Netanyahu ataca Irã e Síria no Fórum Econômico Mundial
24 de Janeiro de 2014, 11:29 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Por Moara Crivelente
Netanyahu fez o seu discurso, nesta quinta-feira (23), depois da fala do presidente iraniano, Hassan Rohani, e aproveitou a deixa para criticar novamente o governo persa, acusando-o de desenvolver armas nucleares.
As declarações de Netanyahu sobre a sua posição como “uma ilha de democracia” em meio a um mar “de extremismo” são frequentes, apesar das denúncias constantes sobre as violações do direito internacional, já institucionalizadas por suas políticas e ações tanto contra os palestinos quanto contra seus vizinhos, principalmente libaneses e sírios.
Ainda assim, Netanyahu repetiu seu rechaço ao processo diplomático que o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mais a Alemanha) vêm impulsionando sobre o programa nuclear persa.
“Eles dizem que se opõem às armas nucleares. Por que eles insistem em manter mísseis balísticos e plutônio, e as centrífugas avançadas que só são usadas para a produção de armas nucleares?”, perguntou Netanyahu.
Há meses, as convocatórias inflamadas do seu governo a um ataque aéreo contra instalações nucleares do Irã e as posturas históricas de agressividade de Israel parecem fornecer alguma especulação sobre a “insistência” do Irã em manter recursos para a sua autodefesa, embora o presidente Rohani tenha ressaltado que a violência não faz parte da sua política de segurança, como faz da política israelense.
Netanyahu acusa o Irã também de financiar “grupos terroristas”, onde enquadra o partido e movimento de resistência libanês Hezbolá, atuante e determinante para a proteção do território libanês contra as suas violações frequentes e nas últimas grandes guerras lançadas por Israel contra o país.
O premiê sionista – a ideologia colonizadora e hegemonista, ou imperialista, importada da Europa – também acusou o governo persa de envolvimento direto na violência que assola a Síria há três anos, cenário em que a participação de Israel, de outros vizinhos (como a Turquia e a Arábia Saudita) e dos EUA já tem sido denunciada desde que a brutalidade se instalou.
Ilha de democracia ou mar de opressão
Para Netanyahu, estas questões são apenas de uma luta pela hegemonia sobre a região, posição que o seu governo reivindica, como a “ilha de democracia” que diz representar.
Além das seis décadas de opressão e ocupação do povo e das terras palestinas, diversas denúncias recentes como a criminalização dos imigrantes africanos - muitos dos quais, requerentes de asilo que já refugiaram-se de outras situações de violência ou perseguição -, a segregação contra árabes-israelenses e diversas outras questões patentes na repressiva ideologia sionista têm revelado a face nem tão democrática de Israel.
Netanyahu também questionou as sugestões do Irã sobre a realização das eleições livres e democráticas na Síria – assim como afirmado pelo governo árabe, já que "é o povo sírio quem deve decidir o seu destino" – ao dizer que o “governo xiita iraniano e o seu apoio financeiro são centrais para o controle do poder pelo presidente Bashar al-Assad.”
Enquanto isso, o envolvimento das forças militares e de inteligência israelenses, em cooperação com as sauditas, turcas e estadunidenses, principalmente, são cruciais para o avanço e a manutenção da violência protagonizada pelos grupos armados.
Netanyahu é apresentado na página do Fórum Econômico Mundial como um intelectual formado na Universidade de Harvard (EUA) e no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e com a carreira militar inaugurada na Guerra dos Seis Dias, de 1967, com seu cargo devidamente descrito: “serviu as Forças de Defesa de Israel em uma unidade de comando de elite e participou em várias missões durante a Guerra de Atrito”, também conhecida como um episódio sanguinário e de avanço agressivo da ocupação de territórios árabes, em grande parte ainda hoje capturados.
Fonte: Vermelho
Imagem: Google
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