Como nos ensinam a “estudar”
30 de Outubro de 2013, 18:32 - sem comentários aindaPor Hellen Amorim
A educação brasileira se baseia em um sistema que desvaloriza o “pensar”, prezando por métodos que não beneficiam os raciocínios lógico e crítico dos jovens. O resultado disso são adultos moldados pelo sistema, pessoas que foram estimuladas a memorizar e a passar em provas. Nada mais.
A análise e a proposta que seguem são decorrentes de tudo que vivenciei nas escolas e nas universidades que frequentei, tanto públicas quanto privadas. Do maternal à graduação, percebi que o modo como a educação é tratada é falho e ineficiente. E como eu, enquanto aluna, fui e sou tratada. Como me estimularam a agir como um robô acumulador de dados e informações. Me ensinaram a decorar, me ensinaram a fazer os mais diversos tipos de provas, mas não me ensinaram a pensar, não estimularam a minha curiosidade e a minha criatividade. Mediram o meu conhecimento com números, com notas que nunca me representaram. Depois de tomar consciência disso tudo eu me sinto enganada e traída. Me disseram que a escola era um espécie de segundo lar, onde todos trabalhavam em prol do meu crescimento. Mentira. A escola não cumpriu o prometido. Não por culpa da escola em si, muito menos dos profissionais que trabalham nela, mas por culpa do sistema em que a educação está estruturada. Não conheço todas as escolas desse país, mas acredito que a grande maioria delas seja fiel ao triste método a que fui submetida a vida inteira.
De acordo com o dicionário Michaelis UOL, a palavra educação se define da seguinte forma:
educação
e.du.ca.ção
sf (lat educatione) 1 Ato ou efeito de educar. 2 Aperfeiçoamento das faculdades físicas intelectuais e morais do ser humano; disciplinamento, instrução, ensino. 3 Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício: Educação musical, profissional etc. 4 Formação consciente das novas gerações segundo os ideais de cultura de cada povo. 5 Civilidade. 6 Delicadeza. 7 Cortesia. 8 Arte de ensinar e adestrar os animais domésticos para os serviços que deles se exigem. 9 Arte de cultivar as plantas para se auferirem delas bons resultados. E. física: a que consiste em formar hábitos e atitudes que promovam o desenvolvimento harmonioso do corpo humano, mediante instrução sobre higiene corporal e mental e mediante vários e sistemáticos exercícios, esportes e jogos.
O conceito aqui considerado é o abrangido nos itens de 1 a 4.
Pode-se dizer que, atualmente, a educação brasileira se baseia em um objetivo. Desde pequenos os alunos são estimulados a escolher uma área de atuação com o intuito de se decidirem profissionalmente no futuro. Este objetivo, então, tem a ver com a profissão e a função social que os jovens terão quando forem adultos. Não vou entrar no mérito de que hoje se estuda para ter um bom emprego, pois esse tema é amplo e pode ser contemplado num artigo próprio. O fato é que este objetivo tem como pivô uma prova chamada vestibular.
O vestibular é o ápice da formação básica (ensino fundamental e ensino médio). Tudo o que é transmitido aos alunos gira em torno desta prova. Todas as séries preparam gradativamente os alunos para estarem prontos para uma prova. Além disso, o sistema ainda incita repetidas vezes que esta prova é a que decidirá todo o resto da vida deles, que todo e qualquer caminho que o aluno resolva trilhar quando sair da escola depende dessa prova. Uma crueldade, diga-se de passagem. Nos vendem um discurso onde os que passam na prova são os vencedores (e os que não passam, são o quê?) e não medem as consequências dessa repetição.
Uma pessoa que entra na escola com três anos de idade e se forma no ensino médio com dezessete anos terá passado quinze anos de sua existência se “aprontando” para uma única prova, para uma única etapa, para uma única fase. É algo tão limitado que chega a ser inacreditável. É difícil entender o porquê desse sistema persistir, o porquê de quase ninguém se sentir lesado por conta dele.
As disciplinas hoje ministradas carregam em si um número desmedido de conteúdos. Muitos dos temas abordados nas disciplinas são dispensáveis e inúteis. É muito comum ouvir a seguinte colocação dos alunos: “Mas eu nunca vou usar isso na minha vida”. E é um fato. Muito do que é repassado em sala de aula não se usa fora dela. Para exemplificar, no ensino médio, um aluno terá que estudar geometria analítica em Matemática. Este é um conhecimento tão específico que interessa apenas ao aluno que for se especializar na área. Sem contar que é um conhecimento que não deveria estar na formação básica, deveria ser exclusivamente da formação superior. Um aluno que não pretende continuar seus estudos nessa área não precisa se sujeitar a esse conteúdo, pois é desnecessário.
Devido à sobrecarga de conteúdos os alunos são obrigados a decorá-los. Os alunos memorizam o que é de interesse para o momento, seja um trabalho ou uma prova específica, e depois apagam os dados de seus cérebros. É assim que funciona. É assim que o vestibular funciona. Os estabelecimentos de ensino criam métodos e mais métodos de memorização e vendem isso como se fosse a coisa mais sensata a se oferecer. É uma tática adotada principalmente no ensino médio e nos cursos pré-vestibular. Os alunos decoram músicas com palavras-chave, decoram fórmulas com palavras que possuem as iniciais das fórmulas e são levados a acreditar que isso é aprendizado, que isso é conhecimento. Não é. O vídeo abaixo exemplifica como os alunos são encorajados a decorar, não a entender:
É triste saber que a maioria das pessoas, tanto alunos, quanto seus pais e seus professores aplaudem esse tipo de aula. É uma aula cômica, não muito estressante, correto. Mas é uma aula que não acrescenta absolutamente nada. É uma agressão à capacidade intelectual dos alunos.
O curioso dessa questão das disciplinas é que, mesmo elas contendo tanta informação, ainda faltam conhecimentos a serem incluídos, conhecimentos importantíssimos e essenciais. As disciplinas já existentes devem passar por uma grande reformulação e novas disciplinas devem ser acrescentadas. O ideal é que a escola prepare os alunos para situações de vivências presentes e futuras, não para uma prova.
O que acredito que deva ser acrescentado na grade escolar: legislação, economia, política e trânsito. Todo cidadão deve ter noção do que está exposto na Constituição Federal, nos Códigos, nos Estatutos (…). Assim como deve ter entendimento, mesmo que básico, do que está envolvido com a política e a economia, como funcionam, no que se baseiam; afinal, o sistema político e econômico vigente é o sistema capitalista. E algo tão complexo quanto o trânsito não deveria se resumir a alguns dias de aulas teóricas obrigatórias para a aquisição do documento de habilitação. As crianças não podem se tornar adultos sem que saibam o mínimo destes assuntos. São assuntos que fazem parte da vida de todos, desde o nascimento até a morte. Não são temas que dependem da futura área de atuação profissional do aluno, são temas gerais. É um erro não tratá-los com a devida relevância. São assuntos que merecem destaque em qualquer programação escolar.
Na lição de Paulo Freire: “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Crianças precisam crescer com esse discernimento.
Quanto às disciplinas existentes, o apropriado seria se desfazer da maioria dos conteúdos descartáveis e incluir conteúdos úteis. Por exemplo, estudar nutrição e alimentação em Biologia é bastante relevante. Abordar temas que envolvem tecnologia e desenvolvimento nas aulas de Física e Química também é apropriado. É preciso despertar a curiosidade dos alunos. Não há estímulo suficiente em uma aula puramente teórica, nos moldes do quadro, giz e cópia no caderno. Disciplinas que envolvem as ciências biológicas e as ciências da natureza devem ser vistas tanto pelo viés teórico quanto pelo viés prático. Existe uma diferença enorme entre ler e ouvir sobre o movimento de revolução da Lua em torno da Terra e observar, noite após noite, com um telescópio, esse movimento. Tirar as próprias conclusões e anotar as próprias observações sobre o fenômeno é mais estimulante, é mais legal. A escola tem que proporcionar isso aos alunos.
Outras duas disciplinas, a educação física e a educação artística, devem ser mais valorizadas. Preza-se muito as disciplinas que não envolvem as capacidades físicas e artísticas. Os alunos que apresentam habilidades para os esportes, para a música, para a dança, para o teatro ou para pintura não são estimulados a aperfeiçoarem-nas. O sistema supervaloriza certas habilidades e menospreza outras. Como se existissem conhecimentos superiores a outros. Como se um aluno muito habilidoso em dança fosse inferior a um aluno muito habilidoso em Física, por exemplo. Observando-se os maiores gênios e as maiores personalidades ao longo da história, vê-se que eles estão espalhados por todas as áreas do conhecimento, não em áreas específicas.
