Ir para o conteúdo

Comissão de Legislação Participativa

Tela cheia Sugerir um artigo

Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.

Especialistas pedem reforço de políticas públicas de saúde sobre a gagueira

13 de Novembro de 2018, 20:40, por Notícias
13/11/2018 20h40

Em audiência pública promovida nesta terça-feira (13/11) pela Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados, especialistas alertaram sobre a necessidade de combater o preconceito e reforçar as políticas de saúde para atendimento às pessoas que gaguejam. O debate aconteceu por iniciativa do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), atendendo a uma sugestão do estudante Felipe Sepulveda Leão, do Rio de Janeiro.

Um dos expositores foi Luiz Fernando de Souza Ramos Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Gagueira (Abragagueira), organização não governamental fundada em 2004, sem fins lucrativos, para apoiar e valorizar as pessoas que gaguejam. “Nós precisamos superar vários obstáculos por dia, que se tornam maiores quando olhamos ao redor e nos sentimos numa sociedade excludente, que só nos enxerga para fazer chacota”, disse.

Segundo ele, no Brasil há uma média de 700 pessoas que gaguejam para cada fonoaudiólogo em atuação, o que dificulta o atendimento.   

O coordenador da área de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Danilo Campos da Luz e Silva, informou que, embora a Pasta não tenha uma política específica para essa questão, o tratamento e a reabilitação das pessoas que gaguejam estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de serviços de fonoaudiologia.

Campos ressaltou que o ministério vem investindo na capacitação e qualificação profissional de fonoaudiólogos credenciados no SUS e está aberto a parcerias para melhorar o atendimento. 

Importância do tratamento

A fonoaudióloga Renata Donadelli, da Abragagueira, informou que há cerca de 10 milhões de pessoas que gaguejam no Brasil e 360 milhões em todo o mundo. “Existe muito preconceito. Não há cura, mas a gagueira precisa ser tratada desde o aparecimento dos primeiros sintomas, da maneira mais precoce possível, por um profissional especializado”, alertou.

A presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), Anelise Junqueira Bohnen, reforçou esse argumento ao informar que, em geral, o adulto que gagueja foi uma criança que não recebeu tratamento na hora adequada. “Há tratamentos com crianças de 2 anos que têm 98% de chances de recuperação total”, ressaltou.  “Não temos cura, mas temos tratamentos e ações preventivas que fazem maravilhas”, acrescentou. 

Anelise Bohnen também observou que não há amparo legal para as pessoas com gagueira se inscreverem como deficientes em concursos públicos, nem para serem incluídas nas cotas de pessoas com deficiência para serem contratadas por empresas. 

Renata Donadelli propôs a adoção oficial da data de 22 de outubro como o Dia Nacional de Atenção à Gagueira, com o slogan “gagueira não tem graça; tem tratamento”.  

“Precisamos tratar este assunto com severidade e respeito, e o primeiro passo é com ações educativas. A temática da gagueira e de outros problemas de fluência da fala deve ser incluída na formação dos professores e dos demais profissionais ligados à educação. Assim, todos poderão ter propriedade para abordar o assunto em sala de aula. A criança que gagueja precisa ter acesso a um professor que entenda o que é a gagueira”, disse Renata Donadelli. 

A representante do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Silvia Tavares de Oliveira, explicou que as desordens na fluência da fala podem afetar a funcionalidade do indivíduo em termos sociais, afetivos e culturais, ao restringir o seu convívio social e a sua capacidade de comunicação. 

“Estamos ampliando os conhecimentos sobre essa situação; o diagnóstico deve ser objetivo e formal, o que valoriza ainda mais a atuação do fonoaudiólogo nesses casos”, destacou.  

Desafios diários

Sandra Merlo, fonoaudióloga e diretora científica do IBF, explicou que a gagueira começa geralmente entre dois e cinco anos de idade. “5% das crianças começam a gaguejar e 1% delas vão se tornar adolescentes e adultos com gagueira persistente. Assim, há dois milhões de adultos com gagueira persistente no Brasil, o equivalente à população de Manaus, uma das maiores cidades do País”, informou.

A especialista observou que a gagueira gera desafios diários de comunicação na família, na escola, no mercado de trabalho e nas relações sociais: “Além disso, as pessoas têm de lidar com o preconceito e a discriminação, com situações de deboche e chacota que, no limite, geram processos judiciais por danos morais. Estão sujeitas a apelidos pejorativos e podem ter uma série de prejuízos de escolarização, socialização e no mercado de trabalho.”

Ela explicou que, ao contrário do que se costuma pensar, a gagueira não é um problema de ansiedade, e sim de controle neuromotor da fala.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) salientou que temas como este unem deputados de diferentes correntes políticas em busca de soluções para as questões de saúde pública. O parlamentar elogiou a perseverança das pessoas que gaguejam na luta pela melhoria do atendimento e pelo fim dos preconceitos.

Debates e depoimentos

O deputado Glauber Braga leu perguntas e comentários de cidadãos que acompanhavam os debates pelo portal e-democracia, da Câmara dos Deputados. Ele sugeriu que, em 2019, a CLP continue acompanhando o tema da gagueira e as propostas apresentadas pela sociedade civil para abordar a questão.

