2ª Greve Geral no país reuniu trabalhadores na Boca Maldita em Curitiba
Giugno 30, 2017 16:47Pouco a pouco a Boca Maldita, em Curitiba, foi tomada por mais de três mil pessoas em ato simbólico, ao meio dia dessa sexta-feira, 30 de junho, na 2ª Greve Geral dos trabalhadores do país contra os retrocessos do governo Temer.
A manifestação foi organizada pelas frentes populares, movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores de diversas categorias, filiados às várias centrais sindicais que se uniram numa pauta única: contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência. Outras duas bandeiras constantes nas mobilizações de 2017 é pela queda do presidente ilegítimo e convocação imediata de eleições gerais.
“Desde 8 de março estamos em luta permanente, no convencimento diário, na panfletagem, não só na greve geral. As reformas são ilegítimas e não podemos deixar que elas sejam aprovadas”, declarou Marlei Fernandes, da APP Sindicato. A dirigente lembrou que a reforma da previdência era para estar aprovada desde novembro e que é a atuação dos sindicatos, das frentes populares e da população em atos de rua que está adiando a aprovação. “Se depender da nossa luta não será aprovada nem em 2019”, reafirmou.
A entonação de todos os dirigentes sindicais e representantes dos movimentos populares que foram ao microfone era de preocupação com a reforma trabalhista, ironicamente chamada de modernização pelo governo Temer, e que está em fase avançada de tramitação no Senado.
“Hoje é dia de consciência e discussão política. Somente com eleições diretas já vamos sair dessa encruzilhada. Esse governo não tem legitimidade para fazer nenhum tipo de reforma”, declarou Márcio Kieller, trabalhador bancário e secretário-geral da CUT Paraná.
“Não compactuamos com nenhum direito a menos”, disse Irene Rodrigues, coordenadora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc), relembrando a batalha que esses trabalhadores enfrentaram contra os vereadores e a Prefeitura de Curitiba que, na semana passada, aprovaram o congelamento de salários e ataque à previdência própria deles, que estavam em greve e tiveram três vezes seus atos reprimidos com violência.
O presidente da APP Sindicato Hermes Leão convocou para a luta contra os retrocessos. “A partir da nossa união, do poder popular, da ocupação das ruas desse país, temos que recuperar nossa democracia que está sequestrada pelo capital financeiro que controla o Congresso”, convocou.
Regina Cruz, presidente da CUT Paraná, lembrou que o texto da reforma trabalhista saiu de computadores de dentro da Fiesp, entidade patronal notoriamente articuladora entre os empresários do golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff.
Em Curitiba e região, a greve geral começou cedo de forma descentralizada, com a paralisação de 39 agências bancárias da capital e de São José dos Pinhais, oito centros administrativos e 10 financeiras; de petroleiros na Repar, em Araucária, e diversos atos em portas de fábrica. Como não houve adesão de motoristas e cobradores do transporte coletivo, a intenção de parar o país pareceu frustrada na cidade.
Apesar disso, o representante do Sindicato dos Metalúrgicos, Nelson Silva de Souza, declarou que as mobilizações desde a madrugada envolveram mais de 60 mil pessoas na região. Ele estava acompanhado de dezenas de trabalhadores que empunhavam as bandeiras da Força Sindical Paraná, manifestando dissidência na central, que reelegeu nesse mês Paulinho da Força para presidência da entidade e em âmbito nacional recuou da greve geral de 30 de junho alegando que Temer abriu canal de diálogo sobre as reformas.
Confira fotos do ato em Curitiba.
Por Paula Zarth Padilha
Fotos Joka Madruga
Terra Sem Males
FOTOS | Greve Geral em Curitiba
Giugno 30, 2017 16:32Ato da Greve Geral na Boca Maldita em Curitiba, nesta sexta-feira, 30 de junho de 2017.
[See image gallery at www.terrasemmales.com.br] Fotos: Joka Madruga/Terra Sem Males
Povo vai às ruas contra as reformas em todo o Paraná
Giugno 30, 2017 15:32Fim da aposentadoria e dos direitos trabalhistas paralisam postos de trabalho em todo o Estado.