O psicólogo Howard Gardner sugere a existência de inteligências múltiplas, rompendo com a ideia de que a inteligência é única e se apresenta igual a todos os indivíduos. As inteligências que se baseiam no trabalho de Gardner e hoje consideradas são: lógico-matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal, interpessoal e naturalista. Na imagem abaixo há uma visão geral sobre cada uma delas. Dentre as várias formas que o aluno pode demonstrar sua inteligência, a escola não deveria considerar apenas uma delas como a merecedora de desenvolvimento e aprimoramento. É visível que a escola prioriza a inteligência lógico-matemática em primeiro plano e a linguística em segundo. As demais inteligências não encontram muito espaço no ambiente escolar. Isso afeta consideravelmente os alunos que, para se adequarem ao sistema, renunciam as suas personalidades, os seus dons. É uma gigantesca injustiça o que ocorre com esses alunos. Não pode ser assim. Não deve ser assim.
Não adianta dizer que um país precisa de educação para crescer. Não adianta dizer que a escola pública precisa melhorar. O Brasil tem uma educação vigente. O que deve ser mudado é o sistema. Tanto a escola pública quanto a escola particular agem de acordo com esse sistema. Este sim precisa ser reformado, reformulado. Sempre que voltava do colégio passava por um muro com a seguinte pichação: “Só a educação liberta esta nação”. Eu concordava com aquilo. Hoje não concordo mais. A educação como está não nos libertará nunca. De nada. Enquanto não ocorrer uma mudança, nós, alunos, não seremos vistos como cidadãos, como pessoas, continuaremos a ser vistos apenas como mais um “tijolo no muro”. A educação virou comércio, virou negócio. Quem lucra não é o aluno, são os empresários do ramo e o Estado que estima robôs, não seres pensantes. E isso é doloroso. É doloroso tomar consciência do que fazem conosco.
O pior de tudo é sair da escola, entrar na faculdade e perceber que nada mudou. “E eu achando que tinha me libertado… Mas lá vem eles novamente e eu sei o que vão fazer: reinstalar o sistema” (Admirável chip novo – Pitty). Antes era vestibular e Enem, agora é OAB, Enade e concursos (sou estudante de Direito). A impressão que fica é a de que ninguém se preocupa em me formar uma profissional competente e preparada para enfrentar os reais desafios futuros. A seguinte citação de Cesar Pasold traduz o que digo:
Percebe-se que se está a conferir a capacidade do acadêmico no armazenamento literal do texto codificado. Não se busca aferir, por exemplo, a capacidade de raciocínio segundo os princípios constitucionais. Relega-se a interpretação, pois esta pode ensejar que o despachante forense tome atitudes conscientes, críticas, que não são bem quistos dentro do sistema vigente. Evita-se a mudança de paradigmas a todo custo. A capacidade ética do futuro profissional perde razão para as potencialidades de sua memorização. Por isso, não rara a constatação de que muitos acadêmicos, com perfil ético e profissional de verdadeiros juristas, não consigam lograr êxito nos referidos Exames, posto que estão voltados a um novo paradigma jurídico”.
Esta semana tive a oportunidade, depois de uma prova oral, de desabafar tudo isso para um professor. Ele disse que não tirava minha razão, mas que ele, sendo também professor de cursinho, via que a tendência era só piorar. Agora, me diz se não é para ficar desanimada?
Tudo que querem é formar um nome na lista de aprovados. Só. Alunos não passam de números de inscrição nas milhões de provas da vida. Às vezes, a contragosto, acabo concordando com aquela frase que diz que a ignorância é uma virtude. Infelizmente.
E, para não ser injusta com aqueles que destoaram das regras impostas pela educação e compartilharam mais do que macetes comigo, fica o meu agradecimento. Obrigada aos professores que viram em mim uma pessoa, não mera ferramenta de trabalho. Valeu a pena tê-los conhecido. Se você é professor e está lendo o artigo, o pedido que fica é: preze pelos seus alunos, você tem uma responsabilidade enorme em mãos, você tem em seu convívio pessoas valiosas que esperam ser tratadas com respeito. Não somos máquinas. Nós merecemos mais consideração.
Para complementar:
Rubem Alves – A escola ideal – O papel do professor
Ken Robinson: Escolas matam a criatividade?
Gabriel o Pensador – Estudo Errado
Inteligências (Você se acha burro?) – Hugo Codasi
Richard Feynman e o Ensino da Física no Brasil
Os sete saberes necessários à educação do futuro – Edgar Morin
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS – Luiz Carlos Panisset Travassos
Bônus:
Pink Floyd – Another Brick In The Wall
Mesmo que eu esteja em outra época, faço das palavras do refrão as minhas e a cena entre 4:22 e 5:35 sempre arranca um sorriso da minha face.
Fonte: Alimente o Cérebro
Imagens: Alimente o Cérebro, Google
"Protetores" Solares
28 de Outubro de 2013, 20:45 - sem comentários ainda7 coisas surpreendentes que você não deve saber sobre a exposição à luz solar e protetores solares
Pergunte à alguém sobre proteção solar e provavelmente você receberá uma repreensão desinformada de uma pessoa que foi mal instruída pelas autoridades de saúde e os meios de comunicação. Quase nada do que você ouve sobre protetores solares na mídia tradicional é correto. Então aqui está um guia rápido com as sete coisas mais importantes que você precisa saber sobre proteção solar, luz solar e vitamina D:
1) O FDA se recusa a permitir que os ingredientes naturais de proteção solar sejam usados em produtos bloqueadores/protetores solares
É verdade: Se você criar um protetor solar verdadeiramente natural, utilizando plantas exóticas com poderosas propriedades de proteção solar, você nunca será capaz de vendê-lo como um produto de “filtro solar”. Isso porque o FDA decide o que pode ser usado como protetor solar e o que não pode, independentemente do que realmente funciona no mundo real. E há realmente apenas dois ingredientes naturais que a FDA permite usar nos produtos de proteção solar, o óxido de zinco e dióxido de titânio.
Quaisquer outros ingredientes naturais em produtos de proteção solar, que seja vendido como “protetor solar” é considerado como erroneamente classificado pelo FDA, e o resultado é que serão confiscados … mesmo se eles oferecem uma proteção solar fantástica!
Não é surpreendente que este monopólio total sobre as propriedades químicas dos protetores solares seja projetado para proteger os lucros das empresas químicas, enquanto marginaliza as empresas de produtos naturais que poderiam facilmente formular soluções muito melhores. Eu pessoalmente tenho conversado com os fundadores das empresas de diversos produtos de saúde que descobriram formulações de protetores solares incríveis usando nada mais do que vegetais naturais, mas o FDA não permitirá que eles comercializem os seus produtos como protetor solar!
É apenas mais um exemplo de como a FDA se coloca no caminho da inovação em saúde.
2) Quase todos os protetores solares convencionais contêm substâncias cancerígenas
Leia a lista de ingredientes de qualquer protetor solar vendido no Wal-Mart, ou Walgreens, ou qualquer loja convencional. Eu desafio você!
Você não será capaz de pronunciar a maioria das substâncias químicas encontradas na lista de ingredientes. Isso porque a maioria dos protetores solares são formulados com substâncias químicas que causam câncer, como os parabenos, fragrâncias, álcool, solventes fortes e óleos derivados do petróleo. Um protetor solar típico literalmente faz um ataque químico em seu corpo. É por isso que as pesquisas mostram que o uso de protetores solares causa mais câncer do que previne.
(http://www.naturalnews.com/023317_skin_chemicals_products.html)
3) Em uma nação onde mais de 70% da população é deficiente de vitamina D, o protetor solar realmente bloqueia a produção de vitamina D.
A deficiência de vitamina D é provavelmente a deficiência mais difundida na América do Norte. Segundo pesquisas, 70 por cento das pessoas brancas são deficientes em vitamina D e até 97% dos negros são deficientes (http://vitaminad3.wordpress.com/tag/deficiencia/).
A deficiência crônica de vitamina D promove o câncer (http://vitaminad3.wordpress.com/tag/cancer/), gripes, infecções, depressão, osteoporose e desequilíbrios hormonais. A vitamina D produzida naturalmente pelo corpo pode prevenir sozinha entre 50% e 80% de todos os cânceres (http://vitaminad3.wordpress.com/2013/02/14/a-vitamina-d-reduz-o-risco-de-cancer-em-77-por-cento-a-industria-da-doenca-se-recusa-a-apoiar-a-prevencao-desta-doenca/).
Ao bloquear a produção de vitamina D na pele, os produtos de proteção solar realmente contribuem para o câncer e a promoção de deficiências nutricionais.
Isso não significa que você deve parar de usar um protetor solar, claro. Se a sua pele é muito clara e você está planejando um dia na praia no Havaí, obviamente se beneficiaria de algum nível de proteção contra o sol usando um protetor solar verdadeiramente natural. Mas uma pessoa informada permitiria sua pele atingir um bronzeado saudável e natural (sim, um bronzeado é verdadeiramente saudável se combinado com uma boa nutrição, veja abaixo) através de níveis de exposição razoáveis que ativem a produção de vitamina D na pele.