Além disso, pessoas que gaguejam deram testemunhos, durante a audiência, sobre as dificuldades que enfrentam no cotidiano.  

“As pessoas não têm noção do preconceito sofrido na escola, no trabalho e em qualquer lugar. A maioria sofre sem rebater as discriminações. Precisamos de uma sociedade com equidade, com oportunidades iguais”, disse Daniel Barbosa, do Rio de Janeiro, produtor de um documentário sobre o assunto. Ele contou que, ao se candidatar a deputado estadual, recebeu do seu partido apenas três segundos para se pronunciar no horário eleitoral gratuito da TV, enquanto candidatos sem dificuldades de fala receberam tempos maiores. 

Felipe Sepulveda Leão contou quase ter desistido da luta para enfrentar as dificuldades da gagueira, mas percebeu a importância de seguir em frente: “Aprendi que vale a pena lutar por coisas difíceis”, disse ele, que hoje se empenha para apoiar outras pessoas que gaguejam.     



Projeto da CLP sobre redução de uso de agrotóxicos pode ser votado nesta terça-feira

12 de Novembro de 2018, 15:30, por Notícias
12/11/2018 15h30

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara) reúne-se nesta terça-feira (13/11) às 10 horas, no Plenário 9, para discutir e votar o substitutivo do relator, deputado Nilto Tatto (PT-SP). A Pnara está prevista no Projeto de Lei 6670/16, de autoria da Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara.

Tatto explicou que seu parecer busca criar condições para viabilizar modelos agroecológicos, menos dependentes de insumos químicos para o controle de pragas e doenças agrícolas.

A proposta original da Pnara surgiu de sugestões da sociedade civil acatadas pela CLP. Posteriormente, a comissão especial criada para analisar o projeto realizou audiências públicas em Brasília e em cinco estados: Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Um dos eixos da proposta final de Nilto Tatto está na criação de zonas de uso restrito e de zonas livres de agrotóxicos. "Isso se justifica para a proteção de áreas sensíveis, como proximidade de moradias, escolas, recursos hídricos e áreas ambientalmente protegidas", afirmou.

Registro e sustentabilidade

O texto altera a atual Lei dos Agrotóxicos (Lei 7.802/89) para proibir o registro de insumos classificados como "extremamente tóxicos". Também prevê revalidação dos registros de agrotóxicos após 10 anos e, sucessivamente, a cada 15 anos após a primeira revalidação.

O outro eixo da proposta de Nilto Tatto está na "massificação" dos chamados Sistemas de Produção e Tecnologias Agropecuárias Sustentáveis. "O objetivo é garantir que os estoques reguladores sejam adquiridos majoritariamente de organizações associativas de pequenos e médios produtores que praticam agricultura orgânica ou de base agroecológica", disse o deputado.

A proposta de Pnara também prevê crédito rural especial e diferenciado, além de isenção do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR) para agricultores orgânicos e agroecológicos.

Contraponto
A Pnara é um contraponto a outra proposta (PL 6299/02) que já está pronta para votação no Plenário da Câmara e facilita a liberação de novos pesticidas, mesmo sem testes conclusivos dos órgãos ambientais e de saúde.

Da Agência Câmara Notícias 



Situação da gagueira no Brasil é tema de debate da CLP

9 de Novembro de 2018, 9:55, por Notícias
09/11/2018 09h55

A Comissão de Legislação Participativa (CLP) realizará na próxima terça-feira (13/11) às 14h30, no Plenário 3, uma audiência pública sobre a questão da gagueira no País. O debate atende a um requerimento dos deputados Glauber Braga (Psol-RJ) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG). 

Os deputados explicam que, segundo o Instituto Brasileiro de Fluência, aproximadamente 1% das pessoas apresenta gagueira de forma crônica no Brasil. “Dentre os problemas relacionados à gagueira, estão as dificuldades de entrosamento e aceitação social, além de prejuízos na aprendizagem e na área profissional, que é extremamente afetada”, ressalta Glauber Braga.

O debate, segundo ele, é fundamental para que o Parlamento e o Poder Público tratem a gagueira de forma adequada. “O propósito da audiência é subsidiar os trabalhos da Câmara com informações atualizadas sobre a situação”, explica.

Foram convidados para participar como expositores:

- representante do Ministério da Educação;

- representante do Ministério da Saúde;

-  o diretor da Associação Brasileira de Gagueira (ABRAGAGUEIRA) Luiz Fernando (presença confirmada);

 - a presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), Anelise Junqueira Bohnen (confirmada); e

- a fonoaudióloga e diretora científica do IBF, Sandra Merlo (confirmada).

***

Mais informações: 

Assessoria de Comunicação da CLP: (61) 3216-6696

Siga as nossas redes sociais: CLP Digital – Facebook/CLP Câmara: Twitter e Instagram.



