A ideia de escrever sobre esse tema veio porque tive dúvidas entre as diferenças do Economista, Administrador e Contabilista. Percebo a existência dessa mesma dúvida para o Psicólogo, aconselhador e Psiquiatra. Nos dois casos isso tem sérias consequências. Pode fazer partir do senso comum uma desvalorização da profissão e demanda maior de uma em prol de outra. Uma ocorrência comum é pedir conselhos aos amigos, parentes, vizinhos etc.. sobre o que fazer em certas situações.
Ou mesmo ao menor sinal de comportamentos estranhos levar o indivíduo ao Psiquiatra. Algumas mães ou pais ao suspeitarem de algum problema com o filho o levam ao Psicólogo. Isso demonstra uma aproximação entre o conhecimento relativo as áreas. Porém, alguns ainda levam ao Psiquiatra. Outras ainda recorrem a vizinhos, amigos etc... Visto que a intenção é explicitar a diferença dados estatísticos podem ser dispensados. Essa foi a grande motivação para escrever sobre o tema e foi explicitada na introdução.
Vejamos as diferenças e semelhanças. O Psiquiatra trata assim como o Psicólogo de um indivíduo com problemas relativos à mente, ou dizendo de forma simplista, o cérebro. Na realidade cérebro é só parte, o que chamamos de cérebro no senso comum de modo científico é chamado de encéfalo. Sua atuação é no sentido biológico. Em problemas neurológicos nas quais a atuação química é necessária. Por isso sua formação é Médica. Primeiro o curso de Medicina, depois a entrada em Psiquiatria e trata quimicamente se utilizando de remédios. O Psicólogo trata desse mesmo indivíduo de forma não química. Ele atua na mente, no comportamento, nas relações do indivíduo com o contexto, na visão do indivíduo sobre o mundo etc...
Depende a linha de pensamento, afinal Psicologia não é só Freud. A terapia visa levar o indivíduo ao autoconhecimento. O indivíduo em comparação a si mesmo. É essa a grande diferença entre o Psicólogo e o aconselhador. O aconselhador aconselha baseado na própria história de vida. Cada indivíduo possui uma história diferente, por isso o conselho segundo uma experiência não vale a outra. Esse tipo de conselho é também uma forma de tirar a responsabilidade de si, dando o poder de escolha ao outro. Pronta a explicação vamos aos exemplos e a relação entre Psicólogo e Psiquiatra.
Uma mulher com dois filhos fica grávida de um terceiro, e esse possui síndrome de Down. Para um amigo, parente, vizinho etc... pergunta o que fazer. Passando a responsabilidade de escolha a eles. Se procura um Psicólogo o profissional a ajudará a perceber as vantagens e desvantagens da escolha e as consequências de cada uma. Dessa forma se torna ciente de suas escolhas e passa a responsabilizar a si mesma por elas.
A relação entre o Psicólogo e o Psiquiatra é outro problema. Se é algo de natureza puramente biológica somente é preciso o Psiquiatra. Se for algo puramente psíquico, comportamental, mental etc.. somente o Psicólogo trabalha. Existem dois casos na qual os dois trabalham juntos. Se algo puramente psíquico chega a um nível muito grave os dois trabalham juntos. Se algo de natureza biológica passa a afetar negativamente o sujeito o Psicólogo é necessário. O primeiro caso pode ser o de alguém com depressão grave e necessita de medicamentos. Talvez porque deseja suicídio, ou mesmo nem tem mais a capacidade de se levantar da cama. Algumas vezes nem fala, dificultando a terapia. O segundo é alguém com síndrome de Down que sofre preconceito e isso o leva a ter depressão. Foram exemplos usados para explicar de forma simples, existem muitos outros. Caso pretendesse fazê-lo de forma científica seria diferente.
De forma sintética o Psiquiatra atua no biológico através da medicação. O Psicólogo leva o indivíduo ao autoconhecimento. O aconselhador a partir da própria história tenta aplicá-la ao outro que pede ajuda. A clássica frase “se eu fosse você”, é um ótimo exemplo.
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Escrito por: Rafael Pisani
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