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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

O neo-eurasianismo e o redespertar russo

13 de Agosto de 2014, 15:27, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 

 

Por Dídimo Matos

   

O Eurasianismo


O termo eurasianismo apresenta diversas acepções. Surge pela primeira vez no século XIX, cunhado pelo movimento eslavófilo que defendia a rica diversidade da Eurásia2, numa espécie de outra via que não europeia ou asiática, e que juntasse a cultura e tradição da Ortodoxia e da Rússia. Esse foi, pois, seu primeiro uso.

Tais ideias foram retomadas logo após a I Guerra Mundial, por figuras como o filólogo e etnólogo Nikolai S. Trubetskoy, pelo historiador Peter Savitsky, pelo teólogo ortodoxo G. V. Florovsky e, mais a frente, pelo geógrafo, historiador e filósofo Lev Gumilev, que defendia a luta cultural e política entre, de um lado, o Ocidente e, de outro, o subcontinente da Eurásia3, guiado pela Rússia. Gumilev foi o criador de duas teorias: i) a da etnogénese, pela qual as nações são originárias da regularidade do desenvolvimento das sociedades; e ii) a da paixão, sobre a capacidade humana para se sacrificar em prol de objetivos ideológicos.

Estes teóricos do eurasianismo, estudaram de modo aprofundado os impérios de Gengis Khan, Mongol e Turco-Otomano, e se encontraram, mais de uma vez, com o geopolítico alemão Karl Haushofer. Baseada ainda na produção do britânico Halford Mackinder, essa primeira versão do eurasianismo procurou estabelecer a identidade russa, distinta da ocidental, e propugnava uma fusão das populações muçulmanas e ortodoxas. Rejeitaram a proposta de integração russa à Europa, de Pedro, o Grande. Defendiam que a Rússia era, claramente, não europeia, que era um continente em si, separado objetivamente, tanto da Europa quanto da Ásia, pela geografia, e que teve sua cultura moldada por influências da Ásia.

Com a revolução russa, Trubetskoy tentou adaptar seu pensamento à nova realidade, acompanhado por outros eurasianistas. Ele defendeu que o separatismo era inaceitável e insistiu na indivisibilidade da grande região que correspondia a Eurásia, ou seja, que a União Soviética (URSS) deveria manter o império russo em toda a sua extensão, em uma ideia de globalidade distinta da europeia e da asiática: “o substrato nacional do antigo Império Russo e atual URSS, só pode ser a totalidade dos povos que habitam este Estado, tido como uma nação multiétnica peculiar e que, como tal, possuía o seu próprio nacionalismo”. (SANTOS, 2004).

Para Savitsky, a Eurásia havia sido formada pela natureza, que havia condicionado e determinado os movimentos históricos e a interpenetração dos povos, cujo resultado fora a criação de um único estado, que derivando da natureza, possuía a qualidade transcendente dessa mesma natureza (SANTOS, 2004).
Além desses primeiros eurasianistas, temos o atual eurasianismo, tema central dessa comunicação e que passamos a discutir abaixo.
O Eurasianismo atual, ou neo-eurasianismo, herda dos anteriores muitas de suas características, mas é distinto de ambos em vários sentidos. Basicamente, foi idealizado pelo russo Alexander Dugin.
 
Alexander Dugin

 Alexander Dugin pode ser caracterizado como geopolítico, filósofo, cientista político e sociólogo. Ele é também considerado um importante jornalista e analista político. É preciso enfatizar sua grande influência no pensamento geopolítico russo pós-soviético. Seu pensamento que a geopolítica é não somente uma ciência, mas possui muito de ideologia tem tido muita influência na política russa, e seus livros são utilizados pelas escolas geopolíticas militares e civis da Rússia.
Dugin ocupou cargos de assessoramento na Duma e teve muita influência junto aos assessores ocupados da política externa dos governos Vladimir Putin e D. Medvedev, sendo considerado o idealizador oficioso dessa. Essa influência é vista nos pronunciamentos de ambos os líderes russos, quando falam abertamente no eurasianismo como guia das relações internacionais da Rússia.

Atualmente, Dugin ocupa o cargo de chefe do Departamento de Sociologia das Relações Internacionais, da Universidade Estatal de Moscou, e a presidência do Centro de Estudos Conservadores, dessa mesma universidade.

O Neo-eurasianismo de Dugin

Visto de maneira integral, o neo-eurasianismo não é apenas uma teoria geopolítica, mas uma filosofia geral que possui as seguintes características:

a) Histórica e geograficamente é o mundo inteiro excetuando o setor ocidental;


b) Estratégica e militarmente é a união de todos os países que não aprovam as políticas expansionistas dos EUA e da OTAN;


c) Culturalmente representa a preservação das tradições culturais, nacionais, étnicas e religiosas orgânicas;


d) Socialmente representa formas diferentes de vida econômica e a “sociedade socialmente justa”.
4


O neo-eurasianismo tem por princípios:

1) o Diferencialismo: pluralismo de sistema de valores contra a dominação obrigatória de uma ideologia;

2) a Tradição: contra a supressão de culturas, dogmas e descobertas das sociedades tradicionais;


3) os direitos das nações contra os “bilhões de ouro” e a hegemonia neocolonial do “norte rico”;


4) as etnias como valores e sujeitos da história contra a despersonalização das nações, aprisionadas em construções sociais artificiais;


5) a justiça social e solidariedade humana contra a exploração e humilhação do homem pelo homem.


Enquanto teoria geopolítica, o neo-eurasianismo faz parte da chamada escola expansionista (TEIXEIRA, 2009), que passaremos a descrever. A Figura 1 mostra simbolicamente as pretensões expansionistas do coração da Rússia para o mundo, em todas as direções.

O eurasianismo pretende em primeiro lugar, ser uma alternativa à globalização. Dugin entende o modelo de globalização atual como a representação do expansionismo dos EUA e seus aliados da OTAN, ou seja, como a representação de um mundo unipolar que tem nos estadunidenses seu modelo econômico e filosófico e que quer impor ao mundo seus valores liberais, individualistas e democráticos.


Do coração da Rússia para o mundo

Como alternativa ao modelo de globalização atual, Dugin fornece um novo modelo de globalização, baseado na conjugação de ideias de H. Mackinder e K. Haushofer. Retira de Mackinder a ideia de luta entre terra e mar, e de que quem domina o coração da Eurásia domina o mundo. Defende, como o geopolítico estadunidense Bzerzinki, que a Rússia é o coração da Eurásia e representa o centro das forças terrestres (eurasianistas) em luta contra as forças marítimas (atlantistas) guiadas pelos EUA.

De Haushofer, se inspira na ideia de pan-regiões e as redesenha para defender, contra o mundo unipolar da globalização atual, um novo modelo de globalização multipolar, com quatro Zonas Meridionais: a zona Anglo-Americana, a zona Euro-Africana, a zona Rússia-Ásia Central e a zona do Pacífico. Nesse esquema, a zona Anglo-Americana (Atlantista) seria contrabalançada pelas outras três zonas.

Cada zona meridional no projeto eurasiano consiste de vários “grandes espaços” ou “impérios democráticos” (Figura 2). Cada um deles possui liberdade relativa e independência, mas está estrategicamente integrado em uma zona meridiana correspondente. Os grandes espaços correspondem às fronteiras das civilizações e incluem vários Estados-nações ou união de Estados.
A Rússia, para dominar o imenso espaço da zona meridional Rússia-Ásia Central, precisa, no âmbito interno, originar um Estado com diversas etnias e religiões,bem como, no plano externo, se organizar por meio de alianças, com a elaboração de projetos especiais no âmbito pan-europeu, com a Alemanha, no pan-árabe, com o Irã, e no pan-asiático, com o Japão (MARCU, 2007).

Devido à necessidade de integração continental, a Rússia deveria estabelecer uma nova geopolítica no sul da Eurásia, de tal maneira que a Índia, a Indochina e os Estados islâmicos passariam a ser um “teatro de manobras continentais de posição” (MARCU, 2007 segundo TEIXEIRA, 2009), com o fim de convergir os objetivos estratégicos dessa região ao centro eurasiático representado por Moscou (TEIXEIRA, 2004). Dugin desenvolve tal ideia a partir do conceito de vetores abertos que se originam em Moscou, passam pelos vizinhos próximos, e que chegam aos Estados europeus, asiáticos e islâmicos (DUGIN, 2004).

Assim, as características estratégicas do eurasianismo estão relacionadas a diferentes ações que devem ser tomadas respeitando aspectos militares, econômicos, políticos, étnicos e religiosos daquela região.

Além dos eixos estratégicos com os vizinhos próximos, vetores como Moscou-Teerã, Moscou-Nova Deli e Moscou-Ancara são considerados básicos para essa integração, e há ainda planos para o Afeganistão e Paquistão, a região do Cáucaso e a Ásia Central, assim como a valorização das relações com a França e a Alemanha através dos vetores Moscou-Paris e Moscou-Berlim, respectivamente.


