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Aprile 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Não há prazo para greve e bancários não podem ser demitidos

Ottobre 4, 2016 13:43, by Terra Sem Males

Tire suas dúvidas sobre a paralisação dos bancários

Por Contraf-CUT com departamento jurídico e Sindicatos

A greve nacional dos bancários entra no 29º dia nesta terça-feira (4) e permanece forte diante da postura dos banqueiros, que tentam impor retrocessos à categoria. Neste sentido, a informação correta sobre a legitimidade do movimento grevista também é ferramenta de luta para cada bancário e cada bancária nesta Campanha Nacional.

O departamento Jurídico da Contraf-CUT esclarece algumas dúvidas:

É necessário manter 30% do serviço funcionando?

Esta regra vale apenas para atividades consideradas essenciais, relacionadas na lei de greve (7.783/89). Dentre estas, está incluída a compensação bancária, única atividade do setor bancário relacionada na lei de greve. Portanto, outros serviços desenvolvidos pelos bancários não são considerados essenciais pela lei.

Pode ser ajuizado dissídio?

Sim, mas os tribunais têm entendido a necessidade de comum acordo entre as partes, Sindicatos e Fenaban, para julgamento do dissídio. Também não há prazo relacionado a dias parados para instauração do dissídio. O número de dias parados não encaminha automaticamente para dissídio.

Os bancos podem demitir por abandono de emprego após 30 dias de greve?

Não, porque durante a greve o contrato de trabalho fica suspenso, não se caracteriza abandono de emprego. Portanto, os bancos também não podem demitir por justa causa e a lei não determina prazo para duração da greve.

É preciso voltar ao trabalho, caso o banco obtenha um Interdito Proibitório?

Não, pois o Interdito Proibitório está relacionado apenas aos Comitês de Convencimento, não tendo qualquer relação quanto à volta ao trabalho dos bancários em greve.

Caso o gestor ligue para o bancário, durante a greve, o funcionário é obrigado a voltar ao trabalho?

Não, a greve é direito constitucional (artigo 9.º da Constituição Federal) e o banco está proibido de ligar para que o trabalhador retorne ao trabalho. Isto é uma prática antissindical e pode ser considerada como crime contra a organização dos trabalhadores.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos bancários, reforça a necessidade de buscar a informação correta nos sites das entidades sindicais. “Não podemos ficar sujeitos a boatos espalhados pelos banqueiros para boicotar a nossa greve. Precisamos buscar informações verdadeiras e legais nos sindicatos, federações, e na Contraf-CUT. Consulte os sites e as redes sociais das entidades sindicais. Esses estão do seu lado. Só a luta te garante”, ressalta Roberto von der Osten.

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O golpe brasileiro e sua face educacional

Ottobre 4, 2016 11:16, by Terra Sem Males

por Hermes Leão
Presidente da APP-Sindicato

Semanas atrás Michel Temer (PMDB), o presidente golpista, afirmou com todas as palavras: Dilma (PT) foi afastada, sobretudo por não ter aceito implementar o programa PONTE PARA O FUTURO. Para quem acompanhou os desdobramentos da conjuntura brasileira, nenhuma novidade. Não precisa ser jurista para compreender que Dilma foi afastada sem que tenha cometido crime de responsabilidade. O programa Ponte para o Futuro foi apresentado em outubro de 2015. Eduardo Cunha (PMDB), deu início ao processo de impeachment em dezembro.

Em março de 2016 foi lançado mais uma plataforma, A TRAVESSIA SOCIAL, nela o PMDB havia se associado com o PSDB, incorporava propostas para as questões educacionais e sociais, era a face de políticas sociais e educacionais do golpe se desenhando. Poucos dias depois, o PMDB, realiza uma plenária nacional em Brasília – aquela que só tinha homens, a maioria de mais idade – e anuncia o rompimento definitivo com o governo Dilma (PT). Foi a fotografia desta reunião que levou o ministro do STF, Luiz Roberto Barroso a exclamar: “Meu Deus, é esse o futuro do Brasil?”, em gravação de uma palestra a estudantes de direito que visitavam a corte. O ministro afirmou não saber que o sistema de som estava ligado na casa.

