A Caricatura da Arquitetura de Simon Taylor
Novembre 9, 2017 17:58Artista lança livro com 137 ilustrações de Curitiba, Brasil e outros países
O desenhista curitibano Simon Taylor iniciou sua carreira como caricaturista/chargista político em 1996, mas quando começou a desenhar in loco há quatro anos, empolgado pelo movimento mundial Urban Sketchers, não percebeu que estava trazendo seu traço naturalmente caricatural para um mundo habitado, em sua grande maioria, pelo traço preciso e realista de arquitetos.
Após ouvir comentários de outros desenhistas que fazia “caricatura de árvores, de casas, de carros, etc”, entendeu que tinha se tornado um “caricaturista urbano”. Não só entendeu como gostou e formatou o conceito que está por trás do seu segundo livro solo: “A Caricatura da Arquitetura”, que será lançado no 3º Encontro Internacional de Desenhos de Rua de Torres Vedras, Portugal, nos dias 13, 14 e 15 de outubro, onde também ministrará duas oficinas com artistas portugueses, e no dia nove de novembro, às 19h30, nas Livrarias Curitiba do Shopping Curitiba.
Com prefácio do escritor Marcio Renato dos Santos, o livro apresenta 137 desenhos de Curitiba, Brasil e outros países por onde passou, divididos nos capítulos “Aqui”, “Ali”, e “Em Todo Lugar”, numa referência a “Here, There and Everywhere”, clássico dos Beatles de 1966. Segundo o artista, a música é uma influência tão grande quanto o desenho ou a pintura em sua obra.
Do Pop ao Lambrequim
Os desenhos de Simon fazem um passeio pela Curitiba do Museu Oscar Niemeyer, Rua das Flores, Jardim Botânico e grandes ícones da arquitetura paranaense, mas também contemplam ruas discretas, tímidas casinhas de lambrequins e cenários menos óbvios, mostrando um pouco do dia a dia do cidadão comum que vive a cidade em sua plenitude.
São Paulo, Rio, Florianópolis e as regiões históricas de Minas e Paraty são outros alvos do traço caricatural do artista, que aproveita o último capítulo do livro para distorcer divertidamente a Torre Eiffel de Paris e a Casa Rosada de Buenos Aires, entre outros pontos turísticos do mundo. Segundo Simon, cerca de 90 por cento dos desenhos da publicação foram feitos in loco e sofreram o menor tratamento possível no computador.
SERVIÇO:
A Caricatura da Arquitetura
120 páginas, 23cm X 16cm. R$ 50,00.
Lançamento:
9 de novembro, 19h30, nas Livrarias Curitiba do Shopping Curitiba (R. Brigadeiro Franco, 2300)
Sobre o autor:
Simon Taylor é curitibano e um dos fundadores do grupo Urban Sketchers Curitiba, que retrata a cidade todo sábado, ininterruptamente, há mais de 4 anos. Também é ilustrador, designer gráfico e diretor da Ctrl S Comunicação. Já ganhou inúmeros prêmios “Sangue Bom do Jornalismo Paranaense” nas categorias “Artes” e “Página Diagramada” e também é músico com passagem por várias bandas independentes de Curitiba, entre ela “A Fonte”, “FleshEgo” e “Supertônica”, com quem lançou o CD “Na Contra Mão do Não” em 2012.
Em 2013, lançou seu primeiro livro “Meus Cases de Sucesso”. Em 2016 foi um dos organizadores do “1º Encontro Urban Sketchers Brasil”, sediado em Curitiba, onde lançou o livro “Sketchers do Brasil”. Em 2017 o artista lança seu segundo livro solo, “A Caricatura da Arquitetura”.
