O grande líder oposicionista, candidato derrotado por Dilma Rousseff na eleição do ano passado, Aécio Neves, diz em entrevista, que foi reeleito "presidente da República" - e não do PSDB.
Não contente com seu ato falho, comete mais um, ao afirmar que a agremiação que preside é "o principal partido de oposição ao Brasil".
Em outro momento que revela o nível de piração dessa turma que quer jogar na lama os votos de 54 milhões de brasileiros, o jornalista (sic) Carlos Alberto Sardenberg, ao fazer um comentário para a CBN, a "rádio que troca a notícia", revela, para espanto geral, que a Grécia chegou ao ponto que chegou por culpa de Dilma e Lula!
E tem mais: há poucos dias, a pretexto de justificar a prisão do manda-chuva da Odebrecht, o juiz Moro, afirma que temia que as empreiteiras, se participassem do recém-lançado programa de concessões do governo federal, poderiam continuar com suas "práticas corruptas".
Pois é.
Está certo que a lógica nunca foi o forte dos brasileiros, que, por exemplo, votam em estelionatários para que eles combatam a corrupção.
Mas mesmo a incoerência, a desfaçatez, ou simplesmente a mentira, têm seus limites.
Esse festival de besteiras promovido pela oposição é, antes de mais nada, um acinte a qualquer pessoa que tenha dois neurônios intactos, em funcionamento.
Dar um golpe de Estado, derrubar uma presidenta reeleita em eleições limpas, até mesmo promover uma volta às trevas, pode parecer uma tarefa relativamente fácil para quem tem o controle da mídia, o cofre cheio, uma legião de adeptos boçais - ou seja, recursos materiais sem conta.
Antes de mais, nada, porém, é necessário, para que o assalto à democracia não seja no passo sombrio e sangrento dos coturnos, que ele tenha algum resquício, alguma aparência de legalidade.
Só que esse plano, para ter sucesso, precisa ser conduzido por pessoas com um certo grau de inteligência - e não por patetas que se julgam gênios da raça.
Do jeito que vai indo, sob a liderança de Aécios, Sardenbergs e Moros, ele está destinado a ser mais um retumbante fracasso - entre tantos outros que a plutocracia brasileira coleciona nestes últimos anos.
Motta
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