Agências bancárias, fábricas, escolas, refinarias e outros postos de trabalho amanheceram sem funcionários nesta sexta-feira (30) em Curitiba. A Greve Geral convocada pelas centrais sindicais também levou mais de 5 mil pessoas em um grande ato realizado em Curitiba.
No interior do Estado também aconteceram diversas manifestações, como em Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Umuarama, por exemplo. Este é o reflexo das propostas de reforma da previdência e trabalhista que vão acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas no Brasil.
“Estamos diante de um cenário que não há outro caminho que não fazer a luta. São reformas que tiram direitos, sim. São projetos que levarão o Brasil a voltar décadas, um retrocesso imaginável. Nossa única opção é fazer esse enfrentamento e pressionar diretamente os deputados e senadores”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.
Ela ainda lembrou que a central lançou o site “Na Pressão” com o intuito de facilitar o contato direto entre a população e os legisladores. “É mais uma ferramenta que está à disposição da classe trabalhadora com o objetivo de lutar contra estes retrocessos. É possível fazer o contato direto com cada parlamentar para mostrar que não vamos aceitar essas propostas que estão tramitando no Congresso Nacional”, completou.
Lutas locais – No Paraná, os servidores públicos estaduais e de Curitiba também tinham outros motivos para protestarem. Ambas as categorias estão sofrendo com administrações que privilegiam a retirada de direitos em detrimento de outras políticas públicas.
“Unimos as pautas porque estamos vivendo um ataque contra os direitos em Curitiba, mas também a nível nacional. As reformas da previdência e trabalhista nos atinge também. Não só em nome da solidariedade de classe, mas também em nome das políticas públicas. Certamente fará com que a classe trabalhadora dependa ainda mais destes serviços públicos que estão sendo negadas em todas as esferas”, explica a coordenadora-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC), Irene Rodrigues.
Durante a semana que passou, a Câmara de Vereadores, em uma votação às escondidas longe da sede do legislativo municipal, aprovou o chamado “Pacotaço” do prefeito Rafael Greca. Os projetos de lei trazem retrocessos no plano de carreira, na previdência e uma série de outros direitos da categoria.
No plano estadual os servidores há tempo sofrem com problemas relacionados ao governador Beto Richa. A secretária de finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, destacou esse histórico. “Estamos fazendo luta intensa no estado contra as mentiras do Beto Richa que mostra na televisão um Paraná maravilhoso, gastando ainda mais com propaganda, mas que não atinge de fato os direitos dos servidores públicos do Paraná. No caso da educação foi a retirada das horas atividade, impedimento de professores que ficaram doentes pudessem assumir aulas, um absurdo, e também a nossa data-base. Já são 15 meses sem reposição salarial, mais de 30 mil aposentados que tem os menores salários do estado sem reajuste”, enumerou.
Desafios – O dirigente da Confederação Sindical das Américas, Rafael Freire, acredita que o desafio agora é ampliar o diálogo com a população. “A mensagem central que estamos desafiados é explicar para a população o que significa a reforma trabalhista. Na previdência conseguimos. O risco é de nós voltarmos a padrões trabalhistas do século XIX. Esse é o desafio central que temos hoje”, avaliou.
Na mesma linha o representante do coletivo Advogados pela Democracia, Nasser Allan, criticou duramente a Reforma Trabalhista. “Essa reforma trabalhista é o maior processo de concentração de renda da história do País. Precisamos entender que País desejamos, qual é o modelo de sociedade que queremos. Esta é a discussão. Desejamos um país excludente? Pois é esse país que veremos com a reforma trabalhista. Concentração de renda não mão dos grandes empresários e do sistema financeiro”, projetou.
Interior – Em Foz do Iguaçu a mobilização foi realizada em frente ao Banco do Brasil, no calçadão do Centro da cidade. Em Ponta Grossa, Londrina e Cascavel, manifestações também foram realizadas durante a manhã desta sexta-feira.
A rodovia do Xisto, em Araucária, foi paralisada nas primeiras horas da manhã. A Refinaria Getúlio Vargas, localizada na cidade, também foi fechada pelos petroleiros. Outras cidades como General Carneiro e Umuarama também realizaram mobilizações.
Por Gibran Mendes
Foto: Joka Madruga
Fotos | Greve dos servidores do município de Curitiba contra o pacotaço do Greca
Giugno 29, 2017 19:44Vereadores mudaram a sessão da Câmara Municipal para a Ópera de Arame, protegidos por um forte aparato policial. A votação aconteceu nos dias 26 e 27 deste mês.
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Fotos do dia 29/06/2017
Giugno 29, 2017 17:38Imagens pelo mundo desta quinta-feira, 29 de junho de 2017. Pare o cursor em cima das imagens para ler as legendas.
[See image gallery at www.terrasemmales.com.br] Organizado por Joka Madruga, Terra Sem Males
Fotos do dia 26/06/2017
Giugno 29, 2017 17:38Imagens pelo mundo desta quinta-feira, 26 de junho de 2017.
[See image gallery at www.terrasemmales.com.br]Beto Richa (PSDB) diz que direitos do funcionalismo são privilégios
Giugno 29, 2017 11:20Não é de hoje que o governador declara guerra aos sindicatos. Também pudera, foram as entidades sindicais que se encarregam de defender as/os servidoras/es da série de ataques de Richa contra os direitos do funcionalismo. Na última terça-feira, 27/6, o governador foi além. Não só disse que os sindicatos são “fascistas” como afirmou que os direitos que eles tanto defendem são “privilégios”.
É a primeira vez que o governador diz com todas as letras porque não cumpre os direitos das/dos servidoras/es. Até agora Carlos Alberto Richa defendia que não cumpria leis como o reajuste salarial e o avanço nas carreiras porque o Estado estava em crise.
Agora que precisa mostrar que o aumento de impostos e os sucessivos calotes ao funcionalismo surtiram efeito, o discurso do governador mudou. Passou a dizer com todas as letras que o funcionalismo ganha mais do que deve e não poupa ataques aos sindicatos.
O governador apenas está assumindo aquilo que todos já sabiam. Quando fez um ajuste fiscal 70% composto pelo saque da previdência das/os servidoras/es e pelo arrocho salarial, todos já sabiam que não era crise, era posição política. Não fosse assim, agora que o governo arrota saúde financeira, o reajuste salarial previsto pela lei 18.493 seria pago.
Ditador – Chega a ser hilária a afirmação de Richa de que os sindicatos são fascistas. Logo ele, que comandou o maior massacre contra manifestações de trabalhadoras/es da história do Estado! Logo ele que se nega a sentar à mesa para conversar com os atores das políticas públicas!
Mentiroso – O pronunciamento foi feito em meio à solenidade no Palácio Iguaçu, onde o governador anunciou a mentira de que o Estado está investindo 15% da receita. Para ser ter uma ideia, em 2016, o investimento do Estado não passou de 3%. O número apresentado foi alcançado com base na manipulação de dados do mês de junho.
Fonte: Sindsaúde/PR
Foto: Joka Madruga
Livro fotográfico retrata as greves no ABC e São Paulo nos anos de 1978 a 1981
Giugno 29, 2017 11:01Coletânea revela a reorganização dos trabalhadores, em São Paulo e no ABC, a renovação de suas lideranças, as grandes manifestações e as longas greves que desafiavam o Estado e o Capital.
O cineasta Adilson Ruiz e o fotógrafo Ennio Brauns são os organizadores deste projeto com pré-lançamento marcado para o dia 4 de julho, no auditório da Fundação Perseu Abramo (FPA), a partir das 19h, em São Paulo. O livro Máquinas Paradas Fotógrafos em Ação retrata as greves dos metalúrgicos de São Paulo e do ABC de 1978 a 1981 pelo olhar apurado de dez fotojornalistas e quatro articulistas.