Fonte: CTRL+S Comunicação
Missão Ecumênica chega a Marabá em apoio aos camponeses e para denunciar violência no campo
Novembre 9, 2017 14:40Na última quarta-feira, 8 de novembro, teve início, em Marabá (PA), a Missão Ecumênica em apoio aos camponeses e camponesas do estado, no Centro de Formação da Diocese de Marabá
A Missão Ecumênica, que ocorre entre os dias 8 e 10 de novembro, é uma iniciativa do Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil (FEACT-Brasil), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), e Processo de Articulação e Diálogo Internacional (PAD). A ação tem como objetivo prestar solidariedade e apoio às famílias e comunidades atingidas pela violência do campo, cobrar providências das autoridades locais, e convocar igrejas e pastorais para que se posicionem contra a violência no campo.
Nos municípios de Marabá e Redenção, a comitiva, formada por cerca de 20 pessoas – líderes de diversas igrejas e movimentos religiosos brasileiros, assim como organizações de direitos humanos de todo o país –, debaterá a violência no campo, se reunirá com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e com acampados e acampadas na região.
Um dos locais que será visitado pela comitiva é o Acampamento Jane Júlia, localizado na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco (PA), onde estão as famílias remanescentes do massacre ocorrido em 24 de maio deste ano. Naquele dia, dez trabalhadores rurais, nove homens e uma mulher, foram mortos em uma ação da Polícia Militar e Polícia Civil do estado. O Massacre de Pau D’Arco é considerado o maior desde Eldorado do Carajás, em 1996. O aumento exponencial da violência no campo, em especial no Pará, é preocupante. Até o momento, conforme dados da CPT, 64 pessoas foram assassinadas em contexto de conflitos no campo no Brasil. Destas mortes, 20 ocorreram somente no estado do Pará.
Além dos homicídios, atualmente, conforme a CPT e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 8 mil pessoas estão sendo expulsas de suas casas e tendo suas plantações destruídas em decorrência de uma operação de despejo iniciada em Marabá na semana passada. Por ordem do Governo do Estado, 115 policiais do Batalhão de Choque da PM permanecerão na região por tempo indeterminado para cumprir liminares em 20 fazendas localizadas nos municípios próximos a Marabá.
Fonte: CPT Nacional
Seleção Paranaense vai disputar a 1ª Copa de Seleções Estaduais Sub-20
Novembre 9, 2017 9:06Equipe será formada por comissão técnica e atletas selecionados em conjunto com a Federação Paranaense de Futebol
O mês de novembro traz novidades aos amantes do futebol. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realiza a primeira edição da Copa de Seleções Estaduais Sub-20. E a Federação Paranaense de Futebol vai convocar a Seleção Paranaense, que será comandada pelo técnico Luciano Simm, do Paraná Clube. O Estado do Paraná será uma das sedes da competição nacional.
Em seu primeiro ano, a disputa contará com a participação de equipes dos 27 Estados brasileiros, e vai reunir atletas nascidos a partir de 1997. A competição vai acontecer em cinco fases. Na primeira, dois grupos de duas seleções cada, disputam partidas de ida e volta para avançar. Na segunda fase, serão 24 equipes divididas em oito grupos de três seleções cada, disputando turno único.
As oito Seleções classificadas avançam para a terceira fase e serão divididas em quatro grupos de duas Seleções (disputa de jogo único). Na quarta fase serão quatro times distribuídos em dois grupos de dois, novamente em disputa de jogo único. Os dois finalistas chegam à quinta fase para definir o campeão também em jogo único.
A sede da Seleção Paranaense será o Estádio Municipal do Pinhão, localizado em São José dos Pinhais. A nossa Seleção entra na competição já na segunda fase e sua estreia é contra a Seleção do Espírito Santo, na segunda rodada, que acontece no dia 01 de dezembro. Na terceira rodada, é a vez de enfrentar a Seleção do Rio Grande do Norte, no dia 03.
A Seleção
Para a competição, a FPF formou a comissão técnica com profissionais do Paraná Clube. O técnico da Seleção será Luciano Simm, acompanhado de Rafael Lopes na preparação física, Jean Jetikoski na preparação dos goleiros e Ozeas de Lara será o massagista.
Confira quem são os atletas que representarão o Estado:
Goleiros
Londrina EC – Irineu Rogerio Biagi Junior
Paraná Clube – Guilherme Augusto G. dos Reis
Zagueiros
FC Cascavel – Guilherme Turmina Chiesa
Londrina EC – Ricardo de Souza Silva
Paraná Clube – Matheus Ceschin Dias
Laterais
Paraná Clube – Gabriel Pires de Oliveira
Paraná Clube – Caio Henrique S. Queiroz
Meias
Independente SJ – Ardley Olveira Santos
Londrina EC – Anderson de Oliveira da Silva
Paraná Clube – Jhonny Lucas Flora Barbosa
Paraná Clube – Warley Armentano dos Santos
Port. Londrinense – Vanderlei Ramos Junior
Atacantes
FC Cascavel – Denilsom da Silva
Londrina EC – Uelber Silva Gomes Filho
Londrina EC – Miullen Natha Felicio Carvalho
Paraná Clube – Gustavo Jean Kamienski
Por Julia Abdul-Hak
Os jogadores do Paraná merecem um voto de confiança
Novembre 9, 2017 8:43Agricultores continuarão sem asfalto na Transamazônica
Novembre 8, 2017 18:16A reunião entre Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Sintraf) Transamazônica, parlamentares e direção do DNIT não avançou e terminou sem solução para os problemas de pavimentação que se arrastam há 40 anos
O trecho da rodovia BR -163 próximo ao município de Rurópolis, município do sudeste do estado do Pará com 49 mil habitantes, continuará sem asfalto. Isso porque na tarde da última terça-feira (07/11) durante a reunião entre liderança do Sintraf Transamazônica, parlamentares e direção geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), a resposta dada às reivindicações é de que não há recursos para obras no trecho.
Em agosto deste ano, agricultores e agricultoras familiares ocuparam a rodovia em protesto a morosidade e descaso político quanto ao problema do asfalto. Os trabalhadores denunciaram que além de prejudicar o escoamento da produção, a comunidade tem que conviver com a dificuldade do tráfego, os acidentes que aumentam a cada dia e a poeira que afeta a saúde principalmente dos jovens e idosos. Apenas em Rurópolis são cerca de 49 mil habitantes.
“Se não sairmos daqui com um termo de compromisso e com um posicionamento para resolver pelo menos o trecho que passa em frente a Rurópolis, vamos voltar a interditar a rodovia. Não dá mais para viver nesta situação”, disse Antônio Oliveira da coordenação do Sintraf Transamazônica.
O diretor geral do DNIT, Valter Casimiro Silveira, disse que não há dotação orçamentária este ano para pavimentar, agora, o trecho que passa em frente a Rurópolis. No entanto, irá convocar uma reunião com as empreiteiras que estavam realizando as obras na rodovia, para detalhar o porquê da paralisação do serviço e alternativas que possam solucionar o problema.
Na mesa, o deputado federal Zé Geraldo disse que o problema da falta de pavimentação na região se arrasta há pelo menos 40 anos. “Todos os Governos que passaram não conseguiram resolver essa questão. As obras foram retomadas durante o governo Lula, mas é preciso mais empenho e vontade política em levar asfalto para a rodovia que é responsável pela grande parte do escoamento da soja do país”, explicou o deputado.
Os atoleiros se concentram nos trechos entre as cidades de Novo Progresso e Trairão; e entre Rurópolis e Itaituba, onde a BR-163 se junta com BR-230, a Transamazônica, formando uma única rodovia.
“Essa não é nossa primeira intervenção com o DNIT, é uma luta antiga. Não é apenas o asfalto, não há sinalizações nas áreas urbanas e o número de atropelamentos aumentou. Precisamos socorrer pelo menos estas cidades já que a rodovia por completa nunca sai”, pontuou o deputado federal Francisco Chapadinha.
No Pará, 85% da Transamazônica não são asfaltados. O pouco que há de pavimentação foi inaugurado em 1972, durante o governo militar e até hoje as inúmeras promessas de asfalto na rodovia que corta sete estados, com mais de quatro mil quilômetros de extensão nunca foram concluídas.
Por Patrícia Costa
Cinco maiores bancos do país lucraram juntos R$ 35,6 bi no 1º semestre
Novembre 8, 2017 9:50Relatório sobre desempenho dos bancos demonstra lucro em alta num cenário de retração na economia.
Fechamento de agências e de postos de trabalho
Paula Padilha/SEEB Curitiba
Foto: Joka Madruga
Entidades patronais não combatem corrupção na Era Temer
Novembre 7, 2017 12:57Protagonistas dos atos “Fora Dilma” no ano passado, FIEP e associações comerciais parecem não ter a mesma disposição de um ano atrás no combate à corrupção
Michel Temer escapou pela segunda vez de ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por 251 votos a favor do arquivamento da denúncia e 233 contrários, o presidente e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco não serão investigados pela acusação de obstruírem a justiça e pertencerem a uma organização criminosa, conforme apontado pelo ex-procurador-geral da república, Rodrigo Janot. Como no mês de agosto, quando Temer escapou da denúncia de corrupção passiva, no dia 25 de outubro de 2017 não se ouviram panelas, apitaços, pisca-pisca nas janelas de edifícios e, muito menos, manifestações nas ruas dessas entidades.
Cenário muito diferente de 31 de agosto de 2016, quando a petista Dilma Roussef teve cassado seu mandato da presidência da República. Naquela oportunidade, a exemplo de uma final de copa do mundo, grande parte da população acompanhou roendo as unhas e vibrando a cada voto de um parlamentar que dizia “SIM” ao impeachment. As semanas que antecederam as votações na Câmara Federal (abril de 2016) e no Senado (agosto de 2016) foram marcadas por uma série de atos contra Dilma e pela bandeira do combate à corrupção.
Passado um ano e dois meses do afastamento da petista, os grupos que estavam à frente daquelas manifestações anticorrupção hoje encontram-se mais tímidos. Entidades que puxaram o coro do “Fora Dilma”, quando se manifestam, o fazem de maneira discreta ou ponderam quando o assunto é o arquivamento das denúncias contra Michel Temer. Procuramos alguns líderes dessas entidades que se posicionaram publicamente pelo afastamento de Dilma Rousseff para saber o que mudou e se o combate à corrupção segue na pauta dessas organizações.
No Paraná, a entidade que protagonizou as manifestações mais contundentes a favor do impeachment da petista foi a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Em março de 2016, ela lançou um “manifesto” com posicionamentos sobre a crise política do país. No documento, assinado pelo presidente Edson Campagnolo, a entidade apontou quatro medidas emergenciais, sendo a primeira delas o impeachment de Dilma Rousseff, “chamando a responsabilidade a todos os parlamentares”; apoio absoluto a todas ações de combate à corrupção e repúdio a nomeação do ex-presidente Lula como ministro, o que para a entidade, se caracterizava uma tentativa de “obstrução do trabalho da justiça”.
A FIEP ainda organizou atos públicos e conclamou a população a vestir-se de preto em luto pelo momento do país, “um cenário em que a sociedade não podia se omitir”, conforme a nota. Um ano e dois meses após o afastamento de Dilma da presidência, a entidade não tem mais organizado manifestações contra a corrupção apesar dos escândalos e denúncias envolvendo Temer. A “obstrução da justiça”, uma das atuais acusações contra o peemedebista, antes citada quando da nomeação de Lula, parece também não ser mais motivo para um posicionamento oficial da entidade.