Eixo Moscou-Teerã


Na integração russo-asiática a questão central deste processo é a implementação de um eixo Moscou-Teerã. O processo interno depende do sucesso do estabelecimento de uma parceria de médio e longo prazo com o Irã. A união dos potenciais econômico, militar e político de Rússia e Irã aumentará o processo de integração da zona, tornando-a irreversível e autônoma.

O eixo Moscou-Teerã será a base para uma integração regional posterior. Tanto Moscou quanto o Irã são potências autosuficientes, na visão de Dugin, aptas a criarem seu próprio modelo organizacional para a região.

Eixo Moscou-Nova Deli


A cooperação russo-indiana forma a base do segundo mais importante eixo meridiano de integração no continente eurasiano e em seus sistemas de segurança coletiva. Moscou terá um papel importante ao diminuir as tensões entre Nova Deli e Islamabad (Kashmir). O plano eurasiano para a Índia, patrocinado por Moscou, é a criação de uma federação que refletirá a diversidade da sociedade indiana com seus numerosos grupos étnicos e religiosos, incluindo hindus, sikhs e muçulmanos.


Eixo Moscou-Ankara


O principal parceiro regional no processo de integração da Ásia Central é a Turquia. A ideia eurasiana está se tornando popular por lá na atualmente devido ao entrelaçamento das tendências ocidentais e orientais. A Turquia reconhece suas diferenças civilizacionais com a União Europeia, seus interesses e objetivos regionais distintos, a ameaça da globalização e a consequente perda de soberania.
É imperativo para a Turquia estabelecer uma parceria estratégica com a Federação Russa e o Irã. A Turquia só será capaz de manter suas tradições dentro de um modelo multipolar de mundo. E parece que certas facções da sociedade turca entendem esta situação, desde elites políticas e socialistas até religiosas e militares. Assim, o eixo Moscou-Ankara pode se tornar uma realidade geopolítica apesar do longo período de hostilidade mútua.


O plano eurasiano para Afeganistão e Paquistão


O vetor de integração com o Irã tem importância vital para que a Rússia ganhe acesso a portos de águas quentes e também para a reorganização político-religiosa da Ásia Central (países asiáticos da Comunidade dos Estados Independentes – CEI, Afeganistão e Paquistão). Uma cooperação próxima com o Irã implica na transformação da área afegã-paquistanesa em uma confederação islâmica livre, leal tanto a Moscou quanto ao Irã.A razão desta necessidade é que os Estados independentes de Afeganistão e Paquistão continuarão a ser fonte de desestabilização, ameaçando os países vizinhos. A luta geopolítica eurasiana providenciará a capacidade para implementar uma nova federação central-asiática e transformar esta região complicada em uma área de cooperação e prosperidade.


O Cáucaso


O Cáucaso é a região mais problemática para a integração eurasiana dado seu mosaico de culturas e etnias, que facilmente eleva as tensões entre as nações. Essa diversidade cultural é uma das principais armas exploradas por aqueles países que buscam parar o processo de integração do continente eurasiano.
A região do Cáucaso é habitada por nações que pertencem a diferentes Estados e áreas civilizacionais. A região deve ser um polígono de testes de diferentes métodos de cooperação entre os povos, pois o que for bem sucedido ali poderá sê-lo ao longo do continente eurasiano. A solução eurasiana para este processo jaz não na criação de Estados étnicos ou estritamente associados a uma só nação, mas no desenvolvimento de uma federação flexível fundamentada nas diferenças étnicas e culturais no interior de um contexto estratégico comum da zona meridiana.
O resultado deste plano é um sistema de um semieixo entre Moscou e os centros do Cáucaso (Moscou-Baku, Moscou-Erevan, Moscou-Tbilisi, Moscou-Mahachkala, Moscou-Grozni etc.) e entre os centros caucasianos e os aliados da Rússia no interior do projeto eurasiano (Baku-Ankara, Erevan-Teerã etc.).



O plano eurasiano para a Ásia Central


A Ásia Central deve se mover rumo à integração com a Federação Russa, em um bloco unido estratégica e economicamente no interior da estrutura de união eurasiana, a sucessora da CEI. A principal função dessa área específica é a reaproximação da Rússia com os países do Islã continental (Irã, Paquistão, Afeganistão).
Desde o início, o setor da Ásia Central deve possuir vários vetores de integração. Um plano tornará a Federação Russa o principal parceiro (similaridades de cultura, interesses econômicos e energéticos convergentes, e uma estratégia comum de sistema de segurança). O plano alternativo é colocar o foco em semelhanças étnicas e religiosas: mundos turco, iraniano e islâmico.




Considerações finais


Como disse Dugin, “Este é o Eurasianismo, a política da heartland” (GLOVER citado em TEIXEIRA, 2009). O pensamento eurasianista é o que mais se alinha à política russa atual, e isso pode ser acompanhado diariamente nos jornais russos onde se verá Putin e Medvedev não apenas pondo em prática a teoria, mas citando-a explicitamente5.
O eurasianismo põe-se como uma alternativa a filosofia ocidental e a sua economia, bem como mistura geopolítica e espiritualidade tradicional, esses itens, entretanto, fogem ao escopo do presente trabalho, mas os interessados poderão encontrar referências aos trabalhos de René Guénon e Julius Evola, ambos vinculados a produção intelectual de Dugin.


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Dídimo Matos
Possui graduação em Filosofia pelo Instituto de Ensino Superior do Centro Oeste (2004), Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba.
Atualmente dá aulas nas redes pública e privada da Paraíba. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em filosofia analítica, círculo de Viena, lógicas clássicas e não clássicas, paraconsistência, Newton da Costa.
Tem interesse em geopolítica, educação, filosofia política, ética e filosofia da linguagem. Atualmente é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana na Universidade de São Paulo, USP, no qual desenvolve pesquisa em geopolítica focando o Eurasianismo de Alexander Dugin e o Meridionalismo de André Martin.
 
Referências Dugin, Alexander. A grande Guerra dos Continentes. Lisboa: Antagonista, 2006. _____. A Ideia Eurasiana. Disponível em http://pbpolitica.blogspot.com.br/2012/02/ideia-eurasiana.html _____. Visão Eurasianista. Disponível em http://pbpolitica.blogspot.com.br/2010/04/visao-eurasianista.html MARCU, Silvia. La geopolítica de la Rusia postsoviética: desintegración, renacimiento de una potencia y nuevas corrientes de pensamiento geopolítico. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Universidad de Barcelona, v. XI, n. 253, dic. 2007. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-253.htm SANTOS, Eduardo Silvestre dos. O eurasianismo: a “nova” geopolítica russa. Jornal Defesa e Relações Internacionais. Lisboa, nov. 2004. Disponível em: http://www.jornaldefesa.com.pt/conteudos/view_txt.asp?id=97 Teixeira, José A. B. J. O pensamento geopolítico da Rússia no início do século XXI e a geopolítica clássica. Revista da Escola Superior de Guerra Naval. Rio de Janeiro, n. 13, junho de 2009.

1Mestre em filosofia na UFPB, professor de filosofia da SECPB.2Termo também com vários significados como veremos adiante.3Eurásia seria um subcontinente plantado entre a Europa e a Ásia. Outro emprego seria como parte integrante do Império Russo.4Dugin, Alexander. Visão Eurasianista. Disponível em http://pbpolitica.blogspot.com.br/2010/04/visao-eurasianista.html

5Os principais jornais russos apresentam formato on line inclusive em língua portuguesa. Um exemplo pode ser consultado em: http://gazetarussa.com.br/articles/2011/10/19/o_novo_projeto_de_integracao_para_eurasia_um_futuro_que_nasce_hoje_12701





Israel: O Estado mais belicoso do mundo e a sua próxima guerra

12 de Agosto de 2014, 2:29, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Por Abdel Latif Hasan Abdel Latif, médico palestino
 
Os corpos dos civis palestinos massacrados por Israel ainda estão sob as ruínas dos prédios bombardeados em Gaza. Nenhuma casa das onze mil destruídas durante o mais recente massacre de julho/agosto de 2014 foi reconstruída. Estão desabrigados os quinhentos mil civis palestinos obrigados a deixar suas casas. Gaza continua sem eletricidade, água, medicamentos. Três mil dos onze mil feridos ficarão com seqüelas incapacitantes permanentes. Mesmo assim, Israel já começou a falar da sua próxima guerra.

Milhões protestaram nas ruas de muitas cidades ao redor do mundo e a opinião pública internacional está chocada com a crueldade israelense. Mesmo assim, Israel já prepara sua próxima guerra.

A despeito dos conselhos de seus servis aliados, preocupados com os danos irreversíveis à imagem de Israel, os tambores de guerra em Israel nunca silenciam.

Parece irracional, ilógico e até esquisofrênico que o belicoso Israel insista em perseguir resultados diversos através dos mesmos meios.

Todas as muitas guerras de Israel, desde sua eclosão até o último genocídio de Gaza, têm como metas: exterminar os palestinos ou empurrá-los para o deserto ou coagi-los a aceitar, de joelhos, os termos de rendição. Até hoje, Israel não obteve o êxito pleno em sua limpeza étnica, já que não conseguiu enterrar o sonho, nem a resistência palestina. 

Mas mesmo assim, Israel não consegue ver a luz no fim do túnel e não tenta caminho diverso. É a “ilógica” de todos os colonialistas em todos os tempos e lugares.

Israel é a última aventura colonialista existente no mundo de hoje.

Poucos opressores aprenderam com a História e tampouco com os fracassos dos opressores que os antecederam. É a lei da soberba que atrai a ruína.

A luta dos palestinos é pela libertação nacional. Na história recente, os povos que enfrentaram o colonialismo, saíram vitoriosos. Israel não é exceção. Mesmo com sua superioridade militar, sua versão a vizinhos e seu caráter sempre encrenqueiro, turbulento e belicoso, Israel não derrotará a resistência palestina.

O escritor israelense Boaz Evron, há muito tempo, disse que “a tendência básica da política e do povo israelense é para resolver os problemas através da força e para considerar a força como início e fim de todas as coisas, em vez de tentar soluções políticas e diplomáticas”.

A belicosidade dos israelenses escancara-se nas palavras de seus dirigentes e cidadãos. Vejamos:
 
1. O ministro das finanças de Israel, Yair Lapid, declarou ao “The times of Israel”, em 9/8/2014, que o exército israelense vai caçar os líderes do Hamas, exatamente como os Estados Unidos não descansou até eliminar Bin Laden.
 
Segundo o ministro, o exército vai fazer tudo o que deveria para trazer tranqüilidade à população israelense.

2. O ministro da economia de Israel, Naftali Bennet, declarou ao “Wall street journal” em 8/8/2014, que o que está em jogo é o poder de detenção, controle, de Israel para os próximos anos. Nossa próxima ação deve ser firme, cruel e dolorosa.

3. Em uma pesquisa realizada pelo instituto israelense Gal Hadash, mostrou que 89% dos israelenses acreditam que Israel atacará Gaza novamente e 59% deles não estão preocupados com a possibilidade de Israel ser julgado em Tribunal Internacional de Justiça. 63% estão satisfeitos com a ação do primeiro ministro em relação a Gaza e 83% estão satisfeitos com a conduta do chefe de Estado-maior do exército.

4. A agência de notícias israelense Walla publicou declarações de generais israelenses acusando o Hezbollah de cavar túneis no sul do Líbano, ameaçando o norte de Israel.

Milhares de israelenses fizeram abaixo-assinado exigindo que o exército destrua esses túneis.
Não são os foguetes de Gaza que deixam os israelenses inseguros. Não são os túneis, nem Hamas, nem Hezbollah, que ameaçam a existência de Israel. Israel chegou ao limite de sua força, mas essa grande força bruta é incapaz de trazer legitimidade, segurança e paz.

É hora de Israel reconhecer e reparar seu pecado original e seus muitos pecados de expansão e manutenção. Sem a análise e correção dos fatos, sem a compreensão de que só há paz com justiça e a segurança é fruto da paz, Israel está destinado a viver com a espada e a turbulência.

A antiga sabedoria judaica, ignorada por Israel, ensina que aquele que mata com a espada, com a espada morrerá.

Abdel Latif Hasan Abdel Latif, médico palestino

Fonte: Oriente Mídia



Gaza: O massacre visto por dentro

10 de Agosto de 2014, 0:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda





Dois médicos noruegueses em Gaza descrevem uma guerra que visa especialmente residências e hospitais e faz a população crer que já não há nada a perder. Os números são escritos em tinta na palma da sua mão, como se fosse um aluno a anotar uma cábula para um exame: 1.035 mortos, 6.233 feridos, em duas horas na segunda-feira. A cada dia, ele apaga os números e atualiza-os.
Gideon Levy e Alex Levac, no Haaretz

Esta semana, o professor Mads Gilbert deixou o Hospital de Shifa, na Faixa de Gaza, para passar umas breves férias na sua terra natal, Noruega, depois de duas semanas consecutivas a tratar as vítimas da guerra. O seu colega e compatriota, o professor Erik Fosse, deveria substituir Gilbert em Gaza, mas até meio da semana Israel ainda não tinha permitido que o fizesse. Fosse passou, também, a primeira semana da Margem Protetora em Shifa, e queria voltar.

Em termos de danos causado à população civil, e principalmente às crianças, a atual guerra na Faixa de Gaza é ainda mais angustiante do que a anterior.


Mads Gilbert e Erik Fosse
Gilbert e Fosse trabalharam em Shifa durante a Operação Chumbo Fundido, em 2008-09, e publicaram, na sequência dessa experiência, o livro Olhos em Gaza, um best-seller internacional. Agora, eles afirmam que, em termos de danos causado à população civil, e principalmente às crianças, a atual guerra na Faixa de Gaza é ainda mais angustiante do que a anterior.


Ambos têm cerca de sessenta anos. Eram admiradores de Israel na sua juventude, mas na primeira guerra do Líbano em 1982 - durante a qual se alistaram para ajudar a tratar os palestinos feridos - as suas perspectivas e vidas mudaram para sempre. "Foi então que vi a máquina de guerra israelense pela primeira vez", lembra Gilbert.

Fosse dirige uma organização chamada NORWAC (Comitê da Ajuda Norueguesa), que presta assistência médica aos palestinos, e é financiada pelo governo norueguês. Gilbert (que é voluntário independente) e Fosse têm, ambos, dedicado boa parte das suas vidas a ajudar os palestinianos, o que tornou Gaza uma segunda casa para eles. Na segunda-feira à tarde, encontramos Fosse, um cirurgião cardíaco, em Herzlia, retornando para Gaza, depois das suas férias na Noruega. E conhecemos Gilbert, um anestesista, enquanto saía da passagem da fronteira de Erez a caminho de casa. As imagens descritas pelos dois deve pesar muito na consciência de cada ser humano decente.

"Pensei que a Operação Chumbo Fundido seria a experiência mais terrível da minha vida", disse Gilbert, "até que cheguei a Gaza há duas semanas. Era ainda mais chocante. Os dados revelam que há 4,2 vítimas palestinas por hora... Mais de um quarto dos mortos são crianças; mais da metade são mulheres e crianças. As forças armadas de Israel admitem que 70% são civis; a ONU diz que 80% são; mas pelo que vi no Shifa, mais de 90% são civis. Isso significa que estamos a falar de um massacre da população civil".

"Shujaiyeh foi um verdadeiro massacre", continua ele. "Na Operação Chumbo Fundido, eu não vi esse tipo de ataque em edifícios residenciais; naquela época, os prédios públicos foram atacados. A brutalidade, o dano intencional a civis e a destruição são mais angustiantes agora do que na Operação Chumbo Fundido. O fato de as pessoas receberem um aviso de 80 segundos para evacuar as suas casas é desumano. A visão de Shujaiyeh é mais terrível do que qualquer coisa que vimos na Operação Chumbo Fundido".

"Shujaiyeh parece Hiroshima. Nunca me vou acostumar com a visão de uma criança ferida, quando não temos à disposição meios adequados para tratar dela. Usamos anestesia local, devido à falta de remédios, e nem para isso há drogas suficientes".




Gilbert, que leciona na Universidade do Norte da Noruega, também está furioso com o que considera como danos intencionais do exército aos hospitais. Nada sobrou do hospital de reabilitação Al-Wafa; o hospital infantil Mohammed al-Dura em Beit Hanun foi bombardeado pelo exército, e uma criança de dois anos e meio, internada na UTI, foi morta. Quatro pessoas morreram no Hospital Al-Aqsa. Gilbert tinha visitado o hospital infantil e testemunhou a cena com os seus próprio olhos. Nove ambulâncias foram atacadas; os médicos foram mortos e feridos. Na opinião de Gilbert, estes incidentes constituem crimes de guerra.

O médico ficou particularmente impressionado pela determinação e comportamento dos residentes, principalmente os que compõem as equipas médicas locais. Em Shipa, nenhum dos funcionários recebeu salário por três meses; nos oito meses anteriores, apenas receberam metade dele. Mesmo os que viram as suas casas destruídas continuaram a trabalhar. A sua devoção à profissão sob tais condições deixaram-no atônito.

No que diz respeito à afirmação de que os líderes de Hamas estão escondidos em Shifa, os dois noruegueses dizem não terem visto um único homem armado ou qualquer chefe da organização; alguns ministro do Hamas foram visitar os feridos.

Gilbert diz que, também na Operação Chumbo Fundido, o exército de Israel tentou assustar o pessoal médico dizendo que os militantes armados estavam escondidos no hospital. Mas a última pessoa com armas que os noruegueses viram em Shifa foi um médico israelense, durante a primeira intifada, anos atrás. Gilbert diz que avisou o homem sobre a lei internacional, que proíbe levar armas para hospitais.

Da mesma maneira, ele recusa as declarações de que o Hamas está usando a população civil de Gaza como escudo humano, e adiciona: "Onde é que a resistência clandestina ao nazismo se escondia, na Holanda e França? E onde escondia as suas armas?"

