Um dos maiores mitos desta nossa sociedade capitalista é a tal da meritocracia - quem trabalha, quem se esforça, quem é competente, progride; quem é vagabundo, cabula aulas ou vive como a cigarra do conto de fadas, empaca na vida.
Como a lógica não é o forte de 99,9999% da população, o mito sobrevive, alimentado pelos deformadores de opinião de sempre, os "analistas" disso ou daquilo, os Datenas da vida, os "cientistas sociais" etc etc.
O programa Bolsa Família, por exemplo, que virou uma referência mundial no combate à fome, até hoje é atacado pelos descerebrados sob o argumento de que perpetua a ociosidade, mantendo milhões no dolce far niente - graças a um benefício que não ultrapassa os R$ 70!
Outro alvo dos meritocráticos é a política de cotas raciais.
Segundo eles, os negros, na maioria pobres, com pouca instrução, moradores das periferias, secularmente explorados, têm de competir de igual por igual com brancos de classe média ou alta, confortavelmente instalados no topo da pirâmide social.
A meritocracia é usada como argumento para justificar tudo de bom ou de ruim que acontece com as pessoas no nosso paraíso capitalista.
Com algumas exceções, todavia.
Como no caso do ex-presidente Lula, nascido numa família nordestina paupérrima, que ocupou, por duas vezes consecutivas, o mais alto cargo da República e é reconhecido como uma das mais importantes lideranças políticas do planeta.
No seu caso, a meritocracia tem pouco a ver.
Para os meritocratas, Lula só chegou lá porque é um ladrão e corrupto, que contou com a ajuda de outros tantos ladrões e corruptos.
Como se vê, a meritocracia, como as leis neste país, pode ser usada para tudo.
Para os amigos, ela é o máximo.
Para os inimigos, ela simplesmente não existe.
Motta
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