Rodrigo Marconi (foto), cujas obras já foram apresentadas em edições da Bienal de Música Brasileira Contemporânea, nos Panoramas da Música Brasileira Atual (UFRJ) e no Festival Música Nova Gilberto Mendes, além de executadas em diversos outros festivais por intérpretes de prestígio, como Duo Santoro, Quinteto Lorenzo Fernandez, Madrigal Contemporâneo, Fabio Adour e Pauxy Gentil Nunes, investe novamente em suas composições em seu novo álbum, “Outros Eus”, disponível em todas as plataformas de streaming.
Em seu novo trabalho, Marconi usa elementos diversos e díspares, salpicando referências impregnadas de diálogos que só a arte é capaz de promover - a produção poética de Cruz e Souza na faixa de abertura O Assinalado, e Arthur Rimbaud, na composição Canção da Mais Alta Torre, as leituras de mundo de Paul Valéry na obra Para os Olhos...a Nuca é um Mistério!, são alguns desses momentos.
Marconi também faz referência a artistas surrealistas como André Breton, Luis Buñuel e Salvador Dali em O Lado Mágico das Coisas, à Nietzsche e às tragédias gregas com a obra Apolo e Dionísio no Templo das Musas, às conversas semanais com a flautista Odette Ernest Dias em Eram Dias Grávidos de Sons e Poesia, à criação estética dos compositores da Segunda Escola de Viena, em Os Três Rapazes de Viena, e às outras formas de expressão artística como a fotografia, na última faixa do álbum, Polaroids.
Bacharel em composição musical pela Universidade Estácio de Sá, onde teve a oportunidade de ser orientado pelos compositores Guilherme Bauer, João Guilherme Ripper e Tato Taborda, Rodrigo Marconi é licenciado em Educação Artística com habilitação em Música pelo Conservatório Brasileiro de Música e mestre em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro com a pesquisa “Tradição e Vanguarda nos Arranjos de Rogério Duprat para a Tropicália”.
Em 2018, lançou seu primeiro CD, “Correspondências” com parte de sua produção composicional. Atualmente, é professor de música e diretor da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna.