Bancos brasileiros e do exterior entregaram; à Justiça, os dados exigidos por inquérito aberto no Supremo contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Por Redação – de Brasília
Bancos nacionais e estrangeiros encaminharam ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, os dados exigidos na quebra de sigilo financeiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG). As informações foram destinadas ao ministro do STF Marco Aurélio Mello. Seguem anexados ao processo os extratos bancários da irmã Andrea; do primo Frederico Pacheco, e do assessor Mendherson Souza, que trabalhava no gabinete do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). O STF determinou que as instituições financeiras entregassem as comprovantes bancários entre janeiro de 2014 e maio de 2017 referentes aos investigados.
A quebra de sigilo, requerida pela procuradora-geral da Republica (PGR), Raquel Dodge, estende-se a outros investigados na Operação Patmos. A policia investiga suposta propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador. São também alvos da cautelar as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.
Relação espúria
Ao pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador, Dodge mencionou que o presidente da J&F Investimentos S.A., Joesley Batista, e Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais, “descreveram relação espúria entre o grupo empresarial e o senador da República Aécio Neves da Cunha; reportando-se ao pagamento de propina, no valor de R$ 60 milhões, em 2014, realizada por meio da apresentação de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas pelo parlamentar”.
Saud e Joesley disseram, ainda; que os valores serviam para a suposta compra de partidos que apoiariam o tucano nas eleições daquele ano.
A PGR ressaltou também ‘a utilização, pelo parlamentar, do mandato para atender a interesses do grupo, indicando, como exemplo, a liberação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS de pessoas jurídicas da J&F Investimento S.A’.
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