4) Você pode aumentar sua resistência solar interior, alterando o que você come.
Aqui está o verdadeiro segredo de exposição ao sol que ninguém na medicina convencional está dizendo (porque, como sempre, são lamentavelmente ignorantes em nutrição): Você pode aumentar a sua proteção solar interior consumindo alimentos ricos em antioxidantes e superalimentos.
O suplemento de astaxantina, por exemplo, é muito bem conhecido por aumentar a resistência natural da sua pele para queimaduras solares. Seus carotenóides lipossolúveis realmente são transportados para as células da pele que a protegem contra a exposição aos raios UV.
Quando você tem mais antioxidantes naturais em sua dieta, sua pele é mais capaz de evitar as queimaduras. Quase todos acreditam, erradamente, que a resposta de queimadura de sol de uma pessoa é puramente um fator genético. Eles estão errados. Você pode melhorar radicalmente a sua resistência aos raios UV fazendo mudanças em sua dieta.
Eu sou um grande exemplo disso, na verdade, como eu queimava minha pele depois de ficar apenas 20 ou 30 minutos sob o sol, quando eu estava em uma dieta de junk food. Mas agora, como alguém que come superalimentos e suplementos nutricionais high-end todos os dias, posso passar horas sob o sol e minha pele só ficará ligeiramente avermelhada (que desaparece algumas horas mais tarde não resultando em uma queimadura ou descamação da pele).
Com excessão uma vez em uma visita de um dia a um parque aquático, eu não uso filtro solar há mais de 8 anos. Eu passo muito tempo sob o sol e não tenho absolutamente nenhuma preocupação com o câncer de pele. Minha pele, a maioria das pessoas me dizem, parece consideravelmente mais jovem que minha idade biológica. Isto não e por causa dos produtos de proteção solar, e sim nutrição. Exposição solar não faz com que a sua pele envelheça se você segue uma dieta nutricional de alta densidade.
5) A exposição aos raios UV sozinho não causa câncer de pele.
É um mito médico completo que “a exposição aos raios UV cause câncer de pele.” Esta ideia falsa é uma fabricação total da comunidade médica ignorante (dermatologistas) e empresas de protetores solares com fins lucrativos.
A verdade é realmente mais complicada: O câncer de pele pode ser causado quando a exposição UV é combinada com crônicas deficiências nutricionais que criam vulnerabilidades na pele.
Para desenvolver o câncer de pele, em outras palavras, você tem que comer uma dieta de junk food, evitar antioxidantes protetores, e em seguida também expor sua pele excessivamente ao sol. Todos estes três elementos são necessários. A medicina convencional ignora completamente as influências da dieta e se concentra inteiramente em um único fator: Usar protetor solar versus não usar protetor solar. Esta é uma abordagem unidimensional da questão que é grosseiramente simplificada ao ponto de ser enganosa.
A indústria médica, ao que parece, não quer que as pessoas descubram poder literalmente comerem sua via para uma pele mais saudável. É incrível, realmente: Sua pele é feita integralmente dos alimentos que você come, então como poderia a dieta não afetar a saúde da sua pele? No entanto, ninguém na medicina convencional – nem os dermatologistas, nem médicos e nem os reguladores de saúde – ninguém têm a honestidade intelectual de admitir que o que você come determina, em grande parte, como a nossa pele reage à exposição UV.
6) Nem todos os protetores solares “naturais” são realmente naturais.
Tenha cuidado ao comprar os protetores solares chamados “naturais”. Embora existam alguns lá fora, muitos são apenas alguns exemplos de propagandas enganosas, onde eles usam termos como “natural” ou “orgânico”, mas ainda contém cargas de produtos químicos sintéticos assim mesmo.
Um bom guia para verificação de protetores solares é o guia do Environmental Working Group (EWG) em:
http://www.EWG.org/skindeep/
Alguns dos produtos que são verdadeiramente naturais incluem Loving Naturals Sunscreen e Badger All Natural Sunscreen. Leia os rótulos de ingredientes. Não use produtos de proteção solar que contenham ingredientes que soam como produtos químicos:
• Metil …
• propil …
• butil …
• Etyl …
• Triet …
• Diet…
etc
Sempre compre produtos de proteção solar sem perfumes a menos que, por algum motivo, você aprecie cobrir a pele com produtos químicos de fragrâncias artificiais. Um protetor solar típico tem mais do que uma dúzia de fragrâncias químicas causadoras de câncer que são absorvidas pela pele. A maioria dos protetores solares, quando aplicados conforme as instruções, são realmente banhos químicos tóxicos que sobrecarregam fortemente o seu fígado e que podem lhe causar câncer.
7) Muitos protetores solares “livres de químicos” são carregados com produtos químicos
Faça uma busca na Amazon.com por produtos de proteção solar “livres de químicos” e verá uma listagem de:
Jason Natural Cosmetics – Earth’s Best Sun Block Chemical Free, 4 oz cream
Clique sobre o produto e você vai encontrar uma lista de ingredientes, incluindo: benzoato de alquila C12-15, Caprylic/Capric Triglyceride, isoestearílico de sorbitano, sorbitano de sorbitano, palmitato etilhexil, Macadamiate de etila, cálcio amido Octenylsuccinate, Stearalkonium Hectorite.
Então, como é que esses produtos não são produtos químicos? Palmitato Etilhexil não é um produto químico? Quem são essas pessoas que estão brincando? A descrição da Amazon.com (título) deste produto é falsa e enganosa. Para ser justo, no entanto, o título do produto parece ter sido adicionada no sistema Amazon.com pelo vendedor e não pela empresa Jason. Mas é um exemplo de como a informação proveniente de vendedores online muitas vezes pode ser enganosa.
Sempre leia os ingredientes de qualquer protetor solar antes de usar.
Cuidado com o campo minado da desinformação sobre produtos de proteção solar
Talvez os produtos de proteção solar, mais do que qualquer outro produto de cuidados pessoais, carregam informações “oficiais” distribuída através da mídia que são irremediavelmente enganosas (para não dizer falsas). Surpreendentemente, ninguém na mídia ou o governo está disposto a admitir que produtos químicos de fragrâncias são ruins para a saúde. Da mesma forma, ninguém está disposto a admitir que os produtos químicos que são colocados na sua pele são ABSORVIDOS por ela.
Sem estas duas verdades serem reconhecidas, o restante do que eles dizem sobre filtros solares é conversa inútil. Qualquer discussão honesta sobre proteção solar deve reconhecer a verdade simples que os produtos químicos são colocados na pele são absorvidos através dela, e que os produtos solares são feitos de um coquetel de produtos químicos que causam câncer.
Esta é a verdade sobre os protetores solares que tanto a indústria do câncer como os que fabricam produtos de proteção solar não querem que você ouça. É o pequeno segredo sujo: quanto mais você usa estes produtos, mais chances de que seu corpo fique doente (E mais dinheiro os centros de câncer fazem “tratando” seu câncer com produtos químicos ainda mais mortais conhecidos como quimioterapia.)
Portanto, seja um comprador cuidadoso. Produtos de proteção solar são um campo minado de mentiras, desinformação e fraude para mantê-lo ignorante sobre a importância da exposição ao sol e os riscos à saúde associados ao uso de substâncias químicas que causam câncer de pele.
Fique com os produtos de proteção solar verdadeiramente naturais (quando necessários) e tente construir um bronzeado saudável, consumindo superalimentos e antioxidantes na sua dieta. Considere a adoção da astaxantina e outros nutrientes lipossolúveis. Beba sucos de frutas frescas diariamente e coma vegetais carregados de nutrientes vivos. Exponha-se à luz solar pelo tempo de criar um bronzeado saudável e que você não precise de nenhuma proteção solar. Contrariamente a todas as informações erradas que nós todos temos sido alimentados, um bronzeado saudável é na verdade um bom sinal de que você está conseguindo uma adequada síntese de vitamina D em sua pele.
Tradução: Vitamina D – Brasil
Fonte: NaturalNews.com
Imagens: Google
O Brasil e as ameaças do projeto imperial dos EUA
28 de Outubro de 2013, 15:37 - sem comentários aindaEm 2005, o cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira apontou em seu livro “Formação do Império Americano” as práticas de espionagem exercidas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos.
Uma prática que, segundo ele, já tem aproximadamente meio século de existência. Desde os fins dos anos 60, diz Moniz Bandeira, a coleta de inteligência econômica e informações sobre o desenvolvimento científico e tecnológico de outros países, adversos e aliados, tornou-se uma prioridade do trabalho dessas agências.
