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Quem com crise fere, com crise será ferido

12 de Fevereiro de 2016, 17:47 , por CRÔNICAS DO MOTTA - | No one following this article yet.
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O jornalista do Estadão, que já temia os sobrevoos periódicos e vorazes dos passaralhos, essa ave que rapina os empregos, agora se vê ameaçado por uma infestação do pequeno e perigosíssimo mosquito Aedes Aegypti, como se o seu vistoso prédio ao lado da Marginal Tietê fosse um barraco insalubre das tantas favelas que enfeiam a capital paulista.

A pouco mais de 50 quilômetros da sede do venerando diário, o Jornal de Jundiaí, onde trabalhei vários anos de minha juventude, atrasa pagamentos e comete uma série de outras irregularidades que afetam a vida de seus funcionários, segundo denúncia do sindicato dos jornalistas.

Estadão e Jornal de Jundiaí, como tantos outros órgãos da imprensa brasileira, apostam e estimulam a crise, usam suas páginas para amplificar as dificuldades econômicas do país e, principalmente, para desgastar o governo federal, o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças. 


Os dois jornais dedicaram - e continuam dedicando - um enorme esforço para convencer as pessoas de que o Brasil está no buraco, de que a corrupção é a fonte de todos os males e de que ela é uma peste recente, nascido há pouco mais de uma década, exatamente quando os trabalhistas tomaram assento no Palácio do Planalto.

Estadão, Jornal de Jundiaí e praticamente todas as empresas de comunicação do país sofreram, nestes últimos tempos, queda na circulação e no faturamento.

Todos eles culpam a crise, a mesma crise que incentivam, numa atitude contraditória e suicida.

Dar manchetes diárias sobre os corruptos do PT ou sobre uma terrível recessão que em outros tempos seria vista como uma dificuldade passageira, provoca, mesmo num curto prazo, o efeito de afastar público e anunciantes.

Os jornais queriam o quê, berrando sem parar que o país está perdido?

Seria lógico esperar que seus leitores, as agências de publicidade e os empresários ignorassem o vastíssimo noticiário sobre o fim do mundo - no caso, o fim do Brasil?

Ora, em tempos de crise, dizem os manuais de administração, a primeira vitima é a verba de publicidade. 

Estadão, Jornal de Jundiaí e todos os outros que veem seus negócios lenta, mas inexoravelmente, irem para o vinagre, com fuga de leitores/telespectadores/ouvintes, e encolhimento de receita publicitária, colhem apenas o que plantaram.

São incompetentes, pois não souberam avaliar as consequências da revolução da internet, e nem foram capazes de perceber que se afastando de seu "core business", a informação, não iriam longe.

Quem compra um jornal quer ler notícia, não propaganda. 

Simples, não?
Fonte: http://cronicasdomotta.blogspot.com/2016/02/quem-cria-crise-com-crise-sera-ferido.html

Motta

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