Essas propostas atrasadas, retrógradas e a serviço do grande capital internacional, não foram defendidas em processo eleitoral no país. Por isso as mesmas configuram o golpe. É um golpe sobretudo programático mesmo. Desde a fase interina até agora este governo apresentou o Projeto de Lei 257, a Proposta de Emenda Constitucional 241, os desenhos da reforma da previdência, entre outros ataques.

Na última semana começou o ataque na parte educacional. Enviar por Medida Provisória uma proposta de reforma educacional como fizeram com o tema do Ensino Médio, já seria um golpe na sociedade brasileira, ainda que fosse um projeto avançado. Num estado democrático de direito qualquer mudança estrutural se não for defendida em processos eleitorais, deverão se servir de outros instrumentos constitucionais para se legitimar, por exemplo, em plebiscitos e referendos com participação da totalidade da população. Ao tomar conhecimento das propostas fica evidente a escolha do instrumento MP. É tão atrasada a formulação que não encontraria apoio popular, jamais. A maioria dos intelectuais que já se manifestaram, mesmo os do campo conservador da educação se posicionaram contrários tanto à forma de tramitação como ao conteúdo da proposta.

A composição do atual Ministério da Educação simboliza de forma direta a tese do golpe. O ministro Mendonça Filho, herdeiro de antiga oligarquia pernambucana, é liderança do DEM – Democratas, a antiga ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido de sustentação da ditadura civil/militar no Brasil, e a Secretária Executiva do mesmo é a professora Maria Helena Guimarães de Castro, liderança que serviu aos principais programas do PSDB, tendo sido Secretaria da Educação de São Paulo no governo José Serra (PSDB). Ora, o PSDB e o DEM eram partidos de sustentação da candidatura derrotada de Aécio Neves, não poderiam jamais assumir a gestão dessa forma e levar propostas que mesmo Aécio não havia apresentado.

O golpe é sobretudo econômico e empresarial. O pato amarelo fabricado pelas federações de comércio e indústria simbolizou muito bem essa face principal do golpismo que já estava em curso desde a campanha eleitoral de 2014. Era preciso pôr gente nas ruas para reforçar o desgaste governamental e dar fôlego à operação lava-jato. O pato seduziu parcelas consideráveis da populaçã e encantou as crianças! Um acerto de marketing golpista!

Diante desse quadro só resta ao povo brasileiro fazer muita luta. Construir uma greve geral, que seja capaz de barrar no congresso a aprovação destas propostas, mas sobretudo, derrotar o governo golpista. Afinal não são nas democracias que TODO PODER EMANA DO POVO? Vamos resgatar a democracia brasileira. Fica o chamado.
#Nenhumdireitoamenos
#ForaTemer
#Rumoagrevegeral

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Estudantes realizam ato contra reforma do ensino médio

Ottobre 4, 2016 11:13, by Terra Sem Males

Secundaristas já ocupam colégios contra MP de Michel Temer

Por Manoel Ramires e Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Os estudantes realizam ato neste domingo contra a reforma do ensino médio proposta pelo presidente não eleito Michel Temer. A manifestação convocada para a Praça Santos Andrade, em Curitiba, a partir das 15 horas, denuncia a mudança de rumos na educação por meio de Medida Provisória e sem debate com a sociedade. Como estratégia de mobilização, os estudantes já ocupam escolas no Paraná. A primeira delas é o Colégio Estadual Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais.

Na convocação para o ato com mais de mil confirmações, se protesta contra a falta de legitimidade do governo de Michel Temer e o retrocesso das medidas. “Escolas que não passam por reformas há décadas, sem portas nas salas de aula, alimentos para a merenda e sequer papel higiênico nos banheiros. Mas no lugar de investir em melhorias na estrutura escolar, o governo ilegítimo sugere uma “reforma”, onde o principal objetivo é cortar gastos. Por isso nós somos contra a medida provisória que propõe um novo sistema educacional no Brasil”, destaca a chamada para o evento convocado pelo movimento CWB Contra Temer.

Confira o evento no Facebook 

Especialistas em educação também rechaçam a Medida Provisória do governo golpista. O secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo, argumenta que a proposta de reforma do Ensino Médio do governo de Temer fomenta a privatização das escolas públicas, promove a terceirização da força de trabalho, principalmente do magistério, e rompe com as diretrizes curriculares nacionais do Ensino Médio.

A CNTE entrou na última sexta-feira (30) com uma ação no Supremo Tribunal Federal para derrubar a MP. O PSOL também é um partido que questiona as mudanças no STF. O ministro Edson Fachin é o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5599) ajuizada pelo partido. No pedido, o PSOL argumenta que “dispor por medida provisória sobre tema tão complexo, que claramente não reclama urgência, é Golpista e pouco democrático, por impor prazo extremamente exíguo para debate que já está ocorrendo nos meios educacionais e, sobretudo, no Congresso Nacional”, afirma.

Fachin determinou que a ADI terá rito abreviado, permitindo que a ação seja julgada pelo Plenário do STF diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de liminar. Fachin justificou o rito abreviado pois se trata de medida provisória que “toca o âmago de nossa Constituição e da Democracia Constitucional por ela pressuposta”, que está ligada ao direito fundamental à educação, nos termos dos artigos 6º e 205 da Constituição Federal.

Ocupação

Antes do ato deste domingo, os secundaristas têm se organizado para protestos e ocupações. Ontem (03), os estudantes do Colégio Estadual do Paraná paralisaram as aulas contra a MP e a PEC 241, que congela investimentos públicos na saúde, educação e assistência social a apenas a inflação.

No mesmo dia, os estudantes do Colégio Estadual Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, ocuparam as dependências da escola. Eles reproduzem o movimento que ocorreu em São Paulo, contra o fechamento de escolas promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

A ocupação pretende realizar debate sobre os rumos da educação no país, entre outros temas, como explica a professora de história Ângela Alves Machado, que trabalhou no colégio em 2015. “Eles estão bem firmes, decididos e organizados no que estão fazendo. Já estão prontas as comissões que cuidariam de cada setor, como segurança, alimentação. Também estão organizando programação cultural e de formação. Vários pais estavam apoiando o movimento, assim como sindicatos que inclusive já estavam mandando mantimentos”, relata.

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AVANTI PALESTRINOS | No sufoco, Palmeiras vence e abre vantagem

Ottobre 3, 2016 22:33, by Terra Sem Males

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males

A vitória do Palmeiras por 3 a 2 retira um grande peso das costas do time. Fechar rodada sabendo do resultado dos outros jogos e de qual placar você precisa não é fácil. Ainda mais se está disputando o título.

O verdão tinha contra si o tropeço do Flamengo e o avanço do Atlético Mineiro. Tinha contra si também o penúltimo colocado em busca de reabilitação e jogando em casa. Até os 10 jogos invictos, sendo os cinco considerados prova de fogo, também pesavam nesta partida.

Mesmo assim, o Palestra não se abalou. Jogou calmo. Duma tranquilidade expressa em seus três gols. O primeiro deles, uma cavadinha espetacular de Zé Roberto, promovido a meio campista neste jogo justamente para fazer a bola rodar e não pegar fogo nos pés da meninada. Já o segundo gol saiu da frieza de Leandro Pereira, aproveitando o rebote da zaga em um chute que não deixou pingar. A serenidade se confirmou no terceiro gol – o da vitória – de Roger Guedes, após lançamento espetacular de Tchê Tchê. O diabo loiro não pipocou diante do goleiro, tampouco perdeu o passo na quicada da bola antes de seu arremate de pé direito.

Mas calma em excesso também é perigosa. Não à toa, o Santa Cruz empatou o jogo duas vezes e quase arrancou o terceiro empate no último lance do jogo. Foi a tranquilidade que fez o Palmeiras recuar demais, deixar de marcar forte e assistir Arthur fazer um gol de fora da área. Foi o excesso de confiança que fez Jean escorar-se nas costas do mesmo Arthur em lance morto dentro da grande área. O pênalti foi convertido por Grafite.

Da tranquilidade à apreensão do final do jogo, no final das contas, o Palmeiras soube controlar o jogo, vencer e devolver a pressão para os adversários, principalmente para o Flamengo que enfrenta o Santa Cruz e sentiu que o “cheirinho” ficou mais distante.

Ao Palestra resta manter a pegada no próximo jogo fora contra o virtual rebaixado América-MG, que ocorrerá em Londrina, no Paraná.

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Novo calote do governador Beto Richa afronta servidores do Paraná

Ottobre 3, 2016 20:50, by Terra Sem Males

Proposta acaba com a data-base por tempo indeterminado

Por Gustavo Henrique Vidal
FES – Fórum dos Servidores

Mal esfriou o resultado das eleições e o governador Beto Richa já iniciou um novo ataque aos servidores. Nesta segunda-feira (03), o governo apresentou um novo calote aos servidores públicos do Paraná. A mensagem nº 43/2016, que chegou nesta tarde à Assembleia legislativa (Alep), condiciona o reajuste salarial de janeiro de 2017 ao pagamento de progressões e promoções de servidores.

Umas das emendas altera o texto do artigo 33 do PL 153/2016 da Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecendo que “não se aplica e não gera efeitos o disposto no artigo 3º da Lei 18.493/2015 enquanto não forem implantadas e pagas todas as promoções e progressões devidas aos servidores civis e militares e comprovada a disponibilidade orçamentária e financeira durante o exercício de 2017″.

O artigo 3º da Lei 18.493 é justamente o que garante aos servidores o reajuste da inflação acumulada entre janeiro e dezembro de 2016, somada a 1% de compensação das perdas salariais adquiridas em 2015. Além disso, prevê a reposição da inflação de janeiro a maio de 2017. No fim, a proposta acaba de vez com a data-base, criando instabilidade salarial nos vencimentos dos servidores.

Para o Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores do Paraná (FES) o governo ataca mais uma vez seus trabalhadores. O reajuste em janeiro de 2017 é resultado da negociação de outro calote de Richa, o da reposição da inflação de 8,17% em 2015, para que os servidores encerrassem a greve.

Na avaliação do FES, o novo texto do artigo 33 é uma armadilha e pode livrar o governo de repor os vencimentos por tempo indeterminado. Mesmo que as progressões sejam quitadas completamente, o governo pode justificar não ter “disponibilidade orçamentária e financeira” para pagar os reajustes previstos e futuros.

O FES classifica como uma afronta este calote e destaca que não aceitará esse novo golpe aos direitos dos servidores. Já há discussão nas bases para definir ações de enfrentamento ao projeto na Alep. A coordenação do Fórum também analisa a proposta com a assessoria e deve convocar mobilizações contra o governo nos próximos dias.

Acesse aqui a  lei 18493

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Famílias das ocupações por moradia de Curitiba saem da invisibilidade

Ottobre 3, 2016 11:44, by Terra Sem Males

Representantes de diversas entidades visitam ocupações e participam de assembleia de moradores

Por Paula Zarth Padilha
Fotos: Joka Madruga
Terra Sem Males

Na tarde do último sábado, 01 de outubro, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Paraná (MTST-PR) acompanhou representantes de diversas entidades ligadas aos movimentos sociais numa visita guiada à nova ocupação Dona Cida, formada na região da Cidade Industrial há duas semanas por cerca de 200 famílias. A Dona Cida agora é parte do Complexo Hugo Chavez, que reúne cerca de 1.500 famílias junto às ocupações Tiradentes (2015), 29 de Março (2015) e Nova Primavera (2012), na mesma região.

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

“Buscamos a democracia verdadeira no trabalho de base popular, que nos apaixona, que nos envolve. Temos a transformação da sociedade como objetivo de vida”, declarou Paulo, um dos coordenadores do MTST Paraná ao lado da Sylvia, do Fernando e do Chrysantho. Também estavam ao lado deles alguns dos coordenadores das ocupações: Carlinhos, Marilza, Lilian e Manoel.

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Além de mais de 50 pessoas entre estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná, estudantes de Medicina da Faculdade Evangélica, a frente Advogados pela Democracia e representantes de diversas entidades de apoio aos movimentos sociais, como a Terra de Direitos, estiveram no local com a promotora de justiça Aline Bilek Bahr e o engenheiro civil Julio Costaldello de Almeida, representantes da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo de Curitiba, órgão vinculado ao Ministério Público do Estado do Paraná.

“Uma das atribuições da promotoria é a busca da regularização fundiária urbana, pelo direito fundamental e constitucional das pessoas à moradia. E lá no gabinete da promotoria de justiça eu me sinto muito distante da realidade. Eu faço a intervenção com os órgãos públicos, com os moradores, mas eu não sei da realidade na terra, no local. Eu quis vir pessoalmente passa sentir a luta e o sofrimento”, disse ao Terra Sem Males a promotora Aline Bahr, do MP.

Promotora Aline Bilek Bahr. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Promotora Aline Bilek Bahr. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Após a caminhada, que começou na Ocupação Tiradentes, as famílias que ainda substituem seus barracos de lona por madeira na Ocupação Dona Cida, receberam os visitantes com uma assembleia de moradores.

De acordo com Fernando Marcelino, do MTST, nessas duas semanas de ocupação do terreno, cerca de oito assembleias já foram realizadas, mas o movimento ainda não começou a triagem para saber a quantidade de crianças nos barracos, quem está empregado ou desempregado. Só se sabe que a lista de espera é tão grande que alcança a quantidade de famílias que conseguiu ficar no local: mais de 200.

A ocupação Dona Cida ainda não tem instalação de água e luz mas já está parecida com um conjunto habitacional: cercada de gente, adultos e crianças, empenhados em melhorar os barracos.

O sábado também coincidiu com mais uma investida de um oficial de justiça, que munido de papeis e de seu documento institucional, foi recebido pela promotora Aline. Ele esclareceu que só foi verificar o local, que não se tratava de uma ação de despejo. Uma reunião mediada pela Cohab no dia 26 de setembro, com os proprietários do terreno, evitou temporariamente a retirada das famílias.

Promotora Aline Bilek Bahr conversa com o Oficial de Justiça (camisa xadrez). Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Promotora Aline Bilek Bahr conversa com o Oficial de Justiça (camisa xadrez). Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Todas as pessoas abordadas pelo Terra Sem Males para que contassem sua história nas ocupações relataram que o motivo de saírem do conforto de uma casa para arriscar tudo levantando um barraco de lona é a impossibilidade de pagar aluguel. Independente de valor: R$ 450, R$ 500, essas pessoas não conseguem pagar.

“A gente tem direito à moradia digna. É muito fácil argumentar oportunismo, como se a gente tivesse condição financeira de comprar uma casa, um terreno, ou de pagar aluguel”, desabafou Manoel, que é um dos coordenadores da ocupação Tiradentes e acompanhou a expedição.

Encontramos Lindomar de Oliveira, de 24 anos, utilizando pallets para a confecção de um piso de madeira em um barraco já erguido. Ele contou que trabalha como vendedor de balas nos semáforos e veio para a ocupação Dona Cida com a mulher e dois filhos pequenos, que todos já dormem lá antes mesmo de conseguir fazer melhorias embaixo do teto que ergueu com as próprias mãos e ajuda de familiares.

Lindomar de Oliveira em frente à sua morada. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Lindomar de Oliveira em frente à sua morada. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Eles vieram de uma casa no Tatuquara, onde não deram mais conta de pagar os R$ 450 de aluguel. A única renda fixa é o valor do Bolsa Família, além do que ganham vendendo bala. Segundo Lindomar, a renda familiar beira os R$ 500.

Ao fundo o lixão da Essencis. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Ao fundo o lixão da Essencis. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

A luta dos moradores nas ocupações da CIC também tem um inimigo comum: o uso do local próximo de moradias (já estabelecidas, como a Vila Sabará) por um lixão, o aterro sanitário da cidade de Curitiba, uma atribuição delegada à empresa Essencis.

O Terra Sem Males apoia e dá visibilidade à luta por moradia.

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Saiba mais: 

Retratos da luta pela moradia em Curitiba

Luta pela moradia em Curitiba é transformada em série de documentários

“MINHA CASA MINHA VIDA ENTIDADES” NÃO CHEGA ÀS POPULAÇÕES QUE PRECISAM DE MORADIA EM CURITIBA

Movimento por moradia protesta em frente ao leilão judicial de terreno ocupado

 

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PMDB vence no Brasil e no Paraná

Ottobre 3, 2016 11:25, by Terra Sem Males

Em Curitiba, Ney e Greca dependem muito de outros partidos

por Manoel Ramires
Terra Sem Males

O partido do presidente não eleito Michel Temer é o grande vitorioso das eleições municipais no primeiro turno. O PMDB elegeu 1028 prefeitos. 13 a mais do que em 2012. O estado em que conquistou mais prefeituras foi Minas Gerais. Além do Brasil, a agremiação também é a mais vitoriosa no Paraná, conquistando 77 prefeituras das 399 possíveis. Em quatro anos, o PMDB conseguiu mais 20 prefeituras.

O PSDB é o segundo partido com prefeituras no estado. Contudo, o partido perdeu municípios nos últimos quatro anos. São 66 cidades a serem administradas por tucanos contra 75 conquistadas em 2012. O partido mostrou força em São Paulo. Nesse estado são 164 prefeituras, sendo quatro a menos do que em 2012.

O Paraná também depositou seu voto no fundamentalista PSC. O partido evangélico que era comandado por Ratinho Júnior, secretário de desenvolvimento, saltou de 12 para 41 uma prefeituras no estado. Isso é quase a metade das prefeituras desse partido no Brasil, que fecham com 87 municípios no primeiro turno.

Outro fenômeno de votos no Brasil é o PP do ministro da saúde Ricardo Barros. O partido com mais investigados na Lava Jato, 32 parlamentares, conquistou 496 municípios no Brasil. No Paraná, o partido é dono de 24 cidades.

Já o maior derrotado das eleições municipais é o Partido dos Trabalhadores. Em 2012, o PT tinha ficado apenas atrás do PMDB no número de cidades comandadas. Agora, em 2016, despencou dos 630 municípios para 256. No Paraná, a queda foi de 40 para apenas 10. O partido também não emplacou segundo turno em Curitiba, Ponta Grossa e Maringá.

Já o PMN de Rafael Greca manteve sua proporção de partido pequeno. O partido conquistou apenas 28 prefeituras em todo o Brasil. No Paraná, conseguiu mandar em três cidades em 2012. Em 2016, ficou com duas cidades e com a possibilidade de governar a capital, empatando nos números.

Realidade diferente do PSD de Ney Leprevost. Embora o partido tenha conquistado 29 municípios no Paraná, no Brasil conseguiu ser o terceiro partido com mais administrações executivas: 539.

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Eleições 2016: ganhou, mas levou?

Ottobre 3, 2016 11:13, by Terra Sem Males

por Manoel Ramires
Pinga-Fogo, Terra Sem Males

O segundo turno de Curitiba tem dois candidatos apoiados pelo Palácio Iguaçu. Rafael Greca, o primeiro colocado com 38,3% dos votos, teve a máquina de Beto Richa, o modo operantis e ideias. Mas o governador não apareceu no programa eleitoral sob risco de perder voto. O outro candidato do Palácio Iguaçu é Ney Leprevost com 23,6%, apoiado por Ratinho Jr, secretário de desenvolvimento. Caso venha vencer, é natural que faça as pazes com o comando do estado.

Por outro lado, a vitória clara da direita não é tão nítida assim. Sua ascensão se valeu do desgaste do campo de esquerda e progressista, entre eles o agora ex-prefeito Gustavo Fruet. O campo conservador soube tirar proveito de uma onda moralista e saudosista na capital. Por isso a dobradinha do segundo turno será “a volta do bem”, numa mistura dos slogans. Durará quanto tempo essa ressaca é o que se verá a partir de 2017.

Despolítica venceu

Assim como Dilma Rousseff em 2014, o próximo prefeito pode ganhar, mas não vencer. O eleitorado demonstrou grande aversão às urnas em sua quantidade de votos nulos, abstenções e votos em branco. Em Curitiba, esses “votos” chegaram a 211 mil eleitores. Ou seja, Greca, que fez 356 mil votos, tem contra si 932 mil aptos a votar. Se ele quiser realmente o governo de unidade, no segundo turno tem como meta se aproximar 644 mil eleitores, a metade dos 1,28 milhão de eleitores.

Esse mesmo vácuo se identifica em São Paulo, onde a vitória do PSDB e vergonhosa derrota do PT tem como principal índice a “renúncia a todos os candidatos”. Foram 3.096 milhões daqueles que disseram “não” aos candidatos contra 3.085 milhões daqueles que votaram em João Dória. Se levarmos em conta os 8,88 milhões de eleitores na capital paulistana, isso demonstra que 5,8 milhões não querem Dória.

Nova democracia

Um fenômeno muito importante de se observar é qual democracia o brasileiro tem construído. A partir de 2014, as ruas foram tomadas. Manifestações foram utilizadas como argumento para a queda da presidenta. Muito embora, o número de manifestantes – dos dois lados – é muito menor do que a quantidade de brasileiros que não saíram de casa.

Agora, esse pleito municipal coloca frente a frente “o gigante” que protestou contra o “dorminhoco” que abriu mão da decisão ou decidiu por ninguém. Se a quantidade de dorminhocos aumentarem no segundo turno, isso significa que as urnas assumem papel secundário na vida dos brasileiros. Independente disso, “aqueles que não se interessam por política serão governados por aqueles que se interessam”.

Cooptação e coalização

Nada mudou na política brasileira com relação às alianças eleitorais. Pelo contrário, o jogo do ‘toma lá da cá’ pode estar se intensificando. Curitiba é um exemplo claríssimo disso. O vencedor do primeiro turno, Rafael Greca, cresceu no pequeno PMN – sem qualquer máquina partidária. Por trás dele tem os poderosos PSDB, DEM e PSB, além dos nanicos PTN, PSDC e PTdoB. Já Ney Leprevost, conservador do PSD, juntou o fundamentalista PSC e os comunistas do Batel do PCdoB. Nesse sentido, o que manda ainda é o pragmatismo político e não a convicção ideológica.

Por outro lado, se os vereadores forem fiéis aos projetos e coligações que os elegeram, nem Rafael Greca ou Ney Leprevost terão facilidade para governar. Podem ficar reféns do legislativo municipal. Dos 38 vereadores eleitos, Greca conseguiu 13 cadeiras. Outros 25 vereadores – a maioria – são de alianças que fizeram oposição ao candidato. Já Ney Leprevost teria vida pior. Em tese, a sua coligação não tem 31 aliados.

Mas, com o segundo turno e as coalizações, esse apoio pode mudar. E mudará mais ainda após a definição do próximo prefeito, em que muitos “opositores” virarão aliados.

Perdeu feio

O PT, nacionalmente, é o grande derrotado na eleição municipal. A Lava Jato enfim lavou a alma. E o partido pode ficar menor se continuar culpando Temer, a Mídia e a Operação pela sua recente incapacidade de avaliar os próprios erros.

Perdeu bonito

Gustavo Fruet desprezou antigos aliados que poderiam o levar ao segundo turno. Apostou no discurso conservador que preferiu ficar com Greca e Ney. Se tivesse conservado o PT, em números, estaria ainda na disputa. Ou não. Poderia estaria pior.

Perdeu sem querer ganhar

O PSOL apostou mais uma vez em seu curral e não fez uma cadeira na CMC. Talvez tenha chegado a hora de os universitários sentarem em outro banco e aprenderem a tentar construir maioria nos votos, já que no discurso não dá. Freixo, no Rio, é o grande mestre. Lá vai ter que formar frente ampla com PT, PCdoB, Rede e PDT.

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Candidatos a vice-prefeito de Curitiba participam de roda de conversa

Settembre 30, 2016 19:48, by Terra Sem Males

Iniciativa da Sociedade Global, sabatina priorizou senso coletivo dos participantes

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Na manhã desta sexta-feira (30), véspera de eleições municipais, o Terra Sem Males foi uma das 25 entidades participantes de uma roda de conversa realizada com os candidatos a vice-prefeitos que concorrem na cidade de Curitiba. O encontro inédito foi promovido pela entidade Sociedade Global, no espaço “Casa de Transição”, no bairro Marcês, local compartilhado por atividades de outras entidades, como o Instituto Gaia.

O diálogo teve início com a abertura para que cada pessoa pudesse dizer como se sentia naquele momento, no fim da campanha, participando da roda de conversa, no formato proposto sem o embate dos debates e sabatinas até então realizados na cidade.

Os temas propostos e contemplados pelos candidatos foram referentes à participação da sociedade, dos movimentos sociais e da população no futuro governo municipal, de como todos poderiam ter acesso a uma gestão democrática.

Os representantes das entidades tiveram a oportunidade de realizar questionamentos de 30 segundos e cada candidato, conforme manifestação espontânea, sem ordem definida, teve dois minutos para dialogar sobre cada questão.

Eles puderam falar sobre a relação com seus colegas de chapa, de como se sentem na reta final de campanha, com essa oportunidade de debater além do espaço destinado aos candidatos a prefeitos. Os temas foram aprofundados nas questões sobre mães e crianças na educação infantil, acessibilidade nas calçadas, acesso das periferias ao centro, a fuga de Curitiba num cenário do estereótipo de cidade modelo, a questão fundiária e de moradias.