Em seu novo livro, “A Segunda Guerra Fria - Geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos – Das rebeliões na Eurásia à África do Norte e Oriente Médio” (Civilização Brasileira), Moniz Bandeira defende a tese de que os Estados Unidos continuam a implementar a estratégia da full spectrum dominance (dominação de espectro total) contra a presença da Rússia e da China naquelas regiões. “As revoltas da Primavera Árabe”, afirma o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que assina o prefácio do livro, “não foram nem espontâneas e ainda muito menos democráticas, mas que nelas tiveram papel fundamental os Estados Unidos, na promoção da agitação e da subversão, por meio do envio de armas e de pessoal, direta ou indiretamente, através do Qatar e da Arábia Saudita”,
Nesta nova obra, Moniz Bandeira aprofunda e atualiza as questões apresentadas em “Formação do Império Americano”. “Em face das revoltas ocorridas na África do Norte e no Oriente Médio a partir de 2010, julguei necessário expandir e atualizar o estudo. Tratei de fazê-lo, entre e março e novembro de 2012”, afirma o autor. É neste contexto que o cientista político analisa as recentes denúncias de espionagem praticadas pelos EUA em vários países, inclusive o Brasil.
A definição do Brasil como alvo de espionagem também não é de hoje. Em entrevista à Carta Maior, Moniz Bandeira assinala que a Agência Nacional de Segurança (NSA) interveio na concorrência para a montagem do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), pelo Brasil, e assegurou a vitória da Raytheon, a companhia encarregada da manutenção e serviços de engenharia da estação de interceptação de satélites do sistema Echelon. Na entrevista, o cientista político conta um pouco da história desse esquema de espionagem que, para ele, está a serviço de um projeto de poder imperial de proporções planetárias.
Moniz Bandeira defende que o Brasil, especialmente a partir da descoberta das reservas de petróleo do pré-sal, deve se preparar para defender seus interesses contra esse projeto imperial. “As ameaças existem, conquanto possam parecer remotas. Mas o Direito Internacional só é respeitado quando uma nação tem capacidade de retaliar”, afirma.
Carta Maior: O seu livro "Formação do Império Americano" já tratava, em 2005, do tema da espionagem praticada por agências de inteligência dos Estados Unidos. Qual o paralelo que pode ser traçado entre a situação daquele período e as revelações que vêm sendo feitas hoje?
Moniz Bandeira: Sim, em “Formação do Império Americano”, cuja primeira edição foi lançada em 2005, mostrei, com fundamento em diversas fontes e nas revelações pelo professor visitante da Universidade de Berkeley (Califórnia), James Bamford, que o sistema de espionagem, estabelecido pela National Security Agency (NSA), começou a funcionar há mais de meio século. O objetivo inicial era captar mensagens e comunicações diplomáticas entre os governos estrangeiros, informações que pudessem afetar a segurança nacional dos Estados Unidos e dar assistência às atividades da CIA.
Com o desenvolvimento da tecnologia eletrônica, esse sistema passou a ser usado para interceptar comunicações internacionais via satélite, tais como telefonemas, faxes, mensagens através da Internet. Os equipamentos estão instalados em Elmendorf (Alaska), Yakima (Estado de Washington), Sugar Grove (Virginia ocidental), Porto Rico e Guam (Oceano Pacífico), bem como nas embaixadas, bases aéreas militares e navios dos Estados Unidos.
A diferença com a situação atual consiste na sua comprovação, com os documentos revelados por Edward Snowden, através do notável jornalista Gleen Greenwald, que mostram que a espionagem é feita em larga escala, com a maior amplitude.
Desde os fins dos anos 60, porém, a coleta de inteligência econômica e informações sobre o desenvolvimento científico e tecnológico de outros países, adversos e aliados, tornou-se mais e mais um dos principais objetivos da COMINT (communications inteligence), operado pela NSA), dos Estados Unidos, e pelo Government Communications Headquarters (GCHQ), da Grã-Bretanha, que em 1948 haviam firmado um pacto secreto, conhecido como UKUSA (UK-USA) - Signals Intelligence (SIGINT). Esses dois países formaram um pool - conhecido como UKUSA - para interceptação de mensagens da União Soviética e demais países do Bloco Socialista, a primeira grande aliança de serviços de inteligência e à qual aderiram, posteriormente, agências de outros países, tais como Communications Security Establishment (CSE), do Canadá, Defense Security Directorate (DSD), da Austrália e do General Communications Security Bureau (GCSB), da Nova Zelândia. Essa rede de espionagem, chamada de Five Eyes e conhecida também como ECHELON - só se tornou publicamente conhecida, em março de 1999, quando o governo da Austrália nela integrou o Defence Signals Directorate (DSD), sua organização de SIGINT.
Qual sua avaliação a respeito da reação (ou da falta de) da União Europeia diante das denúncias de espionagem?
Os serviços de inteligência da União Europeia sempre colaboraram, intimamente, com a CIA e demais órgãos dos Estados Unidos. Os governos da Alemanha, França, Espanha, Itália e outros evidentemente sabiam da existência do ECHELON e deviam intuir que o ECHELON - os Five Eyes - trabalhasse também para as corporações industriais. As informações do ECHELON, sobretudo a partir do governo do presidente Bill Clinton, eram canalizadas para o Trade Promotion Co-ordinating Committee (TPCC), uma agência inter-governamental criada em 1992 pelo Export Enhancement Act e dirigida pelo Departamento de Comércio, com o objetivo de unificar e coordenar as atividades de exportação e financiamento do dos Estados Unidos. Corporações, como Lockheed, Boeing, Loral, TRW, e Raytheon, empenhadas no desenvolvimento de tecnologia, receberam comumente importantes informações comerciais, obtidas da Alemanha, França e outros países através do ECHELON.
O presidente Clinton recorreu amplamente aos serviços da NSA para espionar os concorrentes e promover os interesses das corporações americanas. Em 1993, pediu à CIA que espionasse os fabricantes japoneses, que projetavam a fabricação de automóveis com zero-emissão de gás, e transmitiu a informação para a Ford, General Motors e Chrysler. Também ordenou que a NSA e o FBI, em 1993, espionassem a conferência da Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), Seattle, onde aparelhos foram instalados secretamente em todos os quartos do hotel, visando a obter informação relacionada com negócios para a construção no Vietnã, da hidroelétrica Yaly. As informações foram passadas para os contribuintes de alto nível do Partido Democrata. E, em 1994, a NSA não só interceptou faxes e chamadas telefônicas entre o consórcio europeus Airbus e o governo da Arábia Saudita, permitindo ao governo americano intervir em favor da Boeing Co, como interveio na concorrência para a montagem do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), pelo Brasil, e assegurou a vitória da Raytheon, a companhia encarregada da manutenção e serviços de engenharia da estação de interceptação de satélites do sistema ECHELON, em Sugar Grove.
Um dos temas centrais de seus últimos trabalhos é a configuração do Império Americano. Qual é a particularidade desse Império Americano hoje? Trata-se de um Império no sentido tradicional do termo ou de um novo tipo?
Todos os impérios têm particularidades, que são determinadas pelo desenvolvimento das forças produtivas. Assim, não obstante a estabilidade das palavras, o conceito deve evoluir conforme a realidade que ele trata de representar. O império, na atualidade, tem outras características, as características do ultra-imperialismo, o cartel das potências industriais, sob a hegemonia dos Estados Unidos, que configuram a única potência capaz de executar uma política de poder, com o objetivo estratégico de assegurar fontes de energia e de matérias primas, bem como os investimentos e mercados de suas grandes corporações, mediante a manutenção de bases militares, nas mais diversas regiões do mundo, nas quais avança seus interesses, através da mídia, ações encobertas dos serviços de inteligência, lobbies, corrupção, pressões econômicas diretas ou indiretas, por meio de organizações internacionais, como Banco Mundial, FMI, onde detém posição majoritária. As guerras, para o consumo dos armamentos e aquecimento da economia, foram transferidas para a periferia do sistema capitalista.
É óbvio, portanto, que o Império Americano é diferente do Império Romano e do Império Britânico. Ainda que informal, isto é, não declarado, os Estados Unidos constituem um império. São a única potência, com bases militares em todas as regiões do mundo e cujas Forças Armadas não têm como finalidade a defesa das fronteiras nacionais, mas a intervenção em outros países. Desde sua fundação, em 1776, os Estados Unidos estiveram at war 214 em seus 236 anos do calendário de sua existência, até dezembro de 2012. Somente em 21 anos não promoveram qualquer guerra. E, atualmente, o governo do presidente Barack Obama promove guerras secretas em mais de 129 países. O Império Americano (e, em larga medida, as potências industriais da Europa) necessita de guerras para manter sua economia em funcionamento, evitar o colapso da indústria bélica e de sua cadeia produtiva, bem como evitar o aumento do número de desempregados e a bancarrota de muitos Estados americanos, como a Califórnia, cuja receita depende da produção de armamentos.
