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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Os “belos” monstros da Volta Grande do Xingu

23 de Março de 2015, 15:19, por Desconhecido

Ribeirinhos usam o rio Xingu como transporte e tiram dele o sustento de suas famílias. A montanha atrás é uma das áreas a serem exploradas pela mineradora canadense. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Volta Grande do Xingu é um lugar onde Deus se faz presente na fé dos ribeirinhos. Mas está esquecido pelas três esferas de governo. Visitei três das diversas comunidades que lá existem: A Ilha da Fazenda, A Vila da Ressaca e a Vila do Galo. A maioria de seus moradores são pescadores, garimpeiros, indígenas e roceiros que vivem agoniados com o futuro que lhes aguarda, pois moram entre dois mega projetos capitalistas que são a Usina Hidrelétrica de Belo Monte e um projeto de mineração que segundo a empresa canadense Belo Sun Mining, que se instalou no local, será a maior extração de ouro do Brasil.

Vou me dedicar a escrever uma matéria mais explicativa sobre o assunto, pois vim para a região de Altamira-PA ouvir as histórias dos atingidos pela barragem de Belo Monte e me deparo com mais esta situação de injustiça contra os pobres. Aguardem!

Joka Madruga



Para Vannuchi, mídia usa ‘celebridades’ para encobrir poderosos no caso HSBC

23 de Março de 2015, 13:31, por Desconhecido

Analista político cobra dignidade de profissionais do jornalismo, que seguram informação para proteger donos de grandes veículos de comunicação.

HSBC: Senado vai investigar escândalo das contas secretas na Suíça em CPI que deve começar a funcionar nesta semana. Foto: ANDREW COWIE/EFE

São Paulo – O analista político da Rádio Brasil Atual Paulo Vannuchi comenta hoje (23) que as manchetes dos grandes jornais e portais que trazem celebridades envolvidas no escândalo das contas secretas do HSBC na Suíça são tentativas de acobertar os nomes que realmente importam, como os das famílias Frias, proprietária daFolha de S. Paulo, e Saad, do grupo Bandeirantes, e de nomes relacionados ao PSDB, como Armínio Fraga, anunciado como ministro da Fazenda na chapa derrotada de Aécio Neves.

Já está tudo pronto para que comece a funcionar, no Senado, a Comissão Parlamentar de Inquérito que busca apurar o caso, e contou com o apoio das lideranças do PT e do PMDB. Nenhum senador do PSDB assinou o requerimento para a instalação da comissão.

O comentarista explica a gravidade do escândalo, pois tais contas secretas podem revelar, segundo ele, a ocorrência de crimes como evasão fiscal, em cumplicidade com as autoridades do banco. Vannuchi lembra que todos terão o devido direito a defesa.

“O que não pode é haver dois pesos e duas medidas”, diz o comentarista, “especialmente se um jornalista decide segurar, por semanas a fio, para não atrapalhar o ataque ao PT e para não colocar no noticiário os donos dos jornais em que trabalha, ou trabalhava”, fazendo referência ao jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, com longa passagem pelo grupo Folha.

Vannuchi cobra que os jornalistas levem “em conta a necessidade de não abandonarem, de vez, uma postura de dignidade profissional. O bom jornalista não tem rabo preso, como gosta de dizer a Folha“.

O analista diz que a CPI, que deve começar a funcionar nesta semana, “é ambiente adequado” para que os envolvidos se expliquem, na medida em que é menor o poder de influência dos grandes grupos econômicos.

Ouça o comentário completo na Rádio Brasil Atual:

 

Fonte: Rede Brasil Atual



Miriam Belchior diz que não existe estudo para abertura de capital da Caixa

23 de Março de 2015, 12:03, por Desconhecido

Presidente da Caixa falou na reunião do Conselho de Administração. Foto: Portal Brasil

A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, assegurou que não está sendo realizado estudo visando a abertura de capital do banco. A declaração foi feita nesta quinta-feira (19), durante reunião do Conselho de Administração (CA), após ser questionada pelo conselheiro eleito pelos empregados Fernando Neiva. A afirmação de Belchior foi reforçada pelos demais conselheiros do CA, que garantiram que o tema não chegou a ser debatido antes dos eleitos serem empossados.

Segundo Neiva, “a presidente da Caixa disse que não tinha conhecimento de uma proposta de abertura de capital”. O conselheiro eleito destacou que “a Contraf-CUT e o movimento dos empregados estão mobilizando a sociedade brasileira e realizando importantes seminários, sendo que os bancários da Caixa são contrários à abertura de capital e defendem a sua manutenção como empresa 100% pública”. “Esperamos que o governo e a Caixa se posicionem publicamente contra a abertura de capital”, salientou Neiva.

Para a conselheira eleita suplente pelos empregados, Maria Rita Serrano, “esse recuo é uma vitória clara dos empregados, das entidades sindicais e associativas, dos movimentos sociais e de todos os que lutaram e lutam pela importância das empresas públicas para o desenvolvimento do país”. No entanto, conforme avaliação dos representantes eleitos, é preciso um pronunciamento oficial da presidenta Dilma Rousseff, assegurando que não haverá abertura de capital da Caixa para encerrar de uma vez por todas as especulações em torno do tema. A próxima reunião do Conselho de Administração da Caixa será realizada na próxima quinta-feira (26).

Mobilização
Enquanto o governo não afasta oficialmente a possibilidade de abertura de capital da Caixa, as entidades continuam mobilizadas. Na segunda-feira (16), o Comitê Nacional em Defesa da Caixa 100% Pública, integrado pela Contraf-CUT, Fenae, CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas, protocolou ofícios nos quais reforça o pedido de audiência com Dilma e com o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para cobrar posição oficial do governo.

Nos documentos, as seis entidades lembram que a primeira solicitação foi feita no dia 23 de dezembro, logo que foram veiculadas as primeiras notícias de que o governo estaria estudando a abertura de capital da Caixa. Ofícios reiterando o pedido foram enviados em 9 de fevereiro. Já no dia 6 de março, o Comitê Nacional, após reunião realizada em Brasília, solicitou audiência com a nova presidente do banco, Miriam Belchior. Nenhuma resposta foi dada até o momento.

Tuitaço
Na próxima quarta-feira (25), a partir das 20h, será realizado um “tuitaço” contra a proposta de abertura de capital do banco. Empregados da instituição, dirigentes de entidades do movimento sindical e associativo e todos os brasileiros que apoiam a causa devem postar, no Twitter, mensagens com a hashtag #DilmanãovendaaCaixa. Para ampliar a mobilização, a hashtag pode ser usada em outras redes sociais, como Facebook e Instagram.

Fonte: Contraf-CUT



É possível sim desenvolver uma agricultura familiar de alta qualidade, diz Dilma

20 de Março de 2015, 12:15, por Desconhecido

Foto: divulgação Portal Brasil

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, na manhã desta sexta-feira (20), a unidade de secagem e armazenagem de arroz da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Na cerimônia, Dilma evidenciou que um dos temas do seu governo é a agroindustrialização e que a unidade da Cootap foi uma experiência que deu certo. “Esse é Brasil que nós queremos. É um País complexo que tem de provar que a agricultura familiar baseada em assentamentos da reforma agrária é um alto negócio para as famílias.”

A nova unidade de armazenamento vai beneficiar mais de 1,3 mil famílias em 18 cidades do Rio Grande do Sul. Ela deve, ainda, produzir também arroz agroecológico parboilizado, com maior facilidade de inserção no mercado.

O espaço contou com o financiamento de R$ 3,4 milhões do BNDES, por meio do programa Terra Forte do Incra, de outros R$ 1,3 milhão para aquisição de máquinas e mais R$ 1,4 milhão para recondicionamento do complexo de irrigação do canal de Águas Claras, na cidade de Viamão, totalizando R$ 6,1 milhões investidos.

Na inauguração, Dilma ressaltou que desde 2013 até 2014 o governo investiu, fortemente, no fomento da agricultura familiar. “Criamos linhas de crédito como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e outros mecanismos, criamos seguro agrícola, depois, apoiamos a compra de equipamentos, em seguida, ampliamos a oferta de assistência técnica, mas eu concordo com muitos aqui que dizem que um grande alicerce do programa da agricultura familiar é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)”. Segundo a presidenta, foi o PAA que permitiu que houvesse a segurança para agricultor produzir.

