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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

GREVE GERAL | Confira os locais de concentração dos atos pelo Brasil na sexta, 30 de junho

June 28, 2017 10:54, by Terra Sem Males

Na próxima sexta-feira, 30 de junho, o Brasil terá nova Greve Geral dos trabalhadores contra os retrocessos de direitos impostos pelo governo federal, que se utiliza de maioria do congresso nacional para reduzir os espaços de debate com a população e aprovar lei impopulares. O que está em jogo é a destruição de direitos trabalhistas e previdenciários, denominados  de reforma ou de modernização. Em pauta, também a mobilização pela queda do presidente ilegítimo Michel Temer e a convocação imediata de eleições diretas.

A Greve Geral dos trabalhadores é convocada pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Resistência Democrática, encorpada pelas Centrais Sindicais e seus sindicatos filiados, além de firme adesão dos movimentos sociais populares, como os atingidos por barragens(MAB), trabalhadores sem teto (MTST) e sem terra (MST), que estarão nas ruas, nas rodovias, em marchas populares. Cada sindicato de trabalhador também tem estratégia própria de organização das categorias, mas listamos aqui alguns pontos de concentração disponíveis para quem quiser somar nas ruas. Confira:

ACRE

:: Rio Branco – 8h – escadaria do Palácio do Governo do Estado

CEARÁ

:: Fortaleza – 9h – Praça da Bandeira

DISTRITO FEDERAL

:: Taquatinga – 9h – Praça do Relógio

GOIÁS

:: Goiânia – 8h – Praça Cívica

MATO GROSSO

:: Cuiabá – 15h – Praça Ipiranga

MINAS GERAIS

:: Belo Horizonte – 9h – Praça da Estação

PARÁ

:: Belém – 11h – Praça da República
:: Altamira – 8h – no mercado municipal
:: Marabá – 7h30 – em frente ao estádio Zinho Oliveira
:: Marituba – 7h na entrada da Alça Viária
– 18h – vigília contra a Revita Engenharia Ltda

PARANÁ

:: Araucária – 8h30 – em frente à Prefeitura
:: Cascavel – 8h30 – Unioeste (palestra)
10h – ato público no Núcleo Regional de Educação
:: Curitiba – Boca Maldita – 10h panfletagem APP sindicato
– 12h convocação Frente Brasil Popular e Fórum Estadual de Servidores
:: Foz do Iguaçu – 8h – Bosque Guarani
:: Guarapuava – 8h30 – Praça 9 de Dezembro
:: Londrina – 9h – no Calçadão
:: Maringá – 9h – em frente ao INSS
:: Paranavaí – 9h – em frente à Prefeitura
:: Ponta Grossa – 8h30 – na Praça Barão de Guaraúna

RIO DE JANEIRO

:: Rio de Janeiro – 17h – Candelária

RIO GRANDE DO NORTE

:: Mossoró – 15h – Igreja do Alto de São Manoel

RONDÔNIA

:: Porto Velho – 8h – Praça Três Caixas D’Água

RORAIMA

:: Boa Vista – 6h – Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes

SÃO PAULO

:: São Paulo – 16h – Av. Paulista – Masp
:: Guarulhos – 4h30 – aeroporto
:: Ribeirão Preto – 9h – Rua Alvares Cabral
:: Araraquara – 7h – Praça Santa Cruz

TOCANTIS

:: Palmas – 7h30 – Avenida Juscelino Kubitschek

|LISTA COLABORATIVA E ATUALIZADA DE FORMA CONSTANTE|

Fontes: Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Centrais Sindicais e sindicatos de trabalhadores, Brasil de Fato



A importância do dia 28 de junho para a comunidade LGBTI

June 27, 2017 13:16, by Terra Sem Males

O dia 28 de junho marca um fato importante na história do movimento LGBTI no mundo todo: nesta data, em 1969, houve o que foi talvez o primeiro levante da história contra a discriminação ao público LGBTI. Os frequentadores do Stonewall Inn se rebelaram contra as constantes batidas policiais no bar, o que acabou resultando em uma batalha que durou duas noites e deu origem à organização da primeira parada do orgulho LGBTI, realizada no dia 1 de julho de 1970 nos Estados Unidos. É nesta data então que hoje é celebrado o Dia Mundial do Orgulho LGBT.

