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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Em Curitiba, simpósio sobre soberania nacional reúne intelectuais de todo o Brasil

July 12, 2017 11:58, by Terra Sem Males

O IV Simpósio SOS Brasil Soberano será nos dias 13 e 14 de julho, no campus da Universidade Positivo da Praça Osório

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, o projeto SOS Brasil Soberano chega a Curitiba (PR), nos dias 13 e 14 de julho. O IV Simpósio do projeto terá como tema “Brasil 2035: um país justo e soberano”, com participação de intelectuais de várias áreas do conhecimento e de diferentes estados brasileiros. Confira abaixo a programação completa.

A ação é iniciativa do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), e na capital paranaense é realizada também pelo Senge-PR. Participam como apoiadores da atividade o Senge Jovem Paraná, o Sindicato dos Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e a Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA.

Ao longo do dia 14, as duas mesas de debate do Simpósio tratarão respectivamente de Política e Estado, e Economia e Cidadania. A primeira delas tem presença confirmada de Marlene de Fáveri, cientista social, historiadora e feminista, professora na Universidade do Estado de Santa Catarina; Leonardo Avritzer, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais, presidente da Associação Brasileira de Ciência Política e membro do Conselho Consultivo da International Political Science Association (IPSA); e Bia Barbosa, jornalista, mestranda em Gestão e Políticas Públicas pela FGV, é editora de Direitos Humanos da Agência Carta Maior; membro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, e Secretária-Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A coordenação da mesa será feita pelo presidente da Fisenge, Clovis Nascimento.

A mesa da tarde terá palestra de Carlos Walter Porto Gonçalves, geógrafo, doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ex-presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense; José Aldo Rebelo Figueiredo, deputado federal (PcdoB), foi ministro dos Esportes no governo Lula, depois assumiu o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Nildo Domingos Ouriques, professor doutor em Economia pela Universidade Nacional Autônoma do México. É presidente do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e professor associado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e Laura Capriglione, jornalista, fundadora da Rede Jornalistas Livres, foi repórter especial do jornal Folha de S.Paulo, ganhadora do Prêmio Esso de Reportagem 1994. A mediação ficará a cargo do presidente do Senge-PR, o engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt.

A atividade do dia 13 de julho, às 18h, será um bate-papo sobre os principais temas que serão abordados no IV Simpósio, com transmissão ao vivo pela página no projeto. Os debatedores serão Kátia Gerab Baggio, historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenadora do curso de graduação em História da UFMG e do Programa de Pós-Graduação; Rogério Galindo, jornalista, repórter e colunista da Gazeta do Povo, em Curitiba. Ganhador do Prêmio Esso, categoria regional Sul, em 2013; e Nilson Maciel de Paula, economista e professor da Universidade Federal do Paraná onde trabalha com temas relacionados a comércio internacional, agronegócio e aglomeração industrial. A mediação do debate será feita pela jornalista Camila Marins, assessora de Comunicação da Fisenge.

Público

O evento é voltado para engenheiros, estudantes, integrantes de movimentos sociais e sindicatos de outras categorias de trabalhadores, e entidades em geral que tenham interesse em debater e construir alternativas soberanas para o Brasil, diante do contexto de políticas neoliberais impostas pelo executivo e por parte do legislativo federal.

Inscrição

Para participar, clique aqui e preencha o formulário de inscrição. A inscrição pode ser enviada até o dia 13 de julho, quinta-feira. Haverá emissão de certificado pelo Senge-PR, com carga horária de 8 horas.

Local: Universidade Positivo, na Praça General Osório, 125, Centro de Curitiba.

Entrada gratuita

..:: Programação ::..

Dia 13

18h – Talk show – Soberania em debate: Bate-papo, transmitido ao vivo pela página no projeto, sobre os principais temas que serão abordados no IV Simpósio, com mediação da jornalista Camila Marins, assessora de Comunicação da Fisenge, e a participação dos seguintes convidados:

Kátia Gerab Baggio – Historiadora, doutora em História Social, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Rogério Galindo – Jornalista, colunista da Gazeta do Povo, em Curitiba, Ganhador do Prêmio Esso, doutorando em Filosofia pela UFPR.

Nilson Maciel de Paula – Economista, professor titular da Universidade Federal do Paraná onde trabalha com temas relacionados a comércio internacional, agronegócio e aglomeração industrial.

Dia 14

9h – Mesa de abertura
– Carlos Bittencourt, presidente do Senge-PR
– Joel Krüger, presidente do CREA-PR
– Clovis Nascimento, presidente da Fisenge
– Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge-RJ
– Hermes Silva Leão, presidente da APP Sindicato
– Regina Cruz, presidente da CUT-PR

9h30: Conferência de abertura: senadora Gleisi Hoffmann, primeira mulher eleita presidente do Partido dos Trabalhadores (PT)

+ Apresentação do Projeto SOS Brasil Soberano (SOSBS) – pelo professor e historiador Francisco Teixeira

10h30 às 12h30 | Mesa 1: Política e Estado

Marlene de Fáveri – Cientista social, historiadora, feminista, professora e pesquisadora na Universidade do Estado de Santa Catarina (UFSC).

Leonardo Avritzer – Cientista social, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), presidente da Associação Brasileira de Ciência Política.

Bia Barbosa – Jornalista, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social e Secretária-Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Coordenação: Eng. Clovis Nascimento, presidente da Fisenge

14h30 às 18h | Mesa 2: Economia e Cidadania

Aldo Rebelo – Deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN).

Carlos Walter Porto Gonçalves – Geógrafo, ex-presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Laura Capriglione – Jornalista e uma das criadoras da Rede Jornalistas Livres, focada na cobertura de Direitos Humanos e Sociais.

Coordenação: Eng. Carlos Roberto Bittencourt, presidente do Senge-PR

Fonte: Senge Paraná

 



Reforma trabalhista vai a sanção presidencial

July 12, 2017 10:21, by Terra Sem Males

50 senadores aprovaram lei que retira direitos históricos dos trabalhadores conquistados nos últimos 70 anos

Após 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção, a reforma trabalhista prevista no PLC 38/2017 segue direto para a sanção do presidente Michel Temer, pois o projeto não sofreu nenhuma alteração após ser aprovado na Câmara Federal.

De acordo com informações da Agência Senado, a votação em plenário rejeitou 178 emendas de senadores, além de dois destaques do PT, que previam a retirada da reforma o trabalho intermitente e a presença de gestantes e lactantes em locais insalubres, mais o destaque do PSB, que excluía a prevalência do negociado sobre o legislado.

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar elaborou um quadro esclarecendo as principais alterações na Consolidação das Leis do Trabalho. Acesse aqui para conferir.

A votação foi retomada na noite de terça-feira, 11 de julho, após a mesa da presidência permanecer ocupada durante a tarde pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT Paraná), Lídice da Mata (PSB Bahia), Regina Sousa (PT Piauí), Vanessa Grazziotin (PCdoB Amazonas) e Fátima Bezerra (PT Rio Grande do Norte). Elas protestavam contra a votação da reforma em plenário sem o devido debate e respaldo da sociedade e, naquele momento, apelavam por alterações nas novas regras que preveem a manutenção de gestantes e lactantes em locais com trabalho insalubre.

Do lado de fora do Congresso, havia manifestação de trabalhadores organizada por representantes sindicais que estavam em vigília contra a aprovação da reforma.

Logo após a aprovação do texto, o presidente ilegítimo Michel Temer discursou comemorando a aprovação do que ele chama de “modernização” trabalhista que, segundo seu governo, adapta a legislação ao século 21. Um dos exemplos é o trabalho intermitente, por exemplo, em que o trabalhador deverá ficar à disposição do empregador e receberá somente pelo período trabalhado, mesmo que esse valor seja abaixo do salário mínimo. Para Temer, isso é modernizar.

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Foto Lula Marques/Agência PT

 



Com ausência do governo, Audiência Pública reforça defesa da autonomia das IEES

July 11, 2017 17:37, by Terra Sem Males

A crise e os desafios das universidades públicas do Paraná, que passam por cortes orçamentários e ataques instrumentalizados pelo governo Beto Richa (PSDB) foram debatidos nesta terça-feira (11/7) em audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba.

Estiveram presentes reitores, professores e técnicos das IEES, estudantes e membros da Defensoria Pública do Estado. Apesar de convidados, representantes do governo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o secretário João Carlos Gomes, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), não compareceram.

O presidente da Adunioeste (Sindicato dos Docentes da Unioeste) Luiz Fernando Reis, membro do Comitê em Defesa das Universidades Públicas do Paraná, lembrou que os ataques acontecem desde 2015 por meio de decretos que limitam contratações de professores e técnicos, falta de reposição do quadro funcional, cortes de repasses, ataques às carreiras e, recentemente, ao Tempo Integral de Regime Exclusivo (TIDE) e a autonomia prevista pelas Constituições Federal e Estadual. 

O professor trouxe um comparativo entre o Governo Beto Richa e do antecessor Roberto Requião (PMDB) que mostram que o índice de gasto com folha de pagamento das universidades reduziu em 14% no atual governo. “(…) e nem por isso o ex-governador Requião ficava nos órgãos de imprensa afirmando que o problema dos cofres públicos são as universidades”.

Outro dado repassado foi o crescimento de quase 30% no número de leitos dos hospitais universitários entre 2011 e 2016, além de crescimento de 224% nos últimos 10 anos na área de pós-graduação. “O governo gasta 5% da receita para manter sete universidades públicas e dois HUs [Hospitais Universitários]. Nós custamos 4% da corrente de receita liquida do governo, mas mesmo assim somos a razão da crise orçamentária do governo?”, questionou Luiz Fernando.

Marcelo Seabra,  do Sindicato dos Técnicos da UEL (Assuel) e membro do Comitê, destacou que o objetivo por trás da implantação do sistema de recursos humanos Meta 4 é submeter as prioridades das IEES ao governo e cercear direitos dos servidores à promoções e progressões na carreira. “A própria ex-secretária de Administração [Marcia Carla Ribeiro] disse em entrevista que se o Meta 4 tivesse sido implantada desde o ano passado os professores e técnicos não teriam recebido promocoes e progressões”, lembrou o servidor.

Transparência

Além de denunciar o processo de sucateamento, os reitores presentes contra argumentaram o discurso do governo de que não há transparência na IEES. “Já passam por fiscalização do TCE, já prestamos contas e passamos por avaliações de mecanismos nacionais e internacionais, conforme previsto nas constituições estadual e federal”, lembrou Mauro Baesso, reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Carlos Luciano Sant’ana, reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), afirmou que há uma crise de diálogo com o governo e do ataque do governo ao TIDE como regime de trabalho. “O TIDE que diferencia as públicas das demais instituições de ensino. Esse dispositivo garante que nossos professores exerçam a docência e atuem na pesquisa, extensão e prestação de serviço à comunidade geral”.

Oposição

Os deputados da oposição lamentaram a ausência do governo na audiência, caracterizando a falta de disposição ao diálogo. “Vivemos um momento de crise nunca vista nas IEES e o governo mostra que não quer dialogar. Há um ataque em curso para enfraquecer o papel da universidade pública”, comentou Péricles de Melo (PT), que coordenou a audiência.  

Tercílio Turini (PPS), médico formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), afirmou que não há qualquer interlocução do governo com as universidades e a própria Assembleia. “Quem manda é o Mauro Ricardo [secretário da Fazenda], ele fala como fosse governador. O João Carlos [SETI] foi convidado e não apareceu. O governo deveria ser o primeiro a preservar as universidades”.

Para Tadeu Veneri (PT), o governo quer submeter às universidades à sua tutela total. “Se há problemas que sejam resolvidos, mas não pode meio da tutela. Tutelar a universidade é tutelar pessoas, tutelar ideias. Não se trata de valores ou gastos, o objetivo do governador é criar uma universidade pública limitada”.

Professor Lemos (PT) afirmou que o governador precisa entender que educação é investimento e não despesa. “Primeiro os ataques à educação básica, depois o assalto a Previdência, que já tirou dos servidores mais de R$ 3,8 bilhões. Agora ele [Beto Richa] ataca o ensino superior. Quer acabar com a autonomia das Universidades. Quer colocar as Universidades de joelhos. Isso não está certo”.

Encaminhamentos

Duas cartas em Defesa das Universidades Públicas foram aprovadas ao fim dos debates: uma da totalidade de todas as representações presentes e outra do Comitê em Defesa das Universidades Públicas do Paraná.

Ambos documentos apresentam a disposição do diálogo junto ao governo sobre a gestão das IEES, porém respeitando os princípios constitucionais que garantem a autonomia universitária; o cumprimento do acordo firmado em 2015 onde o governo se comprometeu a retirar a Unespar e UENP do Meta 4; e a tramitação do projeto proposto pela SETI que assegura o TIDE como regime de trabalho.

As cartas ainda ressaltam a importância das IEES para o desenvolvimento regional, como patrimônio do povo paranaense que não pode ser colocado em segundo plano por cortes e do sucateamento que tem comprometido o ensino superior no Estado.

Os demais encaminhamentos foram a realização de audiências públicas nas cidades sede das sete universidades do Estado; convite a Defensoria Pública do Estado para integrar o Comitê e um pronunciamento do reitor da UEM e de um representante do comitê no plenário da ALEP no retorno das sessões em agosto.

Texto: Júlio Carignano
Foto: Leandro Taques



Em Curitiba, greve dos trabalhadores do Hospital do Idoso Zilda Arns, Caps, UPAs e Maternidade Bairro Novo

July 11, 2017 13:03, by Terra Sem Males
Por decisão dos trabalhadores reunidos em assembleia na última terça-feira 04/07, ficou determinado início da greve para a categoria da FEAES, sendo estes dos CAPS, UPAS, Maternidade Bairro Novo e HIZA (Hospital do Idoso – Zilda Arns) a partir de segunda-feira 10/07 às 06h30 com piquete em frente ao Hospital do Idoso Zilda Arns, devendo manter os 30% em todos os setores. No primeiro dia de greve, será organizado as demais concentrações, por este motivo a importância da participação de todos lá.

O SINDESC convoca os trabalhadores da Fundação, representados pelo sindicato, a aderirem ao movimento paredista.

O sindicato encaminhou pedido para fechamento de Acordo Coletivo de Trabalho separado da Convenção Coletiva geral da categoria para estabelecer normas diferenciadas da CCT, uma vez que se trata de uma instituição com condições de firmar acordo que vise benefícios diferentes da Geral por suas características públicas específicas.

Uma nova assembleia foi realizada na segunda (10) e a greve continua por tempo indeterminado, especialmente pela jornada de 30 horas semanais e vale alimentação.

Por Priscila O’Donnell
Sindesc – PR



Estudo de caso sobre o site Terra Sem Males como tendência de comunicação popular está disponível para leitura

July 11, 2017 10:16, by Terra Sem Males

O estudo sobre o Terra Sem Males foi a primeira dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (PPGEL) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Já está disponível para leitura a dissertação de mestrado da jornalista Vanuza Santos, “Tendências da Comunicação Popular no contexto das tecnologias da informação: um estudo de caso do site Terra Sem Males“. O estudo sobre o Terra Sem Males foi a primeira dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (PPGEL) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na linha de pesquisa Estéticas, Modernidade e Estudos Contemporâneos.

De acordo com descrição de Vanuza sobre o projeto, o objetivo do trabalho é apresentar tendências da comunicação popular, suas relações com as tecnologias digitais e seus resultados como processo comunicacional que atua diretamente na formação do indivíduo e no seu papel como cidadão.

Orientada pelo professor Marcelo Fernando de Lima e avaliada pela professora Maurini de Souza  (UTFPR) e pelo professor Elson Faxina (UFPR), todos jornalistas, o estudo de caso utilizou como base três reportagens publicadas no portal Terra Sem Males: “Atingidos pela Lama da Samarco (Vale/BHP-Billiton) não são só os desabrigados”; “24 horas num acampamento sem terra” e “Massacre de Beto Richa deixa mais de 200 feridos”.

De acordo com Vanuza, a análise reforça a tese de que a comunicação popular pode ser feita por pessoas que não moram nas comunidades retratadas nas reportagens e, com esta pesquisa, pretende contribuir para a discussão sobre o papel da comunicação popular, das tecnologias da informação e dos líderes de opinião na democratização da informação e na produção de conteúdo que contemple pessoas que vivem à margem da sociedade.

O texto, dividido em oito capítulos, pode ser lido na íntegra neste link ou abaixo:

 

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

 



Dieese analisa cenário brasileiro de crise política e econômica

July 11, 2017 9:50, by Terra Sem Males

O Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos disponibilizou um boletim informativo detalhando os aspectos econômicos da crise generalizada que assola o país e suas consequências na vida dos brasileiros, inclusive o discurso utilizado pelo governo federal sobre a retomada do crescimento econômico.

A entidade alerta que os dados sobre a evolução do PIB (produto interno bruto) precisam ser interpretados com cuidado, pois assim como ocorre o recuo da inflação, as taxas de juros também estão em queda.  “Neste momento, devido à brutal taxa de desemprego e à queda na renda, as expectativas futuras sobre o comportamento dos preços são de redução acelerada, o que leva as taxas de juros reais, pagas aos detentores da dívida pública, incríveis 6,5% ao ano”. O lucro dos rentistas continua em alta e nesse caso, inviabilizando a retomada do crescimento.

O informativo do Dieese, disponível abaixo na íntegra, traz explicações detalhadas sobre o PIB, as taxas de desemprego, a recessão econômica, a crise política e a incerteza com os rumos do país sob governo de Michel Temer. Confira:

 

 

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males



Conjuntura e reformas estiveram em debate na 19ª Conferência dos Bancários do Paraná

July 11, 2017 9:23, by Terra Sem Males

Categoria se reuniu nos dias 8 e 9 de julho para organizar ações contra os ataques aos direitos dos trabalhadores

A categoria bancária do Paraná se reuniu no último final de semana (8 e 9), em Curitiba, na 19ª Conferência Estadual. A conjuntura de golpe contra a democracia, de crise política e econômica e os ataques aos direitos dos trabalhadores, principalmente por parte das reformas trabalhista e da Previdência e da permissão de contratação irrestrita de trabalhadores terceirizados foi o destaque do congresso.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, fez um resgate histórico do cenário político dos últimos anos na América Latina, destacando a trajetória de vitórias e posterior fragilidade das esquerdas. Segundo ele, essa conjuntura está diretamente ligada às lutas da classe trabalhadora e à defesa do emprego bancário. “Basta perceber que o golpe político no Brasil, que começou a tomar forma em 2014, tem objetivos claros: retirar e flexibilizar direitos, maximizar lucros e criminalizar as esquerdas”, disse.

“Diante disso, o movimento sindical e os movimentos sociais precisam fazer um grande trabalho pelas Diretas Já! A retomada do desenvolvimento, o emprego e a distribuição de renda dependem da resistência dos trabalhadores. Por isso, eu digo que o debate de defesa do emprego é ideológico. Precisamos aprofundar a radicalidade da democracia”, ressaltou o presidente da Contraf-CUT.

O projeto de reforma trabalhista, que deve ser votado no Senado nesta terça-feira (11) altera mais de 100 artigos da CLT, reduzindo direitos conquistados pela classe trabalhadora durante décadas de luta.

Todos contra a reforma
Para esclarecer os principais pontos da reforma e enriquecer o debate, estiveram presentes a procuradora Cristiane Sbalqueiro Lopes, representante do Ministério Público; a advogada trabalhista e ex-vice prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves; além do presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Elias Jordão; e da economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Regina Camargos.

A procuradora destacou a guerra de informação e contra-informação e a importância de lembrarmos que os argumentos favoráveis à reforma são de extrema direita e por isso o presente é incerto e o futuro sombrio.

