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A Baleia Azul (Blue Whale)

28 de Abril de 2017, 12:23 , por Informação Incorrecta - | No one following this article yet.
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Finalmente chegou em Portugal o jogo do ano: a Baleia Azul.

Divertido, económico, ajuda também a resolver o problema da superpopulação.
Mas em quê consiste?

Simples: surgido na Rússia, propõe cerca de 50 desafios para os jovens participantes.
O desafios incluem isolamento, auto-mutilação e incentivo ao suicídio. Ver filmes de terror, subir os telhados, cortar os lábios, furar a palma da mão, cravar palavras e símbolos nos braços, são alguns dos hilariantes passos exigidos. As provas do cumprimento das tarefas (fotografias ou vídeos) devem ser enviadas ao administrador do jogo.

Ao que tudo indica, o simpático passatempo teve início na Rússia, em 2015, quando uma jovem de 15 anos cumpriu a última tarefa e atirou-se do alto dum edifício. Dias depois, uma adolescente de 14 anos atirou-se na frente dum comboio.

Nos últimos dias, Yulia Konstantinova, de 15 anos, e Veronika Volkova, de 16, saltaram do topo de um prédio em Ust-Ilimsk. As autoridades investigaram o caso e prenderam o administrador do grupo, Phillip Budeikin, de 21 anos. Mas Yulia e Veronika foram apenas as últimas duma longa série.
Só na Rússia, acredita-se que o jogo esteja ligado a mais de cem casos de suicídio.

A Direção de Investigação Criminal da Polícia Nacional da Colômbia investiga as mortes de três adolescentes que parecem estar relacionadas com o jogo.

No Chile, na cidade de Antofagasta, uma mãe relatou à polícia que sua filha de apenas 12 anos tinha 15 cortes num dos braços e que os cortes formavam o desenho de uma baleia: a seguir, a menina confessou ter seguido as instruções do jogo.

No Brasil, o jogo terá deixado vítimas no interior do Mato Grosso, e em cidades como Pará de Minas e Belo Horizonte, em Minas Gerais, assim como em Feira de Santana, na Bahia. No Rio de Janeiro, uma mãe conseguiu impedir o suicídio da filha envolvida no jogo. Mas só na zona do Rio, a polícia recebeu 101 denúncias que dão conta de possíveis envolvimentos de adolescentes na Baleia Azul. No estado do Paraná, o jogo terá feito mais uma vítima em Florestópolis (perto de Londrina). E há mais casos no Brasil (20 só na zona de Pernambuco).

Alarme também no Reino Unido, onde todavia ainda não foram registradas mortes.

Agora, finalmente, eis Portugal. Uma rapariga de 18 anos foi encontrada com vários ferimentos junto à linha férrea do Algarve, em Albufeira, depois de seguir as regras do jogo. A jovem terá saltado de um viaduto e nas pernas tinha vários cortes que formavam a palavra "sim".

Claro: haverá quem veja nisso as provas de programas governamentais secretos, obscuros experimentos sociais para testar a servidão digital dos cidadãos, um MK Ultra actualizado.
Idiotices. A verdade é bem mais simples, embora custe admiti-lo: a nossa sociedade está doente e cria monstruosidades, sem necessidades de Novas Ordem Mundial e companhia.

Há crianças que jogam nas ruas? Já não há? Onde estão? Fechadas em casa, porque os pais têm medo da "cidade perigosa", onde cada rosto pode ser aquele dum inimigo. Melhor em casa, entre as seguras quatro muras, na frente do ecrã. Onde o inimigo não tem rosto mas nem por isso é menos perigoso.

Juntem à isso os velhos valores apagados e os novos transmitidos: cresce, trabalha, consome, morre.
Perspectivas bem actractivas, não é?

Não admira que alguns cérebros entrem em corto-circuito.


Ipse dixit.

Fontes: ZAP, Jornal do Brasil, Wikipedia (versão inglesa), The Sun

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/G2Saw-qxxyc/a-baleia-azul-blue-whale.html