"Eu não apoio o Hamas", diz Gilbert. "Eu apoio palestinos, e também o seu direito de escolher os líderes errados. E quem escolheu [o primeiro-ministro israelense] Neanyahu e [o ministro de Relações Exteriores, de extrema-direita] Lieberman? Eles [os palestinos] têm o direito de cometer erros. Visito Gaza há 17 anos. Quanto mais a bombardeiam, mais o apoio à resistência cresce. Sinto que a tentativa de retratar o Hamas como um Boko Haram é ridícula. Boko Haram é o exército de Israel, que está a violar a lei internacional. Como é que os seus comandantes podem estar orgulhosos de matar civis?

"A História vai julgá-los e acredito que o exército de Israel não vai sair bem desta situação, dados os fatos. Eu faço um apelo aos israelenses: ergam-se. Mostrem coragem. Israel está se movendo na direção de ser pior que a África do Sul - e isso seria uma forma vergonhosa de deixar o palco da história".

Fosse é mais comedido, provavelmente porque trabalhou apenas até a invasão por terra em Gaza começar. Em Shifa, ele conduziu cerca de dez operações por dia. Elogia a especialidade dos médicos de Gaza, com quem trabalhou.

Ele vê a sua missão como uma extensão para além da sala de cirurgia, ao levantar um grito de alarme para o mundo, depois de Gaza ser esvaziada de qualquer presença internacional por Israel. Ele afirma que a maioria dos feridos que tratou foram atingidos por mísseis guiados de precisão. Está certo, portanto, de que o maior número de ataques a civis e crianças foi intencional.




No seu livro, os noruegueses reproduziram uma foto dos atiradores do exército de Israel, vestindo t-shirts com as legendas: "Menores - mais duros" e "Uma bala - dois mortos". Desta vez, são os mísseis inteligentes que estão a matar crianças. Mas na opinião de Fosse, o cerco de Israel a Gaza é ainda mais sério para os seus residentes do que a guerra. E é esse o motivo de o Hamas estar mais agressivo agora.


"Há sete anos, a sociedade inteira está a desmoronar-se. Não há comércio, não há exportação nem saída. A única atividade que permite acumular dinheiro é o contrabando, e isso destrói a sociedade. Destrói Gaza como uma sociedade normal. O cerco criou um reduzido grupo de pessoas que enriquecem com o contrabando. Todas as outras são pobres. Isso mina a estrutura da sociedade, e é o maior problema de Gaza.

"Recordei-me das minhas conversas com cirurgiões palestinos da minha idade. Durante anos, eles viveram numa Gaza aberta, que tinha relações excelentes com os médicos israelenses. Sempre sonharam em voltar a essa situação. Agora, esses mesmos médicos reúnem-se em volta da televisão e ficam felizes quando foguetes caem no país vizinho. Eu alerto: mas Israel vai reagir. E eles dizem: não nos importamos mais. Vamos morrer de qualquer maneira. É melhor morrer num bombardeamento.

"Eles perderam toda a esperança. É chocante ver estas pessoas a perderem os seus filhos e não se importarem mais. Israel está a perder soldados, agora, para preservar uma situação a que o mundo inteiro se opõe. Isso é um crime contra uma população civil imensa", acrescenta Fosse.

"Vocês roubaram o seu futuro e eles estão em desespero. O Hamas não tem muito apoio, mas há um imenso apoio ao sentimento de que não há mais nada a perder. E, do outro lado, está a sociedade israelense, que não se importa. É muito triste. Vocês, que passaram pelo Holocausto, tornaram-se racistas. Na minha opinião, isso é uma tragédia. Por que estão a fazer isso? Estão a ultrapassar todos os limite éticos - e, no fim, isso também vai destruir a sua própria sociedade." 



(*) Artigo traduzido e publicado em português pelo Outras Palavras. Tradução de Cauê Ameni e Gabriela Leite
http://www.patrialatina.com.br/editorias.phpidprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=14159

Fonte: Pravda
Imagens: Google




Querem ser putas do Tio Sam? Pois paguem!

8 de Agosto de 2014, 14:11, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




 The Saker, The Vineyard of the Saker
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
 Caros amigos,

Fiz uma pausa na minha vida no espaço “de carne e osso”, para comentar a grande novidade do dia:

— A Rússia está proibindo, por 12 meses, todas as importações de carne de boi, de porco, frutas e legumes, carne de frango, pescado, queijos e laticínios em geral, da União Europeia, dos EUA, da Austrália, do Canadá e do Reino da Noruega, para a Rússia.

— A Rússia também fechou o espaço aéreo para linhas europeias e norte-americanas que sobrevoem [seu] espaço aéreo para o leste da Ásia, a saber, a Região do Pacífico Asiático, e está considerando mudar os pontos chamados de entrada e saída do espaço aéreo russo, para voos europeus, agendados e charter.

Além disso, a Rússia está preparada para modificar as regras de uso das rotas transiberianas e interromperá conversações com autoridades aéreas dos EUA sobre o uso das rotas transiberianas. Finalmente, a começar nesse inverno, podemos revogar direitos adicionais concedidos por autoridades aéreas russas além de acordos prévios.

É desenvolvimento interessante e importante, que exige análise muito mais sutil que o cálculo estreito do quanto pode custar aos EUA ou à União Europeia. Em vez de tentar cálculo desse tipo, destacarei os seguintes elementos:

Primeiro, é resposta tipicamente russa. Há uma regra básica que todas as crianças russas aprendem na escola, em brigas de rua, no exército e por toda parte: nunca ameace e nunca prometa; aja. Diferente dos políticos ocidentais que passaram meses ameaçando sanções, os russos limitaram-se a dizer vagamente que se reservavam o direito de responder. Então, BANG! Aí está embargo amplo e de grande alcance, o qual, diferente das sanções ocidentais, terá forte impacto no ocidente, mas ainda maior na própria Rússia (mais sobre isso, adiante).

Essa tática de “palavras zero & só ação” é concebida para maximizar a contenção de atos hostis: uma vez que os russos nunca anunciaram antes o que poderiam fazer como retaliação, só Deus sabe o que podem fazer agora, na sequência! :-)

Segundo, as sanções escolheram a dedo os próprios alvos. Os europeus têm agido como prostitutas sem cérebro nem autorrespeito em todo esse assunto; sempre se opuseram às sanções, desde o primeiro momento, mas não tiveram coragem de fazer-saber ao Tio Sam. Por isso, acabaram tendo de render-se total e vergonhosamente. A mensagem dos russos é simples: “Querem ser putas do Tio Sam? Pois paguem o preço!” Esse embargo ferirá especialmente o sul da Europa (Espanha, França, Itália, Grécia) cuja produção agrícola sofrerá muito. São também os países mais fracos na União Europeia. Ao atingi-los, a Rússia está maximizando a inevitável fricção dentro da União Europeia em torno das sanções contra a Rússia.

Terceiro, não é só que as empresas de aviação da União Europeia sofrerão com custos mais altos e tempos de voo mais longos nas importantíssimas rotas da Europa à Ásia: as empresas de aviação asiáticas nada sofrerão, o que assegura às segundas dupla vantagem competitiva. Que tal esse arranjo, para castigar um dos lados e recompensar o outro? A União Europeia criou problemas para uma empresa aérea russa (Dobrolet), por causa de seus voos para a Crimeia, e por isso toda a comunidade das empresas aéreas da União Europeia pagará o preço de tremenda desvantagem em relação às suas contrapartes asiáticas.


Quarto, a Rússia usou essas sanções para fazer uma coisa vital para a economia russa. Explico-me: depois do colapso da URSS, a agricultura russa permaneceu em completo desarranjo, e Yeltsin só fez piorar tudo. Os agricultores russos simplesmente não podiam competir contra avançadas empresas de agroindústria, que se beneficiam de grande economia de escala, de pesquisa química e biológica de alta (e caríssima) tecnologia, que controlam toda a cadeia de produção (quase sempre coligadas em imensas empresas holdings) e têm alta capacidade para marketing e qualidade. O setor agrícola russo precisava muito, precisava desesperadamente, de barreiras e tarifas que o protejam contra as gigantes capitalistas ocidentais; mas, em vez disso, a Rússia só fez ordenar-se voluntariamente pelos padrões da OMC; até se tornou membro. Agora, a Rússia está usando esse embargo total para dar à agricultura russa um tempo crucialmente necessário para investir e alcançar fatia muito maior do mercado russo.

Não esqueçam que os produtos russos são LIVRES DE ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS; [20/5/2014, “Rússia prendeu o demônio Monsanto de volta na garrafa”, F. William Engdahl, Global Research, Canadá (em inglês)] que usam muito menos conservantes, antibióticos, corantes, intensificadores de sabor e pesticidas. E, dado que são produção local, não exigem que se usem técnicas desse tipo de refrigeração/preservação que, como todos sabem, fazem todos os produtos ficar com gosto de caixa de papelão. Em outras palavras, os produtos agrícolas russos têm muito melhor sabor e qualidade – o que, como se sabe, não basta para fazer um campeão de mercado. Esse embargo servirá como impulso poderoso para investir, desenvolver, e alcançar melhores fatias de mercado.

Quinto, há 100 países que não votaram com os EUA na questão da Crimeia. Os russos já anunciaram que esses são os países com os quais a Rússia comerciará para obter produtos que não se possam produzir indigenamente. Boa recompensa a quem se levanta contra o Tio Sam.

