Os encontros ainda não têm um dia certo, mas refletem o cuidado do Planalto para evitar derrotas em temas caros à economia; além das matérias de cunho social que têm sofrido ataques constantes das forças de ultradireita, a começar pela ‘saidinha’ de presos para visitar as famílias, vetada pela maioria dos congressistas.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende chamar os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma conversa ainda nesta semana, na tentativa de contornar a crise entre o Palácio do Planalto o Parlamento. O assunto estava na pauta dos ministros palacianos que articulam com o Legislativo, nesta segunda-feira.
Lula e Lira têm um bom relacionamento, mas se afastaram nas últimas semanas por divergências políticasOs encontros ainda não têm um dia certo, mas refletem o cuidado do Planalto para evitar derrotas em temas caros à economia; além das matérias de cunho social que têm sofrido ataques constantes das forças de ultradireita, a começar pela ‘saidinha’ de presos para visitar as famílias, vetada pela maioria dos congressistas.
A decisão de marcar uma reunião ocorreu após a troca de farpas entre Lira e o ministro das Relações Internacionais, Alexandre Padilha. Além dos encontros com Lira e Pacheco, existe a expectativa de que Lula também tenha reuniões com líderes e vice-líderes do governo na Câmara e no Senado, com o objetivo de ampliar o contato direto de Lula com a base.
Aborrecido
Embora Padilha tenha tentado, nesta segunda-feira, colocar ‘panos quentes’ no conflito com Lira, o deputado se mostrou aborrecido por não ter sido procurado diretamente para tratar da reunião com Lula. O líder do chamado ‘Centrão’ soube da intenção de Lula pela mídia, que desde a semana passada já trata do desejo do petista de encontrar-se com ele.
Segundo interlocutores de Lira, essa falta de comunicação termina por gerar desgaste público, uma vez que o deputado fica “rendido” até diante dos parlamentares, sem ter informações claras. O deputado permanecia em compasso de espera, enquanto leva adiante sua agenda sem contar com o possível encontro com o presidente da República.
A reunião ainda não foi marcado também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A conversa com ambos, no entanto, tende a acontecer nos próximos dias, uma vez que na quarta-feira haverá sessão do Congresso em que temas estratégicos para o governo serão discutidos, como o veto a R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares.