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2015: as previsões de Gerald Celente

26 de Dezembro de 2014, 9:16 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Previsões! Previsões!

O ano de 2015 se aproxima (ou "aproxima-se"...ainda não entendi esta coisa) e eis que chegam as previsões.

Aqui vão as previsões de Gerald Celente que, lembramos, não é um astrólogo ou algo do género: é um "futurólogo", alguém que analisa a sociedade para individuar as tendências do futuro.

Como? Lendo as estrelas? Entrando em trance? Nada disso: utilizando, por exemplo, as análises de pessoas como o economista Paul Craig Roberts, o jornalista económico Nomi Prins, o escritor Bennett Davis e outros especialistas ainda.

Então vamos ver as nove tendências individuadas pelo simpático Gerald em ocasião de 2015, tais como foram apresentadas no Academy Building em Kingston, pertinho de New York.

Diz Celente:
Quando estávamos a desenvolver as nossas previsões para 2015, quase chegámos a acreditar que muitas destas tendências iriam atacar de forma rápida e dura ao longo do novo ano. Queríamos dar um primeiro olhar para os enormes riscos e as oportunidades significativas que se apresentarão. Este ano, a nossa previsão, graças ao maior número de analistas que trabalharam, incluem temas e tendências que não vão ler em nenhum outro lugar.
Wow! Isso sim que é falar. Vamos, vamos ler já.
  • A grande manipulação 
Os mecanismos duma economia saudável serão subvertidos para favorecer os ricos e os poderosos.
...bom, sejamos honestos: o simpático Gerald começa com o pé esquerdo. Esta já tem sido a tendência dos últimos 2000 anos no mínimo. É um pouco como dizer "irá chover", claro que acertas... Depois seria interessante saber qual é esta "economia saudável" da qual se fala. Mas tudo bem, vamos em frente, afinal esta foi a primeira previsão, algo tipo "introdução".
  • O banquismo 
O Capitalismo, à beira do "banquismo", está rapidamente a tornar-se o sistema económico dominante globalmente. O termo utilizado por Celente, "Bankism", é um neologismo introduzido para definir aqueles bancos que detêm depósitos ou dinheiro "escondido". São bancos sediados em paraísos fiscais, por exemplo.
...ehm, que dizer...também esta não é que seja propriamente uma novidade absoluta, aliás, é uma realidade já amplamente consolidada...mas enfim, é só a segunda previsão, a terceira é que será estrondosa, confiem.
  • Guerra dos preços
O excesso de produção e a falta de procura irão resultar numa nova era para o comércio (retail marketing).
...pois...é que excesso de produção e falta de procura determinam uma era conhecida como "crise económica", que já começou há alguns anitos... E a guerra dos preços não tem apenas a crise económica como origem: as causas são muitas. Por exemplo, temos os Países asiáticos que exploram uma mão de obra particularmente barata para melhor concorrer nos mercados mundiais, temos as commodities tornadas simples instrumento para o enriquecimento bolsístico, temos a queda do preço do petróleo...mas pronto, vamos em frente, vamos...
  • Nova era para a energia
À medida que a dependência dos combustíveis fósseis vai diminuir, explode a nova era da energia. A redução da demanda mundial e a disponibilidade de fontes alternativas de energia irá avançar com um ritmo histórico.
Ora bem, eis uma previsão quase acertada. "Quase" porque Gerald deve ter escrito isso poucos minutos antes da Arábia ter começado a cortar em 40% o preço do petróleo, o que torna as energias alternativas muito menos competitivas. Isso foi azar.