“Já atingimos nosso objetivo? Não, temos de continuar avançando na inclusão. temos de dar outro passo, e esse outro passo é o tripé: cooperativa, agroecologia e agroindustrialização. Esse é o passo. E queremos uma reforma agrária que seja isso como base e crie assentamentos sustentáveis em que as pessoas vivam em condições de dignidade”, ressaltou a presidenta.

Dilma lembrou, ainda, que em 2014 o Brasil saiu do mapa da fome no mundo. “Podemos colocar no peito uma medalha, medalha de inclusão social e superação da extrema miséria. Isso só ocorre quando se combina política social de inclusão e renda, trabalho e emprego e agricultura familiar.”

Sobre a Cootap

Emerson Giacomelli, diretor da Cootap, frisou que Rio Grande do Sul conta agora com mais de 5 mil hectares plantados sem agrotóxicos. “Para nós da Cootap, esta inauguração é uma demonstração que achamos que o diálogo para continuar desenvolvendo nosso assentamento deve continuar. Aqui é uma área livre de veneno.”

Na oportunidade, Emerson aproveitou para incentivar outras assentamentos. “Passamos por muitas dificuldades até chegar aqui, mas elas foram superadas uma a uma com muito planejamento, luta e políticas públicas. Que este dia de hoje sirva de reflexão para que os novos assentamentos possam seguir esse rumo de produção de alimentação saudável.

A Cootap possui 1.468 cooperados produzindo arroz orgânico. Na cidade de Eldorado do Sul, existem sete assentamentos com um total de 327 famílias beneficiadas. A produção na Região Metropolitana de Porto Alegre integra a Plataforma de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável, mantida pelo Programa de Cooperação Brasil-FAO, na área de Segurança Alimentar.

Fonte: Portal Brasil

Saiba mais: O Brasil tem de saber que a agroecologia é possível, afirma Dilma Rousseff



Prefeito de Curitiba assina decreto que regulariza ocupação histórica

20 de Março de 2015, 11:30, por Desconhecido

Vila 23 de agosto será regularizada nesta noite. Foto: divulgação Cohab.

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, assina na noite desta sexta-feira (20) um decreto esperado há quase 30 anos por 693 famílias que vivem na Vila 23 de Agosto, no Sitio Cercado. Fruto de uma ocupação iniciada nos anos 1980 (inicialmente na vila Campo Cerrado), o local agora será oficialmente um loteamento, a partir da entrega dos títulos de propriedade para as famílias.

Evento de assinatura do decreto de aprovação do loteamento

Data: sexta-feira, 20 de março
Horário: 18 horas
Local: pátio da US Osternack – Rua Miguel Rossetim, 100, Sítio Cercado.

Fonte: Prefeitura Municipal de Curitiba



Encontro de Comunicação da CUT defende ocupar espaços e parcerias

20 de Março de 2015, 10:33, por Desconhecido

Presidente Vagner Freitas diz que CUT investirá na ampliação da rede. Foto: Roberto Parizotti – CUT

A abertura do 8º Encontro Nacional de Comunicação (Enacom) que a CUT promove nesta quinta e sexta, dias 19 e 20, no Instituto Cajamar, em São Paulo, apontou para a necessidade de formação e ampliação de redes como estratégia de luta em defesa da democracia.

Secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, apontou o que julga serem os dois principais desafios para as organizações da Central. O primeiro é mapear os parceiros estratégicos, inclusive comunitários, e a mídia independente. O segundo, investir em formação, tanto para que os dirigentes aprendam a comunicar, quanto para compreender a concepção de comunicação.

Rosane falou ainda sobre as ações imediatas da comunicação da CUT. Uma delas é a campanha Para Expressar a Liberdade, que defende a regulamentação dos meios de comunicação por meio de um projeto de lei de iniciativa popular (PLIP). A proposta ganhou novo fôlego com a nomeação de Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações, a pasta que trata do tema.