Ademais do incomparável poderio militar, os Estados Unidos também detém o monopólio da moeda de reserva internacional, o dólar, que somente Washington pode determinar a emissão e com a emissão de papéis podres e postos em circulação, sem lastro, financiar seus déficits orçamentários e a dívida pública. Trata-se de um "previligégio exorbitante", conforme o general Charles de Gaulle definiu esse unipolar global currency system, que permite aos Estados Unidos a supremacia sobre o sistema financeiro internacional.
Qual a perspectiva de longo prazo desse império?
Os Estados Unidos, como demonstrei nesse meu novo “A Segunda Guerra Fria”, lançado pela editora Civilização Brasileira, estão empenhados em consolidar uma ordem global, um império planetário, sob sua hegemonia e da Grã-Bretanha, conforme preconizara o geopolítico Nicholas J. Spykman, tendo os países da União Européia e outros como vassalos. O próprio presidente Obama reafirmou, perante o Parlamento britânico, em Westminster (maio de 2011) que a “special relationship” dos dois países (Estados Unidos e Grã-Bretanha), sua ação e liderança eram indispensáveis à causa da dignidade humana, e os ideais e o caráter de seus povos tornavam “the United States and the United Kingdom indispensable to this moment in history”. Entremente, o processo de globalização econômica e política, fomentado pelo sistema financeiro internacional e pelas grandes corporações multinacionais, estava a debilitar cada vez mais o poder dos Estados nacionais, levando-os a perder a soberania sobre suas próprias questões econômicas e sociais, bem como de ordem jurídica.
O Project for the New American Century [Projeto para o Novo Século Americano] , dos neo-conservadores e executado pelo ex-presidente George W. Bush inseriu os Estados Unidos em um estado de guerra permanente, uma guerra infinita e indefinida, contra um inimigo assimétrico, sem esquadras e sem força aérea, com o objetivo de implantar a full spectrum dominance, isto é, o domínio completo da terra, mar, ar e ciberespaço pelos Estados Unidos, que se arrogaram à condição de única potência verdadeiramente soberana sobre a Terra, de "indispensable nation" e “exceptional”.
O presidente Barack Obama endossou-o, tal como explicitado na Joint Vision 2010 e ratificado pela Joint Vision 2020, do Estado Maior-Conjunto, sob a chefia do general de exército Henry Shelton. E o NSA é um dos intrumentos para implantar a full spectrum dominance, uma vez que monitorar as comunicações de todos os governantes tanto aliados quanto rivais é essencial para seus propósitos. Informação é poder
Qual o contraponto possível a esse império no ambiente geopolítico atual?
Quando em 2006 recebi o Troféu Juca Pato, eleito pela União Brasileira de Escritores "Intelectual do ano 2005", por causa do meu livro “Formação do Império Americano”, pronunciei um discurso, no qual previ que, se o declínio do Império Romano durou muitos séculos, o declínio do Império Americano provavelmente levará algumas décadas. O desenvolvimento das ferramentas eletrônicas, da tecnologia digital, imprimiu velocidade ao tempo, e a sua queda será tão vertiginosa, dramática e violenta quanto sua ascensão. Contudo, não será destruído militarmente por nenhuma outra potência. Essa perspectiva não há. O Império Americano esbarrondará sob o peso de suas próprias contradições econômicas, de suas dívidas, pois não poderá indefinidamente emitir dólares sem lastros para comprar petróleo e todas as mercadorias das quais depende, e depender do financiamento de outros países, que compram os bonus do Tesouro americano, para financiar seu consumo, que excede a produção, e financiar suas guerras.
É com isto que a China conta. Ela é o maior credor dos Estados Unidos, com reservas de cerca US$ 3,5 trilhões, das quais apenas US$ 1,145 trilhão estavam investidos em U.S. Treasuries. E o ex-primeiro-ministro Wen Jiabao previu o “primeiro estágio do socialismo para dentro de 100 anos”, ao afirmar que o Partido Comunista persistiria executando as reformas e inovação a fim de assegurar o vigor e vitalidade e assegurar o socialismo com as características chinesas, pois “sem a sustentação e pleno desemvolvimento das forças produtivas, seria impossível alcançar a equidade e justiça social, requesitos essenciais do socialismo.”
Na sua opinião, o que um país como o Brasil pode fazer para enfrentar esse cenário?
O ministro-plenipotenciário do Brasil em Washington, Sérgio Teixeira de Macedo, escreveu, em 1849, que não acreditava que houvesse “um só país civilizado onde a idéia de provocações e de guerras seja tão popular como nos Estados Unidos”. Conforme percebeu, a “democracia”, orgulhosa do seu desenvolvimento, só pensava em conquista, intervenção e guerra estrangeira, e preparava, de um lado, a anexação de toda a América do Norte e, do outro, uma política de influência sobre a América do Sul, que se confundia com suserania.
O embaixador do Brasil em Washington, Domício da Gama, comentou, em 1912, que o povo americano, formado com o concurso de tantos povos, se julgava diferente de todos eles e superior a eles. E acrescentou que “o duro egoísmo individual ampliou-se às proporções do que se poderia chamar de egoísmo nacional”. Assim os Estados Unidos sempre tenderam e tendem a não aceitar normas ou limitações jurídicas internacionais, o Direito Internacional, não obstante o trabalho de Woodrow Wilson para formar a Liga das Nações e de Franklin D. Roosevelt para constituir a ONU. E o Brasil, desde 1849, esteve a enfrentar a ameaça dos Estados Unidos que pretendiam assenhorear-se da Amazônia.
Agora, a situação é diferente, mas, como adverti diversas vezes, uma potência, tecnologicamente superior, é muito mais perigosa quando está em declínio, a perder sua hegemonia e quer conservá-la, do que quando expandia seu império. Com as descobertas das jazidas pré-sal, o Brasil entrou no mapa geopolítico do petróleo. As ameaças existem, conquanto possam parecer remotas. Mas o Direito Internacional só é respeitado quando uma nação tem capacidade de retaliar. O Brasil, portanto, deve estar preparado para enfrentar, no mar e em terra, e no ciberespaço, os desafios que se configuram, lembrando a máxima “se queres a paz prepara-te para a guerra” (Si vis pacem,para bellum).
Fonte: Carta Maior, Vermelho
Imagens: Vermelho, Google
Evo Morales: Morrerei lutando contra o imperialismo
27 de Outubro de 2013, 11:50 - sem comentários aindaDurante comemoração de seu aniversário de 54 anos, o presidente da Bolívia, Evo Morales afirmou, neste sábado (25), que morrerá anti-imperialista. O discurso foi realizado em ato público no pequeno povoado rural de Lagunillas (sudeste). Os moradores de Lagunillas o presentearam com bolos de aniversário diversos, ponchos e mantas de lã.
"Só quero dizer, neste dia tão importante para Lagunillas, quero dizer-lhes: Evo Morales morrerei anti-imperialista, não importa de onde vierem as ameaças e ofensas", disse o presidente.
Morales foi o primeiro indígena a assumir a presidência da Bolívia desde sua fundação, em 1825, Morales adotou desde que chegou ao poder, em janeiro de 2006, uma política de viés nacionalista e de esquerda.
Assim que chegou ao poder, nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos, esfriou as relações com os Estados Unidos, expulsou em 2008 o embaixador americano, e reorientou as relações internacionais para países como Cuba e Venezuela.
Morales, que nasceu no pequeno povoado andino de Isallavi, em 26 de outubro de 1959, também convocou seus seguidores a fortalecer a política governamental que a situação batizou de "revolução democrática e cultural".
Ainda durante o discurso, o mandatário boliviano destacou que seu "melhor é mais esforço, mais compromisso, trabalhando para o povo boliviano", afirmou.
Em seguida, emendou: "o melhor presente para mim, dos movimentos sociais, sejam operários ou (indígenas) originários, é como aprofundar o anti-imperialismo, o anti-neoliberalismo e o anti-colonialismo, este seria o melhor presente dos movimentos sociais, dos dirigentes sindicais".
Discursando em seguida para os militantes de seu partido, afirmou: "o melhor presente para mim seria unidade, unidade, mais unidade. A unidade será a derrota do império e o triunfo do povo boliviano e o triunfo do mundo inteiro".
Morales chegou ao poder, após derrotar a direita nas eleições no final de 2005, quando obteve nas urnas 54% dos votos e foi reeleito em 2008 com 64% de apoio eleitoral.
Fonte: Vermelho
Imagem: Google
Os "Ecologistas" do Greenpeace
26 de Outubro de 2013, 16:30 - sem comentários aindaRelembrando
Dinheiro do petróleo e da grande mídia financia o Greenpeace
A organização ecologista mais famosa do mundo recebe doações de grandes magnatas do petróleo, do setor automotivo e da mídia. O caso mais gritante é o dos Rockefeller — acionistas e fundadores de petrolíferas como a Exxon Mobil. Sua fundação financiou o Greenpeace com mais de um milhão de dólares.
