Fotos do ato de solidariedade ao MST em Quedas do Iguaçu no Paraná
abril 11, 2016 15:32Ato contra a violência, de solidariedade às famílias das vítimas e pela Reforma Agrária, em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná.
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Documentário sobre jornalismo terá exibição gratuita nesta terça, 12
abril 11, 2016 14:47Exibição será seguida de debate com o crítico de cinema Luiz Gustavo Vilela
Em tempos de incertezas e convulsões políticas O Mercado de Notícias, documentário poético de Jorge Furtado, é um filme obrigatório. Ao convidar alguns dos mais importantes jornalistas brasileiros para refletir sobre sua profissão, o diretor monta um panorama duplo. De um lado o ideal da prática e, de outro, sua aplicação real, cada vez mais nefasta. A poesia, responsável por dar ao filme uma nova dimensão, fica pela alternância com a peça O Mercado de Notícias, estranhamente atual, considerando que sua primeira montagem foi na era do Teatro Elizabethano. O Cineclube do Sesi São José dos Pinhais exibe gratuitamente e discute o documentário dia 12 de abril, terça, 19h.
O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado
Data: terça-feira, 12 de abril
Horário: 19h
Mediação: Luiz Gustavo Vilela, crítico de cinema e jornalista do cronicodecinema.com
Local: Teatro do Sesi de São José dos Pinhais, R. XV de Novembro, 1800 – Centro, São José dos Pinhais.
Senado discute projeto contra servidores
abril 11, 2016 13:34Para renegociar dívidas de estados e municípios, trabalhadores públicos serão sacrificados.
Por Manoel Ramires (com Confetam e Assessoria Paulo Paim)
Terra Sem Males
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debate nesta segunda-feira (11), a partir das 15h, em audiência pública, o Projeto de Lei Complementar (PLP 257/2016) que garante um prazo maior para os estados pagarem o que devem à União. Em contrapartida, os servidores públicos podem ser sacrificados. A proposta pede a suspensão de concursos públicos, o congelamento de salários, a revisão de gratificações e a elevação das contribuições pagas à Previdência.
O projeto chega a falar em suspensão da valorização anual do salário mínimo, o que prejudicaria também trabalhadores do setor privado. A proposta está pronta para ser votado na Câmara dos Deputados. Se aprovado, seguirá para o Senado. “Queremos saber qual o impacto da dívida para os servidores públicos”, disse o senador Paulo Paim, que convocou a audiência pública.
O PLP 257 tramita em regime de urgência constitucional, solicitado pela presidente da República. Com esta característica, o projeto tem 45 dias para tramitação e votação na Câmara e mais 45 para o Senado. “Se a votação não for concluída nesse período, o projeto passará a trancar a pauta da Casa em que estiver tramitando. Enquanto a pauta estiver trancada, nenhuma proposta legislativa pode ser votada”, informa a Agência Câmara.
Reação
A audiência pública que busca inibir a aprovação do PL 257/2016 conta com a participação o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos Gomes dos Santos; e o vice-presidente de Política de Classe da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto.
Além da discussão nesta segunda-feira, no dia 14 de abril, quinta-feira, será realizado o dia nacional de luta do funcionalismo, com paralisações em vários setores. Em Brasília, servidores de vários estados se concentrarão no anexo II da Câmara dos Deputados, às 9h. “Não somos contra a renegociação das dívidas com os estados, desde que sejam retiradas as condicionantes que dizem respeito e prejudicam os servidores”, esclarece o servidor federal e dirigente nacional da CUT, Ismael José Cesar.
Já o assessor técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Neuriberg Dias, explica que um dos principais pontos que seguram a aprovação célere do projeto é a proximidade das eleições municipais, que serão realizadas em outubro. “Em ano eleitoral, os parlamentares não vão votar contra os servidores públicos. A pressão dos servidores federais, estaduais e municipais está muito grande, e eles serão cobrados em suas bases. Acho difícil este texto ser aprovado como está”, afirma.
Saiba sobre ações de disputa entre União e Araupel na Justiça Federal do Paraná
abril 9, 2016 10:59Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Entre tantas ações judiciais de disputa de posse envolvendo a União Federal e a Araupel, duas delas referem-se especificamente às áreas em que a Araupel tem suas instalações e que a União reivindica posse. São 63 mil hectares de área.