“A nomeação do Berzoini nos anima, porque sempre defendeu nossa luta e estratégia, mas não depende só do pensamento dele para se resolver. Vai depender da conjuntura”, avaliou.

Enfim, regulamentar?

Segundo ela, o ministro propõe grandes eventos para debater a regulamentação, como a 2ª Conferência Nacional de Comunicação, na qual os movimentos sociais devem ser protagonistas, alerta a dirigente.

“Temos que ser um dos atores que coordena esse processo da luta social. E para isso, temos que colocar esse debate na rua”, disse.

Para começar, frisou, os movimentos devem ter participação massiva no 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, marcado para começar no dia 10 de abril, em Belo Horizonte, com uma caminhada pela capital minera em defesa da democratização no acesso e distribuição da informação.

Outro objetivo de Berzoini, de acordo com Rosane, é construir o Conselho de Comunicação Social, ainda sem parâmetros definidos.

Ainda sobre a ocupação de espaços, Rosane citou a disputa pelo Marco Civil da Internet, já aprovado pelo governo brasileiro, e por canais públicos de TV, o chamado Canal da Cidadania. “O canal pode ser pedido pelo governador, prefeito ou entidades. Também aqui há a necessidade de construir parcerias e articulação local para garantir que esses canais não sejam gestados pela direita ou igrejas”, comentou.

Dinheiro vira o jogo

Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas lembrou que o sindicalismo passa a perder espaço diante dos grandes meios de comunicação com a evolução dos meios digitais. Para ele, na década de 1980 os trabalhadores faziam a diferença com parcos recursos porque usavam o humor para fazer a disputa.

Com a internet, o jogo muda. “Quando tivemos transformação tecnológica, deixou de ser a tirinha, o pasquim, o rádio e eles passaram a dar um banho na gente. O volume financeiro ficou muito maior e a disputa desigual. Temos competência de pessoas e talentos, mas não os recursos financeiros. Ainda assim, neste ano vamos expandir nosso investimento na rede”, disse.

Vagner ressaltou que a organização de classe a partir dos meios eletrônicos ainda é uma dificuldade para o movimento sindical e, da mesma forma que Rosane, encara a formação e a comunicação como pilares da batalha de ideias e valores na sociedade.

O presidente da CUT alertou que três eixos são essenciais para a Central neste momento no país: o fim do financiamento empresarial das campanhas políticas para combater a corrupção, a luta por direitos e contra a direita, e a ofensiva pela regulamentação dos meios de comunicação.

“Todo processo de golpe é construído a partir da imprensa. Temos que fazer da rua nosso espaço, a rua é nossa guerra e iremos disputar palmo a palmo, pressionando também o governo para tomar medidas positivas que deem esperança ao povo. A Dilma deve se apresentar como condutora da transformação, porque o povo desinformado e informado pela Rede Globo não vislumbra o fim da crise”, pontuou.

Por: Luiz Carvalho
CUT

Saiba mais: CUT precisa mostrar nas redes sociais o poder que demonstra nas ruas



Crônica: A semana sem fim

19 de Março de 2015, 16:05, por Desconhecido

Eu estava ali, com a minha camiseta branca que pede a reforma política, no canto superior esquerdo. Foto: Manoel Ramires.

Para uma semana cheia de desgaste emocional-afetivo pós-atos políticos polarizados, tive uma tarde de formação revigorante. Não é segredo para quem me conhece que sempre fui e sempre me portei como “ovelha negra da família”, algumas vezes fazendo besteiras, adolescente rebelde sem causa. Mas eis que chego aos 32 anos, jornalista formada há mais de dez, mãe depois dos 30 e em 2015 ainda tenho embates familiares.

Fui no ato do dia 13 de março pensando no meu papel de cidadã que acredita neste governo (federal) e também para cumprir minha função social como jornalista, comunicadora e idealista neste projeto tão bonito que é o Terra Sem Males.

