Documentário CODINOME CLEMENTE resgata papel histórico da esquerda contra a ditadura militar
1 de Novembro de 2013, 23:03 - sem comentários ainda
A ÍRIS CINEMATOGRÁFICA TV está realizando o documentário CODINOME CLEMENTE, cuja proposta é resgatar o papel histórico da esquerda contra a ditadura militar, com enfoque na trajetória dos militantes da esquerda armada, especialmente personificada na biografia do último dirigente da Ação Libertadora Nacional, Carlos Eugênio Paz.
Fazer alianças? Com quem? Para quê? Com que objetivo?
9 de Outubro de 2013, 8:46 - sem comentários aindaAtaque à Educação é Global
8 de Outubro de 2013, 14:53 - sem comentários aindaSindicato de Professores ameaçado com ilegalização – apelo urgente de protestoSe o seu sindicato permitisse a manutenção da filiação de trabalhadores aposentados, ou de trabalhadores que tivessem sido despedidos dos seus empregos – o seu governo ilegalizaria o sindicato?
É exatamente o que está a acontecer na Coreia do Sul, onde o Sindicato de Funcionários Públicos e Sindicato de Professores e Profissionais da Educação enfrentam a ameaça iminente de ilegalização.
Os professores têm até 23 de Outubro para alterar os Estatutos de seu Sindicato, caso contrário o mesmo será colocado na ilegalidade.
Esta é uma violação flagrante dos padrões internacionais de trabalho e representa mais uma tentativa por parte do governo Sul-Coreano de quebrar os sindicatos do setor público.
Não serão bem sucedidos.
O Sindicato Global Education International, que representa sindicatos de professores de todo o mundo, juntamente com o Sindicato Global Public Services International, a Confederação Sindical Internaciona e três sindicatos Sul-Coreanos lançaram uma massiva campanha global de protesto na internet.
Esta situação é muito urgente – se não agirmos, os professores Sul-Coreanos deixarão de ter um sindicato legal após 23 de Outubro.
Clique aqui para enviar a sua mensagem ainda hoje:
http://www.labourstartcampaigns.net/show_campaign.cgi?c=2001
Divulgue esta notícias com amigos, familiares e companheiros em todos os meios de comunicação à sua disposição.
Enviemos milhares de mensagens ainda hoje ao presidente Sul-Coreano de forma a impedir esta tentativa de esmagar os sindicatos do setor público.
Muito obrigado.
Eric Le
Uma aula de concepção partidária
8 de Outubro de 2013, 5:07 - sem comentários aindaVEREADORES: ELEITORES VOTARAM NA ESQUERDA!
Antonio Barbosa Filho
HAIA (Países-Baixos) - Há um paradoxo entre a formação atual da Câmara Municipal de Taubaté, os partidos que representam os vereadores, e a intenção de voto dos mais de 200 mil eleitores que se expressaram nas urnas em 2012. Alguém mentiu para alguém, pois uma população considerada conservadora foi induzida a eleger pelo menos oito vereadores, num total de 19, que integram partidos de esquerda ou centro-esquerda.
Apesar de vivermos tempos de grande cinismo na Política municipal, ainda existe um conceito chamado "fidelidade partidária" que obriga os filiados a obedecerem ou, ao menos, serem coerentes com os Programas da agremiação que lhe concedeu a legenda de candidato. Não é honesto um cidadão pedir votos por um Partido, usando o número que a Justiça Eleitoral atribui a cada partido, escondendo do eleitor os princípios pelos quais deverá pautar sua conduta depois de eleito. Se o eleitor vota em alguém sem conhecer sua ideologia partidária, está sendo vítima de um estelionato: delega sua representação a alguém que poderá votar contra os objetivos daquele partido escolhido.
Quem vota num Socialista, quer ver políticas que defendam, ainda que num horizonte distante - mas sempre presente - princípios Socialistas. O mesmo vale para quem vota num democrata-cristão, num conservador, num verde, num liberal, etc. No Brasil não existe, pelo menos por enquanto, o candidato avulso, ou o partido do "eu-sòzinho", ou seja, ninguém pode candidatar-se sem estar filiado e comprometido com um programa partidário.
Assim, basta uma verificação superficial para vermos que oito dos 19 vereadores pertencem e pediram votos em nome de partidos que têm cores socialistas, comunistas, trabalhistas e ambientalistas. É um choque para quem acompanha os votos, discursos e condutas desses vereadores: alguns, evidentemente, estão traindo algum princípio programático ideológico.
