Apostas erradas quebram gigantes da comunicação. De novo?
9 de Janeiro de 2015, 10:31
Há 30 anos comecei a trabalhar em publicidade, ainda cursando a UnB. Fiz um estágio na MPM Propaganda, fui contratado e lá trabalhei por 2 anos como redator publicitário. Costumo dizer que foi a "minha grande escola", em termos profissionais.
A MPM foi, nas décadas de 70 e 80, a maior agência de publicidade do país. Excelentes profissionais e grandes contas. Atendia Banco do Brasil, divisão de loterias da Caixa, Walitta, Fiat, Banco Nacional, Ypiranga combustíveis, etc. (Sim, aqueles anúncios memoráveis do Banco Nacional para o Ayrton Senna eram todos da MPM)
Soube, quando já não trabalhava mais lá, que a MPM tinha fechado. Me disseram que um de seus donos tinha se recusado a fazer qualquer material de campanha para o então candidato à presidente Fernando Collor. Eleito, a agência perdeu as grandes contas de Governo que tinha (CEF e BB, principalmente) e seus donos, preferiram encerrar as atividades da empresa.
A marca, com as 3 letrinhas mais famosas da publicidade brasileira (o M de Macedo, o P de Petrônio e o M de Mahfuz) foi, anos mais tarde, vendida por 1 milhão de dólares. Nizan Guanaes reconhecia o valor desta marca para a publicidade brasileira e para os anunciantes. Achou justo pagar tal valor.
Recentemente, assistimos uma disputa eleitoral onde toda a grande mídia apostou suas fichas em um candidato a presidência da República. O presidente dos Diários Associados chegou a subir no palanque de Aécio. Foram derrotados nas urnas. Agora vemos O Globo demitir 100 funcionários de uma só vez. O Estadão há tempos sinaliza que quer vender o grupo OESP. O Folha de São Paulo também demite e fecha sucursais. A Veja passa por graves dificuldades financeiras.
Sobre a tal "crise" do PIG não vou me alongar. Quem quiser ver mais, olhe o que saiu no 247: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/166050/Venderam-o-caos-e-quem-paga-s%C3%A3o-os-jornalistas.htm
A dúvida que me resta: Será que alguém no mercado estará disposto a pagar 1 milhão de dólares por alguma destas marcas? Ou não deixarão saudades? O tempo dirá...
Debate em Alto Nível. Tá difícil, sr. Candidato
17 de Outubro de 2014, 12:03 - sem comentários aindaPelo que entendi (ok, isso é subjetivo) no Debate ontem no SBT, Dilma Rousseff não deveria questionar Aécio sobre Lei Seca, Lei Maria da Penha, Nepotismo, dinheiro público gasto em obras desnecessárias em benefício de famíliares (vide Claúdio e Montezuma MG), nem com relação ao descumprimento dos índices constitucionais mínimos a serem investidos em Saúde e Educação nos Estados.
"Isso é baixaria", acusou. E pediu que se "elevasse o nível do debate".
Sendo assim, se não podemos discutir questões fundamentais para o cidadão conhecer quem são, como se comportam e quais experiências podem mostrar em sua vida pública, só restaria aos dois candidatos falarem então de futebol.
Dilma, como se sabe, torce pelo Atlético Mineiro. Aécio, é Cruzeiro. Ei-lo ai em foto no Mineirão com velhos amigos cruzeirenses.
Ah, mas botar foto dele com os Perrela é baixar o nível...é candidato, assim fica complicado. Qualquer assunto que o envolva torna-se mesmo baixaria. Assim não dá.
E não é que o "operário negro" perto da Dilma se parece com alguém conhecido? Não é, meu Rei?
O Bonner não é candidato. Dilma é Presidente
16 de Outubro de 2014, 8:14 - sem comentários aindaNa entrevista que a Presidente Dilma deu ao Jornal Nacional no 1º turno aconteceu muita coisa, inclusive o dedo acusador de Patricia Poeta contra a maior autoridade do país. Ela e William Bonner se esmeraram na técnica de fazer perguntas longas, acusatórias, repletas de "chavões anti-petistas" a candidata. E assim que esta tentava argumentar, era interrompida nervosamente pela dupla.