Segundo Brauns, “as mobilizações dos operários metalúrgicos nas décadas de 1970/80, na Região Metropolitana de São Paulo, têm seu momento mais importante nas greves de 78/79/80. São um marco na história das lutas populares no país e a expressão de uma experiência coletiva de trabalhadores que entusiasmou grande parte da sociedade nacional. Revelam a capacidade da solidariedade na luta contra o Estado autoritário, como poucas vezes se viu na nossa História”.
O livro registra, por meio de 169 fotografias e cinco artigos, uma narrativa que combina imagens e textos, conforme nos revela Ruiz, e “recria aquele momento de luta dos trabalhadores sob a ótica de seus protagonistas: lideranças sindicais, trabalhadores anônimos, artistas, fotógrafos, cineastas, jornalistas”.
Participam da obra, com textos, Adilson Ruiz, Alipio Freire, Ennio Brauns, Renato Tapajós e Roberto Gervitz; e com fotografias, Eduardo Simões, Ennio Brauns, Hélio Campos Mello, Jesus Carlos, João Bittar, Juca Martins, Nair Benedicto, Ricardo Alves, Ricardo Giraldez e Rosa Gauditano.
Na oportunidade do pré-lançamento, será exibido o primeiro episódio da série documental para a TV Chão de Fábrica, exibida pela TVT, com a presença do diretor, o cineasta Renato Tapajós.
Com mobilização em rede, bandas do PR e de SC incrementam a cena underground
Giugno 28, 2017 17:59Ao mesmo tempo em que as cenas underground do Paraná e de Santa Catarina já sejam há anos uma referência muito importante na produção de músicas autorais, no incentivo às bandas de garagem de diferentes estilos e de várias gerações e ainda um celeiro exportador de talentos, por vezes mais aplaudidos lá fora do que nas suas próprias cidades, essa marca forte da identidade cultural curitibana é também muito esquecida e pouco valorizada.
Mas esse conceito está com seus dias contatos. Em tempos de visibilidade pelas redes sociais e sempre inspirados na pegada punk dos valores “faça acontecer” e “faça você mesmo”, músicos de Curitiba, de outras regiões do Paraná e de Santa Catarina resolveram se unir para divulgar os trabalhos que existem e reforçar o incentivo às novas produções com uma fórmula muito simples, prática e ao alcance da boa (mas pode ser da má mesmo) vontade de todos: postar, curtir e compartilhar. Começou a Divulgação Underground Em Massa (D.U.E.M).
Tá ligado?
A ideia surgiu nas discussões de um grupo de WhatsApp. Para quem pensa que essa ferramenta só sirva para postar memes, piadas infames, fofocas de família, áudios, figurinhas e vídeos de autoajuda (Blééérhgh!) ou para nos acordar nas horas mais impróprias do dia e da noite, está enganado. Há vida útil e inteligente nessas interações por aplicativos de celular.
Foi de um desses grupos que nasceu a oportunidade de iniciar uma mobilização para impulsionar ainda mais as cenas underground desses dois estados. Começou há pouco mais de um mês, com a constatação de que individualmente todo esforço é maior, mais caro, mais desgastante e, na maioria dos casos, até frustrante. Porque, isoladamente, cada um consegue obter um alcance do tamanho das suas pernas, na medida dos seus próprios recursos. Os resultados tendem a ser pequenos, com as bandas fazendo seus rolês sozinhas, divulgando pouco e garantindo espaço de apresentação onde for possível.
Estourando a bolha
Ao criar um grupo no “Zap”, com representantes de cada uma das bandas underground conhecidas, se bolou a iniciativa da tal divulgação em massa. Como isso funciona? Os dez administradores do grupo montaram uma lista das bandas por ordem de chegada nesse espaço e organizaram uma verdadeira força-tarefa. Já somam 123 as bandas cadastradas na D.U.E.M., que está aberta para a participação de outras tantas.
A cada semana, posta-se em uma página do Facebook e em um site criado só para dar vazão a esses trabalhos, os vídeos, áudios, fotos, enfim, os materiais de divulgação de cerca de três a quatro bandas dessa lista. No grupo, a combinação é de curtir e compartilhar em suas redes, para suas comunidades e seus amigos os materiais dessas bandas.
