Do blog da amiga Fada, Maré Cinza
Instituto Ludwig Von Mises Brasil
Os ambientalistas, com a ajuda de políticos e de outras burocracias globalmente poderosas, foram bem-sucedidos em impor sobre todo o globo um conjunto de ideias que já custou dezenas de milhões de vidas humanas.
Observemos o exemplo mais famoso deste totalitarismo homicida.
Em 1962, a famosa bióloga americana Rachel Carson publicou o livro Silent Spring, uma fábula sobre os supostos perigos dos pesticidas. O livro transformou-se num clássico do movimento ambientalista, não obstante se tratasse de uma obra de ficção. O livro exerceu uma influência poderosa sobre vários governos, o que levou à proibição mundial do uso do DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano, o primeiro pesticida moderno) ainda no início da década de 1970.
Em 1970, pouco antes da proibição do DDT, a Academia Nacional de Ciências dos EUA declarou que o DDT tinha salvo mais de 500 milhões de vidas humanas ao longo das últimas três décadas, ao erradicar os mosquitos transmissores da malária. Naquele ano, a Academia lançou um relatório no qual dizia: "Se tivéssemos de eleger alguns produtos químicos aos quais a humanidade deve muito, o DDT certamente seria um deles. ... Em pouco mais de duas décadas, o DDT evitou que 500 milhões de seres humanos morressem de malária, algo que sem o DDT seria inevitável".
Antes da proibição do DDT, a malária estava prestes a ser extinta em alguns países.
O DDT foi banido pelos governos no início da década de 1970 não obstante o fato de não ter sido apresentada nenhuma evidência científica, comprovando que gerasse os efeitos que Carson e o movimento ambientalista alegavam que gerava.
O Dr. Henry Miller, membro sénior da Hoover Institution e Gregory Konko, membro sénior da Competitive Enterprise Institute, escreveram no seu artigo na revista Forbes, "Rachel Carson's Deadly Fantasies", que a proibição do DDT foi responsável pela perda de "dezenas de milhões de vidas humanas, maioritariamente crianças em países pobres e tropicais. Tudo isso em troca da possibilidade de uma pequena melhoria na fertilidade das aves de rapina. Esta continua a ser uma das mais monumentais tragédias humanas do século passado."
Além das mortes de literalmente milhões de pessoas no Terceiro Mundo em decorrência da malária, a proibição do DDT também gerou inúmeras colheitas desastrosas, uma vez que insectos os vorazes que eram combatidos com o DDT, puderam proliferar novamente — e praticamente não há substitutos para o DDT a preços acessíveis nos países pobres.
Mesmo se as estimativas da Academia Nacional de Ciências em relação às vidas salvas pelo DDT estivessem exageradas por um factor de dois, Rachel Carson e a sua cruzada contra o pesticida ainda seriam responsáveis por mais mortes humanas do que a maioria dos piores tiranos da história do mundo.
Apesar de todas as evidências de que o DDT, quando utilizado correctamente, não apresenta nenhuma ameaça para o ambiente, para os animais e para os seres humanos, os ambientalistas extremistas continuam a defender a sua proibição. Só na África, milhões continuama morrer de malária e de outras doenças. Após a Segunda Guerra Mundial, o DDT salvou milhões de vidas na Índia, no Sudeste Asiático e na América do Sul. Em alguns casos, as mortes por malária caíram para quase zero. Após o desaparecimento do DDT, as mortes por malária e por outras doenças voltaram a disparar. Então porque é que a proibição não é revogada?
Porque este é justamente o objectivo destes extremistas: controle populacional. Alexander King, co-fundador do Clube de Roma, disse: "Na Guiana, em menos de dois anos, o DDT já tinha praticamente aniquilado a malária; porém, isso levou a uma duplicação das taxas de fecundidade. Portanto, meu maior problema com o DDT, olhando em retrospectiva, é que ele ajudou a intensificar o problema da explosão demográfica".
Jeff Hoffman, representante ambientalista, escreveu no site grist.org que "A Malária era, na realidade, uma medida natural de controle populacional, e o DDT gerou uma volumosa explosão populacional, em alguns locais onde ele havia erradicado a malária. Basicamente, porque seres humanos devem ter prioridade sobre as outras formas de vida? . . . Não vejo ninguém respeitando os mosquitos aqui nesta secção de comentários."
O livro de John Berlau cita vários outros exemplos de desprezo dos ambientalistas pela vida humana e de como eles transformaram os políticos em seus idiotas úteis.