Por Manuel Llamas
O Greenpeace, a organização ecologista mais famosa e, possivelmente, poderosa do mundo, é financiado por meio de doações voluntárias, que seus membros realizam anualmente. Segundo rezam seus estatutos, a fim de "manter sua total independência, o Greenpeace não aceita dinheiro procedente de empresas, governos ou partidos políticos. Levamos isso muito a sério e controlamos e devolvemos os cheques quando são provenientes de uma conta corporativa. Dependemos das doações de nossos simpatizantes para levar a cabo nossas campanhas não violentas para proteger o meio ambiente".
Entretanto, tal lema não inclui as generosas doações que habitualmente a organização recebe de grandes fundações e organismos sem fins lucrativos que, curiosamente, pertencem a grandes famílias e magnatas vinculados ao petróleo, ao sistema financeiro, aos meios de comunicação e, inclusive, à indústria de automóveis.
Como assim? A ONG ambientalista por excelência financiada com dinheiro gerado por alguns dos setores produtivos mais contaminantes do planeta? Uma investigação mias acurada nas opacas contas desta organização revela grandes segredos e, sobretudo, muitas surpresas.
O Greenpeace conta com múltiplas filiais, espalhadas por todo o mundo, mas uma das mais poderosas e influentes é, sem dúvida, a sede estabelecida nos Estados Unidos. A franquia do Greenpeace local conta com quatro fachadas: Greenpeace Foundation, Greenpeace Fund Inc., Greenpeace Inc. e Greenpeace Vision Inc..
O projeto Activist Cash, criado pelo Center for Consumer Freedom — uma importante associação de consumidores estadunidenses —, revela algumas das fontes de financiamento mais polêmicas deste grupo apologista da ecologia.
O projeto surgiu com a ideia de levantar informações sobre o perfil e os recursos econômicos dos grupos anticonsumo. E, como não podia deixar de ser, a entidade dedica um espaço exclusivo para o Greenpeace. Segundo o Activist Cash, o Greenpeace recebeu importantes doações das seguintes fundações, tal e como revela o gráfico abaixo:
Agora, quem são estes grupos? São fundações que pertencem a algumas das famílias mais ricas do mundo, cujas fortunas procedem dos negócios do petróleo, do setor automotivo e os grandes grupos de comunicação estadunidense. O blog Desdeelexilio investigou estas cifras para conferir a quantia e a veracidade de tais doações e o resultado é o seguinte:
O fluxo de dinheiro entre as franquias do Greenpeace com sede nos Estados Unidos é constante. A legislação americana obriga estes organismos a apresentarem anualmente uma declaração de impostos na qual figuram as rendas e as despesas.
A informação anual do pagamento de impostos de tais filiais se encontra nos denominados IRS Form 990 (Return of Organization Exempt From Income Tax). Em tais documentos oficiais, aparecem em detalhes algumas das tais doações ao longo dos últimos anos.
Rockefeller Brother´s Fundation: US$ 1,15 milhões de dólares
De 2000 a 2008 a fundação da família Rockefeller financiou o Greenpeace com US$ 1,15 milhões. A fortuna dos Rockefeller procede dos negócios petrolíferos.
John D. Rockefeller fundou a empresa Standard Oil, que chegou a mopnopolizar o negócio do petróleo no princípio do século 20. Entretanto, o governo dos Estados Unidos acusou a empresa de monopólio e decretou sua divisão em 34 empresas, embora os Rockefeller mantivessem sua presença nas mesmas.
A mais famosa é, atualmente, a Exxon Mobil Corporation, uma das maiores multinacionais petrolíferas do mundo. Os descendentes de John D. Rockefeller são acionistas da Exxon Mobil. Embora minoritários, possuem todavia uma grande influência e peso na empresa. Os Rockefeller também têm ou tiveram presença em grandes bancos como o JP Morgan Chase & Co (Chase Manhattan Bank), o Citybank, que, por sua vez, possuem participações em grandes petrolíferas internacionais.
Marisla Foundation: US$ 460 mil
Tal fundação também é conhecida sob o nome de Homeland Foundation. Foi fundada em 1986 pela poderosa família Getty. J. Paul Getty fundou a petrolífera Getty Oil, agora nas mãos da russa Lukoil.
Turner Foundation: US$ 450 mil
A Turner Foundation foi criada por Robert Edward Turner em 1990. Ted Turner é um dos grandes magnatas da comunicação nos Estados Unidos, dono de conhecidas cadeias de televisão como CNN, TNT e AOL Time Warner, entre outras coisas. Doou em apenas três anos US$ 450 mil ao Greenpeace.
Charles Stewart Mott Foundation: 199.000 dólares
Charles Stewart Mott foi o pai do terceiro grupo industrial automotivo do mundo, a General Motors. Antes de declarar-se falida, em junho de 2009, esta indústria fabricava seus veículos sob marcas tão paradigmáticas e pouco contaminantes como Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Opel, Vauxhall e o famoso Hummer, que participa da ocupação do Iraque sob o nome de Humvee.
No fim das contas, não deixa de ser supreendente que uma das organizações ecologistas mais ativas contra a emissão de CO2 na atmosfera aceite suculentas somas de dinheiro de algumas das principais referências mundiais do setor petrolífero e automobilístico. Sobretudo, se for levado em consideração que o Greenpeace realiza campanhas que acusam os céticos da mudança climática de receberem dinheiro do setor petrolífero e de grandes empresas industriais.
Fonte: Libertad Digital, Vermelho
Imagens: Vermelho, Google
____________________________________________________________
Talvez este seja o melhor lugar para os ativistas do Greenpeace
Academia em Israel oferece treinamento militar a crianças e turistas
26 de Outubro de 2013, 13:51 - sem comentários aindaAcademia de tiro Calibre 3 ensina, há vários anos, técnicas antiterroristas e de defesa pessoal para crianças e grupos particulares |
Professores são, em sua maioria, ex-soldados do Exército de Israel, que colocam figuras árabes como principal alvo.
O campo de treinamento são as montanhas do deserto da Judeia. Os professores têm a cabeça raspada e os músculos salientes sob trajes militares (e, em sua maioria, são ex-soldados das forças especiais do Exército israelense). O cenário, que mais parece cena de filme, descreve, na verdade, uma escola. Situada perto do assentamento de Gush Etzion, na Cisjordânia, no norte de Jerusalém, a academia de tiro Calibre 3 ensina, há vários anos, técnicas antiterroristas e de defesa pessoal para crianças e grupos particulares, muitos deles colonos de assentamentos próximos.
No ano passado, a academia também inaugurou um curso para turistas que queiram experimentar o que eles definem como o “outro lado de Israel.” Os fundadores garantem, ao se apresentarem para um novo grupo de turistas, que a razão de ser da escola é o perigo constante em que vivem os judeus israelenses, por estarem rodeados de inimigos, sobretudo vindos da Cisjordânia.
“Decidi abrir esta academia há alguns anos porque vi que os israelenses podem se encontrar em situações difíceis e perigosas a qualquer momento, como atentados terroristas ou ataques diretos motivados pelo ódio”, diz Sharon Gat, um dos fundadores, ao grupo de cerca de 15 pessoas reunidas em uma cabana, “e quero ajudá-los a saber como sair destas situações, ou, ao menos, dar-lhes a oportunidade de poder sair.”
Desde que foi aberta, em 2007, a Calibre 3 não para de crescer, com mais de 10 mil clientes ao ano - e subindo. A preocupação com a segurança e o medo do terrorismo, sobretudo islâmico, comenta Gat, é uma das principais razões de seu êxito.
“Eu não falo de política, ofereço um serviço e, qualquer pessoa que queira pagar por ele o recebe, não fazemos perguntas”, diz Get, respondendo se a empresa é consciente sobre quem são seus clientes. “Vem muita gente do exterior para receber treinamento, funcionários de segurança de embaixadas, de empresas privadas, não apenas colonos.”
[Ofereço um serviço e não faço perguntas, diz Sharon Gat, fundador da academia]
“Inimigo”
Uma olhada pelo campo de treinamento deixa claro quem é o inimigo na Calibre 3. Muitos dos alvos são apenas números, mas outros têm caras obviamente árabes, com lenços palestinos, que olham ameaçadores enquanto empunham uma pistola.
“Eu acredito que seja interessante. Não tem por que ser algo político, vim aqui porque tinha vontade de aprender a disparar e queria passar um dia diferente, não vim para pensar se as caras dos alvos são ou não de árabes”, diz Jenna, uma estadunidense de 25 anos que está visitando Israel, enquanto tenta acertar o alvo.
A maioria dos turistas que participam é dos Estados Unidos. Muitos deles, judeus ortodoxos. Há gente de vários outros países, como Han, que chegou da China para visitar Israel e decidiu provar como seria um dia na pele de um soldado israelense.
