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O que é melhor para enfrentar a tal crise: parar ou pensar o país?

9 de Novembro de 2015, 17:14 , por CRÔNICAS DO MOTTA - | No one following this article yet.
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Caminhoneiros acham que sem Dilma
seus problemas estarão resolvidos
(Foto: Marcelo Carvalho/Agência Brasil)
Nesta segunda-feira, mesmo dia em que umas tais "lideranças" de caminhoneiros deflagaram uma "greve" assumidamente golpista, cuja única reivindicação é a "saída" da presidenta Dilma das funções que ocupa, centrais sindicais e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico ) lançaram, em São Paulo, o movimento “Recuperar e Fortalecer os Empregos no Brasil - Soluções Políticas e Institucionais para Reativar o Setor de Petróleo, Gás, Construção e Naval”. 

Ora, qualquer criança é capaz de perceber a diferença entre os dois movimentos. Ou sobre quem realmente está preocupado com o Brasil e quem apenas é oportunista e age por interesses próprios.

Se a crise no país é tão séria quanto nos querem fazer crer, o mais lógico seria que não só as centrais sindicais se mostrassem preocupadas em achar soluções para diminuir as agruras dos brasileiros.

Empresários, por exemplo, deveriam igualmente se engajar nessa batalha.

Afinal, se a economia voltar a crescer, eles seriam os primeiros beneficiados.

Mas, ao contrário, parece que grande parcela dos nossos patrióticos empreendedores foi irremediavelmente contaminada pela infantilidade da crença numa solução mágica, que resolveria, num estalar de dedos, todos os seus problemas passados, presentes e futuros.

Neste instante, para esses néscios, a queda do governo trabalhista seria a alquimia que transformaria a lama tóxica provocada pelo estouro das barragens da Samarco em Minas Gerais em rios de leite e mel. 

Mais próximos da realidade, os sindicalistas e o pessoal do Dieese pretendem transformar os temas dos debates sobre como recuperar empregos em um documento com propostas para os setores de petróleo, gás, construção e naval, a ser entregue em dezembro ao governo federal.

Para Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, os setores analisados são "partes estruturantes" para a retomada do crescimento do país. “Entendemos que o próprio emprego é um dinamizador da economia, que gera, por um lado, a renda que sustenta a demanda interna e, por outro, a receita para o Estado poder atuar”, disse.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, informa que as propostas discutidas durantes as reuniões das centrais serão levadas ao empresariado. Segundo ele, ficou agendado para o dia 8 de dezembro uma manifestação em todos os Estados, um dia antes da ida dos dirigentes sindicais a Brasília, onde pretendem levar à Presidência da República as principais propostas.

Nas áreas de petróleo e gás, os sindicalistas defendem o uso da Petrobras como instrumento de desenvolvimento do país. A empresa cria, segundo eles, 81 mil empregos diretos e 360 mil terceirizados. Com a alternativa encontrada pela empresa para a falta de liquidez, a reestruturação do plano de negócios e a venda de ativos, estimam, 5,5 milhões de empregos diretos e indiretos deixarão de ser criados.

A preocupação levada pela indústria naval é com a interrupção do crescimento na criação de empregos. Foram criados, em 2002, 11,9 mil postos. Em 2013, o setor aumentou com 68 mil empregos, segundo as centrais. 

A construção civil, pelos dados dos sindicalistas, é ainda mais representativa, com 8,8 milhões de trabalhadores, o equivalente a 9,2% do total da população ocupada. (Com informações da Agência Brasil)
Fonte: http://cronicasdomotta.blogspot.com/2015/11/o-que-e-melhor-para-enfrentar-tal-crise.html

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