e cultivar o amor pelo Paraná.

Se o Paraná Clube viveu altos e baixos em sua história, sua principal torcida jamais deixou de crescer, inovar e provar que torcida organizada é, sim, parte indispensável do futebol. Comprometimento que chegou ao ponto da TFI patrocinar o Clube em 2013, quando as finanças do tricolor respiravam por aparelhos.

Nos 24 anos da Fúria Independente, comemorados nesta sexta (29), não existe muito a dizer a não ser “Obrigado TFI”! Obrigado por não deixar o orgulho de ser paranista morrer. Obrigado por manter viva a esperança de novos tempos, por não desistir de cantar mesmo quando a realidade era de extrema desolação.

Um brinde aos guerreiros e guerreiras valentes da Fúria, que jamais desistiram de lutar pelo tricolor!

Por Marcio Mittelbach
Guerreiro Valente, Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga

 



Encontro reunirá 700 pessoas de comunidades do Cerrado em Balsas (MA)

September 28, 2017 12:04, by Terra Sem Males

A cidade de Balsas, no sul do Maranhão, receberá, a partir desta quarta-feira, 27, cerca de 700 pessoas para o Encontro dos Povos e Comunidades do Cerrado. Participarão deste evento delegações dos estados da Bahia, Goiás, Tocantins, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, e daqui do Maranhão. O encontro ocorre entre os dias 27 e 29 de setembro. Logo em seguida, na noite do dia 29, tem início a 1ª Romaria Nacional do Cerrado, que deve reunir cerca de 5 mil pessoas.

Para abrir o Encontro, será realizada uma celebração com a presença de Dom José Valdeci Mendes, bispo da Diocese de Brejo (MA). Posteriormente, a mesa de abertura abordará a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado – composta por 50 organizações nacionais – e os desafios da conjuntura atual.

Experiências de vida e resistência serão apresentadas por representantes das comunidades que vivem neste bioma. São 15 experiências que vão desde o “Movimento Comunitário Urbano – Um dia pelo planeta”, de Goiás, ao processo organizativo da Articulação Camponesa do Tocantins. “As experiências são momentos de partilha dos modos de vida das comunidades, que apresentam o jeito de tecer as resistências dos povos e o cuidado com o bem viver integral”, destaca Leila Cristina, agente da Comissão Pastoral da Terra em Goiás (CPT-GO) e uma das organizadoras dos eventos.

Romaria – A primeira edição da Romaria Nacional do Cerrado traz como tema a luta do povo por dois elementos fundamentais para a vida “Cerrado: os povos gritam por água e território livres”. E o lema é “Bendita és tu, ó Mãe Água, que nasces e corres no coração do Cerrado, alimentando a vida”. A preparação para a Romaria tem início às 18h30, na Praça da Liberdade, em Balsas, e segue com várias atividades ao longo da noite e madrugada. A caminhada pelas principais vias da cidade começa às 07hrs da manhã de sábado, dia 30.

Histórico – O Encontro e a Romaria Nacional do Cerrado fazem parte de um processo de mobilização e formação dos povos e comunidades, e nasceram a partir de várias ações regionais, estaduais e interestaduais. Em 2013, em Luziânia (GO), foi realizado o primeiro Encontro das Comunidades e Povos do Cerrado. Depois disso, nos estados que compõem este bioma, ocorreram romarias do Cerrado, Semanas do Cerrado, Encontro Regional dos Povos e Comunidades Impactadas pelo MATOPIBA, feiras do Cerrado, Grito e Resistência do Cerrado, Tenda dos Povos do Cerrado, e muitos outros eventos e ações. 

Organização – Os eventos são organizados pela CPT, CNBB Regional Nordeste 5, Diocese de Balsas, Pastorais Sociais, Cimi, Cebi, Fetaema, Cáritas, Fórum Carajás, SPM, TEIA dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, MIQCB, CPP, MPP, PJ, Moquibom e demais parceiros e parceiras.

Fonte: CPT Nacional

Foto: Joka Madruga



Fran Rosas apresenta show de lançamento do novo álbum em Curitiba

September 28, 2017 8:40, by Terra Sem Males

A capital paranaense será a primeira cidade a receber a Turnê Lume que marca a estreia do primeiro disco da cantora.