Mas atenção: o preço baixo do crude não pode durar muito tempo, pelo que é normal assistir a um renovado interesse nas alternativas. O problema é sempre o mesmo: o preço, que continua alto e condiciona a rentabilidade das novas energias. No entanto, é bom não esquecer que em 2015 aparece a primeira automóvel movida com hidrogénio.
  • Jornalismo faça você mesmo
As notícias de natureza local já não podem ser transmitidas da mesma forma, enquanto os maiores meios de comunicação irão consolidar-se e, ao mesmo tempo, reduzirão o seu tamanho. Serão necessários novos formatos para preencher as lacunas de cobertura dos media locais.
Interessante este ponto. Estamos no principio duma fase de transformação no final da qual a maioria (ou a totalidade até) dos diários serão publicados na internet em versão paga. Mais: a concentração dos órgão de informação em poucas mãos arrisca limitar a difusão das notícias locais? Acho que não. Pelo contrário, as notícias locais podem muito bem ser utilizadas como "chamariz" para atrair o cliente. A digitalização do formato pode deixar vazios espaços para novas empresas? Difícil que as empresas já existentes abandones por completo o mercado "analógico", pelo que a centralização da informação parece mais um processo destinado a continuar. 
  • Envelhecimento inteligente
A idade está a aumentar em todo o mundo. Para as empresas estão criadas ricas potencialidades, que actualmente não são exploradas. Esse potencial vai concentrar-se na qualidade, na criatividade e nos valores da velha escola.
Não me parece. O "envelhecimento inteligente" é coisa para quem tiver dinheiro. As pessoas "normais" continuarão a ter o problema de como chegar até o final do mês com reformas inadequadas. Haverá oportunidades para quem será capaz de individuar ofertas inteligentes mas muito baratas, nas quais a voluntariado representará uma componente da mesma oferta. Mas serão oportunidades com poucas ocasiões de tornar-se um fenómeno de massa até quando a sociedade não mudar a sua orientação geral.
  • Regresso ao passado 2.0
Certo ou errado, o regresso ao individualismo e aos elevados padrões de qualidade e de artesanato típico das épocas passadas, criará oportunidades significativas para os empresários alcançar os Millennials.
Como reza a fiel Wikipedia, os Millennials ou Geração Y são as pessoas nascidas entre os anos oitenta e início dos anos de dois mil no mundo ocidental; esta geração é caracterizada por uma maior utilização e melhor familiaridade das comunicações, dos media e das tecnologias digitais. Em muitas partes do mundo, este grupo tem sido marcado por uma abordagem educacional e tecnológica neo-liberal, derivada das profundas transformações dos anos sessenta.

Portanto, segundo Celente o mercado será cada vez mais apontado para esta faixa etária. O que é bastante normal. O que é mais difícil ver é o tal regresso "aos elevados padrões de qualidade e de artesanato". Pelo contrário, a globalização parece interessada a uniformizar quanto mais possível os níveis de produção através duma oferta falsamente personalizada (que permanece fortemente estandardizada).
  • Autoritarismo
O monopólio é a nova normalidade. O último tratado comercial, o Trans-Pacific Partnership (TTP), garante uma base formada pela redução da qualidade, da possibilidade de escolha e da moralidade.
Sem dúvida.
  • Guerra sem fim
Está pronto o povo para lutar pela paz? Chegou a hora, finalmente, para virar a maré das guerras sem fim e trazer uma maior prosperidade no mundo. Mas alguém está a ouvir?
Sim, sim...e olha no céu Pai Natal com as renas...


Ipse dixit.

Fonte: Rense

E agora? Agora podemos razoavelmente esperar que no mês de Março, mais tarde até o final do segundo trimestre, haja uma onda de choque económico que vai abalar os mercados accionários globais?
Celente acredita nisso. E ao ouvir o chefe do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmar que "a crise passou", eu também.

  • Chinaworld
Podemos escolher um País ou continente qualquer, tanto faz: cada um tem a sua Chinatown. As maciças compras globais dos chineses, que estão actualmente em uma fase de crescimento, irão acelerar significativamente durante 2014.

Minas de carvão na Zâmbia, apartamentos de luxo em New Iorque, terras agrícolas na Ucrânia ... uma variedade infinita de projetos chineses estão a incubar em todo o mundo . Se existe uma possibilidade comercial ou uma necessidade ainda não atendida, aí vão encontrar um chinês.

Ricos investidores, licenciados desempregados, trabalhadores qualificados e não qualificados, todos irão migrar duma Nação super-povoada, congestionada e altamente poluída.

  • O alarme que toca
O despertar começou. Nada de espiritual, ou melhor: não apenas isso. Aqui trata-se mais dum despertar bem mais pragmático.

Em 2013, a Casa Branca e o Congresso dos EUA têm mostrado uma extrema incompetência através de uma longa série de fracassos. A partir da "paralisação do governo" (o shut down, causado pela falta de acordo sobre o orçamento), do fracasso no "tecto da dívida", a atitude sem sentido na Síria...

As pesquisas mostram que a maioria dos cidadãos tem vindo a acumular contra os políticos um desprezo e um senso de ridículo sem precedentes na América moderna. Mas este fenômeno não se limita apenas à América: a desconfiança dos cidadãos em todo o mundo está a tornar-se um desprezo universal para os partidos políticos. As medidas de austeridade draconianas e as políticas económicas punitivas atiraram milhões de pessoas para a pobreza e trouxeram milhões de manifestantes nas ruas.

