STF confirma o afastamento de Eduardo Cunha
mayo 5, 2016 17:42Decisão ocorre após 141 dias do pedido feito pelo Ministério Público Federal.
Por Manoel Ramires
Terra Sem Males
O Supremo Tribunal Federal decidiu afastar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) do mandato de deputado federal. Os ministros acompanharam voto de Teori Zavascki, que determinou liminarmente o afastamento no início da manhã de hoje (5).
O afastamento ocorre a pedido do Ministério Público Federal, que listou 11 motivos contra Cunha. O STF levou 141 dias para deliberar sobre a matéria. A decisão do STF também ocorreu no mesmo dia em que o ministro Marco Aurélio Melo analisaria ação da REDE que pedia o impedimento de Cunha em assumir a presidência causo o golpe venha a se consumar no dia 11 de maio.
Mais cedo, o ministro Teori destacou que Cunha não tinha condições de presidir a Câmara diante dos indícios de que pode atrapalhar as apurações contra ele na Operação Lava Jato e no Conselho de Ética. Para o ministro, Cunha mancha a imagem do parlamento. Ainda de acordo com o relator, integrantes da linha sucessória da Presidência não podem exercer a substituição caso respondam a processos criminais no STF.
O presidente é réu por não declarar contas na Suíça, além de vender emendas parlamentares e receber propina de Furnas. A decisão pelo afastamento foi acompanhada pelos ministros. Os ministros Edson Fachin, Roberto Barroso e Rosa Weber acompanharam integralmente a decisão e referenda a liminar na Ação Cautelar 4070. Já Luiz Fux destacou que a decisão não representa interferência em outro poder. O ministro Dias Toffoli também concordou com o afastamento e destacou a excepcionalidade do afastamento da Presidência da Câmara e do mandato de deputado federal. Na mesma linha foi a ministra Carmem Lúcia, observando que não havia outra solução possível.
Embora constrangido, o ministro Gilmar Mendes votou favorável ao afastamento. Para ele, no entanto, a matéria é muito complexa e caberia mais avaliações da corte. Já Marco Aurélio Melo, que seria titular no julgamento de ação da REDE, não vê análise cotidiana e concordou com o afastamento. Por fim, Celso de Melo destacou que agentes públicos podem sim ser afastados de forma cautelar do exercício da atividade pública. Já o presidente Ricardo Lewandowski tem voto de minerva e só se posiciona em caso de empate.
Cunha nega renúncia
O deputado federal Eduardo Cunha disse que não há chance de ele renunciar ao mandato. A informação foi transmitida pela assessoria de Cunha. Também segundo a assessoria, ele dará entrevista coletiva nesta quinta-feira depois da sessão do STF em que o plenário da Corte vai decidir se mantém ou não a liminar de Zavascki.
“O pior da crise a gente tende a ter atravessado”, afirma economista do Dieese
mayo 4, 2016 21:14Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Na tarde de terça-feira, 03 de maio, o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) realizou, em Curitiba, a 12ª Jornada Nacional de Debates: desafios da negociação coletiva em cenário de crise, com o técnico do Dieese Sandro Silva.
Jango, Dilma e os erros da esquerda
mayo 4, 2016 17:45Por Fernando Marcelino
Terra Sem Males
Relembrar o governo Jango e a ascensão reacionária das forças golpistas ao poder em 1964 pode nos ajudar a entender o golpismo institucional do presente e os impasses do governo Dilma.
Muitos se lembram do João Goulart das reformas de base. Porém, seu governo encampou as reformas depois de diversos zigue-zagues. Em 30 de dezembro de 1962 foi anunciada uma nova orientação da política econômica do governo, o chamado Plano Trienal elaborado por Celso Furtado. Este programa visava estabelecer regras e instrumentos rígidos para o controle do déficit público e refreamento do crescimento inflacionário. Nesta linha de “ajuste fiscal”, Jango escolheu a estratégia de obter maioria no Congresso Nacional reforçando a aliança do PTB com o PSD. Ele repetia, desse modo, a coalizão parlamentar que deu estabilidade política a Juscelino Kubistchek.