Por exemplo, temos três vereadores do PSB - Partido Socialista Brasileiro: Graça, Joffre e Vidal. O que manda o Programa do PSB a todos os seus filiados? Está lá no Programa: "Socialista é a sociedade que aboliu a propriedade privada capitalista dos meios de produção, os quais passam a ser propriedade cooperativa ou coletiva dos criadores das riquezas, os trabalhadores". Documentos aprovados em congressos do PSB pregam também a conduta que seus deputados, vereadores e ocupantes de cargos no Executivo adotavam nos tempos heróicos da criação do partido (que nasceu em 1945, filho da Esquerda Democrática): "combatiam aumentos indevidos em seus salários. Tinham grande preocupação com o trato do dinheiro e bens públicos"...
Logicamente, o Código de Ética do PSB prevê punições a quem desobedecer ao Programa. E ainda no seu 9o Congresso Nacional, em 2005, o PSB decidiu: "O PSB reafirma a governabilidade e busca cabal apuração de toda e qualquer irregularidade ou desvio de conduta no poder público".
Temos também, pela primeira vez, um vereador filiado ao histórico PC do B, o Partido Comunista do Brasil. Nosso comunista na Câmara é o vereador Carbonne. Ele certamente conhece o item 2 do seu Programa: "O objetivo essencial deste Programa é a transição do capitalismo ao socialismo nas condições do Brasil e do mundo contemporâneo. (...) Com pertinácia, reformas e renovações, ao modo de cada um, China, Vietnã, Cuba, República Democrática da Coréia e Laos tiveram capacidade para resistir e manter hasteada a bandeira do Socialismo".
O PC do B de Carbonne nos ensina ainda sobre o Capitalismo: "Depois de 300 anos de existência, é um sistema esgotado historicamente, embora ainda dominante política e ideologicamente. (...) "A Humanidade sob seu domínio tem padecido enormemente. Em vez da paz, a guerra; em vez das liberdades, as ameaças constantes à democracia. Condena milhões à fome e ao desemprego".
Ainda o PC do B, para entendermos melhor os compromissos de seus membros e representantes, afirma que (o partido) "organização política da vanguarda da classe operária e do povo trabalhador, apoiada na teoria revolucionária marxista-leninista - empenha-se em conjunto com outras organizações e lideranças políticas avançadas, pela vitória do empreendimento revolucionário".
O vereador "Neneca" integra o PDT - Partido Democrático Trabalhista, fundado pelo saudoso governador Leonel Brizola, um grande brasileiro. É o único partido brasileiro que pertence à Internacional Socialista. O item 7 dos seus "Compromissos" é "a recuperação pelo povo brasileiro de todas as concessões feitas a grupos e interesses estrangeiros., lesivas ao nosso patrimônio, à economia nacional e atentatória à nossa própria soberania". E um de seus dirigentes máximos, citado no sítio oficial do PDT, diz que "aquele que se define como Trabalhista será, necessariamente, um idealista, e seu ideal é o Socialismo".
Já o PV, que tem na Câmara o vereador Jeferson Campos, "identifica-se com o ideário de esquerda no compromisso com as aspirações da grande maioria trabalhadora da população e na solidariedade com todos os setores excluídos, oprimidos e discriminados. (...) Mas não segue os cânones da esquerda tradicional, da mesma forma com que questiona a hegemonia neoliberal, duas vertentes do paradigma produtivista do século 20".
Temos ainda a atuante vereadora Pollyana, do PPS, partido que substituiu o quase secular Partido Comunista Brasileiro. Foi o partido de Luis Carlos Prestes, e um dos mais perseguidos pela ditadura civil-militar de 64-85. Embora nunca tenha apoiado a luta armada, teve seus quadros quase dizimados pela repressão da ditadura, e outros dirigentes mantidos no exílio por muitos anos. Comandado pelo neo-liberal Roberto Freire, o partido ainda se diz de esquerda.
Portanto, Taubaté tem uma boa parte de sua Câmara de Vereadores atrelada, pelo menos programaticamente, às bandeiras socialistas ou progressistas. Aliás, os dois vereadores do PT (Salvador e Vera) seguem ao máximo de suas possibilidades as diretrizes gerais do seu partido. Não me refiro ao PSDB, que seria um partido social-democrata de padrão europeu, não fosse a sua inclinação recente à direita mais extremada, especialmente pela nefasta influência de Fernando Henrique e José Serra. O PP é o partido de Maluf, e tem um vereador, Miranda, que está entre o apoio ao governo Dilma ao nível federal (tem até ministros) e o apoio incondicional ao prefeito cassado Juninho Ortiz.