A cantora paranaense Fran Rosas apresenta no próximo dia 30 de setembro, às 20h no Teatro Sesc da Esquina, em Curitiba, o show de lançamento do seu primeiro álbum. Intitulado “Lume”, o material foi lançado no último mês.

Apesar de ser o seu primeiro disco, essa não é a estreia de Fran Rosas nos palcos. A cantora vem se consolidando no cenário musical curitibano com seus espetáculos “Chapéu de Sobra”, “Mosaicos” e “Brilhante – Elis Regina”, apresentados em várias cidades brasileiras. Além de já ter se apresentado também no palco do consagrado espaço cultural Circo Voador, no Rio de Janeiro.

Com o show “Lume”, Fran traz um repertório repleto de músicas que marcaram sua carreira, como “Estrela de Brilhar” e “Cicatriz”, e interpreta canções de alguns compositores como Tó Brandileone, Maninho, Leprevost, Estrela Leminski, Celso Viáfora e Djavan, que fazem parte do seu mais novo trabalho.

Surpreendente e ousado, apresentando uma mistura de pop, jazz, bossa e maracatu, o show mostra ainda mais a originalidade e expressividade da cantora que dedica-se à música popular brasileira desde o início da sua carreira. “Este show é o mais importante da minha carreira, com certeza o de maior maturidade, pois reuni neste trabalho grande parte da minha trajetória musical, minhas escolhas e parcerias importantes até aqui. Quero que o show seja leve, livre, iluminado, como o nome já diz. Uma calmaria em tempos difíceis”, detalha a artista.

Acompanhado por Rafael Rosas (teclados e direção musical), Lucas Sangalli (bateria), Marcio Rosa (percussão), Daniel Sehnen (baixo), Emmanuel Bach (violão, guitarra e trio de metais), Rodrigo Vicaria (trombone), Douglas Chiullo (trompete) e Aloísio de Pádua (saxofone), Fran Rosas também assina a direção artística do show que marca a estreia da Turnê, com previsão também de apresentação em outros estados brasileiros.

Fonte: Assessoria Fran Rosas



Um trabalhador ‘bom pra cachorro’! 

September 27, 2017 17:30, by Terra Sem Males

Existem histórias que são construídas desde a infância. É o caso do ex-metalúrgico André Augusto Camilo. Campolarguense desde sempre, encontrou seu DNA de militante; ou melhor… seu pedigree de militante, na defesa pelo direito à vida dos animais  

Quando ele estava no chamado ‘chão de fábrica’, uma coisa era certa: muito trabalho e pouco tempo pra fazer o que gostava. Essa era a realidade de André Augusto Camilo, 30 anos, nascido em Campo Largo, cidade localizada na Região Metropolitana da Grande Curitiba, referência pela quantidade de indústrias.

Hoje, André é Técnico de Laboratório Industrial e trabalha no Instituto Federal do Paraná (IFPR). Ele relata que sua vida mudou depois de se qualificar: “passei no concurso do IFPR e no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Antes disso, não tinha tempo pra fazer nada; nem carro, que é essencial pra resgatar animais e verificar denúncias”.

Essa é uma história que mostra a ascensão de uma pessoa como ser humano. Revela também que a qualificação profissional nas escolas públicas é eficaz. Além disso, traz para o debate uma questão: o trabalhador comum tem vida após sair da fábrica? 

O fato é que no período em que André trabalhava na Cerâmica Brasília (segmento de louças), fazendo serviços gerais, ou na Prometal, assim como na Artis Matriz e na Moldcamp, empresas localizadas em Campo Largo do setor metalúrgico, ele tinha dificuldade pra fazer diferença na sociedade:

“Acho que a gente começa a fazer diferença na sociedade quando fazemos o que gostamos. Hoje o que eu mais gosto de fazer, após sair do meu trabalho, é cuidar dos animais abandonados, animais de rua. Desde a infância tenho interesse por isso”

O ex-metalúrgico conta que herdou da família o respeito pela vida, pois desde a infância ajudava os animais, ao lado do seu pai. Revela que começou com passarinhos: “tinha muito ninho de passarinho onde eu morava. Nós ficávamos colocando comida pra eles, aí tem aquela coisa de um cair do ninho. Eu sempre estava junto com meu pai protegendo eles”. 