Porém, este tipo de conciliação funcionava apenas na cabeça de Jango. Por um lado, a esquerda, representada por Leonel Brizola da Frente Nacional de Mobilização, Miguel Arraes, Luiz Carlos Prestes, Francisco Julião das Ligas Camponesas, a Ação Popular, que reunia a esquerda cristã, a CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) e os estudantes de esquerda se reuniam na UNE pedia reformas imediatas. Por outro lado, a direita, liderada por Carlos Lacerda, Olímpio Mourão e Costa e Silva, os empresários gravitavam próximos ao IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), o ultra conservador IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e os estudantes de direita no MAC (Movimento Anticomunista) defendiam a necessidade de combater a esquerda a todo o custo e livrar o Brasil da ameaça comunista.
Em pouco mais de quatro meses de governo, o crescimento do PIB sofreu uma radical desaceleração, passando da média de 6,6%, verificada em 1962, para valores abaixo de 0,5%. Claros sinais de recessão econômica foram verificados. Diante de um impasse político e econômico, João Goulart promoveu uma nova reforma ministerial, procurando atrair apoios de setores conservadores e empresariais com a escolha de Carvalho Pinto para a Fazenda, o que ampliou o descrédito do governo com a esquerda. Afinal de contas, Carvalho Pinto era sobrinho-neto do ex-presidente Rodrigues Alves e assessor próximo de Jânio Quadros, para quem foi Secretário das Finanças do município de São Paulo em 1953, Secretário da Fazenda quando Jânio governou o estado de São Paulo entre 1955 e 1958 e o próprio sucessor como governador. Neste momento Jango tentou dar uma guinada à direita, criticando a extrema esquerda. Em abril de 1963, San Tiago Dantas retornou dos EUA com um acordo com o FMI, por meio do qual os norte-americanos cediam empréstimos ao Brasil vinculados a compra de subsidiárias americanas.
Ao contrário de trazer estabilidade política para seu governo, as ações de Jango em 1963 despertaram a desconfiança da direita ao mesmo tempo em que desestabilizou sua base na esquerda. Com o avanço de uma agenda conservadora, Jango teve como resultado um amplo número de greves estourando por todo Brasil em conjunto com a direita o culpando por ter desestabilizado o país.
Acreditando ser capaz de conciliar os contrários em tal situação, Jango teve as direitas golpistas passando a conspirar abertamente contra o governo, enquanto as esquerdas reunidas na Frente de Mobilização Popular, com o apoio do PCB, aumentaram as críticas ao presidente de maneira agressiva. Ao mesmo tempo o PSD, assustado com a radicalização do PTB e das esquerdas, aproximava-se da UDN no Congresso Nacional. Goulart chegara ao final de 1963 politicamente isolado e com a situação econômica em descontrole. O PIB registrou 1% de crescimento, enquanto a inflação alcançou o patamar de 78%. O empresariado não acreditava na capacidade do governo de conter o descontrole financeiro, enquanto o aumento dos preços e o desabastecimento de mercadorias castigavam os trabalhadores.
Depois de ter tentando uma guinada à direita sem sucesso, Jango voltou-se então para a esquerda, organizando, com o apoio das entidades sindicais, um grande comício em 13 de março de 1964. Percebendo que a radicalização política impediria acordos entre o PTB e o PSD, Goulart optou pela estratégia exigida pelas esquerdas organizadas na FMP, pelo PCB, o CGT e por Miguel Arraes: o rompimento do governo com o PSD e a formação de um governo exclusivo das esquerdas. Porém, era tarde demais.
Jango demorou quase um ano para perceber que seria afastado do poder. Acreditou numa conciliação impossível até início de 1964. Enquanto percebeu que estava numa cilada e sem saída, os golpistas já tinham organização, comunicação social, comando e programa. Com o Plano Trienal, Carvalho Pinto, FMI, ambiguidade política, incapacidade de liderar e unir uma ampla frente contra o golpe, ingenuidade e excesso de confiança nas instituições republicanas, Jango já tinha ajudado a criar as condições para o golpismo prosperar durante todo 1963. Apesar de sua tentativa desesperada em mobilizar a população nos 45 do segundo tempo, a ambiguidade da linha política do governo Jango cobrou seu preço.