A Organização Mundial de Saúde estima que a malária infecta pelo menos 200 milhões de pessoas, das quais mais de meio milhão morrem anualmente. A maior parte das vítimas da malária são crianças africanas. Pessoas que defendem a proibição do DDT são cúmplices nas mortes de dezenas de milhões de africanos e asiáticos.
O filantropo Bill Gates arrecada dinheiro para milhões de redes contra mosquitos; porém, para manter as suas credenciais académicas intactas, a última coisa que ele advogaria seria o uso do DDT. Notavelmente, todos os políticos — principalmente os negros, que deveriam sensibilizar-se com seus irmãos africanos e unir-se — compartilham esta visão.
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Paul Ehrlich |
No primeiro Dia da Terra, celebrado em 1970, Ehrlich alertou: "Dentro de dez anos, todas as mais importantes vidas animais nos oceanos estarão extintas. Grandes áreas costeiras terão de ser evacuadas por causa do fedor de peixe morto". Apesar de todo este notável currículo, Ehrlich continua até hoje a ser um dos favoritos dos media e do mundo académico.
E há ainda a insensatez nas previsões dos governos. Em 1914, o U.S. Bureau of Mines [uma espécie de Ministério das Minas e Energia americano] previu que as reservas de petróleo do país durariam apenas mais 10 anos. Em 1939, o Ministério do Interior americano revisou as estimativas, dizendo agora que o petróleo americano duraria mais 13 anos. Em 1972, um relatório publicado pelo Clube de Roma, Limits to Growth, disse que as reservas de petróleo em todo o mundo totalizavam apenas 550 biliões de barris. Com este relatório em mãos, o então presidente Jimmy Carter disse que "Até ao final da próxima década, poderemos exaurir todas as reservas de petróleo existentes em todo o mundo". E acrescentou: "Todo o petróleo e todo o gás natural de que dependemos em 75% da nossa energia, estão a acabar."
Quanto a esta última previsão de Carter, um recente relatório do U.S. Government Accountability Office [braço auditor do Congresso americano] em conjunto com especialistas do sector privado estimam que, mesmo que apenas metade do petróleo existente na formação geológica do Green River nos estados de Utah, Wyoming e Colorado seja recuperado, isso já "seria igual a todas as reservas de petróleo que comprovadamente existem no mundo". Trata-se de uma estimativa de 3 triliões de barris, mais do que a OPEP possui em todas as suas reservas. Mas não se preocupe. Tanto Carter quanto Ehrlich ainda são frequentemente convidados pelos media para emitir as suas opiniões.
A nossa contínua aceitação das manipulações, das mentiras e do terrorismo ambientalista, fez com que governos ao redor do mundo, além de banirem o DDT, implantassem políticas públicas assassinas em nome da "economia de energia" — como, por exemplo, as regulamentações estatais que exigem automóveis com menor consumo de combustível, o que levou a uma redução do tamanho dos carros e a um aumento no número de acidentes que, em outras circunstâncias, não seriam fatais.
Da próxima vez que você vir um ambientalista alertando sobre algum desastre iminente, ou a dizer que estamos prestes a vivenciar a escassez de alguma coisa, pergunte-lhe qual foi a última vez que uma previsão ambientalista se mostrou correta. Algumas pessoas estão inclinadas a rotular os ambientalistas de idiotas. Isto é um erro de juízo . Os ambientalistas foram extremamente bem-sucedidos em impor a sua agenda. Somos nós que somos os idiotas por termos ouvido e aceitado tudo passivamente, e por termos permitido que os governos acatassem as suas ordens.
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Tradução |
Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros. Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.
Tradução de Leandro Roque
Fonte: Instituto Ludwig Von Mises Brasil
Nota do Blog Maré Cinza: Para aquilo que é urgente divulgar e ao mesmo tempo atuar o mais urgentemente possível, os ambientalistas não estão nem aí!! E assim sendo e por nada terem feito no que diz respeito, por exemplo ao BP Oil Spiil no Golfo do México, ou ainda à extensão e perigosidade das emanações de radiação de Fukushima, os ecologistas dão a sensação que algo é feito para atingir os fins que previram nas suas "profecias". Assim, teremos mesmo cheiro a morte por todo o Planeta. Custa ser visionário provocando o próprio fato?
Fonte: Maré Cinza
Imagens: Maré Cinza, Google
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