Mas foi após sua família mudar de uma casa no interior de Campo Largo para uma na região central, que André passou a se preocupar ainda mais com a proteção dos animais. O período entre 2010 e 2011 foi um divisor de águas pra ele, pois passou, voluntariamente, a recolher cães e gatos abandonados: 

“Neste período eu ajudei alguns animais, mas só tínhamos uma cadela (Dorotéia), que foi resgatada pela minha prima. O primeiro animal recolhido por mim foi em 2014, Yara! Uma cadela com Cinomose, que acabou morrendo. Ela vivia na escola em que trabalho e cuidávamos dela com ajuda de alguns colegas. O próximo animal foi o Brigadeiro, que está conosco até hoje”

Foi quando ele começou a trabalhar no IFPR, em 2014, local próximo ao Terminal Urbano da cidade, que identificou alguns protetores de animais: “ali há uma grande concentração de quem cuida de cachorros. Fui conhecendo pessoas e percebi que conseguiria ajudar. Quando algum animal precisava ser resgatado, eu deixava avisado pra me chamar”. 

A mudança na condição financeira também possibilitou maior atuação: 

“Quando eu trabalhava na indústria, infelizmente não conseguia ser um protetor. Não dava pra me dedicar. Esse trabalho de protetor precisa de tempo e vai um pouco do salário também. Não tem jeito. Às vezes vou buscar um animal no interior de Campo Largo, onde não tem sinal de telefone, nem de GPS, aí acaba gastando muito dinheiro com combustível; e o preço que tá hoje!”

Associação Protetora de Animais de Campo Largo

Um dos resultados de se fazer mais contatos foi começar a trabalhar na feira de adoção, que acontece quinzenalmente na Praça do Museu, em Campo Largo. “Ali comecei a conhecer todo mundo que trabalha na Associação Protetora de Animais de Campo Largo. Além disso, a feirinha é o ponto onde se reúne muitos protetores. Vem gente de vários lugares pra trazer animais que resgatam”. 

Atualmente quem faz resgate pela Associação é o André: “nos fins de semana geralmente o meu trabalho é resgatar ou fazer visitas. Muitas vezes vou ao local depois de uma denúncia anônima, às vezes pego algum animal que está doente ou machucado, um cachorro que está magro, etc.”. Explica ainda que:  

“A maioria dos casos é só uma orientação. Tipo, o cachorro está amarrado longe de casa ou quando as pessoas nunca soltam o animal. Tem gente que não quer maltratar, mas não entende que o cão que vive somente acorrentado, sofre. Aí mostramos que tem que soltar o bichinho, pelo menos a noite, para cuidar do terreno. Isso é para o cachorro ficar mais alerta e confiar mais no seu dono. Mostrar esses benefícios é uma coisa que ajuda”

 Mas também existem casos mais graves, como agressões e maus tratos. Quando um protetor se depara com esse tipo de situação, o caminho é procurar a promotoria pública: “Nesses casos nós passamos aos advogados da Associação. São situações que não adianta mais conversar com a pessoa”.

Dificuldade

Para André, a sociedade precisa entender que é preciso cooperar. Ele explica que a maior dificuldade é encontrar um local para destinar os animais, já que castração, vacinação e médico veterinário a Associação oferece:

“O que é mais urgente hoje são pessoas para acolher esses animais. Lar temporário. É o que mais precisa. Para adotar, lógico, também precisa muito, mas uma pessoa que tenha um espaço em sua casa pra receber os animais… uma pessoa pra fazer um lar temporário, esta seria a principal ajuda que necessitamos neste momento”

O lar temporário serve para receber o animal, por tempo indeterminado, até que se encontre um destino. André aponta que na grande maioria das vezes quem recebe esses animais é um protetor, que se apega e acaba adotando: “aí fica aquela pessoa com 15 ou 20 animais em casa! Isso é ruim, porque precisamos do protetor ativo, na rua, indo buscar animais”. 

