A oposição ao governo trabalhista, tendo à frente políticos e parlamentares do PSDB, DEM, PPS, partidos nanicos e até do PMDB, setores do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público, além de empresários micros, pequenos, grandes e enormes, jornalistas e profissionais liberais (médicos, muitos médicos) e grande parcela da classe média, tem imensos recursos materiais para continuar ad infinitum a sua guerra santa, a sua cruzada pela redenção do país.
Pode continuar o insano processo de tentar assassinar reputações dos inimigos e criminalizar o PT e seus próceres por quanto tempo quiser.
E, com isso, prejudicar imensamente a vida dos brasileiros, já que um dos objetivos dessa luta, se não o principal, é paralisar o governo federal, fazer com que ele simplesmente não governe.
É um vale-tudo como nunca se viu na história do Brasil.
Que serve, ao menos, para desmistificar essa conversa de que o brasileiro é um povo pacífico, calmo, tranquilo, que odeia a violência e se dá bem com todo mundo.
Vamos apagar toda essa bobagem: o brasileiro é um bárbaro, um amoral, que desconhece os mais elementares princípios civilizatórios.
A barbárie está no seu sangue, no seu dia a dia, nas relações familiares, de trabalho ou "amizade".
Lei, para ele, é a da selva, é a do salve-se quem puder, é a do levar vantagem em tudo.
Fora isso, e talvez por isso mesmo, o brasileiro é um analfabeto em quase todas as áreas do conhecimento humano.
E, além do mais, burro, estúpido, incapaz de relacionar causa-consequência, de pensar por si só, de esclarecer dúvidas que possa ter - e que geralmente não tem porque pessoas de pouca inteligência não têm nenhuma sede de conhecimento e carregam em si certezas absolutas.
O cenário é desolador.
Mas vamos deixar de lado esses milhões de pobres coitados que servem de bucha de canhão dos plutocratas que estão levando o Brasil para o buraco.
Eles são o que são, apenas imbecis manipulados.
O que importa mesmo é saber o que pensam aqueles que estão por trás desses mamulengos, mexendo os pauzinhos, ditando o rumo do golpe.
E aí é que a coisa fica complicada, porque quase nada se sabe sobre o que esses luminares, os tais "homens de bem" planejam para o futuro da nação.
Menos impostos e intervenção estatal nos negócios, equilíbrio fiscal, mais privatizações, a busca do Estado mínimo...
Até hoje, um ano depois da reeleição de Dilma Rousseff, não se viu um documento, sequer um esboço, de um programa econômico e social alternativo para o Brasil.
Nada, nadica de nada.
Apenas os slogans de sempre, o blá-blá-blá interminável.
Certeza, só uma: é imprescindível que o Brasil nunca deixe de pertencer aos seus donos seculares.
O resto ... bem é apenas o resto.
Motta
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