“Alguém me recomendou aqui porque eu gosto muito de tudo o que tem a ver com o exército e com segurança. Decidi vir e, até agora, estou gostando muito”, diz Han.
Muitos dos alvos são números, mas alguns têm rostos árabes |
Crianças e adolescentes
A maioria dos clientes da Calibre 3 não é formada por turistas, mas por crianças e adolescentes. A academia tem também um acampamento intensivo de verão e cursos durante o ano para que os menores de idade enfrentem os rigores militares e aprendam a se defender. Como pequenos G.I. Joe, os que fazem o curso intensivo comem, dormem e vivem no acampamento por várias semanas, durante as quais aprendem a atirar e, também, a identificar o inimigo.
“Funciona como se fosse uma escola, fazem tudo aqui durante um tempo e impomos disciplina, ensinamos um estilo de vida”, comenta um dos instrutores. “Colocamos mais ênfase em técnicas de defesa como a luta pessoal, que aqui chamamos de Krav Magá, do que em disparar, além de que também os entretemos com outras atividades. E eles não treinam com balas de verdade, mas com balas de festim”, prossegue o instrutor, que também dá uma mostra para o público desse tipo de luta israelense.
A recente escalada da violência na Cisjordânia entre colonos e palestinos, com as mortes de três israelenses e o ataque a uma menina de um assentamento próximo a Ramallah, fez com que os colonos se encastelassem em suas posições e começassem a se militarizar.
A Calibre 3 também dá cursos de segurança, defesa e antiterrorismo para grupos privados, muitos deles, admite o fundador, colonos da região.
Fonte: Opera Mundi
Imagens: Susana Mendoza/Opera Mundi
Viúva de Kadhafi: “Exijo começar a investigação mais detalhada do caso do assassinato de Muammar Kadhafi”
21 de Outubro de 2013, 12:09 - sem comentários aindaSafia Farkash |
A Voz da Rússia recebeu uma carta de Safia Farkash, viúva de Muammar Kadhafi. Sua irmã, Fátima, entregou a mensagem à redação. Leiam e tirem suas conclusões.
“Em memória da destruição de meu país amado pelas mãos das tropas da OTAN, que semearam nele caos, ruína e discórdia entre seus habitantes. Dedico também esta mensagem à saudosa memória do meu cônjuge – mártir e herói Muammar Kadhafi, do meu filho querido e daqueles que estiveram junto com eles naquele dia 20 de outubro de 2011, quando forças aéreas da OTAN atacaram o cortejo do chefe de Estado e entregaram posteriormente seus corpos feridos aos criminosos que os mataram cruelmente.
As ações desses monstros não são compatíveis com nenhuma religião e crenças existentes. Além desse crime eles cometeram mais um, continuando até hoje deter os corpos destes mártires tombados, o que nunca aconteceu na história da humanidade.
Exijo que todos os membros do Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia e todos que participavam do assassinato destes mártires e respondão direta e até indiretamente por este crime cruel revelem finalmente o local do enterro dos corpos e os entreguem aos familiares, para poder sepultá-los dignamente.
Também exijo que a União Africana que comece a investigação mais detalhada do caso do assassinato do fundador daquela organização, herói Muammar Kadhafi, e de todos aqueles que foram mortos junto com ele naquele dia.
Exijo que todas as organizações internacionais dos direitos humanos me ajudem a estabelecer contatos com meu filho Seif al-Islam, isolado de todos os membros da nossa família desde o momento da prisão, levando em consideração que ele é absolutamente inocente no quadro de todas as acusações que lhe foram apresentadas. Possivelmente, seu único crime consiste em que advertia o povo líbio contra os horrores que o esperam e que a Líbia está suportando agora.
Seif al-Islam sempre se preocupou pelo problema dos direitos humanos no país. Retirava islamistas radicais de prisões americanas e europeias, tentando adaptá-los à vida normal. Alguns deles prometeram-lhe seguir boas intenções, mas agora exigem entregá-lo a eles para executar.
Em memória do segundo aniversário da morte do meu cônjuge, meu filho e seus partidários espero que a minha voz seja atendida pela comunidade mundial, como uma voz de esposa e de mãe em exílio”.
Fonte: Voz da Rússia
Para um mundo sem os Estados Unidos
20 de Outubro de 2013, 16:49 - sem comentários aindaThierry Meyssan explicou repetidamente nestas colunas as contradições internas dos Estados Unidos sublinhando o mecanismo pelo qual eles irão, possivelmente, evoluir. Neste artigo ele interroga-se sobre as consequências de dois acontecimentos susceptíveis de fazer arrancar o processo de descomposição.
Rede Voltaire | Damasco (Siria) | 16 de Outubro de 2013
por Thierry Meyssan
O Império americano é o remanescente hipertrofiado de um dos dois jogadores da guerra fria. A União Soviética desapareceu, mas os Estados Unidos sobreviveu à confrontação e aproveitou-se da ausência do seu competidor para monopolizar o poder mundial.
Em 1991, a lógica deveria ter levado Washington a virar os seus recursos para os negócios e a aumentar a sua prosperidade. No entanto, depois de algumas hesitações, o Congresso de maioria republicana impôs, em 1995 ao presidente Clinton, o seu projecto de imperialismo global votando pelo rearmamento, apesar de já não haver inimigo contra quem lutar. Dezoito anos mais tarde, os Estados Unidos – que consagraram os seus recursos a uma corrida solitária aos armamentos - estão à beira da exaustão, enquanto os BRICS se colocam como os novos competidores. A 68ª Assembleia Geral da ONU converteu-se, no mês passado, no cenário de uma revolta generalizada contra o unipolarismo americano.
Segundo Mikhail Gorbatchov, a queda da União Soviética tinha-se tornado inevitável, desde 1986, quando o Estado soviético se viu ultrapassado perante o acidente nuclear de Tchernobil e incapaz de proteger a sua população. Se formos a estabelecer um paralelo, o Estado federal americano não se viu ainda confrontado com uma tal situação mesmo se, os desastres provocadas pelos furacões Katrina, em 2005, e Sandy, em 2012, e as graves falhas das diversas instâncias locais, demonstraram já a incapacidade dos Estados federados.
O bloqueio por duas semanas, ou talvez mais, do funcionamento do Estado federal americano não se deve a uma catástrofe, mas sim ao resultado de um jogo político. Bastaria um acordo entre republicanos e democratas para por-lhe um fim. Mas, de momento, apenas alguns serviços particulares foram objecto de prorrogação, como o dos capelães militares. A única entorse verdadeira a este bloqueio foi a autorização para contrair empréstimos pelo espaço de 6 semanas. Este acordo foi exigido por Wall Street, que não reagiu ao encerramento do Estado federal, mas que ficou inquieta com a ideia de uma incapacidade de Washington para cumprir as suas obrigações financeiras.
Antes de se afundar, a União Soviética tentou salvar-se poupando. Do dia para a noite Moscovo cessou o apoio economico que dava aos seus aliados. Primeiro os seus aliados do Terceiro Mundo, depois os membros do Pacto de Varsóvia. Por consequência, os seus aliados não tiveram outra escolha, para sobreviver, que não fosse passar para o campo do adversário, o de Washington. A sua deserção, cujo símbolo foi a queda do muro de Berlim, acelerou ainda mais a descomposição da União Soviética.
Foi manifestamente para evitar este choque, num momento em que a Rússia está à beira de triunfar pacificamente no Médio Oriente, que a administração Obama esperou tanto tempo antes de suspender a sua ajuda ao Egipto. É verdade que, à luz de la lei americana, essa ajuda se tornou ilegal após o golpe militar que derrubou a ditadura da Irmandade Muçulmana. Mas também é certo que nada obrigava a Casa Branca a chamar os bois pelo nome. Assim bastou durante três meses evitar falar em « golpe de Estado » para continuar a arrimar O Egipto ao campo imperial. Ora, quando nada mudou no Cairo, Washington decide “cortar a água e a luz”.
A aposta do presidente Obama era diminuir o orçamento americano de maneira proporcional e progressiva, para que o seu país pudesse evitar a derrocada, abandonando as suas extravagantes aspirações, e convertendo-se num Estado como os demais. A diminuição de cerca de 1/5 no tamanho das forças armadas era um bom começo. Todavia, o bloqueio do orçamento federal e a suspensão da ajuda destinada ao Egipto vêm mostrar que esse cenário não é realizável. O formidável poderio dos Estados Unidos não pode ser reduzido suavemente, porque corre o risco de se estilhaçar.
Thierry Meyssan
Thierry Meyssan Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008).
Tradução:
Alva
Fonte: Al-Watan (Síria)
Retirado do site:
Rede Voltaire
O embaixador brasileiro demitido da Organização para a Proibição de Armas Químicas há 11 anos…
20 de Outubro de 2013, 1:19 - sem comentários ainda
E o “jornalismo” vagabundo do New York Times ONTEM!
