A Câmara, decidindo o futuro do Brasil: pobre de nós... (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil) |
Menos mal que isso tenha ocorrido.
O fato, porém, é insuficiente para mudar a minha opinião sobre esse Congresso, formado pela fina flor do conservadorismo nativo, uma conjunção inimaginável de preconceituosos, analfabetos, reacionários e picaretas de todos os tipos e matizes.
Enganam-se os que acham que agora Cunha e seu bando vão entrar na linha, ou pelo menos diminuir a ânsia com que têm manipulado a pauta de votações ao seus interesses - que, obviamente, não são os da nação.
É bem provável que Cunha e seus amigos procurem agora dar o troco.
Já devem estar planejando alguma ação contra seus adversários.
Algo que os humilhe, que os castigue.
Eu, por mim, tomei a decisão de simplesmente acompanhar, da forma mais desapaixonada possível, o que se passa em nosso Congresso.
De certa forma, joguei a toalha.
Afinal, esses congressistas não representam o brasileiro médio?
Essa extraordinária conjunção de reaças não foi eleita democraticamente?
Portanto, quem pariu Mateus que o embale.
Se as pessoas querem um Brasil medieval, que façam bom uso dele.
Acho que nunca chegaremos ao tal Primeiro Mundo, à civilização.
Somos uma nação de ignorantes, analfabetos - em todos os sentidos -, completos idiotas que se deixam levar pela mais tosca propaganda e pela mais ridícula manipulação.
Não é à toa que esses bandidos que se dizem pastores, bispos ou missionários, estão milionários.
Não é à toa que têm uma das mais expressivas bancadas do Congresso.
Não é à toa que se permite que o Judiciário e esse monstro chamado Ministério Público zombem de todos nós, façam o que bem entendem, sem nunca serem incomodados, sequer criticados, por ninguém.
Não é à toa que a imprensa seja esse lixo que é, com as redações tomadas pelo mau-caratismo e pelo puxa-saquismo explícitos.
O Brasil que eu sonhei - fraterno, justo, rico, poderoso - não passa de uma utopia.
Por causa, fundamentalmente, do brasileiro, que salvo exceções, é um perfeito imbecil.