Quais as possíveis consequências? Guerras civis, revoltas, rebeliões, motins? São estas as possibilidades duma população cansada, que em alguns casos não tem mais nada a perder.

Luta de classes? Sim, mas esqueçam Marx.

  • Os idosos e os social media
Os idosos constituem o segmento de usuários que mais está a crescer no mundo dos "media sociais" e no próximo ano veremos as empresas adoptar estratégias muito agressivas para desenvolver o potencial económico associado a este segmento.

O leque de possibilidades é grande: casas de repouso, campanhas políticas, direitos civis.

  • Populismo
Independentemente de como os políticos profissionais ou os media costumam descrevê-lo, o "populismo" é uma mega-tendência que está a varrer a Europa, e logo se espalhará por todo o mundo.

Com os Países atolados numa longa recessão e forçados a seguir as medidas de austeridade do trio UE- BCE - FMI, com as pessoas revoltadas com a corrupção dos partidos políticos, os movimentos populistas irão tentar recuperar a identidade nacional e livrar-se da dominação do Euro e de Bruxelas. Esses movimentos vão querer derrubar os partidos do governo e construir novos.

A insatisfação na Zona Euro é tão profunda que os populistas ganharão cerca de 25% dos assentos no Parlamento Europeu nas eleições deste ano.

Diz o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta:
Corremos o risco de ter um Parlamento Europeu mais anti-europeu como nunca houve. O aumento do populismo é hoje o principal problema social e político europeu. Combater o populismo, na minha opinião, é uma missão, tanto na Itália como em outros Países.

Bravo Letta. Mas antes de começar o combate, pergunta-te por qual razão explodiu o "populismo". E, em caso de dúvidas, compra um espelho.

  • A Terra dos Escravos
A riqueza total das pessoas nos Estados Unidos alcançou 77mil biliões de Dólares. Impressionante, sem dúvida. Só que a maioria das pessoas vive com as migalhas, o numero de novos pobres não pára de crescer.

Numa uma economia agrícola baseada na produção em massa de alguns produtos, feitos em grandes plantações e impulsionada pelas necessidades de lucro das empresas, o resultado mais óbvio é um tipo de trabalho part-time, de baixa remuneração, projetados para fugir das responsabilidades sociais das empresas. O que aumenta o número de trabalhadores pobres, um grupo que inclui agora também licenciados, devedores, subempregados e idosos.

Entretanto, quase metade dos pedidos de auxílio (aqueles feitos para evitar a fome ou a falta duma habitação) vêm de pessoas com empregos a tempo inteiro. O que obriga a reflectir.

As greves de 2013 dos trabalhadores dos fast-foods, que exigiam um salário mínimo mais elevado, são apenas uma amostra do que está por vir.

  • O novo altruísmo
Algumas das tendências de rápido desenvolvimento que foram identificadas para 2014 irão fundir-se numa inclinação positiva e altruísta: o bem comum e o bem-estar dos outros.

Mais voluntariado, mais busca do sentido da vida, mais consciência acerca do planeta, dos recursos dele: isso também para combater a pobreza e uma cultura mercantilizada.

Neste sentido, internet terá um papel de primeiro plano: as pessoas querem descobrir um lado mais humano e humanista da nossa sociedade.

  • A saúde privada
Não há muito para dizer neste aspecto: a "mercantilização" avança, não poupa nada e ninguém. Nem a saúde das pessoas.

Os dados sobre o estado de saúde dos indivíduos, a conduta deles, os seus marcadores genéticos: tudo isso foi canalizado para uma ampla gama de bancos de dados. E isso tem implicações positivas e negativas.

Os pesquisadores, por exemplo, terão mais facilidade para antecipar e potencialmente prevenir as doenças. Mas, colocados nas mãos erradas, os dados podem ser usados ​​para explorar os indivíduos em prol dos lucros.

  • A nova geração
Nova geração? Mais ou menos. Falemos aqui das pessoas nascidas entre 1945 e 1965: e vamos ver um aspecto positivo desta crise global.
Se for verdade (e é bem verdade) que a crise atirou para a pobreza centenas de milhões de pessoas, é também verdade que nas condições negativas podemos encontrar as energias para renascer. É disso que falemos.