“Uma das aberrações da reforma é o trabalho intermitente, que nada mais é que o fim do direito do trabalho. Todos sabemos que o tempo à disposição do empregador deve ser remunerado, mas, com a reforma, o trabalhador passa a receber somente enquanto está em atividade de fato. Ou seja, o risco da atividade econômica é descaradamente jogado ao trabalhador, invertendo toda a lógica” afirma a procuradora.

As reformas já conduzidas em outros países demonstraram que houve precariedade das condições de trabalho e que não teve o aumento das taxas de emprego, além do mais, o projeto procura desmobilizar a luta dos trabalhadores, dificultando sua organização, anulando o papel do sindicato, impossibilitando o direito de greve.

Para os bancários a atual experiência com os terceirizados já demonstra a ausência de direitos em comparação aos trabalhadores contratados diretamente pelos bancos.

“A pior coisa que está acontecendo neste momento é a desumanização das relações de trabalho. A Caixa, por exemplo, alguns anos atrás tinha 60% dos seus trabalhadores como terceirizados, ganhando menos e fazendo o mesmo trabalho, porém com a tal reforma perderemos o direito de pedir equiparação” afirmou Mirian Gonçalves.

A advogada destacou ainda que o negociado sobre o legislado é outro grande retrocesso que permitirá que haja acordos abaixo das garantias previstas em lei, e que num futuro próximo as pessoas não terão como se aposentar, pois não haverá empregos que permitam tempo de contribuição, por isso é tão importante a resistência, não somente à reforma da Previdência, mas principalmente à reforma trabalhista.

Atualmente o Brasil possui 154 empresas públicas, que possuem um papel fundamental para a sociedade, como indutores do desenvolvimento econômico e social nacional, regional e municipal. Além de gerar empregos diretos e indiretos, essas empresas operam políticas públicas de forma eficiente, geram riquezas para sociedade e operam, estrategicamente, políticas anti-cíclicas para combater os reflexos de crises internacionais. Nos casos dos bancos públicos, eles podem frear as taxas abusivas de juros dos bancos privados, fazendo com que a economia cresça.

Negociações coletivas em cheque

Regina Camargos, também economista do Dieese, pontuou que se somam a essa revolução digital a recente legislação que regulamentou a terceirização no Brasil (Lei 13.429/2017) e a Reforma Trabalhista que está em tramitação no Senado. Ambas as mudanças contribuem para a alteração do perfil da categoria, pois modificam a estrutura de cargos dentro dos bancos.

“A Reforma Trabalhista vai atingir pesadamente a categoria bancária. E vai se configurar como um desmonte completo do sistema de relações de trabalho que vigora no Brasil. Com isso, está risco todo o legado de proteção social aos trabalhadores. Caso a reforma seja aprovada, tudo será remetido para negociação individual e os Sindicatos serão retirados do cenário de negociação coletiva”, explicou Regina.

Segundo ela, entre vários direitos que serão afetados – como jornada e PLR, por exemplo –, a reforma colocará em cheque a estrutura de negociação coletiva que os bancários construíram em décadas, pois os acordos firmados por empresa prevalecerão sobre as Convenções Coletivas de Trabalho.

Mais tecnologia, menos emprego
Cátia Uehara, também economista do Dieese, lembrou que o Fórum Econômico Mundial de 2016 apontou que, até 2020, as novas tecnologias irão retirar do mundo 5 milhões de empregos. Segundo ela, os bancos já avançaram muito na digitalização das relações com os clientes, visando principalmente a redução dos custos – com investimentos em inteligência artificial e plataformas digitais. Tais avanços impactam diretamente na organização do trabalho bancário, nos empregos e no perfil da categoria.

Segundo os dados do Dieese, desde 2012, o setor bancário já fechou 52 mil postos de trabalho, com redução principalmente nos cargos de escriturário e caixa. “Essa tendência de digitalização no setor bancário muda a forma de realizar transações financeiras, o que reduz o número de trabalhadores e altera substancialmente o conteúdo do trabalho bancário”, explicou Cátia. Para ela, com isso, o bancário passará a ser apenas mais um canal, que terá que superar a inteligência artificial e as plataformas digitais, para oferecer novas e melhores opções aos clientes.

Acesse aqui o álbum de fotos

As informações são do Seeb/Curitiba.
Edição: Contraf-CUT
F
oto: Joka Madruga/SEEB Curitiba



Temer acaba com Reforma Agrária popular e autoriza venda de terras da União por medida provisória

July 11, 2017 9:14, by Terra Sem Males

Nesta terça-feia, 11 de julho, Michel Temer irá sancionar a medida provisória 759 que, conforme o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), “estabelece novas regras para a regularização de terras da União ocupadas na Amazônia Legal”.

O chamado programa Terra Legal estabelece a titulação de terras da União para particulares, com a entrega de documentos de propriedade em nove estados da Amazônia Legal (Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Acre, Tocantins e Amapá), distorcendo os princípios da reforma agrária e da agricultura familiar.  De acordo com informação oficial do MDA, serão formalizadas 27 mil titulações.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se manifesta contra a medida provisória 759, alegando ser “fiel aos interesses latifundiários” e atendendo a interesses de mercado.  O MST defende a reforma agrária com a concessão de terras improdutivas ou terras da União utilizadas ilegalmente por grandes proprietários, que sejam destinadas, sem a titulação para particulares, para que as terras não possam ser comercializadas, e sim utilizadas para a produção de alimentos da agricultura familiar.

Por Paula Zarth Padilha
Foto: Joka Madruga

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Senado vota Reforma Trabalhista nesta terça, às 11 horas

July 11, 2017 8:49, by Terra Sem Males

Em Curitiba, Frente Brasil Popular convoca trabalhadores para ato às 10 horas no terminal Guadalupe

O projeto de lei 30/2017, que altera mais de 200 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a chamada Reforma Trabalhista, terá sua votação no plenário do Senado nesta terça-feira, 11 de julho, a partir das 11 horas.

De acordo com informações da Agência Senado, o projeto que será colocado em votação deve ter o mesmo texto aprovado na Câmara Federal, pois mesmo com cerca de dois meses de tramitação e mais de 800 propostas de emendas por senadores da oposição e da base do governo, todas as mudanças foram rejeitadas pelos relatores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Romero Jucá (PMDB-RR). Isso significa que, após a votação, deve ser sancionada por Michel Temer já nesta quarta-feira, 12 de julho.

Ainda nesta segunda-feira (10), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, rejeitou um mandado de segurança do senador Paulo Paim (PT-RS) que pedia a suspensão da tramitação da reforma trabalhista (PLC 38/2017).

Em Curitiba, a Frente Brasil Popular convoca toda a população para um ato com concentração a partir das 10 horas no terminal Guadalupe. Durante todo o dia, em diversas partes do país, estão previstos atos descentralizados. Em São Paulo, a Av Paulista foi ocupada na noite em ontem, em frente a Fiesp, e nesta manhã a Rodovia Anchieta amanheceu ocupada por manifestantes. Em Brasília, uma vigília e mobilização foi convocada pela CUT.

Por Paula Zarth Padilha
Com informações da Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Petroleiros da Repar retomam greve neste sábado no Paraná

July 7, 2017 16:48, by Terra Sem Males

Os petroleiros da refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, retomam a greve a partir da zero hora deste sábado (08). O movimento foi suspenso na última segunda-feira (03). A categoria protesta contra a redução dos postos de trabalho, medida tomada unilateralmente pela Petrobrás que descumpre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e aumenta ainda mais a insegurança no parque industrial.

A partir da manhã deste sábado, os petroleiros da Repar irão se reunir em assembleias a cada troca de turno, três vezes por dia, para avaliar o movimento e decidir sobre a continuidade ou não. Também estará em pauta as demais formas de mobilização no caso de a empresa insistir na implantação da redução do efetivo mínimo.

Estão previstas assembleias até a próxima quarta-feira (12), mas a tendência é que o movimento se prolongue por mais dias se a Petrobras manter a sua posição.

Saiba mais:  Petrobrás reduz efetivo mínimo de trabalhadores e petroleiros da Repar preparam greve

Fonte: Sindipetro PR/SC