O dono da CSN e do Grupo Vicunha, Benjamin Steinbruch, um dos empresários mais badalados do Brasil, foi destaque nas redes sociais nos últimos dias por ter afirmado, entre outras coisas, que é favorável a mudanças nas relações trabalhistas, hoje regidas pela CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho.
De tudo que disse para exemplificar o mundo ideal que deseja para os assalariados brasileiros as pessoas trataram de sublinhar o exemplo que deu sobre o horário de almoço: para o empresário não tem sentido ele ser de uma hora no Brasil, enquanto nos Estados Unidos o feliz trabalhador come um sanduíche com uma mão e opera a máquina com a outra em meros 15 minutos.
Para Steinbruch, o trabalhador brasileiro, se pudesse optar por um horário como o seu colega americano teria a enorme vantagem de chegar em casa mais cedo, ou seja, poderia se dedicar mais à sua família.
É de enternecer a sua preocupação com o bem-estar da classe trabalhadora.
A CSN vive um crise enorme, acumula dívidas bilionárias, e a Vicunha fechou, dias atrás, uma fábrica em Americana, interior paulista.
Mas esses problemas enfrentados pelo nosso generoso empresário não devem ter influenciado a sua opinião sobre o quanto a legislação trabalhista brasileira prejudica os assalariados, lhe dá uma falsa proteção e impede que ele desfrute as delícias desta vida.
Coitados desses homens e mulheres, assinala Steinbruch, que não podem decidir sobre se querem ou não almoçar em 15 minutos em vez de em uma hora, ou se gostariam de trocar o vale-transporte e o vale-comida, benefícios paternalistas, por dinheiro extra na conta salário.
Steinbruch, no tempo extra que lhe resta entre tantas atividades como "capitão da indústria", também integra a diretoria da Fiesp, essa entidade que, igualmente generosa, vem fazendo de tudo para que o trabalhador brasileiro não pague o "pato" - seja lá o que isso signifique -, e de quebra se livre da presidenta malvada que insiste em não permitir que os trabalhadores brasileiros cheguem mais cedo em casa, felizes e com muito dinheiro no bolso.
O Brasil é uma terra de ingratos.
E, pior, que insiste em rejeitar os bons conselhos dos homens de bem.
Motta
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