Alguns sites assim definiram o "massacre" ao qual Dilma foi submetida:
No início da entrevista, Bonner perguntou, por mais de um minuto, sobre "corrupção e malfeitos", citando uma série de ministérios e também a Petrobras.
Qual a dificuldade de formar uma equipe de governo com gente honesta?, questionou ele, mais ao estilo botequim de esquina do que o que emprega normalmente, todos os dias, à exceção dos domingos, na bancada do JN. O jogo de apertar a presidente ficou claro desde o primeiro momento. https://www.brasil247.com/pt/247/poder/150522/Agredida-pelo-Jornal-Nacional-Dilma-se-defende.htm
Ninguém tem mais ilusões sobre a parcialidade da "mídia do piniquim" (Ok, meu filho qdo pequeno entendia assim o "tupiniquim" e achei que, neste caso, ele estava correto). Só para exemplificar, o Manchetrômetro analisou os tempos destinados pelo Jornal Nacional aos 2 candidatos que disputam as Eleições: Aécio teve um tempo total de "notícias positivas" bem maior que Dilma (17 minutos e 34 segundos contra 5 minutos e 47 segundos. Ou seja, falou bem dele só 3X mais tempo) Para compensar (?!?) dedicou a Dilma mais tempo em notícias negativas (2 horas, 09 minutos e 40 segundos contra os 07 minutos e 06 segundos negativos de Aécio. Ou seja, 18 X mais). http://www.manchetometro.com.br/jornal-nacional-2014/jn-2014-candidatos/
Na entrevista no 1º Turno, Bonner e Patrícia Poeta falaram por 5min25s dos 15min40s totais da entrevista de Dilma, ou seja 1/3 do tempo. Agora, para uma nova entrevista no 2º Turno, a assessoria da candidata exigiu que os 15 minutos fossem destinados à Dilma, excluíndo o tempo dos entrevistadores, afinal Bonner não é presidenciável. A Globo não topou. Ou seja, queriam mesmo constragê-la novamente, não ouvir suas propostas. http://www.otempo.com.br/blogs/pol%C3%ADtica-19.298822/bonner-e-patr%C3%ADcia-falaram-demais-19.305984
Aécionave e Aécioportos: rolos em família
11 de Outubro de 2014, 7:02 - sem comentários aindaDizem que PSDB, na verdade significaria "Partido Só De Banqueiros". (Ok, como bons gestores que são, falidos) A família de Índio da Costa, ex-vice de Serra na eleição passada, era dona do Banco Cruzeiro do Sul. O banco faliu e a família foi condenada a ficar 20 anos longe do sistema financeiro nacional. http://veja.abril.com.br/noticia/economia/bc-determina-pena-de-donos-do-cruzeiro-sul-20-anos-fora-do-setor-financeiro
Assim como Índio, outro playboy conhecido nas noites cariocas, também tem ligações com outro banqueiro falido. No caso, é o atual candidato tucano a presidência, Aécio Neves.
O jatinho acima pertence a empresa de Táxi aéreo da família de Gilberto de Andrade Faria, ex-dono do Banco Bandeirantes, padrasto de Aécio, que utiliza a aeronava. Isso, apesar do banco ter falido, deixando dívidas milionárias. Para complicar ainda mais, um dos sócios da empresa de táxi aéreo ganhou um cargo de Aécio na presidência de uma estatal mineira: a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais)
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/04/22/quem-e-o-dono-do-jatinho-aecio/
Mas, de que adianta ter um jatinho irregular, sem aeroportos idem? Então que se faça logo 3 aécioportos particulares.
A foto abaixo é do famoso "aeroporto do titio", em Claúdio MG. Aquele que Aécio fez com 14 milhões de verba pública na fazenda de seu tio (que tem a chave do portão) e fica pertinho de uma de suas fazendas. Além deste aécioporto familiar, teria um segundo em Montezuma (coincidentemente também perto de uma fazenda de Aécio) e um terceiro, em Itabira. Mas, este último nem chegou a ser construído, apenas foi gasto o dinheiro.
(links Aécioporto de Claúdio http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/10/a-justica-ja-comecou-varrer-os.html , Aécioporto de Montezuma http://www.viomundo.com.br/denuncias/choque-de-gestao-mulheres-de-montezuma-aeroporto-abandonado-viajam-60-km-da-dar-luz.html Aécioporto de Itabira http://www.vermelho.org.br/noticia/247200-1)
Interessante observar o prefixo do jatinho PT-GAF, em homenagem ao padrasto de Aécio (Gilberto de Andrade Faria). O "PT", no caso, significa que o avião é Brasileiro, conforme as regras da ANAC. Porque se fosse referente ao partido político, certamente diriam que era um "escândalo", né?
FMI foi embora. O gringo Armínio quer voltar
10 de Outubro de 2014, 9:41 - sem comentários ainda
Nos governos de FHC, o FMI ditava a política de juros no país, regulavam as taxas. Quando Armínio Fraga comandava o Banco Central, a taxa de juros chegou a 45% e a inflação a 12%.
O resultado dos governos tucanos foi um país quebrado por 3 vezes, a dívida pública que alcançava 60% do PIB (2002), com o desemprego em alta e perdas salariais para os trabalhadores.
Uma rápida comparação entre os Governos do PT e do Partido Só De Banqueiros (PSDB), mostra que o Brasil cresceu, redistribuiu renda, eliminou a pobreza extrema, controlou a inflação e aumentou o PIB per Capita, ou seja, os brasileiros passaram a ter uma renda 3X maior.
Pois bem, no Governo Lula a dívida com o FMI foi quitada e "os gringos perderam a autoridade" que tinham para decidir os rumos da nossa economia. Por isso, quando veio a crise mundial de 2008, o Brasil investiu na ampliação do crédito, no fortalecimento do seu mercado consumidor, na manutenção dos empregos locais.
Os países que seguiram a cartilha neoliberal, de ajustes fiscais, aumento dos juros, controle de gastos públicos entraram em profunda recessão. Se o FMI ainda mandasse aqui, estaríamos hoje na mesma situação de Espanha, Grécia, Portugal e Irlanda. Ou seja, quebrados e com altos índices de desemprego.
Pois não é que agora, às vesperas do segundo turno das Eleições, o candidato neoliberal Aécio Neves apresenta Armínio Fraga como seu virtual Ministro da Fazenda, "para mudar o Brasil". E o que eles querem? Ja falaram que é necessário diminuir a atuação dos bancos públicos (BNDES, CEF e BB) porque (segundo Armínio) "cobram taxas muito baixas de juros"; afirmam que os salários (incluindo o salário mínimo) estão muito altos e "isso prejudica as empresas". Reclamam também que a "inflação está muito alta". Em recente debate, Guido Mantega relembrou: "Não brincamos com a inflação. Quando Armínio era presidente do Banco Central, ele pegou uma inflação em 9% e entregou em 12% em 2002", criticou. A inflação este ano deve fechar em 6,4 %.
(links das matérias estão aqui http://www.brasil247.com/+dhqzm e aqui http://www.brasil247.com/+22461 )
Só para esclarecer, Armínio Fraga possui dupla nacionalidade. Ele próprio confirma ter passaporte norte-americano desde os 2 anos de idade. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc22029906.htm .
Se não corremos risco (no momento) do FMI voltar, corremos sim o risco de ter um "gringo" comandando a nossa economia com Aécio, se eleito presidente. O grande especulador George Soros, ex-patrão de Armínio deve estar torcendo por isso, já que deverá ser benéfico aos interesses dos EUA.
Depende do seu voto impedir isso. Tucanos, FMI e governo que defende os grandes especuladores, nunca mais.
