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Fernando Frajola

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Yes, nós temos a nossa OLP: a Oposição Leite com Pera

16 de Janeiro de 2014, 5:33, por Fernando Frajola - 0sem comentários ainda

Com todo respeito a luta pela libertação da Palestina e a personagens como Arafat ou Nasser, eis que no Brasil nós também temos a "nossa OLP", só que aqui, trata-se da "Oposição Leite com Pera", cujo propósito é reclamar disso tudo que está ai.

Provavelmente, são os melhores humorístas em atividade hoje no país, embora, claro, exijam ser levados a sério.

Só como exemplo, um senador processado pela própria filha por ocultar patrimônio (coisa pequena, algumas poucas mansões avaliadas em apenas 16 milhões de reais) tem a petulância de criticar a movimentação da filha de Genoíno em arrecadar doações para pagar a pesada multa imposta a ele, por sua militância política séria e honrada.

Esta oposição cobra publicamente mais educação, saúde, estradas, infraestrutura e balas juquinha. O fato deles votarem contra a destinação dos royaltyes do petróleo exclusivamente para a educação; ajudarem a derrubar a CPMF que tirou bilhões da Saúde e terem sido contra o Mais Médicos e por ai afora, é uma longa estrada que não leva a lugar nenhum. Pura demagogia e oportunismo barato.

Mas agora, temos a Copa do Mundo. Um evento que está atraindo as atenções de todo o planeta e trará investimentos, milhares de empregos, benefícios em infra-estrutura, mobilidade urbana, etc. E o que a Oposição Leite com Pera resolve? "Não vai ter Copa"! Por quê? Ah, porque tem este lance do rolezinho, da unha encravada, da moça pelada do BBB ou qualquer outra pirraça que sirva como "argumento".

Sinceramente? Acho que nossa oposição deveria fazer como o garotinho mimado da história de Asterix e "prender a respiração" não só durante a Copa do Mundo, mas até outubro, quando teremos eleições e eles levarão outra surra nas urnas. Porque, apesar de ser contra qualquer tipo de violência, deixá-los de "castigo" por mais 4 anos talvez os façam parar de palhaçada e crescer. Né, crianças? Vão ficar sem as balas juquinha também.



Pobres, mas de espírito

12 de Janeiro de 2014, 14:42, por Fernando Frajola - 0sem comentários ainda

Uma vez vi uma pesquisa sobre os jovens moradores dos morros cariocas, onde um deles explicava sua preferência por roupas e tênis de griffe: "É que a gente sofre com a exclusão social todos os dias. Se eu estou bem vestido, não".

Porém, o Brasil mudou. E parece que "a ficha não caiu" para uma parte da população e alguns shoppings. Hoje, as classes C, D e E representam 53,2% do consumo de bens no país e 72% dos domícilios. (http://varejo.espm.br/8805/classe-c-representa-45-do-total-do-consumo-nacional-de-produtos-de-beleza)

O mais irônico é shoppings da periferia impedirem o acesso de jovens da periferia, que se vestem e ouvem músicas (funk) próprias de sua classe e meio social. (http://noticias.r7.com/sao-paulo/rolezinho-no-shopping-itaquera-tem-ao-menos-dois-detidos-diz-pm-11012014)

Dizem que o judiciário é, dos 3 poderes, o menos "antenado" com a sociedade e suas transformações (ou seja, ainda é refúgio das classes privilegiadas). A decisão da justiça paulista de impedir os jovens de praticarem o seu "rolezinho", com multas individuais de R$ 10 mil ao dia, é bem didático: "shopping é coisa para endinheirados". (http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396585-shoppings-de-sp-conseguem-liminar-na-justica-para-impedir-rolezinho.shtml)

Em resumo, perdem os shoppings ao empunhar a bandeira da discriminação social, pois abandonam a maioria dos consumidores (burrice). Perde também a "classe média elitista, com horror aos pobres", porque assume que é pobre também, mas de espírito. Coitados.

 

 



Ok, a piada é velha. Mas atual

9 de Janeiro de 2014, 18:15, por Fernando Frajola - 0sem comentários ainda

Estavam 2 freiras em um ponto de ônibus junto com 2 moças - aparentemente- de vida fácil. Uma dizia para a outra: Conheci um homem mais velho super gente boa. Ficamos amigos, este colar e este lindo anel foi ele quem me deu. Mas, ele é casado, não tenho nada com ele. A outra responde: Eu sei que ainda existem pessoas boas no mundo. Tenho um amigo que paga o meu aluguel e minha faculdade, mas a gente é só amigo mesmo.

Nisso chega o ônibus delas, que vão embora. Até então caladas, as duas freirinhas envergonhadas cochicham: Não te falei? E o Padre Antônio só dá santinho para nós.

Sim, como já adiantei no título, a piada é velha. Mas por quê então seria atual? Simples. E não é que os tucanos -sempre tão generosos com a grande mídia (da qual, claro, são apenas amigos) acusa o PT de ter "um exército pago" nas redes sociais. Veja aqui: http://wwwblogjanioarruda.blogspot.com.br/2014/01/socialista-acusa-pt-de-pagar-exercito.html

Bobinhos. Nós não passamos de freirinhas...rs

P.S: quem falou não foi um tucano, mas um deputado do PSB, que agora está aliado com os tucanos. Ou seja...



Surpresas de Olinda

8 de Janeiro de 2014, 11:07, por Fernando Frajola - 0sem comentários ainda

Fomos conhecer Recife e Olinda. Enquanto minha esposa olhava os artesanatos no mercado em Olinda, me chamou a atenção uma viela que dava para ver, do outro lado, a cidade de Recife. Enquanto eu me preparava para fazer a foto, eis que um homem sobe a ladeira com a típica sombrinha do frevo. Era o que faltava para "compor" o cenário, identificando o local, com suas cores e cultura.

O vendedor da loja de artesanato, ao ver a foto, disse: "Ah, mas é o seu fulano". Não, não me lembro do nome dele. Mas, pelo visto é alguém bem conhecido na cidade. Agradeço-lhe a colaboração.



Veredas, veredazinhas

8 de Janeiro de 2014, 9:12, por Fernando Frajola - 0sem comentários ainda

 

Hoje, dia do Fotógrafo, posto minha primeira colaboração aqui no blogoosfero, com uma imagem que considero impregnada de significados. Eu passava perto do Rio São Francisco, lá pelas bandas de 3 Marias (MG), na região hoje chamada de "Circuito Guimarães Rosa", quando observei a paisagem na beira da pista.

Alguns buritis indicavam que ali tinha uma vereda, veredazinha.

"Vou lhe falar. Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe. Só umas raríssimas pessoas -e só essas poucas veredas, veredazinhas. O que muito lhe agradeço é a sua fineza de atenção" (GS:V, JGR, pág 116)

"Diadorim -ele ia para uma banda, eu para a outra, diferente; que nem, dos brejos das Gerais, sai uma vereda para o nascente e outra para o poente, riachinhos que se apartam de vez, mas correndo, claramente, na sombra de seus buritizais"... (GS:V, JGR, pág 561)

Para quem desejar explorar melhor estas veredas, recomendo  o livro de Francis Uteza "JGR: A Metafísica no Grande Sertão", disponível para download grátis aqui: 

A gente se esbarra nestes sertões. Abraços.