CLP participa do 54º Congresso Brasileiro de Vereadores

8 de Novembro de 2018, 16:05, por Notícias
08/11/2018 16h05

O presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, Pompeo de Mattos (PDT-RS), fez uma palestra sobre a importância da atuação da CLP nesta quinta-feira (8/11), em Brasília, para cerca de 200 participantes do 54º Congresso Brasileiro de Vereadores. O evento é coordenado pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), presidida por Gilson Conzatti (MDB), da Câmara de Vereadores de Iraí, no Rio Grande do Sul.   

Pompeo de Mattos ressaltou que a CLP é um canal direto da sociedade civil organizada com o Parlamento, pelo fato de receber de organizações não-governamentais (ONGs), associações, órgãos de classe e sindicatos, entre outras entidades, sugestões como: projetos de lei, realização de audiências públicas, emendas ao Orçamento da União, propostas de emendas à Constituição (PECs) e criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Caso sejam aprovadas pela CLP, as sugestões passam a tramitar na Câmara e podem ser transformadas em leis.

“A CLP dá o caminho para que os problemas da sociedade sejam resolvidos por iniciativa de pessoas que conhecem essas questões e sabem o que fazer para enfrentá-las”, ressaltou.

Novas ferramentas

O deputado falou aos vereadores sobre inovações que a CLP vem adotando para ampliar a participação da sociedade no processo legislativo, a exemplo do Projeto de Resolução (PRC 317/18), de autoria de Pompeo de Mattos e dos deputados Flávia Morais (PDT-GO) e Felipe Bornier (PROS-RS).

De acordo com esse PRC, propostas de pessoas físicas que receberem o apoio de pelo menos 20 mil cidadãos, por meio de uma plataforma digital a ser implantada no portal da Câmara na internet, passarão a tramitar na Câmara como proposições legislativas. O texto aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Outra novidade, a ser lançada pela CLP no próximo dia 21 de novembro, é a plataforma Sugestão Eletrônica. Ela permitirá que as entidades da sociedade civil organizada se cadastrem na CLP por meio da página da comissão no portal da Câmara, e não apenas pelos métodos convencionais, a exemplo dos Correios, como acontece hoje. Uma vez cadastrada, a entidade também poderá enviar sugestões legislativas pelo próprio site da Câmara.

Em seu pronunciamento, Pompeo de Mattos pediu mais participação feminina na política e falou sobre a sua atuação como vereador e prefeito de Santo Augusto (RS) antes de chegar à Câmara dos deputados, onde exercerá, a partir de 2019, o seu quinto mandato consecutivo.

Repercussão

O vereador Edson Luiz Baggio (PTC), da Câmara de Colombo (PR), disse que a atuação da CLP da Câmara dos Deputados é um bom exemplo a ser adotado pelas câmaras de vereadores de todo o Brasil. “É muito importante, uma vez que a comunidade, por meio de entidades e organizações, consegue participar apresentando novos projetos e iniciativas que porventura os vereadores ainda não tiveram a ideia de apresentar”, disse Baggio. “Então, é um instrumento a mais para que a comunidade se aproxime da Câmara e possa colocar as suas ideias em andamento, como benefícios para a sociedade”, acrescentou.

A vereadora Miralice Lima dos Santos, de Alvorada (TO), parabenizou a CLP pelo trabalho que a comissão vem desenvolvendo e ressaltou que a atuação em prol da legislação participativa precisa ter continuidade.

 



Sociedade civil aprofunda conhecimentos sobre a participação no processo legislativo

6 de Novembro de 2018, 19:55, por Notícias
06/11/2018 19h55

Cerca de 50 representantes de organizações da sociedade civil de diferentes pontos do Brasil participaram de uma palestra nesta terça-feira (6/11), em Brasília, sobre a importância da atuação da Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados. A equipe técnica da CLP explicou detalhes relativos ao trabalho da comissão, esclarecendo, por exemplo, como ocorre a tramitação na Câmara de sugestões legislativas encaminhadas pela sociedade. A palestra fez parte da programação da Oficina de Atuação no Parlamento, promovida pelo Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor) da Câmara.

O presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, teve uma participação especial na palestra e contou, aos alunos da Oficina, que sempre contou com a receptividade da CLP para encaminhar propostas de leis ao Parlamento. “Estamos há 13 anos em contato com a Comissão de Legislação Participativa e sabemos da importância da comissão. Regimentalmente falando, um projeto de autoria da CLP tem mais força do que um projeto de deputado. Compete à entidade que encaminhou a proposta se empenhar pela sua aprovação na Câmara”, ressaltou Avelino.

A secretária-executiva da comissão, Paula Lou Ane Matos Braga, e os servidores Edna Glória Teixeira e Vitor Magalhães também participaram da palestra. Eles tiraram dúvidas dos alunos da Oficina e mostraram um vídeo explicativo das atividades da CLP.

Criada em 2001, a Comissão de Legislação Participativa é um canal direto da Câmara dos Deputados com a sociedade civil organizada. A CLP recebe, de organizações não-governamentais (ONGs), associações, órgãos de classe e sindicatos, entre outras, sugestões como: projetos de lei, emendas ao Orçamento da União e criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). As propostas aprovadas pela CLP passam a tramitar normalmente na Câmara dos Deputados e podem ser transformadas em lei.