O que começou com um putsch mineiro liderado pelos generais Luiz Guedes e Olimpio Mourão, financiado pelo banqueiro e governador Magalhães Pinto, transformou-se num verdadeiro golpe de Estado contra o povo brasileiro e as instituições democráticas. Jango assistiu de longe à própria derrubada sem esboçar reação. Como reflexo da inércia de Jango, que se asilou no Uruguai a partir de 4 de abril, os movimentos sociais e as organizações da esquerda não se moveram. Começou então uma guerra de extermínio às políticas divergentes que durou 21 anos.
Agora, depois de 53 anos do golpe de 1964, o governo Dilma e a esquerda são atacados por um golpe institucional. E novamente, a dubiedade do governo paga seu preço. Ao invés de mergulhar no caldo de mobilização das eleições de 2014 para enfrentar os golpistas que já conspiravam pelo menos desde 2013, Dilma se exilou em Brasília, desmontou seus aparelhos de comunicação, paralisou a ação governamental e iniciou uma batalha por um ajuste fiscal sem apoio popular e sem fundamento econômico liderado por Joaquim Levy. Continuou aplicando uma macroeconomia de juros altos, câmbio volátil e desonerações para oligopólios. Permaneceu inerte em relação ao partido da mídia. Aventou a privatização da Caixa Econômica e uma desastrosa Reforma na Previdência. Não percebeu e desdenhou da operação de guerra contra Lula e o PT encampada pela Lava-Jato e acabou sendo o alvo principal da luta contra a corrupção, perdendo a maioria dos setores médios para a hipocrisia da direita. Não denunciou as conexões internacionais do golpe. Tudo isso abriu espaço para a ofensiva conservadora.
Em nome de uma governabilidade não alcançada, Dilma deixou para trás o projeto que a elegeu e perdeu o apoio da esquerda, cética a respeito dos rumos do governo e da possibilidade de sair em sua defesa, mesmo em meio a um golpe institucional. Suas atitudes ambíguas apenas desmobilizam a base social que poderia defendê-la. Enquanto isso a direita política, midiática e jurídica se fortaleceu, articulou um programa, mobilizou a classe média imbecilizada, desmoralizou e cercou Lula, o PT e o governo pela Lava-Jato até partir para a ofensiva visando tomar o poder via impeachment liderado por Cunha e Temer. Então, somente em 2016, no final do segundo tempo, Dilma percebeu que o golpe estava próximo e que era praticamente inevitável.
Não é a primeira vez que crises resultam de erros cometidos pela própria esquerda. Apesar da dubiedade de Jango, grande parte da esquerda sabia que, apesar de seus erros, o golpe era contra o povo brasileiro. Mesmo assim, todos percebiam que os inimigos estavam se unificando e a esquerda tinha três frentes políticas que não conseguiram se unificar para lutar no campo social e institucional em defesa da democracia. Quando a esquerda começou a caminhou para se unificar em torno de uma nova estratégia, capaz de enfrentar a complexa situação, já era tarde demais.
Maio de 2016. Ainda temos que acertar contas com os erros do passado para não cometê-los novamente. Aqueles que tentam usurpar o poder pelo golpe institucional só vão recuar se for desencadeada uma forte reação popular pela legalidade democrática com a mobilização nas ruas, estradas, escolas, universidades e prédios públicos. O golpe só será rechaçado pela demonstração de vontade política da maioria do povo brasileiro. Ainda há tempo e existe muito que se fazer para que o avanço do movimento popular barre o golpe em curso. Quem viver verá.
Ana e um intervalo
mayo 3, 2016 19:30Por Pedro Carrano
Crônicas de Sexta
Terra Sem Males
A entrevista estava agendada. A gente não tinha certeza se a prefeitura autorizaria a visita à casa de Ana, mas resolvemos arriscar. A vida num turbilhão de agendas e atividades. Por isso eu e Joka só fomos falar da pauta no carro, sem saber ao certo o tom que daria para a narrativa – falta de verbas à saúde pública ou condições de trabalho das enfermeiras que atendiam Ana em casa todos os dias para cuidar de uma síndrome raríssima.
A casa de Ana no fundo do quintal, na periferia, comprimida entre cozinha, sala e o quarto, preparado, com cilindros de gás, para o seu tratamento. Entramos com cuidado e uma dúvida se não estávamos sendo invasivos. Ou se fazia mesmo sentido o contato com uma situação que outros jornais já exploraram ao máximo só pelo fato de expor uma história pessoal doída. Ana conhecia hospitais melhor do que ninguém.