Sexto, é pouquinho, mas é doce: vocês perceberam que as sanções da União Europeia foram impostas só por três meses e “para posterior revisão”? Ao impor embargo por 12 meses, a Rússia também envia mensagem bem clara: “E agora?! Quem vocês acham que se beneficiará da confusão que vocês armaram?”.

Sétimo, é absolutamente errado calcular que o país X da UE exportava Y milhões de dólares à Rússia, e daí concluir que o embargo russo custará Y milhões de dólares ao país X da UE. Por que está errado? Porque a não venda desse produto criará um excedente que afetará adversamente a demanda ou, se a produção cair, afetará os custos de produção (economias de escala). Na direção inversa, para um hipotético país não-UE Z, um contrato com a Rússia pode significar dinheiro suficiente para investir, modernizar-se e tornar-se mais competitivo, não só na Rússia, mas nos mercados mundiais, inclusive na UE.

Oitavo, os países bálticos desempenharam papel particularmente daninho em todo o caso da Ucrânia, e agora algumas de suas indústrias mais lucrativas (por exemplo, de pescado), que eram 90% dependentes da Rússia, terão de fechar. Aqueles países já estão em terrível confusão, mas agora a coisa piorará muito. Mais uma vez, a mensagem bem simples: “Querem ser putas do Tio Sam? Pois paguem!”

Nono, e esse é tópico realmente importante: o que está acontecendo é que a Rússia vai gradualmente se separando das economias ocidentais. O ocidente rompeu alguns laços financeiros, militares e aeroespaciais; a Rússia rompeu os laços monetários, agrícolas e industriais. Não esqueçam nem por um instante que o mercado EUA/UE é mercado em processo de naufrágio, afetado por profundos problemas sistêmicos e questões sociais gigantescas. Em certo sentido, a comparação perfeita ainda é o Titanic, com a orquestra tocando enquanto o navio afundava. A Rússia é como um passageiro que, naquele momento, recebeu a notícia de que as autoridades do Titanic não o consideravam bem-vindo a bordo e o desembarcariam no próximo porto. Quer dizer... Mas... Que diabo de ameaça é essa?!

Décimo e último, mas de modo algum menos importante, essa guerra comercial, combinada à russofobia histérica do ocidente, está oferecendo a Putin a melhor campanha de Relações Públicas com que o Kremlin poderia sonhar. A propaganda na Rússia só tem de dizer à população a mais absoluta verdade:

Os russos fizemos tudo certo; fizemos tudo conforme o manual deles; fizemos todo o possível para desescalar essa crise; e, em troca, a única coisa que pedimos foi que, por favor, façam parar o genocídio do nosso povo na Novorrússia... E o que fez o Ocidente? Como respondeu? Com uma campanha insana de ódio, com sanções contra nós e com apoio total aos nazistas genocidas em Kiev.

 
Além disso, como quem acompanha atenta e cuidadosamente a imprensa-empresa russa, posso dizer a vocês que o que está acontecendo hoje parece muito com coisa já conhecida. Parafraseando Clausewitz, pode-se dizer que o que estamos vendo hoje é “uma continuação da IIª Guerra Mundial, mas por outros meios”. Em outras palavras, uma luta a ser combatida até o fim, entre dois regimes, duas civilizações que não podem conviver no mesmo planeta e que estão atadas uma à outra, em luta de vida e morte. Nessas circunstâncias, o apoio do povo russo ao presidente Putin só fará aumentar ainda mais.
 

Em outras palavras: em movimento que os judocas conhecem bem, Putin usou a fúria da campanha ocidental anti-Rússia e anti-Putin, mas contra o ocidente e a favor da Rússia e de Putin: a Rússia beneficiar-se-á de tudo isso, economicamente e politicamente. Longe de ser ameaçada por algum tipo de “Maidan nacionalista” no próximo inverno, o regime de Putin será fortalecido pelo modo como gerenciou a crise (os índices de aprovação popular de Putin estão ainda mais altos que antes).
 

Sim, claro, os EUA já mostraram que têm vasto conjunto de capacidades para ferir a Rússia, sobretudo mediante um sistema de cortes e tribunais de justiça (nos EUA e na UE) que é tão subserviente ao estado profundo dos EUA, quanto as cortes e os tribunais da Coreia do Norte são subservientes ao “Amado Líder” deles, em Piongueangue. E a perda total do mercado ucraniano (de importações e de exportações) também ferirá a Rússia. Temporariamente. No longo prazo, toda essa situação é imensamente proveitosa para a Rússia.
 

Entrementes, Maidan está novamente em fogo, Andriy Parubiy renunciou, e os Ukies não param de bombardear hospitais e igrejas na Novorrússia. Sem novidades, pois.
 
 
 
 
Quanto à Europa, amanheceu furiosamente bombardeada e em choque. Francamente, nessa manhã, minha feia capacidade para sentir prazer ante a desgraça de alguns parece não ter limites. Que aquelas arrogantes não entidades do tipo de Van Rompuy, Catherine Ashton, Angela Merkel ou José Manuel Barroso se afoguem na tempestade de merda que a estupidez deles, a falta de vergonha, de coragem, de espinha dorsal dessa gente, criou.
 

Nos EUA, Jen Psaki parece viver sob a impressão de que a região de Astrakhan mudou-se durante a noite para a fronteira da Ucrânia, enquanto o Ministério de Defesa da Rússia anuncia que:
 

(...) abrirá contas especiais nas redes sociais e redes abertas de distribuição de vídeos e filmes, para conseguir fazer chegar ao Departamento de Estado dos EUA e ao Pentágono informação prestável, não errada, sobre as ações do exército russo.
 

Será que, tudo isso posto, os líderes da UE conseguirão entender que puseram seu dinheiro no cavalo errado?
 

The Saker

PS: Tenho de sair novamente. Estarei de volta no sábado à tarde. 
 
 
 
Fonte: Redecastorphoto, retirado do site Contexto Livre



Médico em Gaza

8 de Agosto de 2014, 11:55, por Desconhecido - 0sem comentários ainda









Fonte: Vida longa, Palestina




21 Perguntas Sobre o Ebola: Propaganda do Governo, Corrupção Médica e Armas Biológicas

7 de Agosto de 2014, 18:05, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

  



Por Natural News

Algo suspeito sobre as histórias oficiais que estão sendo contadas sobre o Ebola. As coisas não batem, e é por isso que estamos colocando essas vinte e uma questões importantes que todos nós devemos analisar:
 


1) Por que a empresa trabalhando na fabricação de vacinas para o Ebola – Tekmira – recebe dinheiro da Monsanto e ainda considera a Monsanto como um dos seus parceiros importantes de negócios? (1)

2) Se o Ebola “não é uma ameaça” para os cidadãos norte-americanos como as autoridades governamentais continuam a afirmar, então por que o Departamento de Defesa dos EUA gastam 140 milhões dólares americanos em um contrato relacionado com o Ebola com a empresa Tekmira?

3) Se o Ebola não é uma ameaça para os EUA, então por que o Departamento de Defesa implantou equipamentos de detecção de Ebola para todos os 50 estados? (2)

4) Por que o Presidente Obama acabou de assinar um novo decreto que autoriza o governo a prender e colocar em quarentena americanos que apresentem sintomas de infecções respiratórias? (3)

5) Como as autoridades de saúde dos Estados Unidos afirmam que existe o risco zero de pacientes com Ebola sendo tratados em hospitais norte-americanos, quando esses mesmos hospitais não podem controlar infecções por superbactéria? 

Muitos hospitais estão mal preparados para conter qualquer agente patogênico. É por isso que pelo menos 75 mil pessoas morrem por ano  de infecções hospitalares. Se os hospitais não conseguem parar as infecções comuns, como a MRSA, VRE e C. diff, eles não podem lidar com Ebola.”Fox News (4)

6) Por que nós devemos confiar na manipulação do Ebola pelo CDC quando a agência não pode sequer manter o controle de sua amostras de antraz, gripe aviária e de varíola? (Natural News)

7) Por que vítimas de Ebola foram transportados para cidades nos EUA, quando poderiam receber assistência médica no exterior? 

Agora, eles estão trazendo pacientes altamente infecciosos para a nação dos EUA  que é livre do Ebola. Ao fazer isso, eles estão violando a regra primária de contágio: Isolamento.” – Disse o  radialista Michael Savage (5)

A linguagem de sua nova ordem executiva afirma que os funcionários do governo podem deter à força e colocar em quarentena as pessoas com:

…doenças que estejam associadas com febre e sinais e sintomas de pneumonia ou de outras doenças respiratórias, capazes de serem transmitidas de pessoa para pessoa, e que causem, ou tenham o potencial para causar uma pandemia, ou após a infecção, sejam altamente susceptíveis de causar mortalidade ou morbidade grave se não forem devidamente controladas.

8) Como nós podemos confiar que o governo nos diga a verdade sobre o Ebola quando esse mesmo governo mente repetidamente sobre a gripe suína, a gripe, a radiação de Fukushima, a tecnologia de controle de clima, a segurança da fronteira, e aparentemente, todo o resto?