A importância do lar temporário é em casos de animais castrados ou que passaram por outras cirurgias, assim como no recolhimento de filhotes. No caso da castração, é preciso um lugar para que o animal fique durante o período pós-cirurgia: 

“Demora no mínimo dez dias a recuperação até a retirada dos pontos, além de repouso e uma atenção maior. No caso dos filhotes, a dificuldade é que não tem como você levar direto pra Associação, já que lá há animais de rua e o bichinho está muito vulnerável. Às vezes o animal de rua tem alguma contaminação que passa muito mais fácil para os filhotes, aí o filhote tem menos chance de vida” 

Militância 

De acordo com André, a militância chegou em 2014, quando entrou para a Associação Protetora de Animais de Campo Largo. Ao ser questionado sobre o que acha das pessoas que abandonam seus animais ou cometem algum tipo de agressão… 

“Isso é revoltante. Acredito que uma pessoa que faz isso também tem condições de fazer a mesma coisa com uma criança ou com um idoso ou com qualquer outra pessoa indefesa. O que muda são as leis. No caso do ser humano, as leis são mais rigorosas. É apenas isso que diferencia essa pessoa na sociedade. A pessoa que abandona um animal no mínimo é egoísta. Daria pra dizer que é uma pessoa fria, não tem sentimento pelo próximo”. 

Ele comenta também que já passou poucas e boas na militância pela proteção dos animais. E não é só com cachorro ou gato não! 

“Uma vez eu estava numa viagem, quando eu ainda era estudante. Viagem de jogos escolares. Aí tinha um grupo de pessoas reunidas e começaram a ´brincar´ pisando e chutando uma rã. Foi uma coisa que me incomodou. Eu comprei briga com umas oito pessoas. Pensei: “será que eu devo brigar por isso?”. Só que é uma vida, é um animal. Ela estava toda machucada. Então comprei a briga e consegui pegar ela e soltá-la” 

Ele conta orgulhoso que achava que iria apanhar, mas que controlou bem a situação, pois as pessoas que “brincavam” com a rã ficaram com vergonha. Explica ainda que fez questão de mostrar, em seus argumentos, o quanto aquela brincadeira era idiota. Deixou claro que sua luta é pelo direito a vida e vai além da proteção aos animais.

A melhora nas condições da classe trabalhadora faz parte dos seus objetivos de um mundo melhor e mais justo. Sobre o atual momento histórico em que está inserido, ele comenta que agora todos os movimentos sociais precisam aparecer. André é dirigente no Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). 

Para o trabalhador, a sociedade privilegia os grandes empresários e isso precisa mudar: 

“Se a sociedade não valorizar o direito à vida, não serão pequenos grupos isolados que vão conseguir fazer essa defesa, é uma briga de toda sociedade. Isso vale para a luta pelos animais e também na questão das lutas dos trabalhadores. A luta do trabalhador é um direito e não serão poucos sindicatos ou alguns sindicalistas que vão tocar esse movimento. Toda luta depende da sociedade e a sociedade somos nós, então nos resta tomar as atitudes corretas”

Aprendizado 

“Além de afeto e gratidão dos animais, o maior aprendizado que recebo é perceber que aos poucos a sociedade está mudando” – André explica que hoje é uma minoria que maltrata os animais em Campo Largo. De acordo com o trabalhador, no centro da cidade, por exemplo, é até possível ver um animal durante uns dois dias, “mas depois ele desaparece porque alguém recolheu, ou para uma castração ou para um tratamento de saúde. Às vezes o animal volta para o local ou acaba sendo adotado. E isso é resultado de muito trabalho dos protetores da cidade”. 

Ele acrescenta que apesar da melhora, algumas coisas ainda precisam evoluir, como é o caso da conscientização nas casas das pessoas. Hoje, o que faz a diferença na sociedade, segundo André, é o trabalho coletivo. Não só através da Associação Protetora de Animais, mas também no próprio comércio: 

“Tem pet shops que ajudam. Moradores também. É comum, em frente a esses locais e também nas casas e até no terminal público, encontrar um pote de ração, um pouco de água e até casinhas, no inverno. Cinco anos atrás você não via isso em Campo Largo”

Já no fim da conversa, André deixou um recado para que todos que se interessam pela militância na proteção dos animais. “Participem da Feira de Adoção que acontece quinzenalmente na Praça do Museu, em Campo Largo (Rua XV de Novembro, 2423 – Centro). Todas as informações podem ser encontradas na Associação Protetora de Animais no telefone: 041 3032 5205”. 