Moon of Alabama, EUA
NYT's OPCW "He Said, She Said" Reporting Misses Major Judgement
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas em Haia |
Em 2002, José Bustani, então diretor da hoje laureada com o Prêmio Nobel da Paz, Organização para a Proibição de Armas Químicas [orig.Organization for the Prohibition of Chemical Weapons, OPCW], foi demitido, porque insistia em que o Iraque fosse incorporado ao Tratado das Armas Químicas, o que atrapalhava os planos de guerra do governo Bush.
José Bustani
Ontem, o New York Times voltou àquela história:
Mr. [John] Bolton, então subsecretário de Estado e ex-embaixador dos EUA à ONU, disse ao diretor Bustani que o governo Bush não estava satisfeito com seu estilo de administrar.
Mas o diretor Bustani, 68, que fora reeleito por unanimidade apenas 11 meses antes, se recusou a mudar de atitude; semanas depois, dia 22/4/2002, foi demitido numa sessão especial da Organização para Proibição de Armas Químicas que reúne 145 países.
A história por trás dessa demissão foi objeto de muita especulação e diferentes interpretações durante anos, e Bustani, diplomata brasileiro, tem mantido posição discreta desde então.
Esse último parágrafo (negrito/itálico) está errado. O New York Times apresenta o caso como reles “diz-que-disse”, e deixa acintosamente de lado a informação de que o caso foi julgado, que há sentença sobre a questão, e que a sentença é integralmente favorável ao diplomata brasileiro:
John Bolton
“Mr. Bolton insiste que Mr. Bustani foi demitido por incompetência. Em entrevista por telefone na 6ª-feira, o norte-americano confirmou que abordou diretamente o então diretor da Organização para Proibição de Armas Químicas: “Disse a ele que, se concordasse em demitir-se e sair voluntariamente, lhe garantiríamos saída honrosa e discreta” – disse Bolton.
Na versão de Mr. Bustani, a campanha contra ele começara no final de 2001, depois que Iraque e Líbia sinalizaram que desejavam assinar a Convenção das Armas Químicas, o tratado internacional cuja aplicação é supervisionada pela Organização para Proibição de Armas Químicas”.
[...]
“Discutimos muito, porque todos sabíamos que seria difícil” – disse Bustani, que é o atual embaixador do Brasil na França. Os planos para integrar o Iraque e a Líbia ao Tratado, que Bustani apresentara a vários países, “causaram fúria em Washington” – contou ele. Poucos dias depois, começaram os avisos (e ameaças) de diplomatas norte-americanos e outros.
“No final de dezembro de 2001, já era bem evidente que os norte-americanos estavam decididos a livrar-se de mim” – disse Bustani. – “As pessoas diziam eles querem sua cabeça”.
As tais “interpretação” e “especulação” que o Times insiste em repetir e requentar já foram esclarecidas e decididas há muito tempo. Imediatamente depois de demitido por pressão dos EUA, Bustani recorreu à justiça, em ação que apresentou à Organização do Trabalho Internacional, que tem jurisdição sobre as organizações internacionais. O processo concluiu, em sentença perfeitamente clara, ao processo n. 2.232, que: [2]
1. A DECISÃO TOMADA EM CONFERÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS DA OPCW DIA 22/4/2002 É NULA.
2. A OPCW DEVE PAGAR AO RECLAMANTE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, A SEREM CALCULADOS NOS TERMOS ADIANTE ESPECIFICADOS (…).
3. A ORGANIZAÇÃO DEVE PAGAR AO RECLAMANTE, 50 MIL EUROS, PARA REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS.
4. A ORGANIZAÇÃO DEVE PAGAR AO RECLAMANTE 5 MIL EUROS, DE CUSTAS PROCESSUAIS.
A corte concluiu que a indevida influência política dos EUA levou à demissão ilegal do diretor Bustani, o que caracteriza demissão por interesses políticos, e agride o princípio da neutralidade de organizações internacionais como a Organização para a Proibição de Armas Químicas, OPCW. A organização foi condenada a indenizar o diretor ilegalmente demitido, por danos morais e pelos custos processuais, e a pagar-lhe todos os salários a que faria jus até 2005, quando terminaria o mandato para o qual fora eleito.
Pois… para o New York Times não aconteceram nem o processo nem a sentença! Não são referidos na matéria publicada. Para o Times, a questão continua a ser de “interpretação e especulação”, mesmo depois de já haver sentença que confirma que os fatos se passaram como narrados pelo diplomata brasileiro.
Apagar da informação a sentença de um tribunal internacional é o meio que oNew York Times encontra ainda hoje para defender os neoconservadores do governo Bush, para os quais lei alguma tem qualquer valor; e cuja única obsessão é um projeto de hegemonia global.
_________________
Notas dos tradutores
[1] 13/10/2013, “To Ousted Boss, Arms Watchdog Was Seen as an Obstacle in Iraq” (Para o diretor demitido, a Organização para Proibição de Armas Químicas era vista como obstáculo no Iraque), NYTimes.
[2] International Labour Organization, ILO, 16/7/2003, Judgment No. 2232; íntegra da sentença (em inglês).
Fonte: NavalBrasil
"Estátuas da Liberdade", o símbolo do Império Americano, espalhadas pelo Brasil
18 de Outubro de 2013, 13:25 - sem comentários ainda
O símbolo da loja Havan
Em 1994, a Havan abriu um novo formato de loja em Brusque em um prédio inspirado na arquitetura da Casa Branca, a residência oficial do presidente dos EUA.
Luciano Hang |
Antes de criar a rede de lojas, o empresário Luciano Hang se viu obcecado em encontrar um padrão arquitetônico para o negócio. "A loja tem de ser chamativa e ter personalidade", diz Luciano Hang.
A inspiração veio da admiração que ele tem pelos Estados Unidos – país que visitou pela primeira vez em 1989 – e pela cultura empreendedora dos americanos.
Meio sem ser muito notada, a rede varejista Havan vem erguendo seus pontos de venda com uma fachada construída à semelhança da Casa Branca.
Como se fosse pouco, em frente a cada loja também levantam uma réplica da Estátua da Liberdade, em tamanho que pode chegar até 35 metros em algumas das 56 unidades.
Em uma delas, em Santa Catarina, há até um mirante na cabeça desse monumento ao mal gosto para quem quer apreciar a paisagem, com direito a fila nos finais de semana.
O símbolo da Havan, a “estátua da liberdade”, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. Em algumas cidades, ele virou motivo de polêmica. Moradores da cidade Bauru, onde a rede abriu sua primeira loja no fim de junho, chegaram a organizar um abaixo-assinado pedindo a retirada da estátua. O movimento, no entanto, parece não ter ido adiante. A estátua, portanto, fica. "Uns gostam, outros não”.
A Havan pretende deixar de ser uma rede regional para crescer em todo o Brasil. A meta da empresa é chegar a 100 unidades até 2015. Cada uma delas consumirá entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões em investimentos, das 57 lojas da Havan, 23 estão em Santa Catarina. A primeira fora do Estado foi inaugurada em Curitiba, em 1995. A expansão além da Região Sul começou no ano passado. Hoje, a empresa também tem unidades no interior de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso e em Goiás.
Ademir Brunetto |
A polêmica envolvendo a Estátua da Liberdade em Bauru não foi o único percalço de Luciano Hang no processo de levar a rede para além das terras catarinenses. O pedido da Havan de incentivo fiscal para investir no Mato Grosso foi questionado pelo deputado estadual Ademir Brunetto (PT), que deu início a um bombardeio do varejo local e de sindicatos contra a empresa. "Não concordo com a concessão de incentivos fiscais para o varejo, só para a indústria. A loja vai gerar empregos, mas vai quebrar o comércio local, que também emprega e não recebe desconto fiscal", disse o deputado.
Para desqualificar a empresa como beneficiária de incentivos fiscais, Brunetto trouxe à tona a condenação da Justiça Federal onde o proprietário da Havan Luciano Hang é Condenado a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de R$ 1,245 milhão por Crimes de Lavagem de Dinheiro e contra o Sistema Financeiro.
De acordo com a denúncia do MPF, o empresário teria mantido depósitos no exterior sem declaração aos órgãos de fiscalização nacionais. Os depósitos teriam sido feitos em nome de empresas que, segundo a Receita Federal, pertenceriam à Havan, além de outros em nome próprio. A condenação também se refere à lavagem de dinheiro, por ocultação de valores supostamente obtidos mediante condutas ilícitas.
Hoje, além da Havan, Luciano Hang é dono de postos de combustível e pequenas centrais hidrelétricas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Brusque - Santa Catarina |
Florianópolis - Santa Catarina |
Anápolis - Goiás |
Posto de Combustível da Havan em Brusque - Santa Catarina |
Barra Velha - Santa Catarina |
Fonte: Google
Imagens: Google