O Brasil está se transformando, rapidamente, numa republiqueta de bananas.
Um dos maiores, mais importantes e influentes países do mundo é hoje refém de um juiz de 1ª instância, que, graças à covardia das autoridades, há meses, sob o pretexto de combater a corrupção, prende pessoas por meros indícios e suspeitas de crimes, por boatos e informações de dedos-duros, sem provas das supostas ilegalidades e sem que os réus ofereçam risco à sociedade ou ao andamento do processo.
É óbvio que uma Justiça exercida desta maneira não é Justiça.
Pelo menos em nações civilizadas, que vivem sob a égide da democracia.
Esse procedimento, essa "Justiça" que não segue os ritos processuais, que atropela qualquer noção de bom-senso e revoga as lições elementares do Direito, especialmente aquela que diz que todos são inocentes até prova em contrário, é típico das mais cruéis ditaduras.
Não é possível que a Justiça funcione desse jeito, à mercê de um juiz que atua como promotor, carrasco, carcereiro e júri.
É preciso interromper essa loucura, antes que a República seja corrompida de vez pelo germe do autoritarismo.
Nenhum cidadão íntegro é contra o combate radical à corrupção.
Mas, a cada dia, se torna mais evidente que, para o juiz paranaense e sua turma, tudo não passa de pretexto para criminalizar um único partido político, e, se possível, criar condições para bani-lo da disputa eleitoral.
O roteiro das ilegalidades indica que os trabalhistas devem ser varridos da vida política, que a sanha persecutória só amainará quando o último deles for inapelavelmente vencido.
Há uma palavra que resume esse quadro: golpe.
O pior de tudo, porém, é que nesta hora em que se assalta o coração da República, são poucas as vozes que se levantam contra a barbárie.
Parece que a covardia tomou conta de quem poderia deter essa onda fascista.
O Brasil, é triste constatar, tem muitos pequenos grandes homens ocupando seus principais cargos institucionais.
Motta
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