Por Regis Luís Cardoso/Sindimovec



Bradesco encerra atividades de agências no interior do Paraná

September 27, 2017 16:02, by Terra Sem Males

Na última sexta-feira (22/09), agências do Bradesco localizadas em Bandeirantes, Jacarezinho e em Santo Antonio da Platina, cidades da base territorial do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio, encerraram suas atividades conforme prevê o processo de reestruturação interna do banco para adequar a rede às unidades do antigo HSBC.

Carlos Alberto Martins, diretor do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio, afirma que a preocupação da entidade é com a manutenção dos empregos dos bancários e bancárias das agências que estão sendo fechadas.

“O Sindicato vai acompanhar este processo e defende a realocação dos funcionários que tiverem sobreposição de funções para que sejam aproveitados em outras unidades. Não vamos admitir que essa reestruturação resulte em demissões em massa”, ressalta.

Martins lembra que apenas três bancários aderiram ao PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Especial) e houve o fechamento de outras duas agências nos últimos tempos, por isso existe a preocupação com a forma como o banco vai conduzir esse processo de fechamento de agências na base de Cornélio Procópio.

Reintegração de demitido

Vítima da ganância do Bradesco, um funcionário da agência de Bandeirantes foi demitido após três dias do término da estabilidade a que tinha direito para tratamento de saúde, mas o Sindicato de Cornélio Procópio não aceitou fazer a homologação da rescisão de seu contrato de trabalho.

Segundo Carlos Alberto Martins, a diretoria da entidade vai lutar pelo emprego deste funcionário que atuava no caixa da agência e ainda está em tratamento, por isso não pode ser dispensado como se não tivesse nada.

“O Sindicato presa pela saúde dos bancários e bancárias e dos seus empregos. Neste caso, vamos tentar reverter a demissão administrativamente, mas se não for possível serão tomadas todas as medidas legais cabíveis para impedir essa injustiça”, afirma.

Fonte: Sindicato do Bancários de Cornélio Procópio



Violência contra população em situação de rua no Brasil é denunciada à ONU

September 27, 2017 12:41, by Terra Sem Males

Dados de Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos aponta Estado como principal violador de direitos dessa população

Um conjunto de entidades e de movimentos sociais enviou, nesta terça-feira (26) uma denúncia sobre o cenário de violência enfrentado pelas pessoas em situação de rua no Brasil.

O documento foi construído por seis entidades – entre elas o Movimento Nacional da População em Situação de Rua e a Terra de Direitos – e foi enviado para relatores especiais da ONU de Moradia Adequada, de Defensores de Direitos Humanos, e de Extrema Pobreza e Direitos Humanos, e ao Alto Comissariado de Direitos Humanos. A denúncia já havia sido entregue, em português, no último dia 19, durante atividade em Genebra (Suíça).

A denúncia aponta para o aumento dos casos de violação de direitos humanos desse grupo, e indica a necessidade de criação de políticas públicas voltadas às pessoas que enfrentam esse tipo de vulnerabilidade social e econômica.

Segundo dados do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável (CNDDH), apenas entre março e agosto de 2017 foram registradas 419 denúncias de violência e 69 assassinatos de pessoas em situação de rua no país. Além desse número, foram registradas outras 25 mortes apenas em São Paulo, que resultaram da negligência e omissão do poder público – foram ao menos 10 pessoas mortas pela exposição ao frio.

Violência do Estado

O Estado aparece como principal agente violador de direitos dessa população, segundo os dados trazidos pelo CNDDH. A maior parte das denúncias encaminhadas ao Centro – 65% – foram cometidas por agentes públicos.

A denúncia encaminhada à  ONU também aponta para as práticas higienistas das gestões municipais. Em maio deste ano, em São Paulo, uma ação promovida pelo prefeito João Dória e pelo governador Geraldo Alckmin – ambos do PSDB – retirou, à força, pessoas em situação de rua que estavam no bairro Santa Efigênia, conhecida como Cracolândia, para dar continuidade a um projeto de “revitalização da área”. As pessoas também foram internadas à força. “Esse tipo de prática fere a dignidade da pessoa humana e o direito de ir, vir e permanecer, provocando, ainda que indiretamente, a saída das pessoas em situação de rua dos logradouros públicos sem o seu consentimento expresso”, apontam as entidades na denúncia. 