De lá pra cá muita coisa mudou e muitos direitos foram conquistados em diversos países, mas infelizmente muita coisa ainda precisa ser feita. Todos os anos desde então, em muitas cidades são realizadas as Paradas da Diversidade LGBTI, sendo a de São Paulo uma das maiores delas (em 2017 mais de três milhões de pessoas compareceram).

Com muita alegria e cores, o público LGBTI e quem mais apoiar a causa, sai às ruas em uma manifestação pacífica pelos direitos à igualdade. Em Curitiba, ela é organizada pela APPAD, Associação Paranaense da Parada da Diversidade e terá em 2017 sua 18ª edição com o tema “O que eu tenho a ver com isso?”.

Mas dados tristes ainda tornam a lembrança do dia 28 de junho ainda mais importante: o Brasil é o país onde mais são registrados homicídios de gays, lésbicas, travestis, transexuais e intersexuais no mundo. Em 2016 o número foi espantoso: a cada 25 horas uma pessoa LGBT foi morta no país, sendo que São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro foram os estados com mais registros.

Foi com o levante do Stonewall Inn que o então chamado movimento gay ganhou força no mundo e, a partir dali que símbolos como a bandeira do arco-íris criada por Gilbert Baker passou a ser adotada pelo movimento. O dia 28 de junho de 1969 é o marco do início de uma luta que ainda continua e que, em tempos de extremismos exacerbados, se torna dia a dia mais importante.

Sobre a APPAD

Criada em 2004, a APPAD (Associação Paranaense da Parada da Diversidade) é hoje uma das associações de referência no atendimento e defesa dos direitos das população de lésbicas, bissexuais, gays, travestis, transexuais e Intersexuais no Paraná. Organizadora da Parada da Diversidade, que neste ano terá sua 18ª edição, a associação sem fins lucrativos é mantida por voluntários e doadores e hoje realiza ações de promoção e defesa dos direitos humanos em diversas áreas: psico-social, cultural, comunicação e segurança pública para o enfretamento à LGBTIfobia, Racismo e o Machismo.

Em 2016 a Parada da Diversidade de Curitiba contou com mais de 40 mil participantes, que caminharam no Centro Cívico tendo à frente uma ala somente de pais e mães que estiveram presentes pelos direitos dos filhos LGBTI. Neste ano, a parada será realizada dia 5 de novembro, com saída da Praça 19 de dezembro, a Praça da Mulher Nua.

Fonte: Associação Paranaense da Parada da Diversidade
Foto: Joka Madruga



O Furacão voltou!

June 27, 2017 12:22, by Terra Sem Males

Domingo teve vitória e teve bom futebol na Arena da Baixada. Com um time cheio de mudanças, o Furacão fez seu melhor jogo no Campeonato Brasileiro e mostrou a cara do técnico Eduardo Baptista na partida diante do Vitória.

Sempre melhor no jogo, o time não se abateu com o gol dos visitantes, numa bela cobrança de falta de Fred, e contou com grandes atuações de Nikão, Douglas Coutinho e Sidcley (mesmo jogando na lateral) para virar o placar e conseguir uma goleada, a primeira vitória por mais de um gol neste campeonato.

Cascardo supriu bem a ausência de Jhonatan, Matheus Anjos mostrou criatividade no meio-campo e Ederson deu muito mais movimentação ao ataque rubro-negro, que chegou por diversas vezes em situação de gol, mesmo antes de o Vitória abrir o placar.

A contusão de Lucho Gonzáles foi providencial. O gringo deu lugar a um inspiradíssimo Nikão, que quase fez o gol de empate, mas esbarrou na grande defesa do goleiro Fernando Miguel, mas, na sequência cobrou o escanteio na cabeça de Wanderson, novo titular absoluto da zaga atleticana.

O segundo tempo foi um passeio: Nikão, fez um belo gol de fora da área, aproveitando passe de Sidcley. Depois, Douglas Coutinho deixou Ederson na cara do gol para ampliar. E a vitória maiúscula foi coroada com um golaço de Matheus Rosseto, uma bomba na gaveta.

