O símbolo da loja Havan
Em 1994, a Havan abriu um novo formato de loja em Brusque em um prédio inspirado na arquitetura da Casa Branca, a residência oficial do presidente dos EUA.
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Luciano Hang |
Antes de criar a rede de lojas, o empresário Luciano Hang se viu obcecado em encontrar um padrão arquitetônico para o negócio. "A loja tem de ser chamativa e ter personalidade", diz Luciano Hang.
A inspiração veio da admiração que ele tem pelos Estados Unidos – país que visitou pela primeira vez em 1989 – e pela cultura empreendedora dos americanos.
Meio sem ser muito notada, a rede varejista Havan vem erguendo seus pontos de venda com uma fachada construída à semelhança da Casa Branca.
Como se fosse pouco, em frente a cada loja também levantam uma réplica da Estátua da Liberdade, em tamanho que pode chegar até 35 metros em algumas das 56 unidades.
Em uma delas, em Santa Catarina, há até um mirante na cabeça desse monumento ao mal gosto para quem quer apreciar a paisagem, com direito a fila nos finais de semana.
O símbolo da Havan, a “estátua da liberdade”, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. Em algumas cidades, ele virou motivo de polêmica. Moradores da cidade Bauru, onde a rede abriu sua primeira loja no fim de junho, chegaram a organizar um abaixo-assinado pedindo a retirada da estátua. O movimento, no entanto, parece não ter ido adiante. A estátua, portanto, fica. "Uns gostam, outros não”.
A Havan pretende deixar de ser uma rede regional para crescer em todo o Brasil. A meta da empresa é chegar a 100 unidades até 2015. Cada uma delas consumirá entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões em investimentos, das 57 lojas da Havan, 23 estão em Santa Catarina. A primeira fora do Estado foi inaugurada em Curitiba, em 1995. A expansão além da Região Sul começou no ano passado. Hoje, a empresa também tem unidades no interior de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso e em Goiás.
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Ademir Brunetto |
A polêmica envolvendo a Estátua da Liberdade em Bauru não foi o único percalço de Luciano Hang no processo de levar a rede para além das terras catarinenses. O pedido da Havan de incentivo fiscal para investir no Mato Grosso foi questionado pelo deputado estadual Ademir Brunetto (PT), que deu início a um bombardeio do varejo local e de sindicatos contra a empresa. "Não concordo com a concessão de incentivos fiscais para o varejo, só para a indústria. A loja vai gerar empregos, mas vai quebrar o comércio local, que também emprega e não recebe desconto fiscal", disse o deputado.
Para desqualificar a empresa como beneficiária de incentivos fiscais, Brunetto trouxe à tona a condenação da Justiça Federal onde o proprietário da Havan Luciano Hang é Condenado a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de R$ 1,245 milhão por Crimes de Lavagem de Dinheiro e contra o Sistema Financeiro.
De acordo com a denúncia do MPF, o empresário teria mantido depósitos no exterior sem declaração aos órgãos de fiscalização nacionais. Os depósitos teriam sido feitos em nome de empresas que, segundo a Receita Federal, pertenceriam à Havan, além de outros em nome próprio. A condenação também se refere à lavagem de dinheiro, por ocultação de valores supostamente obtidos mediante condutas ilícitas.
Hoje, além da Havan, Luciano Hang é dono de postos de combustível e pequenas centrais hidrelétricas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
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Brusque - Santa Catarina |
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Florianópolis - Santa Catarina |
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Anápolis - Goiás |
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Posto de Combustível da Havan em Brusque - Santa Catarina |
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Barra Velha - Santa Catarina |
Fonte: Google
Imagens: Google
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