A primeira ação tramita na 1ª Vara Federal de Cascavel (processo nº 20047005005184-9) há mais de dez anos e, em maio de 2015, em uma decisão histórica, o juízo sentenciou que as terras em disputa pertenciam à União Federal. A sentença reconheceu que 23 mil hectares de terras, onde estão instalados o Assentamento Celso Furtado e o acampamento Herdeiros da Terra, nos municípios de Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, são pertencentes à União, por ser região de fronteira, e não são passíveis de usucapião pela Araupel.
A área foi considerada como cedida de forma irregular pelo governo do estado à empresa. Como a Araupel já havia sido indenizada pela União em R$ 75 milhões pela desapropriação para fins de reforma agrária, também foi condenada a restituir esse valor. Essa decisão também determinou que a Araupel comprasse outro imóvel. No recurso, um desembargador decidiu que a Araupel poderia esperar para comprar imóvel somente depois que fossem julgados todos os recursos sobre a posse da área e nulidade dos títulos da Araupel .
Essa sentença favorável motivou o Incra, autarquia responsável pela reforma agrária e diálogo entre os movimentos sociais e o governo, a protocolar uma nova ação judicial contra a Araupel, em outubro de 2015, para questionar a posse, em favor de União, de outros 12 mil hectares da área, onde está instalado o acampamento Dom Tomás Balduíno. A ação judicial foi definida em acordo com os movimentos sociais.
A nova ação (5006093-51.2015.4.04.7005) tramita na 2ª Vara Federal de Cascavel e está suspensa até que o Tribunal Regional Federal da 4ª região, segunda instância da Justiça Federal, reúna o colegiado de três desembargadores para julgar as apelações interpostas pela Araupel referentes a conflito de competência. A dúvida é se a nova ação deve tramitar na 1ª ou na 2ª Vara de Cascavel. A União apresentou recurso contra a suspensão do processo, mas foi negado.
O desembargador relator do processo mencionou em um despacho que já anexou pareceu do Ministério Público Federal e que deve-se aguardar julgamento do colegiado, mas não consta na tramitação do processo de apelação uma possível data para isso. Essa ação e suas apelações estão com movimentação de tramitação também neste mês de abril.
Podemos tirar, se achar melhor
abril 9, 2016 9:461 – A Polícia Militar do Paraná apresentou mais uma versão de que foi emboscada. “Vazou” um áudio com um suposto depoimento de um sem terra que participou da ação. A imprensa logo comprou a versão da Secretaria de Segurança. Secretaria essa que há quase um ano dizia que foram os professores que provocaram o confronto no Centro Cívico. Governo este que disse ter black blocs infiltrados na greve. Mas a versão “oficial” tem uma vantagem dessa vez: quase que exclusividade na produção de deturpação de conteúdo. Ano passado, em Curitiba, os black blocs eram meninos com lenços. Os coquetéis molotov eram espigas de milho. Os policiais feridos foram atingidos por groselha ou pelo seu próprio armamamento.
2- Assim como em 2015, o Governo do Paraná amanhece em um local fortemente aparelhada para o combate. A justificativa do coronel Lee para a presença do efetivo na praça foi a realização de um briefing, recepção. Mais uma vez, a versão é para garantir a segurança. Mais uma vez aponta para milicias nas falas, reproduzidas pela imprensa, mas não comprova nada. Mais uma vez criminaliza uma movimentação política, seja ela de professores, seja ela de produtores rurais. O modus operandi não muda, apenas se trocam os personagens.
3 – E na estratégia de criar fatos que corroborem sua ação violenta, a PM colhe depoimento de um suposto sem terra sem a presença de um advogado de defesa. As perguntas são feitas quase que para uma resposta preparada. Tudo bem ensaiado. O rapaz diz: “um engraçadinho atirou para cima e o policial revidou”. Contudo, as marcas de bala na S10 sugerem mais de 30 tiros no revide. Em seguida, no depoimento, o rapaz afirma que o primeiro tiro partiu do rapaz que “morreu, que entrou em óbito”. Rapidamente, uma terceira voz assopra aos quarenta segundos: “com o revólver na mão”. E o depoente repete: “com o revólver na mão”.
4 – O que o áudio não revela, nem imagens ainda foram apresentadas à imprensa, é que na versão do rapaz que “morreu com o revólver na mão” não se aborda o tiro pelas costas e a bala na nuca. Por isso, a versão do MST, que requer exumação do corpo para comprovar em que condições se deram as mortes. Mas, na construção das versões, a criminalística levou 24 horas para chegar ao local. O local foi isolado sem acesso da imprensa e dos próprios produtores rurais sem terra. Nessa história toda com cara de “podemos tirar, se achar melhor”, falta apenas um “cara, foi excelente”, ao final do áudio. Precedentes para isso, todos já conhecemos.
Quedas do Iguaçu amanhece com mais de 20 viaturas do Bope, caveirão e atiradores de elite
abril 9, 2016 8:32Na manhã deste sábado, 9 de abril, a praça de Quedas do Iguaçu, Paraná, local onde haverá o Ato Nacional contra a violência, em solidariedade às famílias das vítimas do acampamento Dom Tomás Balduíno, e pela Reforma Agrária, grande quantidade de policiais militares e viaturas, além do caveirão de choque, já estão no local.
A manifestação reunirá amigos, militantes dos movimentos sociais, sindicais, de direitos humanos, em memória dos dois membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que foram mortos pela polícia e por seguranças da Araupel na última quinta-feira, 07 de abril.
De acordo com relatos, o carro em que os assassinados estavam tinha muitas marcas de tiros. Os feridos e demais trabalhadores rurais saíram correndo pela mata para se esconder. A polícia não permitiu que familiares e amigos chegassem perto dos corpos.
Confira fotos exclusivas de Joka Madruga, que está em Quedas do Iguaçu para acompanhar o ato:

Caveirão da Polícia Militar na praça de Quedas do Iguaçu. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males.

Grande número de policiais militares na praça de Quedas do Iguaçu. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males
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abril 8, 2016 16:41O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) convida representantes dos Ministérios, Parlamentares, organizações e ativistas de direitos humanos, sindicatos, organizações populares, amigos da luta pela Reforma Agrária, para ato contra a violência, de solidariedade às famílias das vítimas e pela Reforma Agrária.
O ato será realizado neste sábado, 09 de abril, às 10h, na Praça São Pedro, em Quedas do Iguaçu.
O Terra Sem Males estará presente para acompanhar o ato e se solidarizar com todas as famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno, especialmente as famílias das vítimas.
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abril 8, 2016 15:42Centrais sindicais do Paraná (CUT, CSB, Nova Central Sindical e Força Sindical) se reuniram na tarde desta sexta-feira (08) em solidariedade aos sem terra assassinados ontem, em Quedas do Iguaçu, no sudoeste paranaense.
Em breve mais informações.

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

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MST promove coletiva de imprensa para esclarecer o ataque promovido pela PM e seguranças da Araupel contra trabalhadores Sem Terra no Paraná
abril 8, 2016 14:27O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Antonio Miranda, e o advogado do Movimento, Claudemir Torrente, estarão na tarde de hoje (08/04), às 16h, no Acampamento Dom Tomas Balduíno, no município de Quedas do Iguaçu, região central do Paraná, participando de uma coletiva de imprensa para esclarecer o ataque violento sofrido pelos trabalhadores Sem Terra, na tarde de ontem (7).
No ataque covarde promovido pela PM e por seguranças da Araupel, foram assassinados os trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, casado, pai de três filhos e Leonir Orback, de 25 anos, que deixa a esposa grávida de nove meses. Também ficaram feridos mais de sete trabalhadores, e dois foram detidos para depor, mas já foram liberados.
Mais informações:
Assessoria de imprensa do MST
Geani (45) 9932- 1643
Lenon (41) 9846 6279
Riquieli (41) 9971- 5377/ 3083-8504
24 horas num acampamento sem terra
abril 8, 2016 11:48Por Paula Zarth Padilha e Joka Madruga
Terra Sem Males
Imagine a rotina de famílias que vivem acampadas em busca de um sonho de moradia digna. Agora abra os olhos.
ÁGORA, REPORTAGEM ESPECIAL – Quedas do Iguaçu, município do centro-oeste do Paraná. No final da tarde de uma quarta-feira, semana véspera de carnaval, chegamos ao acampamento Dom Tomás Balduíno, formado em julho de 2015 por famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).O acampamento tem uma população de 1,2 mil famílias, entre elas cerca de 400 crianças, é 70% estruturado com casas de madeira. Alguns permanecem em barracos de lona. Os pequenos luxos das moradias são uma lâmpada e uma tomada ligada à energia elétrica por casa, além de água encanada na pia. Também há estrutura de banheiro, ainda que as instalações sejam precárias.