Joka encontrou com a sua câmera os ângulos necessários sem mostrar o corpo da menina, observando o detalhe do nome na parede ou de algum brinquedo novo. Conhecemos todos os aparelhos que sustentavam Ana com vida e da qual era inseparável. Ana alimentava-se por sonda. O coordenador da equipe médica nos informou que ela estava aprendendo a sentir o gosto das coisas.
O celular seguia apitando. Os compromissos para além do espaço daquela casa, a urgência da política em todo o país em tempos de partido e de homens partidos, formavam uma nuvem de acúmulo para nós. Joka, então, movimentava a perna compulsivamente, enquanto esperávamos a equipe de enfermagem tratar Ana com calma e com precisão. Quando as enfermeiras terminaram de medir a febre que a menina apresentou, elas me passaram para dentro do quarto para que entrevistasse a mãe. Joka já havia tomado as fotos e eu não sabia o que perguntar para aquela jovem, rosto de adolescente, que sequer tinha profissão, e se dedicava dia e noite à filha. Eu não tinha o que dizer. Apenas fizemos juntos a constatação de que as coisas estavam melhor naquele momento, em casa, e não no hospital.
Logo depois saímos com pressa rumo à próxima unidade de saúde, para mais uma entrevista. Ficamos em silêncio e não falamos nada sobre a conclusão, talvez comum num texto de autoajuda, mas que eu e – imagino que Joka também – sentimos até os ossos: não tínhamos qualquer direito de dizer que estávamos sobrecarregados, atarefados, na correria ou cansados. Mas nem tivemos tempo para qualquer reflexão desse gênero: em meio a remédios e injeções mil, Ana nos encarou com seus olhos negros, firmes e um pouco irônicos, sinalizando com a mão para nós.
Entre incrédulos e emocionados, logo fomos descobrir, na verdade, via a tradução das enfermeiras, que o sinal de Ana era para a gente sair da frente, porque estávamos atrapalhando o desenho favorito da menina na TV.
Alma lavada
mayo 3, 2016 17:24Roger Pereira
Coluna GV Inferior, tudo sobre o Atlético Paranaense
Terra Sem Males
O campeonato ainda não acabou, a história do futebol ensina que comemorar antes da hora pode custar muito caro, mas a vitória do Atlético, no último domingo, sobre o Coritiba, na primeira partida da final do Campeonato Paranaense foi para lavar a alma. Foi a primeira atuação convincente do Furacão e a primeira vitória no clássico dentro da nova Baixada.
E foi na hora certa. O 3 a 0 feito de forma incontestável, com amplo domínio atleticano durante todo o jogo fez o Furacão derrubar, em grande estilo, a sina de se complicar nos clássicos, mesmo em seus domínios, independente da qualidade das equipes e da fase que elas atravessam no momento do confronto. A campanha irregular no estadual, a classificação sofrida diante do Paraná Clube e a boa fase do rival, que cresceu nas rodadas finais e passou com autoridade pelos adversários do mata-mata, colaborou para o clima de desconfiança do torcedor atleticano.
Tanto que a Arena não lotou e, no primeiro tempo, os gritos da torcida intercalavam-se com o silêncio de apreensão. O Atlético dominou o rival desde o primeiro minuto, mandou no jogo, mas não conseguiu abrir o placar no primeiro tempo, diante de um Coritiba que, visivelmente, entrou em campo para empatar, com uma postura totalmente defensiva e fazendo cera desde a primeira etapa. A tensão crescia na GV Inferior, o filme parecia que ia se repetir: “jogamos melhor, pressionamos e, daqui a pouco eles acham um gol numa bobeira nossa”, comentava um colega de arquibancada.
Mas, no segundo tempo, o placar fez justiça ao amplo domínio rubro-negro, coroando dois jogadores que tiveram atuação individual brilhante: o zagueiro Thiago Heleno, que anulou Kleber Gladiador, foi o autor do primeiro gol, depois de uma bela presença de espírito de Léo que apresentou-se para uma cobrança de falta curta, quando todos esperavam um chuveirinho na área.
Depois, o jogo foi de Ewerton, que deixava tonta a defesa coxa em suas jogadas de velocidade. Numa delas, os zagueiros rivais literalmente bateram cabeça e ele ficou livre para fazer o 2×0. Logo depois, só foi parado com falta, que Hernani bateu com maestria para fazer o terceiro. Pena que Hernani se exaltou na comemoração, recebendo um cartão amarelo e, na sequência, foi afobado em dar um carrinho no adversário, sendo, por isso, expulso de campo.