Um ano e dois meses após as contundentes manifestações, procuramos uma posição do presidente Edson Campagnolo, porém a FIEP se posicionou apenas por meio de uma nota enviada por sua assessoria de imprensa. Uma nota tão tímida quanto às atuais manifestações contra à corrupção. Nela, a federação ressalta que “as decisões tomadas pelo Congresso, democraticamente eleito pela população brasileira, são legítimas e devem ser respeitadas”.
Vale lembrar que a FIEP também se posicionou publicamente parabenizando os votos dos parlamentares que foram a favor do afastamento de Dilma. O Porém buscou saber qual o posicionamento da entidade em relação ao voto dos deputados que votaram pelo arquivamento da segunda denúncia contra o presidente Temer, porém não obtivemos resposta. Na nota enviada pela assessoria, a entidade resume-se a dizer que “defende que todas as denúncias de corrupção e desvios de recursos públicos sejam apuradas, seguindo os trâmites da Constituição Federal”.
Associação Comercial do Paraná silencia sobre Temer
Outra entidade que posicionou publicamente favorável ao impeachment de Dilma Rousseff foi a Associação Comercial do Paraná (ACP), que em 8 de abril de 2016, instalou em frente à sua sede, na rua XV de Novembro, um dos principais pontos de manifestação da capital paranaense, o “Painel do Impeachment” em parceria com o movimento chamado “Mais Brasil, eu acredito”. O objetivo foi mostrar as opções de voto dos parlamentares paranaenses no processo contra a petista. Na oportunidade aquelas pessoas que passavam pela rua poderiam conferir o “placar do impeachment” com a exposição dos votos contrários e favoráveis.
À época, o presidente Antonio Miguel Espolador Neto afirmou que era uma forma de “ajudar o eleitor a conhecer os deputados dos quais deram seu voto nos anos anteriores”. A ACP não repetiu a iniciativa em relação a votação da denúncia contra Michel Temer e, tampouco, se pronunciou sobre o tema. Buscamos contato com a entidade, que por meio de sua assessoria de imprensa, informou que “o presidente da ACP não está se manifestando sobre este assunto no momento”.
Classe empresarial foi “cuidar da vida”
No interior do Paraná não é diferente. O clima verde amarelo das manifestações anticorrupção que tomou as ruas de cidades como Ponta Grossa, Londrina e Cascavel, já não é o mesmo. As entidades de classe, em especial sindicatos patronais e associações empresariais, também estão mais tímidas e ponderam sobre a possibilidade da cassação do mandato de Michel Temer. Até mesmo o “combativo” Movimento Brasil Livre (MBL), que empunhava a bandeira contra os corruptos, parece ter abandonado essa luta para se focar na agenda moral de combate à manifestações artísticas que consideram impróprias e que atentem contra os valores da família e na defesa de projetos que buscam cercear os debates políticos nos ambientes escolares, como o programa “Escola sem partido”.
Entre as organizações que em 2016 estavam ativas no combate à corrupção está a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG), conhecida por suas posições polêmicas como quando defendeu que beneficiários do Bolsa Família não deveriam ter direito ao voto e, mais recentemente, quando apoiou publicamente uma intervenção militar.
Procuramos o presidente da entidade, o empresário Douglas Taques Fonseca, para avaliar o arquivamento das denúncias contra Temer. Ele foi menos ponderado que os líderes da FIEP e da ACP. “Foi lamentável o que aconteceu, particularmente acho que ele [Temer] deveria ter sido afastado. Todo mundo tem que ser fiscalizado, não importa se é de partido A ou B. Se é de direita ou esquerda. Não dá para o ‘cara’ pegar mala de dinheiro e não acontecer nada”, comentou.
Porém, ao ser questionado sobre a redução das manifestações anticorrupção por parte da classe empresarial, Fonseca relativizou. “Foram momentos diferentes, a conjuntura é diferente. Apesar do Temer, há uma evolução da situação econômica do país. Os empresários resolveram se deslocar dessa questão política e tocar a vida. O povo está tão enojado. É tanta notícia ruim num curto intervalo de tempo que ninguém mais vence ir às ruas. Se forem às ruas a cada notícia ruim não conseguem nem viver”, afirma o presidente da ACIPG, acrescentando que ficou satisfeito com o voto no dia 25 de outubro dos representantes de Ponta Grossa na Câmara Federal. O município da região dos Campos Gerais conta com dois representantes: Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (REDE). Ambos votaram contra o arquivamento da denúncia contra Michel Temer.
Velho oeste
A cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, esteve entre os municípios que mais concentrou em 2016 manifestações favoráveis ao afastamento de Dilma da presidência. Marchas, atos públicos, notas oficiais e fechamento de comércios foram chamados por entidades de classe dos setores empresarial e ruralista. A chamada “capital do agronegócio” conta com os deputados Alfredo Kaefer (PSL), Evandro Roman (PSD), Hermes Frangão Parcianello (PMDB) e Nelson Padovani (PSDB); todos favoráveis ao impedimento da petista pela acusação de pedaladas fiscais.
No dia 25 os quatro parlamentares estiveram entre os 30 deputados da bancada paranaense que chancelaram a continuidade de Temer na presidência. Procuramos a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), entidade que esteve a frente das manifestações anticorrupção em 2016, para uma opinião sobre os fatos recentes envolvendo Temer. Porém a assessoria de imprensa da associação não retornou o contato.
Diferente da entidade empresarial, organizações ruralistas que também estiveram nos atos contra Dilma se pronunciaram sobre o arquivamento da segunda denúncia contra Temer. “A votação foi um julgamento político natural em um país que autoriza este tipo de julgamento. E num julgamento político cada um vota dentro de suas convicções”, diz Adani Primo Triches, presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná (SRO). Sobre a mudança de posicionamento dos deputados de Cascavel, o ruralista pondera: “Não acho que mudaram de opinião, mas sim votaram de acordo com suas bases. A Dilma passou por um processo político e perdeu, o Temer passou por um processo político e ganhou”, minimiza.
Posicionamento similiar do produtor rural Paulo Roberto Orso, presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel. Favorável ao afastamento da petista em 2016, o sindicato agora pondera sobre uma cassação do mandato de Temer. “A saída de um presidente nunca é boa para o país. Na época da Dilma a situação econômica era catastrófica. Agora o país está em processo de retomada e nós produtores estamos satisfeitos com as decisões e ações que vem sendo feitas pelo governo. Se Michel Temer é criminoso, ele será punido. No entanto, acreditamos ser mais conveniente para o país que isso aconteça após o fim do mandato”.
Questionado sobre a liberação de emendas parlamentares às vésperas da votação, Orso classifica como naturais. “As emendas parlamentares são instrumentos legais utilizados por deputados para trazer recursos para suas regiões. Elas já haviam sido protocoladas há muito tempo. Se a liberação de algumas foi critério ou estratégia para angariar votos, não podemos afirmar”, aponta o ruralista, classificando como positivo o voto dos deputados que foram favoráveis ao arquivamento da segunda denúncia contra o peemedebista.
Por Júlio Carignano/Porém
Foto: Leandro Taques
Reforma Trabalhista retira direitos historicamente consolidados
Novembre 6, 2017 11:11Reflexão sobre mudanças na legislação trabalhista embasa Roda de Conversa promovida pelo Sindicato
A temática principal da Roda de Conversa realizada no Sindicato na última terça-feira, 31 de outubro, era Reforma Trabalhista. Mas os relatos suscitaram reflexões sobre trabalho precarizado, migração, atuação das instituições constitucionais de poder e consequências no bem estar de cada um de nós, trabalhadores.
Por Paula Padilha/SEEB Curitiba
Convergência Negra solta nota de repúdio às declarações da Ministra Luislinda Valois
Novembre 4, 2017 12:43As entidades do movimento negro brasileiro repudiam as declarações da ministra Luislinda Valois, que assim como fez o ministro do STF Gilmar Mendes, ao fazer referência a tragédia da escravidão que submeteu milhares de negros a uma condição perversa e desumana – um crime contra a humanidade, declarado pela ONU – apropriou-se de forma oportuna desse fato histórico trágico para obter benefícios próprios relativos ao seu salário.
Não obstante não nos furtamos em observar que esse ano o Juiz Sérgio Moro percebeu o salário superior ao teto constitucional durante vários meses e a justificativa para tal descalabro são as generosas cestas de auxílios e adicionais eventuais comumente utilizados no expediente do sistema de justiça para burlar o teto constitucional e assim beneficiar milhares de juízes Brasil afora. O que também representa uma violência para a sociedade brasileira como um todo.
Voltando a Ministra Luislinda, entendemos que reivindicar privilégios e participar de um governo que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial, além de silenciar frente ao racismo religioso e as demais violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país é um contra-senso.
A ministra é voz de um governo de privilégios e privilegiados que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial. Além de silenciar-se frente ao racismo religioso e às violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país.
Além de afrontar a dignidade da população negra, a posição da ministra é um atestado cabal da falta de compromisso com o combate ao racismo e com verdadeira cidadania de negros e negras. Não resta dúvida que estamos vivendo um momento em que a violência contra as mulheres, negros, grupos LGBT, quilombolas e índios está se naturalizando e a posição equivocada da ministra é um retrato desses ataques.
A nomeação dessa senhora é reveladora do desapreço que o governo Temer tem pela comunidade negra e o gravíssimo problema do racismo no Brasil.
Também é sintomático o fato de o Presidente Temer olhar para o Brasil e não conseguir enxergar os milhares de homens e mulheres negras com altíssimo nível de comprometimento político com os anseios e demandas da população negra para ocupar qualquer cargo na Esplanada dos Ministérios, ou estaria ele ciente de que a maioria de nós jamais compactuaria com um governo ilegítimo que se instituiu através de opressões, desmandos e violências?
A ministra não representa o povo negro, não representa as mulheres negras e nem aqueles que lutam pelo fim do racismo.
Estamos por nossa própria conta! O povo negro não vai se calar frente ao racismo!
#ForaTemer
Assina:
Convergência Negra – Articulação Nacional do Movimento Negro Brasileiro.
Subscrevem:
Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN
Agentes de Pastoral Negros – APNs
Círculo Palmarino
Coletivo de Entidades Negras – CEN
Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
Quilombação
Rádio Exu – Comunicação Comunitária de Matriz Africana
Movimento Negro Unificado – MNU
Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana – REATA
UNEGRO – União de Negras e Negros Pela Igualdade
Enegrecer – Coletivo Nacional de Juventude Negra
Movimento Consciência Negra de Butia – RS
Setorial de Combate ao Racismo da CUT.
Soweto.
Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba acontece neste domingo
Novembre 4, 2017 12:30O Centro Cívico será o cenário da 18º edição da Parada da Diversidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexos). O evento acontece neste domingo, dia 5 de novembro e contará com shows musicais, DJs e performances de Drags Queens com o tema “O eu tenho a ver com isso? ”.
Patrocinada pela Uber e organizada pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade-APPAD LGBTI, a parada terá concentração e abertura ao meio dia na Praça 19 de Dezembro, no Centro, e seguirá em caminhada até a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. O início do evento será marcado pelo lançamento da música que será o hino da parada “Amar Não é Pecado”. Interpretada pela compositora e cantora Noemi Carvalho com a participação do cantor e performer Siamese, a música é um protesto contra a decisão da Justiça Federal do DF, que autoriza pseudo terapias de reversão de orientação sexual a chamada “Cura Gay”.