9) Se os médicos norte-americanos afirmam ser tão incrivelmente cuidadosos com o Ebola, que o vírus não poderia escapar das salas de contenção da Universidade de Emory, então como é que os médicos americanos que estão sendo tratados lá contraíram o Ebola em primeiro lugar? Não estavam eles também tomando cuidado?

10) Como os médicos norte-americanos e os trabalhadores de saúde seriam capazes até mesmo de identificar as pessoas com Ebola quando eles parecem “em forma e saudáveis” até o fim?

O que é chocante é o quão saudável o paciente parece antes de morrer e a rapidez com que eles pioram. Um número de pacientes de Ebola que eu vi pareciam muito em forma e saudáveis e puderam andar até pouco antes de suas mortes.” – Dr. Oliver Johnson (6)

11) Se o Ebola não é transmitido através do ar como alguns afirmam, então por que os médicos que tratam pacientes Ebola sempre usam máscaras?

12) Se os hospitais são bons no controle da infecção, então por que tantas vítimas de SARS contraem a infecção enquanto estão sentadas em salas de espera nos hospitais? 

Um relatório do governo concluiu mais tarde para o hospital afetado pela SARS, que o controle da infecção não era uma prioridade. Eventualmente, 77% das pessoas que contraíram o SARS durante o trabalho, em visitas ou sendo tratadas em um hospital.“- Fox News (7)

13) Se o Ebola escapar dos pacientes na Universidade de Emory e começa a infectar o público, você acha que a verdade sobre isso jamais seria dita? Ou em vez disso, a história oficial seria a alegação de que “terroristas de Ebola” soltaram o vírus?

14) Quem se beneficia com um surto de Ebola nos EUA? 

Esta é uma questão chave para perguntar, e as respostas são óbvias: o CDC, os fabricantes de vacinas e as empresas farmacêuticas, e qualquer um no governo que queira declarar um estado policial e começar a colocar as pessoas em quarentena em uma emergência médica.

15) Já sabemos que há pessoas poderosas que promovem abertamente a redução da população (Bill Gates, Ted Turner, etc). Seria um surto de Ebola fabricado possivelmente um plano deliberado de redução de população por algum grupo que não valoriza a vida humana e queira rapidamente reduzir a população?

16) Por que as autoridades de saúde dos Estados Unidos intencionalmente escondem do público o verdadeiro número de possíveis vítimas de Ebola em hospitais norte-americanos que estão sendo testadas para o Ebola agora? 

Em uma aparente tentativa de evitar a histeria, as autoridades de saúde dos Estados Unidos estão retendo detalhes sobre uma série de suspeitas de vítimas de Ebola do público.” – Paul Joseph Watson, Infowars (8)

17) Se as infecções de Ebola são tão fáceis de controlar (como afirmam as autoridades de saúde dos Estados Unidos), então por que os corpos de vítimas do Ebola estão sendo jogados abertamente nas ruas na África Ocidental? 

Parentes de vítimas de Ebola na Libéria desafiaram as ordens de quarentena do governo e jogaram os corpos infectados nas ruas enquanto os governos do Oeste Africano lutam para impor medidas duras para conter um surto…” – Reuters (9)

18) Por que muitos moradores em Serra Leoa verdadeiramente acreditam que o recente surto de Ebola foi deliberadamente provocado por funcionários do governo? 

O Ebola é uma doença nova em Serra Leoa e quando os primeiros casos surgiram, muitas pessoas pensaram que poderia ser uma conspiração do governo para minar certos grupos tribais, roubar órgãos ou receber dinheiro dos doadores internacionais…” – The Daily Mail (6)

19) Tendo em conta que o governo dos EUA já financiou experimentos médicos ultrajantes em americanos e estrangeiros (ver as experiências médicas guatemaltecas financiadas pelo NIH), por que não acreditam que o governo é capaz de implantar o Ebola em experimentos de armas biológicas na África Ocidental?

20) Tendo em conta que muitas vacinas acidentalmente causam a doença eles pretendem evitar (devido ao vírus enfraquecido que ainda permanecem ativo em um pequeno número de frascos de vacina), não é provável que as vacinas Ebola possam realmente causar infecções de Ebola em alguma porcentagem dos que as receberem? Como nós podemos confiar em qualquer vacina, quando os fabricantes de vacinas receberam imunidade legal absoluta de produtos defeituosos ou falhas no controle de qualidade?

21) Como podemos confiar em um sistema médico que continua a colocar mercúrio em vacinas contra a gripe, recusa-se a recomendar a vitamina D para pacientes com câncer e tem sido criminalmente corrompido ao ponto em que as empresas farmacêuticas são rotineiramente acusadas ​​por crimes de suborno e fixação de preços?


Veja respostas sobre o vírus Ebola no site: Caminho Alternativo

 
Referências:
1) http://www.naturalnews.com/046290_ebola_patent_vaccines_profit_motive.html
2) http://www.anovaordemmundial.com/2014/08/nao-tema-o-ebola-tema-o-estado.html
3) http://www.anovaordemmundial.com/2014/08/se-o-ebola-atingir-os-eua-ate-mesmo-os-americanos-saudaveis-serao-colocados-em-quarentena.html
4) http://www.foxnews.com/opinion/2014/08/04/many-us-hospitals-not-prepared-for-ebola
5) http://www.wnd.com/2014/08/ebola-madness-is-epidemic/
6) http://www.dailymail.co.uk/health/article-2715647/Whats-shocking-Ebola-patients-look-die-British-doctor-working-Sierra-Leone-describes-horror-deadly-disease.htm
7) http://www.foxnews.com/opinion/2014/08/04/many-us-hospitals-not-prepared-for-ebola
8) http://www.infowars.com/u-s-health-authorities-concealing-number-of-suspected-ebola-victims-from-public/
9) http://news.yahoo.com/bodies-dumped-streets-west-africa-struggles-curb-ebola-164345648–finance.html



Fonte: NotíciasNaturais
Imagem: Google 



Quem arma a mão assassina dos sionistas

6 de Agosto de 2014, 12:11, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 
 
 
 
Por José Reinaldo Carvalho *

O Estado genocida de Israel não age sozinho. Conta com a cumplicidade do imperialismo estadunidense. Há um mês, invocando falsos pretextos, o regime sionista israelense bombardeia sistematicamente o território palestino da Faixa de Gaza. Suas tropas terrestres ocuparam o terreno, onde praticam diariamente crimes de lesa-humanidade, absoluto terrorismo de Estado, que já vitimou mais de 1,8 mil palestinos, na grande maioria civis, entre os quais mulheres, idosos e crianças.


Nesse quadro, a opinião pública internacional recebe pasmada a informação de que na segunda-feira (4) o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou a lei, aprovada pelo Congresso norte-americano, que permitirá um aporte adicional de US$ 225 milhões para financiar o sistema antimísseis Iron Dome (Cúpula de Ferro) de Israel. Os dois governos imperialistas comemoram que com isso, “reduz-se notavelmente a capacidade do Hamas” de atacar o Estado sionista.

"Os Estados Unidos têm orgulho do Iron Dome, desenvolvido conjuntamente com Israel e financiado pelos EUA, que salvou milhares de vidas em Israel", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado no qual ressalta que "o contínuo apoio bipartidário (partidos Democrata e Republicano) ao sistema antimísseis garante a Israel a manutenção desta defesa vital contra foguetes e artilharia".

A pergunta que não quer calar, em tal caso, é o que fazer para reduzir notavelmente a capacidade do regime israelense de atacar a Faixa de Gaza e com isso promover a carnificina e o genocídio. As cínicas autoridades estadunidenses e as lideranças dos dois partidos que dão sustentação política no Capitólio às políticas belicistas passam largo da questão de como salvar milhares de vidas dos palestinos dos monstruosos ataques israelenses. Se é assim, assiste razão à Resistência e à luta do povo palestino, com os meios que estiverem a seu alcance. Aliás, o direito de lutar contra a ocupação é assegurado pelos princípios que regem as Nações Unidas.

O financiamento dos Estados Unidos ao sistema antimísseis israelense é apenas um detalhe no conjunto da assistência militar que a superpotência imperialista fornece ao Estado genocida de Israel, seu principal aliado na região do Oriente Médio. Anualmente, essa assistência é de 3 bilhões de dólares, que já atingiu o valor acumulado de 121 bilhões de dólares. De acordo com o próprio Congresso dos Estados Unidos, o Estado sionista é o principal receptor de ajuda dos Estados Unidos desde a Segunda Guerra Mundial.

Como disse o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, em reflexão publicada nesta terça-feira (5), “O genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra. Por que acredita o governo desse país que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino? Por acaso se espera que ignore quanto há de cumplicidade por parte do império norte-americano neste massacre desavergonhado?”

O Reino Unido, outro importante aliado do regime israelense, mantém com este milionários negócios de venda de artefatos bélicos. Os contratos de exportação de armas e outros equipamentos militares entre a monarquia britânica e Israel são da ordem de 8 bilhões de libras (R$ 32 bilhões).