Se não, caberia mais. Independente do que vier a acontecer no próximo domingo no Couto Pereira, a vitória incontestável desta primeira partida serviu para lavar a alma do torcedor atleticano. E quem menospreza a disputa do campeonato estadual e a rivalidade local, defendendo que o time precisa focar em competições maiores, precisa ver a alegria no rosto de quem deixava o estádio neste dia 1º.
14 fotos da memória de um ano do Massacre do 29 de Abril no Paraná
mayo 2, 2016 9:29Para não esquecer: 01 ano do Massacre do dia 29 de Abril, onde servidores públicos do Paraná foram violentados pelo governo Beto Richa.
Clique aqui para ver todas as noticias que publicamos sobre o caso.
Agradecimentos especiais à CUT-PR e à APP-Sindicato pelo espaço.

Juventude presente.

Cultura e educação.

Povos caingangue presente.

Juventude presente.

Tico e a rosa.

Tico Santa Cruz.

Um colar de bombas.

Adolfo Perez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz.

Sem terra presente.

Juventude presente.
PT de Curitiba lança plano de governo participativo
abril 30, 2016 16:40No próximo dia 7 partido deve confirmar Tadeu Veneri como candidato a prefeito
Por Manoel Ramires
Terra Sem Males
O PT definiu em novembro de 2015 lançar candidatura própria em Curitiba. O nome a ser lançado no próximo dia 7, no Espaço Cultural dos Bancários, é do deputado estadual Tadeu Veneri. Para o partido, se entende que a gestão da cidade comandada por Gustavo Fruet (PDT) não é popular e que os militantes querem uma cidade diferente. Após o rompimento, o caminho próprio do PT se dá com o lançamento da ferramenta digital que busca construir plano de governo participativo.
A plataforma se desenvolve na web. No site www.acidadequeeuquero.org.br, a população e os militantes são convidados a descrever quais mudanças querem para Curitiba e fazerem propostas para serem incorporadas ao plano de governo em Curitiba. De acordo com João Paulo Mehl, responsável pelo site e pelas redes sociais, o processo de produção do conhecimento começa e termina livre. Qualquer organização ou entidade já pode utilizar a plataforma. “A intenção de ‘A cidade que eu quero’ é dialogar de forma direta com as diversas formas históricas de participação na construção de políticas. A plataforma retoma a origem do PT, dos núcleos de base, organizações por setor, pega todo esse conhecimento acumulado e potencializa conteúdos de forma atualizada. A plataforma é parte do processo do programa de governo”, destaca
O plano de governo virtual não deve substituir o debate interno do partido, tampouco experiências já acumuladas. A ideia é aliar o conteúdo partidário com novas ideias e pensamentos vindos justamente da população, como explica Simão Júnior: “”Não vamos deixar de fora outras experiências acumuladas no campo do PT. Essa ferramenta busca ampliar as sugestões da população, dos movimentos e das entidades na construção de nova cidade”, reforça.
Uma das missões do plano de governo digital e participativo é ouvir as pessoas e suas demandas. Algumas delas já foram explicitadas no encontro de lançamento. “A cidade que eu quero não tem caixas pretas como o ICI, tem o estado laico e inclui cada vez mais as mulheres numa Câmara de Vereadores ainda de perfil machista”, compara Marilena Silva.
Novos rumos
Para o deputado estadual Tadeu Veneri, que deve ser oficializado no dia 7 como candidato a prefeito de Curitiba, o PT não está acabado. O partido já passa por uma reformulação interna e no seu modo de agir. “Nós estamos vivendo um momento rico de transformação. Nós precisamos mostrar que Curitiba não é a cidade da maquiagem, que não tem moradia, que tem falta de vagas em cmei, que tem filas enormes de espera na saúde. Curitiba, com 1,8 milhões de habitantes, não tem uma rede de televisão para dizer o que ela pensa. Curitiba não pode ser a cidade do pensamento único. Ela precisa ser de todos os pensamentos e de todas cores”, sonha.
Fotos da coletiva com João Pedro Stédile, Regina Cruz e Hermes Leão em Curitiba
abril 28, 2016 17:57João Pedro Stédile está em Curitiba para uma série de eventos contra golpe. Na tarde desta quinta-feira ele falou com a imprensa de alguns veículos dos trabalhadores na sede do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Regina Cruz, presidenta da CUT-PR e Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, também participaram.
A matéria pode ser lidas aqui.
Para ter acesso às fotos sem as marcas, entre em contato para saber os valores.
Livro “29 de abril repressão e resistência” será lançado na noite desta quinta pela APP
abril 28, 2016 15:28Evento terá mesa de debate sobre criminalização dos movimentos sociais
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Em evento conjunto realizado na noite desta quinta-feira, 28 de abril, a APP Sindicato promove o lançamento do livro “29 de abril: repressão e resistência”, com uma mesa de debates sobre o uso do judiciário pelo Estado para criminalizar os movimentos sociais e sindicais.
De acordo com Walkíria Olegário Mazeto, diretora educacional da APP Sindicato, o livro surgiu com a intenção de registrar o que foi o embate entre servidores e o Estado que culminou com o massacre de 29 de abril. “O livro traz também uma reflexão sobre como o estado capitalista se coloca e se utiliza de sua estrutura na repressão aos movimentos sociais e sindicais e como o sistema de justiça atua para que isso aconteça”, explica.
A obra conta com três artigos: o professor de história da Universidade Federal do Paraná Luiz Fernando Lopes Pereira traz o olhar da narrativa histórica do dia 29 de abril; o advogado Tarso Cabral Violin faz a análise do dia 29 a partir do direito administrativo; e o professor da Unicamp Giovani Alves faz análise a partir das raízes autocráticas do estado brasileiro e de como ele se mantém.
O livro também publica as peças jurídicas sobre o dia 29 de abril, para caracterizar como o sistema de justiça foi utilizado para impedir entrada da população na Assembleia Legislativa, derrubar recursos de servidores, e a utilização da justiça pelo Estado para ferir o direito de ir e vir, de livre acesso e de manifestação.
Debate rememora massacres
Com a presença de João Pedro Stédile, o debate sobre a criminalização dos movimentos sociais terá um ato para rememorar alguns massacres contra trabalhadores, povos e movimentos sociais ocorridos no Brasil. Os casos serão apresentados e será feita a análise jurídica desses casos.
Evento Memórias de Abril
Lançamento de livro e debate sobre criminalização dos movimentos sociais
Data: quinta-feira, 28 de abril
Horário: 19 horas
Local: APP Sindicato
(Av Iguaçu 880 Curitiba)
#AquiÉCorinthians: Só precisamos de uma vitória simples!
abril 28, 2016 15:04Por Geziane Diosti
Terra Sem Males
Eliminação para o Audax no Paulistão: era hora de respirar, virar a página do Estadual 2016 e focar na Libertadores. Já no domingo, o espírito do time era o torneio internacional. Tite mantinha a ideia de que o empate contra o Nacional valeria – mas era melhor o empate com gols. É, não deu. Ficamos no zero a zero no frio de Montevidéu, com o domínio dos uruguaios, o Timão atacando pouco, mas conseguindo segurar as bolas aéreas e demais jogadas que vinham de todas as partes. Cássio teve que trabalhar, principalmente no segundo tempo. Em 90 minutos, a equipe de Tite chegou ao gol do goleiro Conde em apenas três oportunidades, praticamente. Faltaram jogadas, faltaram lances, faltou futebol.
Talvez tenha sido uma das partidas mais fracas tecnicamente do Corinthians na Libertadores. Temo um pouco por essa confiança extrema em decidir no Itaquerão. Mas “vamo que vamo” que o estádio vai estar lo-ta-da-ço. E se o mestre Tite disse que acredita na “atmosfera da Arena” para a classificação para as quartas, #EuTambémAcredito!
Lembrando que em São Paulo o empate sem gols leva para a decisão para os pênaltis. Empate em qualquer outro resultado favorece o Nacional. Ou seja, vitória simples para o Timão é o que interessa. Porque pênaltis… não! Já deu no último fim de semana e que não queremos sofrer mais.
E você, qual placar aposta para Timão x Nacional na semana que vem? Chuta aí! Vou de 2×0.
#VaiCorinthians