Nunca é demais cobrar alguma coerência dos nossos vereadores. A menos que eles mudem os programas de seus partidos, ou embarquem de vez no PSDB dos Ortizes, boa parte deles está sendo infiel aos seus Programas, e, portanto, ao eleitor enganado que os elegeu.
Em tempos de espionagem, guru do software livre reitera filosofia em nome da liberdade
30 de Setembro de 2013, 10:10 - sem comentários aindaJornal GGN – Considerado um dos “gurus” do software livre, o desenvolvedor e ativista Richard Stallman publicou artigo na revista Wired no qual reitera o uso de plataformas livres como forma de escapar das violações cometidas contra as liberdades individuais por meio das práticas de espionagens recentemente tornadas públicas. Para Stallman, que também é presidente da Free Software Foundation, o uso de software livre não apenas estimula a cooperação entre pessoas, mas garante liberdade, democracia e soberania. “Se os usuários não controlam o programa, o programa controla os usuários.”
Em seu artigo, Stallman lembra dos primeiros passos dados para o desenvolvimento do sistema operacional de software livre GNU, em 1984, que atualmente é usado por dezenas de milhões de computadores por meio do sistema operacional Linux - a distribuição Ubuntu é uma das que tiveram maior sucesso de público. No artigo, Stallman comenta as diferenças básicas entre “software livre” e “programas proprietários”. Explica, por exemplo, que o “livre” da plataforma que defende está relacionado à liberdade, e não à gratuidade, como muitos pensam.
Enquanto o software livre tem seu código-fonte aberto, de modo que os próprios usuários podem fazer ajustes e melhorias – que posteriormente podem ser compartilhadas na rede para outros usuários –, os programas proprietários não podem ser alterados. Isso faz com que os usuários precisem se adaptar às rotinas dos programas, e não o oposto. O ativista lembra, ainda, que quando um software é aberto, ele é controlado conjuntamente pelos usuários livres da rede, e não por uma empresa ou organização.
'Programas proprietários são um jugo'
“Com o software proprietário, há sempre alguma entidade, o 'dono' do programa, que o controla e, por meio dele, exerce poder sobre seus usuários. Um programa proprietário é um jugo, um instrumento de poder injusto. Em casos extremos (embora esse extremo tornou-se generalizado) ,programas proprietários são projetados para espionar os usuários, restringi-los, censurá-los e abusar deles”, afirma Stallman, que cita exemplos entre as grandes organizações com forte presença de mercado, como a Apple e seu sistema operacional iOS, entre outros. “Por exemplo, o sistema operacional da Apple iThings faz tudo isso. Janelas, firmware do telefone móvel, e Google Chrome para Windows incluem um backdoor (porta de entrada pelos fundos) universal que permite a companhia alterar o programa remotamente, sem pedir permissão. O Amazon Kindle tem uma porta traseira que pode apagar livros”, diz.
Stallman, que com seu ativismo já enfrentou as tentativas de monopólio de grandes organizações, reafirma algumas das denúncias levadas a público após os vazamentos do ex-agente da NSA, Edward Snowden. Ele diz que o uso de plataformas “proprietárias” é um dos meios de um país perder soberania, e do próprio usuário. “De acordo com a Bloomberg, a Microsoft mostra os bugs (erros) do Windows para a NSA antes de corrigi-los. Não sabemos se a Apple faz o mesmo, mas está sob a mesma pressão do governo dos EUA como a Microsoft. Para um governo, o uso desse software coloca em risco a segurança nacional”.
Por fim, o ativista defende o uso exclusivo de software livre em escolas, principalmente nas públicas. Para ele, como elemento importante para a sociedade, a escola deveria repassar aos estudantes o espírito de cooperação e “valores democráticos e o hábito de ajudar as pessoas”, sob risco de contradizer sua “missão social”. “Escolas – e todas as atividades educacionais – influenciam o futuro da sociedade por meio do que ensinam. Assim, as escolas devem ensinar exclusivamente software livre, para transmitir os valores democráticos e o hábito de ajudar outras pessoas - sem falar que ajuda a formar uma futura geração de programadores profissionais. Ensinar o uso de um programa não proprietário é implantar a dependência de seu dono, o que contradiz a missão social da escola”, afirma.
Leia o artigo completo de Richard Stallman, na revista Wired (em inglês).
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Você sabe quem invade seu computador???