Márcio Marins, coordenador geral da Parada, explica que o tema da parada tem como objetivo ampliar o debate com os governos municipal, estadual e federal, com os órgãos de proteção de direitos, como a Defensoria Pública e o Ministério Público, e especialmente incidir no legislativo curitibano, que até o momento se mostra o mais conservador das últimas décadas. “Este debate deve priorizar as graves violações que a nossa comunidade LGBTI sofre em Curitiba e envolver toda a sociedade”.
Após a abertura oficial, às 14 horas, a Parada parte, pela Rua Barão do Cerro Azul, até chegar à Avenida Cândido de Abreu, a caminhada será acompanhada por trios elétricos, em direção ao Palácio Iguaçu, mais precisamente na Praça Nossa Senhora de Salete. A chegada está prevista para as 17h00. Os shows vão continuar no local até às 20 horas.
Shows e performances
Diversas atrações estão confirmadas, a principal delas MC Mayara que tem o título de Cidadã da Parada, e fará seu show acompanhada da jovem cantora Thiala Arlequina, ambas artistas do selo Eletro Funk Brasil. O cantor e performer Siamese vai estrear na parada com o seu show Som do Grave. Outra marcante estreia é da compositora da música tema da parada, Noemi Carvalho.
A banda Pitombas do Amor, formada por pernambucanos residentes em Curitiba vai encerrar os Shows no Centro Cívico. Todas as atrações musicais, os nove DJs e as Quatorze famosas Drags Queens, farão performances no Trio Elétrico, entre elas a Rainha da Parada 2017, Shasmyra Brondy. Além da cidadã da Parada e da Rainha, o jovem Henrique Moreira eleito garoto da 18ª edição também seguirá no Trio Oficial.
Apoios e patrocínios
Além da Uber que é patrocinadora Master, o evento tem o apoio da CUT Paraná, Sismuc, Sindicato dos Bancários, CRESS Paraná, União Brasileira de Mulheres-UBM, Ateliê Obatalá, CTB Paraná, APP Sindicato, SENGE Paraná, Clockwork Comunicação, Revista Lado A, Trópico TV, J Silveira Produções, Cats Club, Hotel Tibagi e Floricultura Pingo de Ouro. E APOIO INSTITUCIONAL de Dom da Terra AfroLGBT, ABGLT, Transgrupo Marcela Prado, Prefeitura Municipal de Curitiba, através da Assessoria de Direitos Humanos/Coordenação de Diversidade Sexual/SGM e Fundação Cultural de Curitiba.
PROGRAMAÇÃO
18ª Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba
5 de novembro de 2017
12h00 – Início da concentração – Praça 19 de dezembro
DJ Weh CTBA
13h30 – Abertura Oficial – local: Praça 19 de dezembro
Noemi Carvalho
Siamese
Vick Nalls
Pronunciamentos
14h00 – Saída da Parada – Trajeto: Avenida Cândido de Abreu até a Praça Nossa Senhora da Salete
• DJ Fênix
• DJ Luan
• DJ Bob
• DJ Ede
• DJ Paul
• DJ Marcos
• DJ Sandro
• DJ Kuru
17:00 – Shows – local: Praça Nossa Senhora da Salete
Siamese – com o Show Som do Grave
17:30 – Shows das Drag Quenns
• Shasmyra Brondy
• Stefanny Star
• Natascha Massafera
• Patricia Lemonge
• Jessica Souza
• Shayanne Ashela
18:10 – Shows Eletro Funk Brasil
MC Mayara
Thiala Arlequina
19:10 – Shows das Drag Quenns
• Juana Profunda
• Myrella Massafera
• Bianca Massafera
• Vitória Luz
• Raysse Massafera
• Nicolly Massafera
• Yasmin Kristel
19:40 – Show de Encerramento
Banda Pitombas do Amor
20h10 – Encerramento das atividades – Local: Praça Nossa Senhora da Salete;