O "povo" arregimentado pela oposição invade o Congresso (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) |
O golpe se dá em várias frentes: a extrema-direita faz badernas nas ruas e, agora, no Parlamento; o Judiciário criminaliza sempre que possível as ações do PT e da Presidência; a Polícia Federal investiga e prende apenas quem é da base política do governo; a imprensa pinta um cenário de caos econômico e social no país.
O filme a que o Brasil assiste é velho, tem roteiro batido, não passa de um déjà vu.
Teve um fim feliz para seus realizadores em algumas ocasiões, a última das quais empurrou o Brasil para uma noite de trevas que durou 20 anos - o momento mais tenebroso da nossa história.
Desta feita, como a eleição presidencial não ocorreu, por falta de votos, como se esperava para as forças reacionárias, esses agentes do que mais sórdido, atrasado e cruel existe no capitalismo internacional, se lançam numa aventura do estilo "tudo ou nada".
Aécio e seus companheiros, é óbvio, são apenas os fantoches, os mamulengos movimentados por mãos de dedos longuíssimos, extremamente fortes e com a incrível capacidade de quase sempre escamotear suas impressões, sua identidade - embora, cá entre nós, ela seja facilmente reconhecida...
A presidenta Dilma Rousseff toma posse em menos de um mês.
O Congresso entra em férias antes disso.
As festas de fim de ano já estão aí, com todo o seu apelo sentimental e consumista.
Os golpistas, porém, não vão parar o seu trabalho.
2015 não será um feliz ano novo.
Será, sim, um ano de muita dificuldade para aqueles que sonham em construir um país mais justo e menos desigual.