O Furacão chega a quarta vitória consecutiva e já ta mais perto do G6 (a apenas um ponto) que da zona de rebaixamento. E tão importante quanto a bela arrancada no campeonato Brasileiro, em que, há duas semanas éramos lanterna, é que o reencontro do Atlético com o bom futebol ocorre quando se aproximam os jogos decisivos da Copa do Brasil e da Libertadores.

Quarta-feira, é o Grêmio, pelo torneio nacional, em Porto Alegre. Na próxima semana, o Santos, em local que ainda ninguém sabe. O Furacão voltou, e voltou na hora certa.

Por Roger Pereira
GV Inferior, Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga



Adeus, ZR – até nunca mais

June 23, 2017 16:17, by Terra Sem Males

Três vitórias em sete dias, nove pontos somados aos únicos dois que tínhamos antes e o Atlético deixou, de vez, ontem, a Zona de Rebaixamento. Se a qualidade do futebol apresentado ainda está bem longe do que esperávamos com a chegada do técnico Eduardo Baptista, os resultados voltaram. E na hora certa, pois estão chegando os confrontos decisivos da Copa do Brasil e da Libertadores da América. A sorte também voltou a sorrir para o Furacão, e contamos com ela para avançar diante de Grêmio e Santos.

Se, no empate contra o Flamengo e, até, na derrota para o Coritiba, o Atlético chegou a apresentar um bom futebol, uma clara evolução tática, já nas primeiras partidas sob o comando de Eduardo Baptista, mas os resultados não vieram, nos três últimos jogos (Atlético-MG, Atlético-GO, e São Paulo) a qualidade do futebol esteve bem longe do que se espera, mas as vitórias, enfim, aconteceram.

Sem a pressão da zona do rebaixamento e, até mesmo, da lanterna do campeonato, sem a sina de não conseguir vencer, espera-se que, daqui para frente, o Atlético evolua ainda mais e, em pouco tempo esteja brigando numa posição mais acima no campeonato. O jogo contra o vitória, domingo, é crucial para isso. Quatro vitórias consecutivas em um campeonato tão disputado quanto o Brasileirão são feitos que só Corinthians e Grêmio (justamente líder e vice-líder) conseguiram até agora.

A crítica à partida de quarta-feira contra o São Paulo fica pelo fato de Sidcley ter voltado a ser utilizado como lateral, depois de duas boas atuações no meio campo. E, mais uma vez, o Atlético correu sérios riscos defensivos pelo setor esquerdo do campo.

Por Roger Pereira
Foto: Joka Madruga (arquivo 2009)
GV Inferior
Terra Sem Males

 



Petrobrás reduz efetivo mínimo de trabalhadores e petroleiros da Repar preparam greve

June 23, 2017 9:45, by Terra Sem Males

O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina denuncia que medida recente da Direção da Petrobrás, sob o comando de Pedro Parente, implantou de forma unilateral, sem qualquer negociação com os trabalhadores, a redução média de 25% dos números mínimos dos postos de trabalho em todas as unidades de refino de petróleo.

O Sindipetro está atuando em diversas frentes para denunciar os riscos da redução de trabalhadores e prepara uma greve, mobilizando os funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), situada na área industrial de Araucária, região metropolitana de Curitiba.

Estão ocorrendo reuniões nas trocas de turno. De acordo com informações do Sindipetro, durante as mobilizações, os dirigentes sindicais entregam dois formulários aos trabalhadores. O primeiro é de recusa da realização do trabalho operacional nos termos propostos pela empresa, devido aos riscos de operação dos equipamentos, à saúde, ao meio ambiente e à segurança pessoal e coletiva. O outro é da renúncia à brigada de incêndio, por compreender que a alteração do efetivo mínimo nas unidades operacionais trouxe insegurança ao meio ambiente laboral, aos trabalhadores, em especial aos brigadistas.

O Sindicato ainda tem orientado o preenchimento do formulário da FUP de denúncia de não conformidades de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).

O Sindipetro e a FUP têm feito uma série de ações no para tentar barrar ou ainda negociar a redução do efetivo. Uma denúncia foi encaminhada à Agência Nacional do Petróleo (ANP) que expõe o descumprimento da regra da própria empresa de Sistema de Gestão de Sistema Operacional (SGSO) em relação à movimentação de pessoal. Também forma feitas denúncias a órgãos ambientais sobre os riscos da operação das unidades com efetivo insuficiente, a fim de chamar a atenção da sociedade.