O que antes ficava limitado ao universo de cada um, agora, com 123 bandas compartilhando massivamente, se consegue furar a bolha e fazer com que esses trabalhos cheguem para muito mais gente ver, conhecer e avaliar.
E tem mais!
Em pouquíssimo tempo essa mobilização já provou que consegue fazer a coisa toda evoluir para um outro patamar. A galera já trabalha para colocar no ar uma rádioweb que espelhe a D.U.E.M. e a cada mês é lançada uma coletânea nova.
A primeira Coletânea Underground Em Massa – Volume 1 – foi lançada no início do mês de junho. Com as 123 bandas, já se garante pelo menos um ano de coletâneas com essa marca e pegada.
Confira as faixas e bandas desse primeiro trabalho:
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Violent Curse (São Bento do Sul-SC);
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Renegados do Folk (Curitiba-PR);
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Repelentes (Curitiba-PR);
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Beer (Curitiba-PR);
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Broken Death (Almirante Tamandaré-PR);
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Só Vermes (Araucária-PR);
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Cadela Maldita (Curitiba-PR);
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Exylle (Curitiba-PR);
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Rádio Cadáver (Curitiba-PR);
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Desire Machine (São Bento do Sul-SC);
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AZT (Curitiba-PR/Guaratuba-PR).
Tem voluntariado nessa ação, claro que sim. Mas as regras são também bastante claras e específicas para não deixar dúvidas. As pessoas têm de participar e se comprometer a divulgar os trabalhos dos demais, para que o seu também apareça. Chavões como “a união faz a força” e “um por todos e todos por um” agora fazem total sentido.
Por Thea Tavares
Papa Francisco elogia sindicatos e clama por novo pacto social
Giugno 28, 2017 16:35Mensagem no dia 28 reforça necessidade de enfrentar o capitalismo
ROMA | O Papa Francisco voltou a criticar o modelo de capitalismo exploratório e especulador em voga no mundo todo. Para sua santidade, é necessário estabelecer uma nova ordem mundial em que os interesses da sociedade se coloquem à frente do interesse do capital. O Papa voltou a surpreender e elogiou a atuação das entidades sindicais como uma forma de construir o novo pacto social.
A mensagem de Francisco foi proferida um dia antes da “Missa de São Pedro e São Paulo”. O texto foi endereçado aos delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL) neste dia 28.
Para o Papa Francisco, diante da crise do capitalismo, é essencial destacar o papel dos sindicatos. “Não há uma boa sociedade sem um bom sindicato e não há um sindicato bom que não esteja dentro das periferias com objetivo de transformar o modelo econômico”, avaliou o santo padre.
Embora o Papa tenha destacado a importância das entidades sindicais, Francisco também observou que muitas entidades perdem seu foco de atuação.
“Em nossas sociedades capitalistas avançadas há entidades sindicais perdendo desta natureza profética, e tornar-se demasiado semelhante ao das instituições e poderes que deveriam em vez criticar. A união com o tempo passou a se assemelhar a política demais, ou melhor, a partidos políticos, a sua língua, seu estilo. Mas, se você perder esta dimensão típica e diferente, também a ação em negócios perdeu o poder e a sua eficácia”, alertou.
Novo pacto social
Francisco voltou a falar de um novo pacto social. Seu discurso cai como uma luva para o momento em que passa o Brasil quando direitos dos trabalhadores são retirados por políticos por meio de reformas trabalhistas e previdenciária.
O Papa Francisco criticou a ganância dos empresários e do mercado. “É uma empresa insensata e míope que obriga o idoso a trabalhar muito tempo e requer toda uma geração de jovens a trabalhar quando deveriam fazê-lo para eles e para todos”, disse o Pontífice, que lembrou que “nem sempre nem toda a gente tem direito a se aposentar porque eles têm jornadas em desigualdades no tempo de trabalho se torna perene”.
Por Manolo Ramires, texto e foto
Terra Sem Males