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, fiquei em casa no domingo 15 de março, dia do ato-verde-e-a-amarelo-da-crise-do-ódio que vocês devem ter observado. Mas não me contive, publiquei alguns pensamentos críticos pessoais nos meus perfis das redes sociais. E o embate virtual com pessoas próximas me causou certo desgaste, já que tive que ler coisas desagradáveis e responder com “você não me convenceu que está passando por uma crise”.

Nesta quinta-feira, 19 de março, tive minha redenção. Ao participar de uma tarde de formação promovida pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba com o professor de Sociologia Política da UFPR, Ricardo Oliveira, ele me libertou ao afirmar: “A grande crise é que eles não se sentem representados pelo governo federal”. Eles = mega-empresários. Governo federal = está há oito mandatos consecutivos governando de modo a manter a inflação baixa, o emprego em alta, o crescimento do PIB, investindo em políticas sociais. Com o objetivo de governar para a classe trabalhadora.

Nós vencemos. Nós temos emprego, valorização de salário, acesso à educação de nível superior, condições de viajar, consumir, crédito para comprar um carro, temos o Minha Casa, Minha Vida. Temos o Bolsa Família, o fim da miséria, da fome. Estamos muito melhores que há 15 anos.

E não sou eu quem estou falando. Nos últimos sete dias tive a oportunidade de ouvir dois estudiosos: o professor Ricardo Oliveira (conjuntura política) e o professor Márcio Pochmann (conjuntura econômica). E me mantenho feliz por ser essa ovelha negra que se incomoda que tudo na vida é luta de classes. Mas agora também podemos lutar.

Por Paula Padilha
Terra Sem Males

Em tempo: hoje mesmo saiu pesquisa sobre acordos salariais do Dieese. Em 2014, 91,5% das negociações tiveram aumento real. Ou seja, reajuste acima da inflação.



Eduardo Cunha vem a Curitiba para inaugurar Câmara Itinerante

19 de Março de 2015, 15:33, por Desconhecido

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Nesta sexta-feira, 20 de março, a partir das 9h, será inaugurado em Curitiba o projeto Câmara Itinerante, com a presença de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados. A sessão será na Assembleia Legislativa e a programação inclui debate sobre Reforma Política e apresentação das ações da Câmara voltada aos direitos das pessoas com deficiência. O projeto Câmara Itinerante pretende aproximar a população.

Por Paula Padilha
Terra Sem Males



Aumenta número de negociações com reajuste real de salário, aponta Dieese

19 de Março de 2015, 10:58, por Desconhecido

Com mobilização e greve, bancários estão entre as categorias que conquistaram aumento real em 2014. Foto: Joka Madruga.

Em 2014, o número de negociações salariais que conseguiu ganhos reais para os trabalhadores. Segundo estudo divulgado hoje (19) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 91,5% dos acordos firmados entre patrões e trabalhadores garantiu reajuste acima da inflação. Em 2013, o índice ficou em 86,2%. O estudo considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O reajuste médio conseguido nas negociações de 2014 ficou em 1,39%, maior que o 1,22% alcançado em 2013, porém menor que o registrado em 2012 — 1,90%. Nas negociações do ano passado, 44,8% terminaram com acordos que possibilitaram aumento real entre 1,01% e 2%. Em 25,1% dos acordos, o reajuste foi no máximo 1% acima da inflação e em 6,1% dos casos houve apenas reposição das perdas medidas pelo INPC. De acordo com os dados, em 2,4% dos casos o reajuste ficou abaixo da inflação.

Em 2013, o percentual de reajustes abaixo da inflação foi maior (6,3%). A quantidade de acordos que garantiram apenas as perdas inflacionárias em 2013 também foi maior (7,5%). Em 2012, os reajustes abaixo da inflação representaram 1,4% dos acordos. Naquele ano, 93,9% das convenções permitiram aumento acima do INPC.

Na avaliação do coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, alguns fatores permitiram que os acordos em 2014 fossem melhores do que os de 2013, apesar do desempenho da economia, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), ter sido pior no ano passado.

Um dos pontos que contribuiu favoravelmente para esse cenário, segundo Silvestre, foi o baixo nível de desemprego. “Mesmo com o mercado de trabalho com tendência de perda da dinamicidade e geração de novos postos, os níveis de desemprego foram baixos”, destacou em referência a 2014. As desonerações concedidas pelo governo federal a alguns setores econômicos também permitiram maior margem de negociação em favor dos trabalhadores, na opinião de Silvestre.