Em Curitiba, duas pessoas em situação de rua também foram brutalmente assassinadas em um intervalo de dois dias, na última semana. Os casos são registrados em um cenário de retrocessos na política municipal voltada a esse grupo da capital paranaense. Já em sua primeira semana de gestão, o prefeito Rafael Greca (PMN) fechou um dos espaços que servia de guarda-volumes dos pertences de pessoas em situação de rua, e protagonizou um episódio de “lavagem das ruas” no centro da cidade. Durante a campanha para prefeito, Greca também se envolveu em uma polêmica relacionada a essa população. Durante um dos debates, falou: “A primeira vez que tentei carregar um pobre e pôr dentro do meu carro, eu vomitei, por causa do cheiro”.

Moradia como necessidade

Na denúncia encaminhada à ONU as entidades também apontam

que, apesar de ser um grupo muito diverso, a falta de habitação é uma das características comuns dessa população. Para isso, as entidades reivindicam a moradia como política central de acesso a rede de assistência social, mas apontam a necessidade de que tal política seja desenvolvida de forma intersetorial, que o modelo “etapista” de acolhimento seja superado, e que sejam desenvolvidos programas que respeitem o direito à cidade e evitem que essas pessoas sejam enviadas para as periferias.

Entre as sugestões criadas pelo coletivo, está a possibilidade de diversificação de programas como Bolsa Moradia, Aluguel e Locação Social. Uma proposta de locação social também foi criada pelo Grupo de Trabalho Interdisciplinar de Moradia e População em Situação de Rua do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná. O programa, lançado no fim de agosto, sugere que sejam ofertados espaços de propriedade do poder público (como parques) ou outros imóveis para que seja feita uma locação a partir de um valor pago de acordo com a renda das pessoas. Em breve, o programa deve ser encaminhado para as gestões municipais.

Fonte: Terra de Direitos

Foto: Joka Madruga



Cálculo da inflação é complexo e limitado

September 27, 2017 10:22, by Terra Sem Males

Técnico do Dieese explica que vários fatores limitam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor

O supervisor técnico do Dieese-PR, Sandro Silva, explica que o cálculo da inflação é bastante complexo e considera vários fatores. Segundo ele, em primeiro lugar, deve-se entender que o índice se refere a uma média de consumo de um público específico. No caso do INPC, o público da pesquisa é a população que recebe entre 1 e 5 salários mínimos. É preciso ter em mente também que se trata de uma média nacional, feita em locais específicos. O INPC é uma média dos preços aferidos em 11 capitais brasileiras.

Sandro explica ainda que existem duas etapas de pesquisa. Primeiro, realiza-se uma Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), um estudo detalhado que acompanha o consumo de uma amostra da população em determinado período. “A POF verifica quais são os itens consumidos e qual o peso de cada item no orçamento familiar. Entretanto, trata-se de uma pesquisa cara e demorada, e por isso ela é realizada apenas a cada 10 anos. A última foi feita em 2008/2009”, resume.

Com a realização da POF, segundo o supervisor técnico, são determinados quais itens irão compor o cálculo da inflação. Atualmente, são considerados 382 itens para o INPC, entre alimentação, transporte, vestuário, telecomunicações e muitos outros. Passa-se então para um segundo estudo: uma pesquisa de campo que acompanha mensalmente a variação dos preços de tais itens, nos locais determinados. “Como a POF é realizada somente a cada 10 anos, a inflação acaba sendo um retrato do consumo daquele período, que não agrega as mudanças de consumo mais recente”, explica.

Ao final, é feita ainda uma média de todos os itens pesquisados e em todos os locais pesquisados. No cálculo, Curitiba tem peso de 7,29%. Por exemplo: em agosto, o INPC foi de 0,03% negativos, mas, na capital paranaense, a variação foi de 0,35% positivo; no acumulado dos últimos 12 meses, a média nacional foi 1,73%, mas, em Curitiba, a variação foi de 2,15%. “Não se trata de fraude ou manipulação dos números, mas de limitações da metodologia de pesquisa”, conclui.