Sob pressão da opinião pública, países europeus começam a manifestar críticas ao regime israelense pelas atrocidades cometidas em Gaza. As agências noticiosas internacionais informaram nesta terça-feira (5) que os governos britânico e espanhol podem “rever” ou “suspender” as vendas de armas e outros artefatos militares para Israel.

É algo a conferir. Em todo caso, alastra-se o debate sobre a ajuda militar a um Estado que pratica massacres contra a população civil e viola flagrantemente o direito internacional. Aliás, o regime israelense já desrespeitou 32 resoluções das Nações Unidas.

É neste contexto que é justo arguir por que o Brasil mantém acordos militares com o regime israelense. A posição de nossa diplomacia foi firme ao convocar o nosso embaixador em Tel Aviv e pedir explicações ao embaixador israelense em nosso país pelos fatos ocorridos em Gaza. Com isso, despertou a fúria do governo sionista e seus lacaios no Brasil – entidades, partidos e mídia.

Como país que joga crescente papel na cena política internacional, o Brasil dará importante contribuição para deter os crimes de Israel se suspender os contratos militares que mantém com esse regime.




*José Reinaldo Carvalho é Jornalista, Diretor do Cebrapaz, membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e editor do Vermelho.



Fonte: Vermelho
Imagens: Google



Mensagem do cirurgião norueguês Mads Gilbert diretamente do hospital SHIFA, em Gaza, Palestina

4 de Agosto de 2014, 11:07, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Queridos amigos,

A noite passada foi muito dura para todos nós aqui. A "invasão por terra" em Gaza provocou dezenas de mortos e um montão de mutilados, feridos, ensanguentados e moribundos. Todos palestinos, de todas as idades. Todos civis e que nada têm a ver com essa guerra fratricida.

Os enfermeiros e voluntários/as são verdadeiros heróis que estão passando com as ambulâncias em meio aos escombros para ver se conseguem salvar ainda algumas vítimas. Estão trabalhando todos 24 horas por dia, quase caindo de cansaço e sob o peso de um trabalho desumano, além de não receberem nenhum pagamento. Há quatro meses, o hospital Shifa não tem dinheiro para pagar a ninguém. Assim mesmo, os funcionários estão correndo atrás de sangue e de leitos para socorrer esses seres humanos que são mortos pelo Estado de Israel como se fossem mosquitos. E são seres humanos...
 

Como médico, só posso testemunhar minha profunda admiração pelos voluntários e minha proximidade espiritual dessa resistência ("sumud") palestina. Verdadeiros mártires que nos dão força, mesmo se somente em vê-los, tenho vontade de gritar de dor, de chorar. Muitos pais, agarrados a uma criança, morta ou ferida, coberta de sangue, para lhe proteger em um abraço sem fim, mas nós temos de lhes dizer: nos entreguem suas crianças. Isso é perigoso. Elas e vocês podem morrer.E de repente, um barulho, uma explosão, mais cinzas... Aí vem outras dezenas de ensanguentados e feridos.

Verdadeiro lago de sangue no nosso átrio de emergência. São mais de cem casos chegados nessa noite ao hospital e aqui já não temos eletricidade, nem água, nem material de curativo, remédios, nada. E o próprio hospital teve uma ala bombardeada e está em escombros. É difícil acreditar que tudo isso está acontecendo apenas para que o Estado de Israel possa firmar sua ocupação militar nos territórios palestinos, sob qualquer pretexto, como esse da morte de três adolescentes judeus. Às vezes, custa a acreditar que, em pleno século XXI, uma coisa dessas possa estar acontecendo.

Preciso parar essa mensagem porque exatamente nesse minuto, escuto a orquestra macabra da máquina de guerra israelita, com sua artilharia atirando diretamente de navios no porto sobre as pessoas que passam nas ruas, os F16 norte-americanos que rugem sobre o nosso céu e os aviões não pilotados (Zenanis) que passam muito baixo quase sobre nossas cabeças. Tudo pago pelos Estados Unidos e países ocidentais que financiam tudo isso. Convido o presidente dos Estados Unidos e as pessoas que ainda acham que o Estado de Israel possa ter alguma razão de vir aqui passar uma noite no nosso hospital - uma noite no Shifa Hospital basta.


Por favor, nos ajudem a pôr fim a esse massacre.
Se vocês se omitem e fazem de conta de não saberem, serão cúmplices diante de Deus de tanto sangue derramado. Em nome do Deus de todas as crenças, façam o que puderem para parar esse massacre. Isso não pode continuar.


Dr. Mads Gilbert, norueguês sem religião, sem partido político, mas com humanidade no coração. 



Imagem: Google



Templo de Salomão e a “SANTA” HIPOCRISIA

3 de Agosto de 2014, 20:55, por BURGOS (Cãogrino)




Tenho visto inúmeras críticas sobre a inauguração do Templo de Salomão construído pela Igreja Universal do reino de Deus (IURD).

– Um templo faustoso, para cuja construção milhões de fieis contribuíram muitas vezes com o que tinham no bolso.

– Igreja universal é a máquina evangélica de tirar dinheiro dos ingênuos, dos inocentes, dos crédulos e dos pobres.

– As pessoas vão cultuar espaços físicos no lugar de Deus.

– Haverá peregrinações como se fosse um lugar sagrado.


– Se criará mais um fomento do mercado religioso brasileiro.


– Voltar a “adorar” a simbologia do Antigo Testamento é um retrocesso da fé cristã.


 – Apesar da afirmação “Feito para a glória de Deus”, o templo de Salomão não servirá ao pobre, à viúva, ao necessitado, ao desalojado e ao órfão, mas todas as pessoas servirão o templo e sustentarão seus gastos.


– Deus não está em templos feitos por mãos humanas, mas habita em pessoas através do seu Espírito. Os cristãos são o verdadeiro templo do Espírito de Deus. 

– Rabino Chaim Richiman critica duramente a Igreja Universal pela construção do templo de salomão, e diz que a IURD quer se apropriar de um símbolo judeu para ter credibilidade.

– Deputado Jean Wyllis: (sobre inauguração do Templo de Salomão em sua página no facebook) só me veio, à mente, as palavras de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus, que ouvi lá nos meus tempos de Pastoral da Juventude do Meio popular: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões'" (Mateus, 21, 13).

Estas foram algumas das muitas críticas que li a respeito, e que considero a todas uma “SANTA” HIPOCRISIA.

Em primeiro lugar o que me espanta é ver que o Deputado Jean Wyllis que diz lutar contra qualquer tipo de discriminação e preconceito é o primeiro a agir preconceituosamente contra o templo da universal. Quanta hipocrisia!!! Eu particularmente acho que o mal da humanidade são as religiões, mas sempre respeitei seus seguidores. Quanto a dizer que o templo é um covil de ladrões, ele deveria comparar também com o Vaticano, afinal todo mundo sabe que esse foi e continua sendo o maior covil que já existiu e existe até hoje, ladrões que recebiam terras como forma de pagamento em troca de um lugar ao céu, também é um covil de pedófilos. Pelo jeito nem o nobre deputado Jean Wyllis consegue viver sem preconceitos.  
Na minha humilde opinião o nobre deputado Jean Willys deveria estar mais preocupado com o DARF da Rede Globo, ou será que isso o nobre deputado não pode fazer referência por ter participado do programa “CULTURAL” de maior audiência da rede globo, o Big Brother?

E em referência a quaisquer outras críticas ao Templo de Salomão eu pergunto:

Qual a diferença do Templo de Salomão da Igreja Universal do reino de Deus para os tantos templos de outras tantas religiões?

Será porque na IURD não teve uma santa inquisição?

Será porque a IURD não massacrou ninguém em terra santa?

Será porque a IURD não tem um Papa que acobertou as torturas em uma ditadura?

Será porque a IURD não é como a religião católica que escondia seus padres pedófilos?

Porque tanta benevolência com outras religiões que já cometeram inúmeras tragédias, e tanto preconceito contra a IURD?

Se a Igreja Universal explora seus fiéis, então me respondam como as outras religiões conseguiram dinheiro para erguer seus templos?



Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil



O maior centro de peregrinação mariana do mundo, fica no Brasil (maior pais católico do mundo). O Santuário, construído entre 1946 a 1980, chega a receber 10 milhões de visitas por ano. Em seu interior cabem de 45 a 70 mil devotos, num espaço de 12.000 m². A basílica fica em Aparecida, interior de São Paulo. Seu anexo conta com shopping, clínica médica e restaurantes.

2012- O Santuário Nacional de Aparecida pretende investir, a partir deste ano, R$ 5 milhões para revestir a cúpula do templo com mosaicos italianos e ouro.
O teto do espaço receberá uma cruz estilizada como a árvore da vida. Acompanham o desenho de animais da fauna brasileira. Para compor as peças, serão utilizados mosaicos, formados a partir da união de pequenas peças coloridas, de cerca de quatro centímetros de metros quadrados. Para adornar os desenhos, serão aplicadas folhas e detalhes em ouro. O preenchimento da cúpula, demanda arte de 1.500 metros quadrados. As oito sapatas que sustentam a cúpula serão revestidas com azulejos. Os mosaicos italianos ainda serão trazidos para o país e serão implantados por equipe especializada.
A previsão é que a obra tenha início este ano e seja finalizada em 2017. A verba utilizada para a obra será arrecadada por meio das doações de fiéis, especialmente por meio da tradicional Campanha dos Devotos.