Na divisão por setores da economia, o comércio teve o maior percentual de acordos com aumento real (98,2%) em 2014. Na indústria o índice ficou em 90,9% e no setor de serviços 89,2%. Entretanto, os maiores reajustes (acima de 3%) se concentraram na indústria e no setor de serviços, em 6,9% dos casos e 5,8%, respectivamente. No comércio apenas 2,7% dos aumentos utrapassaram esse patamar.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Cláudio do Prado, ponderou que apesar dos ganhos acima da inflação obtidos nos acordos, os trabalhadores acumulam perdas pela rotatividade da mão de obra, que reduz os salários médios. “A rotatividade tem diminuído o poder aquisitivo do trabalhador. Então, se a gente não levar em consideração a rotatividade e só levar em consideração as convenções coletivas, é uma avaliação que não é muito correta”, comentou o sindicalista que compareceu à divulgação representando a Força Sindical.

Para Silvestre, a obtenção de ganhos reais em 2015 dependerá ainda mais da mobilização dos trabalhadores. “A mobilização vai ser ainda mais importante, por conta desse cenário de incertezas”, enfatizou. O diretor lembrou também que nos últimos anos a geração de empregos tem diminuído. “Pelos indicadores, o mercado de trabalho brasileiro já vem perdendo força desde 2012”, acrescentou sobre os fatores que podem tornar as negociações mais duras daqui para frente.

Por Daniel Mello
Agência Brasil



A “qualidade de vida” que Belo Monte oferece

19 de Março de 2015, 6:29, por Desconhecido

Vista de parte do reassentamento Casa Nova, em Altamira-PA. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Nas propagandas oficiais, seja de uma empresa ou governo, não se produz matérias contrárias a si mesmo. Óbvio. E é certo também que as pessoas querem melhorar de vida e muito tem se falado de “qualidade de vida”. Mas o que é isto? Apenas ter um teto e quatro paredes pintadas por fora de amarelo, azul, vermelho ou verde? Ter asfalto na porta de casa, mas os quilômetros da estrada que separam o bairro novo da cidade serem ainda de terra? Não ter posto de saúde e muito menos escola e creche? Depender de caronas, pagar numa corrida de mototáxi R$10,00 ou R$40,00 de deslocamento para resolver questões de saúde ou outros assuntos, no centro da cidade?

Acredito, amigo leitor, que você deve concordar comigo que ter apenas uma casa nova não significa ter qualidade de vida. Ainda mais quando você não pediu para ser realocado.

Contradição: ao lado do reassentamento Casa Nova o anúncio da criação de um bairro planejado com ofertas de faculdade, shopping e área de lazer. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

E assim vivem os moradores do reassentamento “Casa Nova”, distante da cidade e sem infraestrutura. Assim fez a Norte Energia, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Tirou as pessoas de uma situação ruim e piorou um pouco mais. Pois somente a casa não resolve os problemas delas.

Dona Maria Luiza no meio de duas filhas na casa nova. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Dona Maria Luiza é goiana e morou oito anos no Baixão Tufi, um bairro de palafitas. Mora há três meses no reassentamento. Tem uma inflamação na perna esquerda e não consegue se locomover com facilidade e precisa ir duas vezes por semana fazer o curativo. Ela vai de mototáxi e gasta por semana, ida e volta, R$40,00. No mês são R$160,00, que lhe faz falta no orçamento mensal. A falta de um posto de saúde e do transporte público dificulta sua vida e dos outros moradores. “Não tem transporte, aí fica ruim”, afirma dona Maria.

Por Joka Madruga
Terra Sem Males

O repórter fotográfico Joka Madruga está em Altamira (PA) pelo projeto Águas para a Vida. As informações estão sendo publicadas em seus perfis nas redes sociais e no portal terrasemmales.com.br.

Sua viagem foi viabilizada com financiamento coletivo (crowdfounding). Para contribuir acesse: jokamadruga.com/aguas.