Trata-se de sobrevivência, trata-se de deixar de pensar numa reforma que provavelmente não existirá. Seja qual for a razão, há uma geração que será obrigada a repensar o próprio futuro e tomar novas decisões.

Sobrevivência, como afirmado, mas também vontade de expressão duma potencialidade cada vez mais enterrada por parte duma sociedade que não consegue dar respostas e oportunidades.

Mais empreendedorismo, mas também auto-realização e não apenas no âmbito material.

  • O ensino online
Os receios de que as plataformas de educação online não forneçam a profundidade e a eficácia da aprendizagem existem ainda, mas estão a desaparecer. Em todo o espectro da educação, a aprendizagem on-line será expandida para incluir não só os cursos de instrução, mas também experiências completas de vida real, com a notável participação da comunidade empresarial, sempre faminta por talentos.

As implicações serão enormes. E as possibilidades também para melhorar a própria formação e cultura. - See more at: http://informacaoincorrecta.blogspot.pt/2014/01/gerald-celente-as-tendencias-de-2014.html#sthash.aenjeMij.dpuf
 difíceis nas previsão das tendências é colocar os eventos na altura adequada. Dizer "cairá um avião" é bem diferente do que dizer "cairá um avião no dia 16 às 21:06". E quando se trata de economia, há muitas variáveis desconhecidas que podem mudar as coisas.

Celente, por exemplo, tinha previsto o colapso de 1987, a crise monetária asiática de 1997 e o pânico de 2008, mas errou acerca de 2010, porque a Federal Reserve e bancos centrais de todo o mundo começaram a bombear dezenas de triliões de Dólares no sistema financeiro.

E agora? Agora podemos razoavelmente esperar que no mês de Março, mais tarde até o final do segundo trimestre, haja uma onda de choque económico que vai abalar os mercados accionários globais?
Celente acredita nisso. E ao ouvir o chefe do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmar que "a crise passou", eu também.

  • Chinaworld
Podemos escolher um País ou continente qualquer, tanto faz: cada um tem a sua Chinatown. As maciças compras globais dos chineses, que estão actualmente em uma fase de crescimento, irão acelerar significativamente durante 2014.

Minas de carvão na Zâmbia, apartamentos de luxo em New Iorque, terras agrícolas na Ucrânia ... uma variedade infinita de projetos chineses estão a incubar em todo o mundo . Se existe uma possibilidade comercial ou uma necessidade ainda não atendida, aí vão encontrar um chinês.

Ricos investidores, licenciados desempregados, trabalhadores qualificados e não qualificados, todos irão migrar duma Nação super-povoada, congestionada e altamente poluída.

  • O alarme que toca
O despertar começou. Nada de espiritual, ou melhor: não apenas isso. Aqui trata-se mais dum despertar bem mais pragmático.

Em 2013, a Casa Branca e o Congresso dos EUA têm mostrado uma extrema incompetência através de uma longa série de fracassos. A partir da "paralisação do governo" (o shut down, causado pela falta de acordo sobre o orçamento), do fracasso no "tecto da dívida", a atitude sem sentido na Síria...

As pesquisas mostram que a maioria dos cidadãos tem vindo a acumular contra os políticos um desprezo e um senso de ridículo sem precedentes na América moderna. Mas este fenômeno não se limita apenas à América: a desconfiança dos cidadãos em todo o mundo está a tornar-se um desprezo universal para os partidos políticos. As medidas de austeridade draconianas e as políticas económicas punitivas atiraram milhões de pessoas para a pobreza e trouxeram milhões de manifestantes nas ruas.

Quais as possíveis consequências? Guerras civis, revoltas, rebeliões, motins? São estas as possibilidades duma população cansada, que em alguns casos não tem mais nada a perder.

Luta de classes? Sim, mas esqueçam Marx.

  • Os idosos e os social media
Os idosos constituem o segmento de usuários que mais está a crescer no mundo dos "media sociais" e no próximo ano veremos as empresas adoptar estratégias muito agressivas para desenvolver o potencial económico associado a este segmento.

O leque de possibilidades é grande: casas de repouso, campanhas políticas, direitos civis.

  • Populismo
Independentemente de como os políticos profissionais ou os media costumam descrevê-lo, o "populismo" é uma mega-tendência que está a varrer a Europa, e logo se espalhará por todo o mundo.

Com os Países atolados numa longa recessão e forçados a seguir as medidas de austeridade do trio UE- BCE - FMI, com as pessoas revoltadas com a corrupção dos partidos políticos, os movimentos populistas irão tentar recuperar a identidade nacional e livrar-se da dominação do Euro e de Bruxelas. Esses movimentos vão querer derrubar os partidos do governo e construir novos.

A insatisfação na Zona Euro é tão profunda que os populistas ganharão cerca de 25% dos assentos no Parlamento Europeu nas eleições deste ano.

Diz o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta:
Corremos o risco de ter um Parlamento Europeu mais anti-europeu como nunca houve. O aumento do populismo é hoje o principal problema social e político europeu. Combater o populismo, na minha opinião, é uma missão, tanto na Itália como em outros Países.

Bravo Letta. Mas antes de começar o combate, pergunta-te por qual razão explodiu o "populismo". E, em caso de dúvidas, compra um espelho.

  • A Terra dos Escravos
A riqueza total das pessoas nos Estados Unidos alcançou 77mil biliões de Dólares. Impressionante, sem dúvida. Só que a maioria das pessoas vive com as migalhas, o numero de novos pobres não pára de crescer.

Numa uma economia agrícola baseada na produção em massa de alguns produtos, feitos em grandes plantações e impulsionada pelas necessidades de lucro das empresas, o resultado mais óbvio é um tipo de trabalho part-time, de baixa remuneração, projetados para fugir das responsabilidades sociais das empresas. O que aumenta o número de trabalhadores pobres, um grupo que inclui agora também licenciados, devedores, subempregados e idosos.

Entretanto, quase metade dos pedidos de auxílio (aqueles feitos para evitar a fome ou a falta duma habitação) vêm de pessoas com empregos a tempo inteiro. O que obriga a reflectir.

As greves de 2013 dos trabalhadores dos fast-foods, que exigiam um salário mínimo mais elevado, são apenas uma amostra do que está por vir.

  • O novo altruísmo
Algumas das tendências de rápido desenvolvimento que foram identificadas para 2014 irão fundir-se numa inclinação positiva e altruísta: o bem comum e o bem-estar dos outros.

Mais voluntariado, mais busca do sentido da vida, mais consciência acerca do planeta, dos recursos dele: isso também para combater a pobreza e uma cultura mercantilizada.

Neste sentido, internet terá um papel de primeiro plano: as pessoas querem descobrir um lado mais humano e humanista da nossa sociedade.

  • A saúde privada
Não há muito para dizer neste aspecto: a "mercantilização" avança, não poupa nada e ninguém. Nem a saúde das pessoas.

Os dados sobre o estado de saúde dos indivíduos, a conduta deles, os seus marcadores genéticos: tudo isso foi canalizado para uma ampla gama de bancos de dados. E isso tem implicações positivas e negativas.

Os pesquisadores, por exemplo, terão mais facilidade para antecipar e potencialmente prevenir as doenças. Mas, colocados nas mãos erradas, os dados podem ser usados ​​para explorar os indivíduos em prol dos lucros.

  • A nova geração
Nova geração? Mais ou menos. Falemos aqui das pessoas nascidas entre 1945 e 1965: e vamos ver um aspecto positivo desta crise global.
Se for verdade (e é bem verdade) que a crise atirou para a pobreza centenas de milhões de pessoas, é também verdade que nas condições negativas podemos encontrar as energias para renascer. É disso que falemos.

Trata-se de sobrevivência, trata-se de deixar de pensar numa reforma que provavelmente não existirá. Seja qual for a razão, há uma geração que será obrigada a repensar o próprio futuro e tomar novas decisões.

Sobrevivência, como afirmado, mas também vontade de expressão duma potencialidade cada vez mais enterrada por parte duma sociedade que não consegue dar respostas e oportunidades.

Mais empreendedorismo, mas também auto-realização e não apenas no âmbito material.

  • O ensino online
Os receios de que as plataformas de educação online não forneçam a profundidade e a eficácia da aprendizagem existem ainda, mas estão a desaparecer. Em todo o espectro da educação, a aprendizagem on-line será expandida para incluir não só os cursos de instrução, mas também experiências completas de vida real, com a notável participação da comunidade empresarial, sempre faminta por talentos.

As implicações serão enormes. E as possibilidades também para melhorar a própria formação e cultura. - See more at: http://informacaoincorrecta.blogspot.pt/2014/01/gerald-celente-as-tendencias-de-2014.html#sthash.aenjeMij.dpuf

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