No âmbito jurídico, além das audiências de dissídio coletivo movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em função da iminente greve, o Sindicato busca processar na esfera criminal os gestores que aceitarem expor os trabalhadores ao risco.

Uma carta aberta à população também está sendo divulgada pela entidade sindical para alertar sobre os riscos para quem mora no entorno da Repar.

A redução do efetivo de trabalhadores é orientação para todas as unidades da Petrobrás no país e a primeira consequência foi um acidente registrado na Bahia, em que um operador se queimou em serviço. No último domingo (18), dois trabalhadores da refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, foram intoxicados pelo vazamento de gás sulfídrico e por pouco não morreram.

Os trabalhadores da Repar, no Paraná, estão sendo orientados e recusarem a determinação da Petrobrás por motivo de segurança. O efeito imediato da diminuição de empregos é a precarização das condições de trabalho e o consequente aumento dos acidentes industriais.

O Conselho Deliberativo da FUP vai indicar a data da deflagração da greve nacional dos petroleiros contra a redução dos efetivos nas refinarias.

 

Por Paula Zarth Padilha, com informações do Sindipetro PR/SC
Foto divulgação Sindipetro
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Narrativa de (mais uma) ocupação da Câmara

June 23, 2017 9:26, by Terra Sem Males

A cidade amanheceu com a Câmara de Curitiba lotada de policiais no entorno desde a madrugada.

O comando da PM não divulgou números de início, mas o contingente policial alcançou centenas.

Servidores passaram a madrugada em vigília, apesar do frio, da umidade, do discurso oficial de que sindicalistas são burocratas ou privilegiados. Lá estavam eles novamente, mais uma vez.

Porém, pela manhã, ainda eram poucos servidores.

Tudo indicava então que a votação aconteceria mesmo às 9 horas, conforme a ordem do dia na Câmara, dentro do regime de urgência do pacote de ajuste fiscal imposto pelo prefeito Rafael Greca.

Esta crônica se refere aos incidentes do dia 20 de junho na Câmara de Curitiba. Não consegui publicá-la por falta de tempo. Mas o que era um esboço na verdade se reatualiza com a votação programada para a segunda-feira, 26 de junho. Tudo novo de novo, como diz uma música repetida no caminhão de som dos sindicatos.

Ainda no dia 20 passado, em pouco tempo, a praça Eufrásio Correia, em frente à Câmara, foi ganhando corpo.

Professoras, servidoras e coletes dos diferentes ramos do funcionalismo eram vistos por ali. Mais de 15 profissões e um funcionalismo de 30 mil servidores, que pagam a cota diária de sacrifício para a cidade, serão os primeiros impactados pelas medidas do dito “Plano de Recuperação de Curitiba”.

Revoltados com a situação, servidores se concentravam na frente das barreiras policiais, aos gritos de “retira, retira, retira o pacotaço!”. A sincronia era de uma torcida organizada. O número de pessoas juntas começava a impressionar.

Questionavam também por que estavam sendo recebidos desta maneira numa casa que, como se diz, é a “casa do povo”.

Com a experiência da aprovação na base do tratoraço, método inovador lançado por Beto Richa, no dia 29 de abril de 2015, servidores já não confiam e passam a pressionar os vereadores. A qualquer momento, sabem, eles podem tentar driblar a vigilância popular, esconder-se em algum anexo ou banheiro do prédio, e votar os quatro projetos do pacotaço.

Por volta das 10 horas, a massa de servidores concentrada na frente das escadarias da Câmara pressionou e ocupou a casa.

Uma tragédia poderia ter acontecido. Pelo menos três pessoas foram levadas de ambulância, com quatro feridos oficialmente, sem contar outros machucados com cacetadas, enforcamentos ou intoxicados pelo spray de pimenta.

Nas redes sociais e em alguns veículos de comunicação, prevalece a análise como se funcionalismo e prefeitura representassem forças que se equivalem. “Os dois não querem negociar”, dizem, ignorando que a primeira reunião da gestão com o sindicato municipal ocorreu no dia 28 de março. Um dia depois, o pacotaço era enviado à Câmara de Vereadores. Não houve tempo para qualquer debate a sério. Greca ainda disse um sonoro “não” a 162 pautas dos servidores – parte delas sem qualquer impacto econômico. O uso desmedido de força policial e a desconstrução na mídia dos servidores mostram que não é possível achar que se trata apenas de uma intransigência “dos dois lados”. Inclusive os servidores têm apresentado medidas alternativas para que terceirizadas, proprietários de imóveis abandonados e grandes empresas sejam taxados mais do que o trabalhador comum.

Voltando à memória do dia 20 de junho, o momento mais triste, na percepção deste narrador, foi quando, nas escadarias, na hora do almoço, a polícia forçou a saída dos manifestantes que se concentravam ali para acompanhar o desdobramento da ocupação.

Num jogo de empurra-empurra, uma guerra barulhenta e tensa de nervos, quando os manifestantes jogavam flores brancas e policiais, em gentil retribuição, borrifavam a espuma branca de pimenta nos olhos, a PM ganhou o cabo de guerra e servidores foram forçados escadaria abaixo. Jornalistas estavam no meio do fervo. Como já aconteceu no 29 de abril, sentindo a injustiça no lombo daquela gente e fazendo parte dela.

Poucos momentos conseguem essa unidade tão ampla, de sentido e empatia.

Algumas pessoas estavam no limite, do cansaço e da falta de respiração.

“Se vereadores tiverem bom senso, devolvem os projetos para o executivo”, criticou a professora Josete (PT), quem trocou farpas com o líder do prefeito na Câmara, Pier Petruziello. Ele estava visivelmente à beira do desespero. Um dos vereadores da oposição, por sua vez, estava alarmado com a obediência quase servil dos vereadores da situação.

Não havia bom senso, havia irritação, vereadores acuados e medrosos, irritados com cada declaração dos líderes sindicais sobre o óbvio: falta de diálogo, truculência, ausência de democracia.

No começo da tarde, a votação foi suspensa e será votada na segunda-feira, mas Greca e vereadores afirmam que também não será retirada da agenda da casa.

Estamos em uma espiral sem fim. Um impasse sério.

O prefeito já avisou que não volta atrás.

Dizem que traumas na vida têm que ser enfrentados. O dia 29 de abril talvez seja um desses que persiste na memória coletiva.

Porém, repetir aquele episódio vai ter consequências desastrosas.

Por Pedro Carrano
Foto: Manoel Ramires
Mate, café e letras – crônicas latinoamericanas
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Temer enfrenta protestos em visita à Noruega

June 23, 2017 8:32, by Terra Sem Males

O presidente do Brasil enfrenta protestos sobre a destruição da floresta tropical e dos direitos indígenas durante sua visita à Noruega Durante o mandato do atual presidente o desmatamento da maior floresta tropical do mundo aumentou aproximadamente 30%. – O apoio econômico para o Fundo Amazônia precisa ser significativamente reduzido, diz a Fundação Rainforest da Noruega.

Nesta sexta-feira, dia 23 de junho, várias organizações norueguesas que trabalham em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos estarão presentes em frente a casa da primeira ministra norueguesa, fazendo protestos. O objetivo é passar um recado bem claro ao presidente Temer, para mostrar que a direção política que está seguindo é um desastre, não somente para a floresta tropical como também para os povos indígenas do país e para os defensores dos direitos humanos.

A situação dos povos indígenas e defensores de direitos humanos é crítica. No Brasil governado por Temer um defensor do meio ambiente ou dos direitos humanos é assassinado a cada semana.

Sônia Guajajara, uma das lideranças indígenas mais reconhecidas no Brasil, também estará presente no protesto nesta sexta-feira. Sônia Guajajara alerta que o presidente representa uma ameaça direta aos povos indígenas no Brasil. O desmantelamento da FUNAI, sendo promovido por Temer, pode criar sérias dificuldades para essas populações. Guajajara pede que a sociedade internacional, e a Noruega em especial, exerçam pressão política para influenciar o Brasil a acabar com a perseguição de ativistas e a destruição da floresta. “Temer não cumpre com suas obrigações e não respeita os direitos constitucionais. Os seus ataques aos direitos dos povos indígenas e ao meio ambiente são de uma magnitude nunca antes vista”, disse.

Democracia em falência

A CPI do INCRA e da FUNAI foi concluída recentemente, e a acabou sugerindo a criminalização de defensores de direitos e lideranças indígenas.

“O governo do Temer está promovendo mudanças políticas que causarão aumento da pobreza e um aumento ainda maior da diferença entre pobres e ricos. Uma das decisões políticas mais drásticas tem sido manter o teto dos gastos nas áreas de saúde, educação e serviços sociais no nível de 2016 para os próximos 20 anos. Ao mesmo tempo, as instituições democráticas do país estão sendo enfraquecidas e os nossos parceiros estão bastante preocupados com a perseguição da sociedade civil”, disse o coordenador da organização não-governamental Ajuda da Igreja Norueguesa, Arne Dale.

“Defensores de direitos humanos, membros de sindicatos, movimentos sociais e igrejas estão se mobilizando contra o governo corrupto de Temer. Uma luta que a Noruega e a sociedade internacional deve apoiar”, diz Dale.

O desmatamento tem que diminuir

O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em 29% de 2015 para 2016. O Congresso brasileiro está prestes a tratar um grande número de propostas que devem enfraquecer a legislação ambiental e reduzir unidades de conservação no país.

“A Noruega tem que exigir que o Brasil cumpra com os seus deveres conforme acordos internacionais e nacionais. Quando a primeira ministra se reunir com o presidente Temer nesta sexta, é necessário que ela alerte, claramente, que a Noruega se verá obrigada a reduzir o seu apoio ao Fundo Amazônia de forma significativa, caso os ataques contra a floresta e seus povos continuem”, disse o Lars Løvold, diretor da Rainforest Foundation Noruega.

As ONGs organizadoras do protesto pedem às autoridades norueguesas firmeza no diálogo com Temer, e pressão para que ele providencie proteção para os povos indígenas e suas lideranças, assim como o cumprimento das obrigações internacionais para redução do desmatamento e das emissões do Brasil.

Fonte: Fundação Rainforest da Noruega

Foto: Beto Barata/PR



FES reafirma que há recursos para Data Base dos servidores do Paraná

June 22, 2017 19:18, by Terra Sem Males

O debate financeiro ficou prejudicado – de novo – pela ausência do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que está em licença e volta ao trabalho na primeira semana de julho

Por Cláudia Morais para o FES

 

O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, recebeu ontem (21) o Fórum Estadual dos Servidores (FES). Rossoni iniciou a reunião ouvindo a pauta dos servidores e na sequência passou a coordenação da reunião para o recém empossado secretário do Planejamento, Juraci Barbosa Sobrinho.

A coordenadora do FES, Marlei Fernandes de Carvalho (APP-Sindicato), lamentou a ausência da Secretaria da Fazenda (Sefa) e cobrou que sejam feitas negociações de fato. “Não há processo de negociação, somente reuniões”, alertou.  Mais uma vez o FES apresentou os dados financeiros e reiterou que há sim recursos para pagamento da data base.

Rossoni respondeu que este debate deve ser conduzido pelo novo secretário da SEAP, Fernando Ghignone, empossado no dia anterior (19), e por Mauro Ricardo Costa. Ficou agendado uma nova audiência para a primeira semana de julho com ambos os secretários.

 

NÚMEROS NÃO BATEM

O Fórum deixou claro que o secretário da fazenda, Mauro Ricardo Costa, não apresentou os dados oficiais da prestação de contas publicadas pelo próprio governo (DIOE nº 9.955 de 30/05/17).  Os números apresentados pela Sefa na Audiência Pública no dia seguinte (31), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foram diferentes dos constantes no DIOE. O FES entregou nas mãos de Rossoni os dados oficiais confrontando os oficiosos.

A coordenadora do FES apresentou que foram protocolados requerimentos ao Ministério Público e à ALEP, para que a Secretaria reapresente os números reais. “É necessário romper o impasse para que possamos avaliar as condições e chegar ao processo negocial”, afirmou Marlei.

 

OUTRAS PAUTAS

Prática antissindical: Sobre o corte de remunerações de dirigentes liberados para a atividade sindical, há cerca de quatro anos, o Governo Beto Richa passou a descontar valores de gratificações de dirigentes, interferindo diretamente na atuação sindical. O Procurador Geral do Estado (PGE), Paulo Sérgio Rosso, também presente na reunião disse que irá reexaminar o tema.

Conselhos da Paranaprevidência: O impasse sobre a nomeação de conselheiros também acontece porque a Seap se baseia na Lei 12.398/98 e o FES considera a Lei  18.469/2015, que alterou a composição dos conselhos de Administração e Fiscal da Paranaprevidência. O presidente do Sinteemar, Zé Maria Marques, que é membro do Conselho Fiscal, explicou que a posição dos servidores é que os mandatos são de seis anos a partir da data dos decretos de nomeação dos conselheiros: 27 de julho para o Conselho de Administração e 11 de agosto para o Conselho Fiscal.  Barbosa Sobrinho argumentou que o impasse é jurídico. O FES respondeu que é jurídico, mas também político. Assim, será marcada audiência com a SEAP (que enviou um representante à reunião), FES e assessorias jurídicas dos sindicatos.



Crime da Samarco será debatido no Fórum Ambiental durante o 19º FICA em Goiás

June 22, 2017 15:54, by Terra Sem Males

Na manhã desta sexta-feira (23), a partir das 09h00, o crime da Samarco, que resultou no rompimento da barragem de resíduos da Mineradora, próximo à cidade de Mariana (MG), será debatido durante a Mesa “Os grandes empreendimentos e a questão ambiental: impactos no campo e na cidade”, pelo fotógrafo paranaense Joka Madruga.

Em 2015, Madruga, esteve em Mariana para realizar a reportagem fotográfica #NÃOFOIACIDENTE, sobre o maior crime ambiental do Brasil, que foi o rompimento da barragem de resíduos de minérios da Samarco/Vale/BHP Billiton. Em novembro de 2016 ele retornou na companhia do videomaker Thomas Bauer, para observar como estavam as pessoas após um ano do acontecido. Parte deste material ainda é inédito e será devolvido para as comunidades em forma de exposição permanente. Neste retorno, cada comunidade fotografada receberá uma cópia da exposição para que nunca se esqueça do que aconteceu.

A exposição fotográfica “Não foi acidente, é a lama que mata”, com parte do material produzido pelo fotógrafo, está aberta á visitação do público, na Tenda Multiétnica, localizada na Praça do Chafariz, na Cidade de Goiás (GO).

A mesa durante o Fórum Ambiental contará, ainda, com a presença de Moema Miranda, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), e de Fernando Cabaleiro, da organização Naturaleza de Derechos, da Argentina. A Tenda Multiétnica e o Fórum Ambiental seguem com sua programação até o dia 25, assim como o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA).

Mais informações: Joka Madruga desenvolve um projeto fotográfico na Amazônia Brasileira sobre os atingidos por barragens das hidrelétricas. Desde 2013 tem ido àquela região documentar como vivem e o que sofrem as pessoas diretamente impactadas pelos megaempreendimentos. Já esteve em Altamira (PA) onde está localizada Belo Monte; no rio Tapajós, onde foi suspenso o complexo de mesmo nome e em Porto Velho (RO), onde fotografou as usinas de Santo Antônio e Jirau. Nos dois projetos que serão apresentados no FICA, Joka Madruga contou com o apoio e solidariedade da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Fonte: Assessoria da CPT Nacional

Foto: Joka Madruga



Relatório “Forçados a Fugir”, sobre migrantes e refugiados centro-americanos, em português

June 21, 2017 14:42, by Terra Sem Males

O relatório mostra a violência de que são vítimas migrantes e refugiados que entram no México vindos de Honduras, El Salvador e Guatemala, tanto em seus países de origem quanto no caminho de fuga. Lançado em 11 de maio, o relatório é baseado numa pesquisa que ouviu 467 refugiados e migrantes em albergues da rota migratória e em dados de consultas médicas prestadas a essa população em 2015 e 2016.

O sumárioo executivo e a íntegra em português do relatório “Forçados a Fugir do Triângulo Norte da América Central” já estão disponíveis on-line aqui.

Fonte: Médicos Sem Fronteira

Foto: Anna Surinyach