Santuário de Nossa Senhora de Lichen, Polônia

Construída através de doações de peregrinos, a basílica levou 10 anos para ficar pronta (1994-2004). A igreja, católica romana, fica em Lichen Stary na grande Polônia.



Basílica de Nossa Senhora da Paz, Costa do Marfim



Com 8.000 m² de área interna, a construção da igreja foi inspirada na basílica de são Pedro em 1989. Apesar de parecer pequena, ela pode acomodar até 18 mil pessoas em seu interior. O local onde a basílica foi construída fica no meio da floresta africana em uma cidade pobre onde a maioria da população não dispõe de água corrente e saneamento básico adequado. O custo da basílica dobrou a dívida da Costa do Marfim.



Basílica da Santíssima Trindade, Portugal




A Basílica da Santíssima Trindade está localizada na Cova da Iria, freguesia de Fátima é uma enorme basílica dedicada à Santíssima Trindade, com 8.633 lugares sentados e 40.000 m², trata-se do quarto maior templo católico do mundo em capacidade, tendo sido integralmente pago com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos.


Padre Marcelo Rossi ergue o maior templo católico do Brasil em São Paulo







O padre Marcelo Rossi inaugurou o Santuário Theotokos – Mãe de Deus, um dos maiores templos católicos do país. Estiveram presentes na época da inauguração o então prefeito da cidade, Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin.

Berlim abrigará primeiro templo do mundo a reunir sinagoga, mesquita e igreja

Berlim vai ganhar um templo multirreligioso: a House of One (Casa de Um Só) – o primeiro edifício sacro do mundo a reunir, sob o mesmo teto, uma sinagoga, uma mesquita e uma igreja. Com início das obras programado para os primeiros meses de 2016.

 

 Concluindo:

Depois de todas essas imagens e informações acima, criticar o Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é a mais "SANTA HIPOCRISIA".

E quem achar que não é, 

QUE JOGUE A PRIMEIRA PEDRA

 PS. Não sou religioso, não sigo nenhuma religião, e não sou hipócrita.

Burgos Cãogrino

 

 




Templo de Salomão e a “SANTA” HIPOCRISIA

3 de Agosto de 2014, 20:55, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Tenho visto inúmeras críticas sobre a inauguração do Templo de Salomão construído pela Igreja Universal do reino de Deus (IURD).

– Um templo faustoso, para cuja construção milhões de fieis contribuíram muitas vezes com o que tinham no bolso.

– Igreja universal é a máquina evangélica de tirar dinheiro dos ingênuos, dos inocentes, dos crédulos e dos pobres.

– As pessoas vão cultuar espaços físicos no lugar de Deus.

– Haverá peregrinações como se fosse um lugar sagrado.


– Se criará mais um fomento do mercado religioso brasileiro.


– Voltar a “adorar” a simbologia do Antigo Testamento é um retrocesso da fé cristã.


 – Apesar da afirmação “Feito para a glória de Deus”, o templo de Salomão não servirá ao pobre, à viúva, ao necessitado, ao desalojado e ao órfão, mas todas as pessoas servirão o templo e sustentarão seus gastos.


– Deus não está em templos feitos por mãos humanas, mas habita em pessoas através do seu Espírito. Os cristãos são o verdadeiro templo do Espírito de Deus. 

– Rabino Chaim Richiman critica duramente a Igreja Universal pela construção do templo de salomão, e diz que a IURD quer se apropriar de um símbolo judeu para ter credibilidade.

– Deputado Jean Wyllis: (sobre inauguração do Templo de Salomão em sua página no facebook) só me veio, à mente, as palavras de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus, que ouvi lá nos meus tempos de Pastoral da Juventude do Meio popular: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões'" (Mateus, 21, 13).

Estas foram algumas das muitas críticas que li a respeito, e que considero a todas uma “SANTA” HIPOCRISIA.

Em primeiro lugar o que me espanta é ver que o Deputado Jean Wyllis que diz lutar contra qualquer tipo de discriminação e preconceito é o primeiro a agir preconceituosamente contra o templo da universal. Quanta hipocrisia!!! Eu particularmente acho que o mal da humanidade são as religiões, mas sempre respeitei seus seguidores. Quanto a dizer que o templo é um covil de ladrões, ele deveria comparar também com o Vaticano, afinal todo mundo sabe que esse foi e continua sendo o maior covil que já existiu e existe até hoje, ladrões que recebiam terras como forma de pagamento em troca de um lugar ao céu, também é um covil de pedófilos. Pelo jeito nem o nobre deputado Jean Wyllis consegue viver sem preconceitos.  
Na minha humilde opinião o nobre deputado Jean Willys deveria estar mais preocupado com o DARF da Rede Globo, ou será que isso o nobre deputado não pode fazer referência por ter participado do programa “CULTURAL” de maior audiência da rede globo, o Big Brother?

E em referência a quaisquer outras críticas ao Templo de Salomão eu pergunto:

Qual a diferença do Templo de Salomão da Igreja Universal do reino de Deus para os tantos templos de outras tantas religiões?

Será porque na IURD não teve uma santa inquisição?

Será porque a IURD não massacrou ninguém em terra santa?

Será porque a IURD não tem um Papa que acobertou as torturas em uma ditadura?

Será porque a IURD não é como a religião católica que escondia seus padres pedófilos?

Porque tanta benevolência com outras religiões que já cometeram inúmeras tragédias, e tanto preconceito contra a IURD?

Se a Igreja Universal explora seus fiéis, então me respondam como as outras religiões conseguiram dinheiro para erguer seus templos?



Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil



O maior centro de peregrinação mariana do mundo, fica no Brasil (maior pais católico do mundo). O Santuário, construído entre 1946 a 1980, chega a receber 10 milhões de visitas por ano. Em seu interior cabem de 45 a 70 mil devotos, num espaço de 12.000 m². A basílica fica em Aparecida, interior de São Paulo. Seu anexo conta com shopping, clínica médica e restaurantes.

2012- O Santuário Nacional de Aparecida pretende investir, a partir deste ano, R$ 5 milhões para revestir a cúpula do templo com mosaicos italianos e ouro.
O teto do espaço receberá uma cruz estilizada como a árvore da vida. Acompanham o desenho de animais da fauna brasileira. Para compor as peças, serão utilizados mosaicos, formados a partir da união de pequenas peças coloridas, de cerca de quatro centímetros de metros quadrados. Para adornar os desenhos, serão aplicadas folhas e detalhes em ouro. O preenchimento da cúpula, demanda arte de 1.500 metros quadrados. As oito sapatas que sustentam a cúpula serão revestidas com azulejos. Os mosaicos italianos ainda serão trazidos para o país e serão implantados por equipe especializada.
A previsão é que a obra tenha início este ano e seja finalizada em 2017. A verba utilizada para a obra será arrecadada por meio das doações de fiéis, especialmente por meio da tradicional Campanha dos Devotos.



Santuário de Nossa Senhora de Lichen, Polônia

Construída através de doações de peregrinos, a basílica levou 10 anos para ficar pronta (1994-2004). A igreja, católica romana, fica em Lichen Stary na grande Polônia.



Basílica de Nossa Senhora da Paz, Costa do Marfim



Com 8.000 m² de área interna, a construção da igreja foi inspirada na basílica de são Pedro em 1989. Apesar de parecer pequena, ela pode acomodar até 18 mil pessoas em seu interior. O local onde a basílica foi construída fica no meio da floresta africana em uma cidade pobre onde a maioria da população não dispõe de água corrente e saneamento básico adequado. O custo da basílica dobrou a dívida da Costa do Marfim.



Basílica da Santíssima Trindade, Portugal




A Basílica da Santíssima Trindade está localizada na Cova da Iria, freguesia de Fátima é uma enorme basílica dedicada à Santíssima Trindade, com 8.633 lugares sentados e 40.000 m², trata-se do quarto maior templo católico do mundo em capacidade, tendo sido integralmente pago com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos.


Padre Marcelo Rossi ergue o maior templo católico do Brasil em São Paulo







O padre Marcelo Rossi inaugurou o Santuário Theotokos – Mãe de Deus, um dos maiores templos católicos do país. Estiveram presentes na época da inauguração o então prefeito da cidade, Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin.

Berlim abrigará primeiro templo do mundo a reunir sinagoga, mesquita e igreja

Berlim vai ganhar um templo multirreligioso: a House of One (Casa de Um Só) – o primeiro edifício sacro do mundo a reunir, sob o mesmo teto, uma sinagoga, uma mesquita e uma igreja. Com início das obras programado para os primeiros meses de 2016.

 

 Concluindo:

Depois de todas essas imagens e informações acima, criticar o Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é a mais "SANTA HIPOCRISIA".

E quem achar que não é, 

QUE JOGUE A PRIMEIRA PEDRA

 PS. Não sou religioso, não sigo nenhuma religião, e não sou hipócrita.

Burgos Cãogrino