Preços em queda?
Quanta a dúvida sobre a real diminuição dos preços, Sandro explica que, atualmente, 31% dos itens que compõem o INPC referem-se ao grupo dos alimentos e bebidas, em queda nos últimos meses. “Diante de uma safra positiva, que gerou aumento na oferta de produtos, o grupo de alimentos e bebidas registrou queda de 2,48% nos últimos 12 meses”, justifica. Ou seja, apesar do aumento progressivos de itens como mensalidade escolar e plano de saúde, outros 118 itens do INPC apresentaram queda efetiva.

Diminuição do consumo
Outro ponto importante a se considerar nesse processo de desaceleração da inflação é a queda do consumo brasileiro e o baixo nível de atividade econômica. “O país entrou em recessão e o desemprego aumentou muito, assim como a informalidade. Ou seja, houve uma diminuição na renda e, consequentemente, no consumo da população. Tudo isso contribui para queda dos preços e a diminuição do INPC”, acrescenta Sandro Silva.

Por Renata Ortega/SEEB Curitiba

Foto: Joka Madruga



Comissão Pastoral da Terra e REPAM lançarão Atlas de Conflitos na Amazônia

September 26, 2017 15:39, by Terra Sem Males

Na próxima quinta-feira, 28 de setembro, o “Atlas de Conflitos na Amazônia” será lançado no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), a partir das 14 horas, em parceria entre a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM).

A publicação é uma iniciativa da Articulação das CPT’s da Amazônia, com o objetivo de visibilizar, principalmente através de mapas, os conflitos no campo presentes nos nove estados que formam a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Tocantins, Pará, Rondônia, Roraima e partes dos estados de Maranhão e Mato Grosso).

O lançamento ocorrerá durante Encontro sobre a Mercantilização da Natureza e a problemática de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação (REED), que ocorre entre os dias 25 e 29 de setembro no mesmo local, com agentes da Pastoral da Terra e trabalhadores e trabalhadoras do campo.

Mapeamento sistemático de áreas em disputa na Amazônia

A Amazônia tem destaque no aumento da violência no campo no Brasil nos últimos anos. Em 2016, foram registrados 61 assassinatos por conflitos no campo no país, sendo que 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal. Neste ano de 2017, já foram registrados 63 assassinatos em conflitos no campo, até o momento, sendo 49 na região.

Os dados acima são disponibilizados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra na publicação impressa e digital “Conflitos no Campo Brasil”. Já o “Atlas de Conflitos na Amazônia” tem uma proposta metodológica diferente, pois mostra os conflitos que permaneceram vigentes nos últimos anos nesta região.

A partir de um alinhamento técnico com o Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da CPT, e com a assessoria do geógrafo e professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes-MG), Gustavo Ferreira Cepolini, cada regional da CPT contribuiu no levantamento dos dados para o Atlas, registrando detalhes como: municípios onde o conflito estava localizado, nome da comunidade, número de famílias impactadas, identidade (posseiros, sem terra, indígenas, quilombolas etc.), com quem disputavam seus territórios, e outros.

Fonte: CPT Nacional

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males



Roda de Conversa aborda o papel do movimento sindical nesta terça, em Curitiba

September 26, 2017 11:43, by Terra Sem Males

No dia 26 de setembro, última terça-feira, do mês, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região promoverá a terceira edição da Roda de Conversa, no Café do Espaço Cultural e Esportivo, a partir das 18h30. Os bancários e financiários são convidados para esse bate-papo, que será uma troca de ideias, textos e reflexões, aberto a todos que queiram contribuir. 

 

O tema será “O desafio da organização dos trabalhadores diante da Reforma Trabalhista” e a abordagem não terá lideranças ou direcionamento delimitados, cabendo aos participantes levarem textos e contribuições de leitura. Durante o encontro, será servido um café para confraternização dos participantes.

Os encontros já realizados trataram dos temas “A origem da crise mundial” e “Crise econômica no Brasil”, nos meses de julho e agosto. A Roda de Conversa temática será realizada toda última terça-feira do mês e é aberta ao público.