Dos oito elegíveis, seis compareceram: Nasser Allan (Tadeu Veneri – PT), Rodolfo Jaruga (Xênia Mello – Psol/PCB), Jorge Bernardi (Requião Filho – PMDB/Rede), Luciano Pizzatto (Maria Victória – PP/SD/PR/PMB/PHS PRTB), Paulo Salamuni (Gustavo Fruet – PDT/PV/ PTB/PRB / PPS) e Porfirio Vengue (Ademar Pereira – PROS).

Os candidatos considerados progressistas utilizaram o espaço para chamar a atenção das desigualdades da cidade. “Curitiba é modelo de exclusão social”, afirmou Jorge Bernardi. “Nenhuma cidade produziu tanta exclusão nos últimos 40 anos”, criticou Rodolfo Jaruga, referindo-se ao lernismo e defendendo o acesso das periferias às obras de infraestrutura. “Temos que fugir do estereótipo de cidade modelo e desenvolver políticas públicas efetivas”, argumentou Nasser Allan, que destacou que a campanha para as eleições de 2016 promoveu a criação de espaços de reflexão e espaços políticos de debates.

O candidato a vice do atual prefeito Gustavo Fruet, Paulo Salamuni, utilizou o espaço para defender o mandato do prefeito que, segundo ele, priorizou obras como a via calma, para evitar mortes no trânsito, e parquinhos infantis com acessibilidade, em detrimento de reformas de ruas e estruturais como uma opção de governo.

O candidatos a vice de Rafael Greca (Eduardo Pimentel Slaviero) e de Ney Leprevost (João Guilherme) não compareceram. De acordo com o site do TRE, são oito, e não nove, as candidaturas aptas. Não consta a de Afonso Rangel.

Durante os 45 dias de campanha, o Terra Sem Males acompanhou diversas iniciativas populares de sabatinas e debates com os candidatos em que a população teve, de alguma forma, acesso.

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Fascista tenta atear fogo em militante e materiais do PSOL em Curitiba

Settembre 29, 2016 14:12, by Terra Sem Males

Confira abaixo nota do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) sobre ataque a militantes em praça pública:
Três militantes do PSOL estavam panfletando os materiais das campanhas do PSOL na Praça Tiradentes (Curitiba-PR), na tarde de hoje. Por volta das 16:40h um senhor passou pela mesa de materiais gritando e agredindo verbalmente nossos camaradas, que não reagiram e seguiram a atividade. Minutos depois o fascista retornou ao local com uma garrafa de álcool com a tampa cortada, embalada em sacola plástica. Encharcou os materiais da mesa e o militante que estava sentado. Ao tentar atear fogo, foi impedido com um tapa na mão e então fugiu correndo.
A direita fascista tem tomado as ruas para perseguir e achincalhar todos as/os militantes, movimentos sociais e partidos de esquerda que ousam resistir à barbárie que se tornou nossas vidas, por conta do capitalismo. Eles têm trânsito livre pelos corredores das casas legislativas e espaços de poder, estampam diversos veículos dos meios de comunicação e se referenciam com orgulho no que há de pior da história política brasileira – passada e atual – como os algozes da Ditadura Civil-Militar e seus representantes como a Família Bolsonaro, ou com os fundamentalistas religiosos como Feliciano e Malafaia. 
O ataque que o PSOL sofreu neste dia 28 é inaceitável. Atentar contra a vida de alguém ou destruir nossos materiais, impressos à duras penas, é uma violência que recusamos naturalizar. A demonstração do grau de perseguição e criminalização à esquerda e seus signos, às nossas bandeiras, aos nossos partidos e movimentos deve preocupar a todos nós, setores progressistas da sociedade. 
Ao tentar nos incendiar, este fascista reaponta a necessidade de inflamarmos a luta contra o conservadorismo e a direita. Nossa tarefa é dar uma virada histórica para a “República de Curitiba”, avançar na resistência contra o ajuste fiscal, os cortes e retirada de direitos e este governo golpista.
Convocamos nossa militância a ocupar cada canto de Curitiba, com a força das ideias contra a ideia da força. Nós vamos derrotar a direita fascista nas urnas e nas ruas. 
Curitiba, 28 de setembro de 2016
PSOL Curitiba”
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